Lost: O candidato escrita por Marlon C Souza


Capítulo 6
Capítulo 6 - O homem que ouvia os mortos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809104/chapter/6

 

Aaron, James, Clementine, Yan e Richard estavam sentados na sala de visitas do apartamento da garota, a tensão palpável no ar. James, que estava ao lado da filha, finalmente quebrou o silêncio:

— Você não entende a gravidade da situação, Clementine. — Disse ele, com uma voz firme.

— Eu sou adulta, pai. — Respondeu Clementine, com a voz igualmente forte. — Eu tomo minhas próprias decisões.

James se levantou da cadeira, com os olhos cheios de raiva:

— Você não sabe o que está fazendo. — Gritou ele. — Essa ilha é perigosa, e você não tem ideia do que pode acontecer lá.

Aaron tentou acalmar a situação:

— James, nós entendemos que você está preocupado com a Clementine, mas ela é uma adulta e tem o direito de escolher o que fazer da sua vida.

James se virou para encarar Aaron, o rosto vermelho de raiva:

— Não pedi sua opinião. — Rosnou ele. — Essa ilha pode matá-la.

Clementine se levantou, decidida:

— Eu vou, pai. E você não pode me impedir.

James segurou o braço da filha, com força:

— Você não vai a lugar nenhum. — Disse ele, com uma voz ameaçadora.

Clementine puxou o braço com força, tentando se soltar:

— Me solta! — Gritou ela. — Eu só vim aqui nessa roça para te ajudar, e você age como se eu fosse uma criança.

Aaron e Richard tentaram intervir, mas James estava fora de controle:

— Você quer ir com eles? Vá, então. Eu não vou impedi-la.

Enquanto Aaron e Richard tentavam segurar James, Yan acenou para Clementine, indicando que iria acompanhá-la. Os dois saíram do apartamento e chegaram ao piso do prédio, onde Clementine tentava processar tudo o que havia acontecido.

— Ei. Espere. — Gritou Yan, correndo para alcançá-la.

Clementine se virou, com uma expressão cansada:

— O que você quer? — Perguntou ela. — Eu já disse que vou com vocês. Mas agora preciso colocar a cabeça no lugar.

— Seu pai é difícil, eu sei. — Disse ele, tentando acalmar a garota.

— Nem me fale. Eu vim morar com ele nessa roça, mas nós vivámos brigando. Minha mãe sempre evitou esse encontro entre eu e ele, dizendo que ele é um traste.

— Entendo. — Disse Yan, tentando não comentar sobre o que Clementine havia dito.

— Mas ele não precisa de mim. Eu vou seguir meu rumo sozinha. Seja lá o que for que vocês estão propondo, eu vou e ele não vai me impedir. — Disse ela, decidida.

Yan se aproximou, olhando nos olhos de Clementine:

— Eu sinto que você também tem uma conexão com aquela ilha. — Disse ele, com uma voz suave. — E eu acho que sei o que é.

Clementine franziu a testa, sem entender:

— Do que você está falando?

Yan respirou fundo, tentando escolher as palavras certas:

— Eu sinto que aquela ilha é perigosa, mas eu também sinto que precisamos ir até lá. E eu acho que você sente o mesmo.

Clementine se afastou, incerta:

— Tudo que você diz é muito louco, mas sinto que no fundo, sinto que há verdade no que você diz.

Yan segurou a mão dela, com firmeza:

— Eu sei que é difícil entender, mas precisamos confiar em nossos instintos. E eu sinto que nossos instintos estão nos levando até aquela ilha.

O ano era 2028 e Yan estava em seu plantão no St Sebastian Hospital. Ele estava cuidando de uma paciente idosa quando a conversa tomou um rumo inesperado.

— Pronto, senhora Straume, já acabei. — Disse Yan, enquanto mexia no suporte de bolsa de sangue da paciente.

— Você é um bom rapaz. — Disse a paciente.

