A Pedra Filosofal: Regulus Black Mestre de Poção 1 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 20
Capítulo 20




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— Ele vai ficar bem — Harry disse, para tranquilizar a Hermione ou a si mesmo, talvez os dois — o que você acha que vai acontecer agora?

Hermione ponderou sobre a pergunta enquanto eles abriam a porta.

— Passamos pelo Visgo do Diabo de Sprout, Flitwick provavelmente foi quem enfeitiçou as chaves, McGonagall transfigurou as peças para lhe dar vidas. Então faltam o feitiço de Quirrell e o de Black.

— Vamos — ele a encarou por um momento, recebendo um sinal com a cabeça e finalmente abriu a porta.

Eles foram atingidos por um odor terrível, fazendo-os puxar as vestes sobre o nariz. Os olhos lacrimejando, eles viram deitado no chão diante deles um trasgo ainda maior do que aquele que eles enfrentaram no Halloween. Este, pelo menos, estava desacordado e com um calombo ensanguentado na cabeça.

— Que bom que não tivemos que lidar com esse ai — Harry disse puxando Hermione em direção a outra porta — vamos, não consigo respirar.

A porta seguinte foi aberta pelo menino, os dois mal se atreveram a olhar o que vinha a seguir. Porém não havia nada de assustador ali, apenas uma mesa com sete garrafas diferentes em fila.

— Esse é do professor Black — Harry disse.

Harry pode ter até tirado uma nota aceitável em poções, mas ainda estava longe de ser sua melhor matéria, então ele deixou Hermione resolver isso. Eles leram um papel que tinha junto as garrafas, e para espanto de Harry, a garota entendeu rápido o que fazer.

Apenas Harry atravessou aquela sala, mas antes pediu a Hermione que voltasse e fosse ao corujal, enviando uma carta através de Hedwigs para Dumbledore.

— Acho que posso atrasar Quirrell — Harry afirmou — então vá.

— Mas e se Você-sabe-quem estiver com ele?

— Tive sorte uma vez — Harry disse apontando para a cicatriz — Talvez tenha de novo.

E então ele partiu para a próxima câmara.

Quirrell estava lá, não foi uma surpresa isso, Harry já esperava ver seu professor.

A partir de então as coisas só ficaram mais assustadoras. Quirrell usou um feitiço Corpo Preso, para manter Harry no lugar, o moreno podia ver o espelho de ojesed no meio da sala vazia. Enquanto ouvia Quirrell murmurando como se estivesse falando com alguém.

Harry tentou o distrair, falando sobre a vez que viu o Professor Black o confrontando. Mas tudo que conseguiu por um tempo foi o homem reclamando do professor de Poções. Como Black nunca pareceu gostar ou confiar em Quirrell, mesmo na época em que ele começou a lecionar em Hogwarts na matéria de Estudo dos Trouxas. E então revelou que Black havia estudado na mesma época que o pai de Harry, e que eles não se davam bem, mesmo não estando no mesmo ano.

Mas a informação mais importante veio quando Quirrell revelou quando conheceu seu mestre.

— O conheci quando estava viajando o mundo — o homem começou a contar — Eu era um rapaz tolo naquela época, cheio de ideias ridiculas sobre o bem e o mal. Lorde Voldemort me mostrou que eu estava errado. Não existe o Bem e o Mal, só existe o poder. E aqueles que são muito fracos para o almejarem. Desde então venho o servindo com lealdade.

Então o homem de turbante se virou para ele, e com um feitiço o puxou para mais perto de si e do espelho.

Eu quero achar a Pedra, antes de Quirrell, Harry pensou encarando o espelho. E então ele se viu com ela na mão, e a colocando no bolso de sua calça, e de repente ele pode sentir o peso novo no lugar que seu reflexo havia posto a Pedra.

— O que o espelho faz? — Quirrell perguntou a si mesmo — mostre-me mestre.

Uma voz respondeu, ela vinha de Quirrell, mas não saia da boca do homem, isso aterrorizou Harry.

— Use o garoto.

Quando Harry achou que as coisas não poderiam se tornar mais assustadoras, Quirrell desenrolou o turbante e virou de costas para ele. Harry poderia ter gritado, mas não conseguiu produzir nem um som. Onde deveria ser a parte de trás da cabeça de seu professor, havia um rosto, o rosto mais horrível que Harry já viu. Era branco-giz, com olhos vermelhos e fendas no lugar do nariz como um réptil.

Ele estava diante a Voldemort pela primeira vez em dez anos, a primeira vez em que ele tem alguma consciência. E o tal Lorde das Trevas, o homem que matou seus pais é mais assustador do que qualquer história meio contada de Hagrid.

Ele começou a falar com Harry, e tudo que o menino queria fazer é se afastar, mas seu corpo estava dormente, como quando estava preso pelo Visgo do Diabo.

—  Agora — ele disse ainda mais perto — por que não me entrega essa Pedra do seu bolso.

