A Luz que Nunca se Apaga escrita por lapandachan


Capítulo 3
A Emboscada




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Hinata se deslocava com dois shinobis em direção ao pequeno vilarejo de Hyōshō, ao norte do País da Geada, bem na fronteira com o País do Relâmpago. Apesar de Kakashi estar ciente de um pequeno boato entre a população do país acreditar que os Hyuuga foram os responsáveis pela guerra – já que Kaguya era portadora de um Byakugan – o Rokudaime não identificou a ida da herdeira Hyuuga nessa missão como um potencial problema. Ele já havia recebido alguns relatórios de ninjas do clã que sofreram represálias em outros lugares próximos, mas não houve nenhuma ocorrência que os obrigassem a se retirar do serviço ao qual estavam designados.

Nos últimos tempos a Hyuuga estava mostrando grande aptidão de liderança e manejo de conflitos. Não era a primeira vez que ela estaria indo para um local onde não era bem vinda. Já houve situações em que moradores de outros vilarejos se recusavam a aceitar a ajuda deles e a kunoichi recebia xingamentos e alcunhas como “demônia dos olhos brancos” e “bruxa que tudo vê”. Mas como previsto por Kakashi, Hinata soube contornar o problema e aos poucos ganhou a confiança da população local.

A noite já estava caindo quando o grupo chegou a Hyōshō. A neve densa que caía junto com rajadas de vento dificultava enormemente a visão dos shinobis. Hinata teve que ativar seu Byakugan para poder guia-los.

“Hinata-sama, será que há mesmo alguém esperando por nós? Já é tarde e ainda está essa nevasca...” Um shinobi de cabelos ruivos e olhos azuis perguntou.

“Bom, não temos muita opção a não ser tentarmos chegar ao local que nos indicaram, Akihiro-san. Não estou avistando nenhum abrigo que possamos utilizar por aqui.” Ela respondeu.

“Droga, eu odeio neve.” Outro shinobi de longos cabelos verdes e olhos castanhos reclamou.

“Akihiro-san, Yasuo-san, fiquem atentos! Eu estou vendo uma movimentação suspeita atrás de nós!” A Hyuuga lhes chamou a atenção.

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“Que-troço-mais-chato-da-porra.” Naruto resmungou enquanto batia a testa contra uma pilha de relatórios à sua frente.

“Desiste então de ser Hokage, baka.” Shikamaru disse contrariado.

“Porra, será que ao menos uma vez você não pode ficar do meu lado? Todo mundo já foi embora, só estamos nós aqui, me ajuda aqui!” O Uzumaki questionou em tom de indignação.

“A resposta que você quer está na sua pergunta.” O amigo respondeu.

“Affe, enigmas a essa hora não, Shikamaru.” O loiro disse revirando os olhos.

A conversa dos amigos fora interrompida por uma batida insistente no vidro da janela que ficava atrás da cadeira do Hokage, onde Naruto estava sentado.

“É o Garuda?” O loiro questionou confuso.

“Sim.” Shikamaru disse já abrindo a janela.

Havia um pequeno pergaminho na perna da ave. Assim que desenrolou o papel, o Nara ficou pálido.

“Liga pro Kakashi agora! Eu vou para a Central de Inteligência da ANBU.” Ele disse já correndo em direção à porta.

“Mas que merda, Shikamaru, você sabe que a essa hora o Kakashi-sensei não atende nem a pau! O que aconteceu?!” Naruto questionou.

“Não sei, mas pela complexidade da codificação, é algo sério. Dá seu jeito de arrastar ele pra lá, nem que você vá na casa dele!” O Nara disse fechando a porta.

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“Xeque-mate.”

Vultos, seguidos de gritos e dor. Foi tudo tão rápido que a informação da situação ainda estava sendo processada por seus cérebros mesmo após tudo ter se silenciado novamente.

Hinata sentia uma dor excruciante na sua coxa esquerda: havia uma flecha cravada ali. Com um rápido e forte puxão, ela retirou a flecha, e com o lenço que prendia seu cabelo fez um garrote acima da ferida. A Hyuuga reativou seu Byakugan para encontrar seus companheiros. O primeiro a ser avistado foi o médico do grupo, que encontrava-se caído a cerca de 3 metros dela.

“A-Akihiro-san.” Ela o chamou aflita. O homem sangrava profusamente e estava visivelmente morto.

“Hinata-sama, fuja!” A voz trêmula de Yasuo-san despontou na escuridão.

O shinobi já estava de joelhos no chão, seu corpo cravejado de flechas e também sangrando muito. Yasuo fora atingido por mais uma flecha, que lhe acertou bem no meio do crânio e ele caiu imóvel. Hinata quis gritá-lo, mas sentiu um impulso inevitável de vomitar. O vômito era algo viscoso que também começou a sair por seu nariz e olhos. Logo lhe vieram o gosto e cheiro de sangue. Não demorou para que ela começasse a se sentir letárgica.

Mesmo querendo ir ao encontro do companheiro, a Hyuuga sabia que Yasuo estava morto. De forma relutante, ela se virou e fugiu o mais rápido que podia. A forte nevasca não permitia que ela avistasse seus perseguidores, então desativou seu Byakugan a fim de poupar chakra. Ela já havia avistado um córrego perto de onde estava. Hinata ativou os Punhos de Leões Gêmeos, correu em direção ao córrego e mergulhou.

As águas congelantes estancaram um pouco da sua hemorragia e o impacto do seu jutsu fez com que vários peixes instantaneamente mortos boiassem. A kunoichi pegou os dois maiores que avistou e saiu pela outra margem do córrego. Com uma kunai, ela cortou a cabeça dos peixes a fim de fazer um rastro de sangue que levasse seus perseguidores para algum local onde ela pudesse despistá-los. Mesmo com a intensa nevasca, ela avistou a sombra do que parecia uma grande formação rochosa.

A cortina de neve havia ficado um pouco menos densa e Hinata reativou seu Byakugan, conseguindo identificar a entrada uma caverna a poucos metros de onde estava. Ela precisava ser mais ágil, suas pernas estavam ficando cada vez mais dormentes e seus olhos e nariz voltaram a sangrar. Fez, então, um último esforço de jogar os peixes para dentro da caverna e escalar uma imensa sequoia próxima dali.

Do topo da árvore, ela viu dois vultos adentrando a caverna. Mas antes que pudesse respirar aliviada, a silhueta de alguém muito alto usando uma longa capa apareceu no galho ao lado dela. Antes que pudesse reagir, Hinata desmaiou. 


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