— Aposto que essa é a última noite da senhora aqui.

— Eu desejaria isso. Mas já sou uma velha senhora idosa. Não quero mais voltar para aquele asilo.

— Então senhora. Mas se matar não é a solução.

A paciente riu. — Sabe, você me lembra muito ele.

— Ele quem? — Perguntou Yan curioso.

— Jack. — Disse ela, fazendo uma pequena pausa. — Jack Shephard. — Disse ela completando.

— Obrigado. Jack é uma inspiração para mim. Minha mãe já foi casada com ele por um tempo.

— Eu soube. Ele a salvou daquele trágico acidente. Já se faz alguns anos.

— Então, eu preciso ir. Preciso descansar um pouco. Está na hora do meu descanso.

— Eu entendo. Bom descanso para você.

— Para a senhora também.

Yan saiu da sala, ainda pensando sobre a conversa. No caminho, ele parou em frente a uma máquina de venda automática para comprar um doce. Mas, quando a máquina engasgou, uma voz surgiu das sombras:

— Eu costumava dar uma batidinha nela para cair o que eu queria. — Disse uma voz vindo do fundo. Yan virou-se para ver quem estava falando e ficou chocado ao ver um homem vestindo um terno preto, chapéu e com as mãos nos bolsos.

— Quem está aí? — Perguntou Yan, assustado.

O homem saiu das sombras, revelando seu rosto. Era Jack Shephard.

— Olá Yan. — Disse Jack.

Yan ficou sem palavras, sem acreditar no que estava acontecendo, afinal, Jack Shephard estava morto.

Retornando ao momento presente, Yan alcançou Clementine e iniciou uma conversa:

— Você teve alguma experiência incomum recentemente? Ou sonhos estranhos? — perguntou Yan.

— Desculpe, mas não estou entendendo onde quer chegar. — respondeu Clementine, com uma expressão confusa.

— O que estou tentando dizer é que a ilha para onde estamos indo é muito mais complexa do que aparenta ser. — explicou Yan.

Clementine ficou pensativa por um momento, tentando compreender o que Yan queria dizer, embora parecesse loucura para ela, havia algo na voz do rapaz que a fez considerar suas palavras.

Enquanto isso, no apartamento, James estava sentado no sofá enquanto Richard conversava com ele. Aaron havia saído.

— James, sabemos que passou por momentos difíceis desde que deixou a ilha, e por isso queremos ajudá-lo a colocar um ponto final nessa história. — explicou Richard.

— Como? Enviando minha filha para aquele lugar? — questionou James.

— Ouça-me. Clementine é filha de um ex-candidato a guardião da ilha, assim como esses dois rapazes. Mesmo que tentem, a ilha nunca desistirá deles. — afirmou Richard.

— Isso é um absurdo. Já tem aquele gordo balofo e aquele psicopata assumindo o papel de proteger a ilha. Por que precisam da minha filha agora? — questionou James.

— As coisas mudaram, meu amigo.

— Você não entende o que estão me pedindo? Eu já perdi tudo. Perdi a Juliet, perdi a Kate, a Cassidy e agora vocês querem que eu perca minha filha? A única coisa que ainda me resta de bom nessa vida.

— Nós prometemos que ela voltará sã e salva dessa expedição. Ela é a única que pode ajudar a entender a anomalia da ilha.

— A decisão final é dela. Não vou mais impedi-la. — disse James, levantando-se do sofá e ficando de costas para Richard. — Agora, vão embora.

— Obrigado. — Richard agradeceu, saindo do apartamento em seguida. Antes de partir, Richard fez uma última pergunta:

— O que aconteceu entre você e Kate?

— Já disse para sair antes que eu mude de ideia. — respondeu James, enfático, fazendo com que Richard se retirasse rapidamente.

No passado, Yan estava frente a frente com Jack Shephard.

— Você não está aqui de verdade. — Disse Yan. — Você está morto.