Ele sabia, Harry percebeu apavorado. Finalmente ele conseguiu sentir seu corpo novamente, cambaleando para trás.

— Não seja burro —  ele rosnou — é melhor salvar a sua vida e se unir a mim...ou morrer como seus pais. Eles morreram implorando piedade.

— MENTIRA! —  Harry gritou.

— Comovente — Voldemort disse, Quirrell caminhava de modo que a cara feia sempre estivesse olhando para ele —  Sempre dei valor à coragem. Sim, menino, seus pais foram corajosos. Eu matei seu pai primeiro, e ele me enfrentou com coragem. Sua mãe não precisava ter morrido...estava tentando te proteger.

Harry só pode encarar o assassino de seus pais enquanto ele contava como tirou a vida de sua família. 

— Agora me dê a Pedra.

— NUNCA! 

Depois disso suas memórias ficaram confusa, ele brigou com Quirrell e Voldemort depois que ele o impediram de fugir. Ele lembra de tocar o rosto de Quirrell em um certo momento, e o homem recuar gritando de dor, seu rosto criando bolhas, e percebeu que o professor não podia lhe tocar sem sentir dor, então Harry usou isso a seu favor, agarrando o braço do homem, até que ele desmaiou.

 

***

Harry piscou os olhos quando algo estranho e dourado surgiu à sua frente, ele pensou ser o pomo de ouro e esticou os braços para alcançá-lo, mas seus braços pareciam pesar uma tonelada.

Piscando novamente as coisas começaram a entrar em foco ou quase, diante a seus olhos. Não era um pomo de ouro, mas óculos, e depois de mais alguns segundos o rosto sorridente de Dumbledore se tornou mais reconhecível.

— Boa-tarde Harry — disse o diretor.

Harry fixou o olhar nele, e então como uma avalanche as lembranças voltaram a ele.

— Professor! A Pedra! Foi Quirrell! Ele apanhou a Pedra...

— Acalme-se, menino, você está um pouco atrasado. Quirrell não pegou a Pedra.

Harry encostou no travesseiro, respirando fundo, para tentar entender o que aconteceu.

— Então a Pedra...?

— Vejo que não descansará até entender — Dumbledore disse — o Professor Quirrell não conseguiu tirá-la de você. Cheguei a tempo de impedir que acontecesse.  O esforço que você fez para manter a Pedra a salvo, quase o matou. Por um momento terrível eu pensei que o tinha.  Quanto à Pedra, ela foi destruída.

— Mas e seu amigo Nicolau Flamel

—Nicolau e eu tivemos uma conversinha e concordamos que assim era melhor.

Harry se sentiu relaxar, tudo tinha acabado, ele estava seguro. Então pela primeira vez ele notou o seu redor. Ele estava ciente de estar na enfermaria, a mesa ao lado de sua cama está abarrotada do que parecia ser metade de uma loja de doces.

—Presentes dos seus amigos e admiradores — Dumbledore explicou quando notou a atenção de Harry nos doces — Aquilo que aconteceu  nas masmorras com Quirrell é um segredo absoluto, por isso é claro a escola toda já sabe.

— Há quanto tempo estou aqui? 

— Três dias. O Sr. Ronald Weasley e a Srta. Granger vão ficar muito aliviados por você ter voltado a si, estavam muito preocupados.

Harry sorriu e assentiu, mas parou na hora pois o movimento fez sua cabeça doer. Então ele ficou deitado lá, os dois em silêncio, antes do Diretor se levantar para sair.

—Professor? — Harry chamou — estive pensando...Mesmo com a Pedra destruída, Vol... quero dizer, Você-sabe Quem...

— Pode falar, chame-o de Voldemort,  sempre chame as coisas pelo seu nome. O medo do nome só aumenta o medo da coisa.

 — Sim, senhor. Bem, Voldemort tentará de novo, de outras formas voltar, não vai? Quero dizer, ele não se foi de vez.

—Não, Harry, não foi. Ele continua a vagar por ai, em busca de um corpo para usar,  sem estar propriamente vivo, ele não pode ser morto. Apenas abandonou Quirrell a morte, demonstrando a mesma falta de piedade com amigos e inimigos. Você pode ter apenas o retardado, mas se isso continuar acontecendo, se ele for retardado repetidamente, talvez nuca retorne ao poder.

Harry concordaria, mas mexer a cabeça é uma péssima ideia, então apenas fez um som de concordância.

— Eu gostaria de saber a verdade senhor — Harry disse — Voldemort disse que só matou minha mãe porque ela tentou impedi-lo de me matar. Mas por quê?

— Eu lamento, Harry, mas essa é a primeira coisa que você pergunta e eu não posso responder. Ainda não. Mas você vai saber, um dia, quando for mais velho.

Harry não gostou da resposta, mas agora ele percebeu que não adiantaria insistir. Ele vai descobrir a verdade, um dia. Harry não vai desistir disso.

 

 


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