Jack sorriu. Assim disse: — Eu realmente não estou aqui de verdade.

— O que? Então estou ficando louco? Ou isso é um sonho?

— Não, Yan. Isso não é um sonho. Preciso que você me encontre.

— O que?

De repente, tudo em volta de Yan tornou-se uma caverna em uma ilha. A caverna, era a mesma que Jack havia encontrado no passado. Yan andou e encontrou um caixão todo quebrado.

— O que é isso? — Perguntou o rapaz, assustado. Jack reapareceu atrás dele.

— Preciso que me encontre, Yan. — Disse Jack. Yan começou a entrar em desespero.

— Isso não está acontecendo. — Disse Yan aos gritos. Fechou seus olhos e começou a contar até dez, em sua cabeça, a voz do Jack permanecia repetindo “me encontre, Yan”, até que finalmente, tudo voltou ao normal, e ele jazia sozinho nos corredores do hospital.

Dia seguinte, Yan estava finalizando seu plantão. Estava extremamente assustado pelo o tinha visto naquela madrugada. Estava olhando para o nada quando uma colega de trabalho chegou.

— Tudo bem? — Perguntou ela.

— Estou bem. Obrigado. — Disse Yan, com um sorriso estranho no rosto.

Caminhou com a nova bolsa até a sala onde se encontrava a senhora Straume, sua paciente, e lá havia um homem sentado ao lado dela enquanto ela dormia. Ele estava de costas.

— Desculpe senhor. Não está na hora de visitas. — Disse Yan.

O homem se levantou e era Miles Straume. Estava mais velho.

— Oi. Me desculpe. Eu sou filho dela. — Disse Miles.

— Perdão, não sabia. Está de acompanhante?

— Estou aqui desde ontem. Desculpe entrar sem avisar, mas essa é minha mãe, né? Não consigo ficar longe dela.

— Eu entendo. — Disse Yan, sorrindo.

Quando Yan se aproximou de Miles, algo aconteceu, e Miles foi capaz de sentir algo estranho.

— Está tudo bem? — Perguntou Yan, percebendo que Miles estava agindo de forma esquisita.

Quando aquela sensação parou, Miles virou para Yan e disse: — Na verdade, eu estou aqui por um motivo. Para falar sobre aquela ilha.

Yan olhou para Miles sem entender exatamente do que ele estava falando.

— Como assim, que ilha?

— Não sabe do que estou falando?

— Não.

— Olha rapaz, me encontre na hora do almoço nesse endereço que estou te dando. — Disse Miles, entregando o endereço nas mãos de Yan.

Miles saiu da sala e Yan terminou de cuidar da mãe dele, e então, saiu da sala. Lara, a senhora deitada na cama, abriu seus olhos. Estava acordada o tempo todo e ouviu toda a conversa. Lara lembrou dos seus dias na Dharma, afinal, era ela esposa de Pierre Chang e sabia exatamente sobre qual ilha os rapazes conversavam.

Algumas horas depois, Miles e Yan conversavam em uma lanchonete.

— Então, Jack Shephard está morto? — Indagou Yan.

— Sim, não sei ao certo, na verdade. Eu saí daquela ilha juntamente com outras pessoas. Aquela ilha é perigosa, então, se puder, não vá. — Comentou Miles.

— Por que está me contando isso? Como sabe sobre a ilha e Jack Shephard?

— Eu consigo sentir os mortos. Mas eu sempre preciso de algo que pertenceu ao morto em seus últimos momentos antes de morrer. Eu senti a presença de Jack em você.

— Mas Jack possivelmente morreu na ilha, como você conseguiu sentir a presença dele perto de mim?

— Meus poderes foram ganhados naquela ilha. Eu nasci lá. Eles se manifestam de formas aleatórias. Antes eu só podia ouvir os mortos de uma forma, hoje, consigo sentir a presença deles quando alguém usa algo de algum morto.

— O jaleco.

— Como assim?

— Esse Jaleco foi de Jack Shephard. É uma lembrança que minha mãe guardou dele. Ela me deu.

— Entendi.

— Mas como posso confiar em você? Acabei de te conhecer.

— Escuta. — Disse Miles, com a voz firme. — Saiba que essa ilha é perigosa. A Widmore com certeza virá atrás de você, ainda mais sabendo que é filho de Sarah.

— Mas por que eu?

— Você nunca se perguntou quem pagou seus estudos?

— Minha mãe me contou que foi uma doação da família Shephard.

— Não seja idiota. Quem bancou seus estudos foi a Widmore. Eles estão fazendo isso desde que Desmond voltou. Estão formando e recrutando. — Disse Miles se levantando. — Não importa o que aconteça. Nunca vá naquela ilha. — Disse Miles saindo.

Do lado de fora, Miles encontrou-se com Frank.

— Ele acreditou em você? — Perguntou Frank.

— Não sei. De qualquer forma o garoto não sabe de nada sobre a missão de Desmond.

— Você foi bem, Miles. — Comentou Frank, enquanto os dois saíram dali. Observando de longe, estava Yan, tentando não ser notado pelos dois. Estranhou tudo aquilo, mas resolveu não interferir.

No presente, Aaron chegou até o pátio do prédio onde Yan e Clementine conversavam. Observou que os dois estavam conversando e então se aproximou.

— Parece que seu pai irá ceder.

— Escuta, Aaron, então é verdade que a Widmore pagou meus estudos e do Yan? — Perguntou Clementine.

— Que? Como assim? Não estou sabendo. — Disse Aaron.

— Cara, já estamos dentro da missão. Sem segredos, por favor. — Disse Yan.

— Não, é sério. Eu não sabia disso. — Disse Aaron.

— Eu estava falando com Clementine que eu já tive diversos sonhos e flashs com essa maldita ilha, e não foi diferente com ela, e pelo visto, nem mesmo com você. — Disse Yan.

— Espera. Vocês também? — Perguntou Aaron, atordoado.

— Eu não sei o que é tudo isso, Aaron. Quando vocês vieram até mim, eu já sabia que isso iria acontecer. — Disse Yan fazendo Aaron sorrir. — Por isso aceitei. Mas não quis dar pistas que eu sabia.

— Eu também, Aaron. Por isso aceitei. — Disse Clementine.

— Então para que tudo isso? Por que simplesmente a Widmore não pagou a passagem de vocês direto para Sydney? — Perguntou Aaron, retoricamente, quando, Richard chegou.

— Precisávamos saber quão fundo você iria nessa missão, Aaron. — Disse Richard, chegando sorrateiramente.

— Isso tudo foi um teste? — Perguntou Aaron, bufando.

— Um teste de capacitação. A missão de vocês não será fácil. Unir vocês assim, antes de tudo, era necessário. — Comentou Richard.

Todos o olharam sem saber do que realmente tudo aquilo se tratava, mas proferiram o silêncio. Richard continuou: — Amanhã partirem para Seul, nossa última parada.

— Espere um pouco. Parece que vocês já têm tudo planejado, não é mesmo? — Perguntou Clementine, todos olharam para ela.

— Algum problema? — Perguntou Richard.

— Vocês pagaram nossas faculdades. Para que tudo isso? — Perguntou Clementine.

— Acreditamos que vocês sejam prodígios, é isso. — Disse Richard.

— Já sabemos que todos aqui temos alguma conexão com aquela ilha. Tem algo mais que vocês não queiram nos revelar? — Perguntou Clementine, diretamente para Richard. Estava desconfiada de algo.

— Clementine, entenda que apenas temos algo muito importante para fazer. É tudo que posso dizer. — Disse Richard. Clementine cruzou seus braços, irritada.

— Quanto ao meu pai? — Perguntou Clementine. — Ele finalmente topou?

— Não se preocupe. James sabe da sua capacidade. — Disse Richard.

Enquanto isso, James estava no apartamento de Clementine, sentado, pensativo sobre o que acabara de acontecer. De repente, começou a quebrar tudo, com raiva.

— Desgraçados! — Exclamou ele.

Em 2028, Lara ainda estava na maca do hospital quando Frank chegou. Ela estava sozinha e nervosa, mal conseguindo controlar sua respiração ofegante.

— Olá, senhora Straume. Quanto tempo. — Disse Frank, sua voz soando mais grave do que o normal.

— Olá Frank. Realmente, muito tempo. — Disse Lara, forçando um sorriso falso em seu rosto tenso.

— Eu não sei se a senhora sabe, mas eu e seu filho estamos trabalhando para Wilbert. - Frank abaixou a voz e olhou para a porta, como se esperasse que alguém pudesse ouvi-los.

Neste instante, Wilbert entrou na sala e a atmosfera mudou drasticamente. Lara começou a entrar em pânico e seu coração acelerou ainda mais. O estetoscópio começou a fazer um ruído estranho e assustador. Wilbert a cumprimentou com um sorriso sarcástico no rosto, deixando Lara ainda mais apreensiva.

— Namaste! — Disse Wilbert, olhando fixamente para Lara — senhora Lara Straume, ou deveria dizer, Lara Chang. Faz alguns anos. Seu filho está sendo útil para mim, nesse momento. — Continuou ele, com um tom ameaçador em sua voz.

— O que você quer de mim? Onde está Miles? — Perguntou Lara, sua voz trêmula.

— Calma. — Disse Wilbert, enquanto Frank olhava toda a situação, tenso e preocupado. — Não farei mal à Miles. Ele está trabalhando para a Dharma, como deveria ter sido se Chang não tivesse estragado tudo.

— Do que você está falando? — Questionou Lara, sua voz fraquejando.

— Lara, minha querida. Que pena que você abandonou a Dharma daquele jeito, sem reportar nada do que havia acontecido na ilha. Voltou a usar seu sobrenome, Straume. Saiba que o Senhor Hanso, quando soube que a senhora estava viva, não ficou muito feliz.

— Hanso está morto. — Lara tentou manter a calma, mas seu tom de voz já estava desesperado.

— Tem certeza? — Perguntou Wilbert, com um olhar desconfiado.

— Sim, eu vi com meus próprios olhos. O que você veio fazer aqui? — Disse Lara, tentando manter o controle.

— É uma pena que mentes brilhantes como a sua precisam ser apagadas do mapa. — Disse Wilbert, com um sorriso sádico em seu rosto. Então, sem aviso prévio, ele pegou uma seringa vazia e injetou o conteúdo dentro da bolsa de soro da Lara, que gritou de dor e tentou se debater para sobreviver. Mas foi em vão, ela morreu em instantes, com o barulho do estetoscópio confirmando sua morte.

— Mais um. — Disse Frank, olhando para a Lara morta naquela maca, seu tom de voz trêmulo. — Sinto muito, Miles. — Frank abaixou sua cabeça, em sinal de respeito. Wilbert colocou a mão no ombro de Frank com um sorriso malicioso no rosto.

— Obrigado. — Disse Wilbert e saiu da sala, deixando Frank para trás. Wilbert caminhava em meio aos corredores do hospital e sussurrava: — Não vou sossegar enquanto não destruir todos que atrapalharam o progresso da Dharma.

Algumas horas depois, Yan voltou ao plantão e foi visitar Laura em seu quarto. Chegando lá encontrou o corpo de Laura, já morta há algumas horas. Gritou pelos médicos para que tentassem acordá-la, mas já era tarde.

— O que houve aqui? — Indagou Yan para a equipe que ali estavam, mas todos pareciam tão confusos quanto ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, ao ler, comente, siga e favorite. Ajuda muito.
Qualquer dúvida pode perguntar nos comentários.
Próximo capítulo: 02/05/2023 às 09:30