Estampido escrita por RMJ50


Capítulo 1
Capítulo Único




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— Realmente só sobretudo e minhas botas que você quer? — Seraphine se escora na motocicleta sem olhar para outra mulher vestida tão piltovense quanto ela apesar dos olhos violetas chamativos

— Eu sei me vestir como uma pilt — mulher de cabelo azul revira uma bolsa — já te disse que invadi um casamento?

— Sim eu lembro daquele vestido, vamos ? — montava na motocicleta esperando Jinx subir na garupa

— Você é uma pilt muito estranha — segurava os ombros da garota mais baixa falando perto do ouvido — fica andando pela cidade com um trincheira montada na sua moto, e chocantemente não e a cantora do rádio na perna

— Se eu não te conhece-se, diria que é ciúmes — riu e começou a acelerar pelas vielas desviando habilmente do caótico trânsito de veículos e pessoas das vielas de Zaun — Mas sei que você demonstra ciúmes normalmente com uma arma

— Parabéns, você conhece a louca que leva para cama — debochou segurando a cintura da cantora com sorriso irônico

— Conheço bem, diferente dos motivos de você querer subir para Piltover vestida como uma pilt — olhava pelo retrovisor para piromaníaca apoiando queixo no seu ombro

— Se estivesse tão curiosa teria me questionado antes de dar as roupas — debochou — talvez você descubra

Cantora resmungou em resposta agora guiando pelo entresol, logo chegariam as pontes do rio Pilt. O sol do início de tarde brilhava forte na cidade do progresso e suas ruas um pouco mais movimentadas que normal

— Pare aí na sua loja! — Jinx ordenou firmemente

— Certeza? — recebeu um aceno positivo da piromaníaca antes de virar as ruas certas para casa para parar na porta da oficina do pai

— Você sempre insiste para eu usar a porta — Jinx debochou ao descer da motocicleta e se dirigir a porta — prometo me comportar

— Fico mais aliviada quando você diz o contrário — seguiu ela para dentro vendo o pai e a assistente de meio horário organizando algumas peças de reposição no balcão — Boa tarde pai, Zeri

— Já chegou... — sorriso zombeteiro da mais nova congelou quando olhou para as duas mulheres de cabelo longo do outro lado do balcão com olhar de compreensão

— Filha, já chegou querida — finalmente olhando para as recém chegadas sorrindo

— Por pouco tempo, só queria passar aqui antes de pegar sua filha emprestada pelo resto da noite — mesmo Seraphine parecia perdida com a interação da piromaníaca com o pai

— Você seria a garota que minha filha tanto evitar falar? — brincou esbanjando a simpatia de um pai coruja

— Pode ser, você descobre com o tempo — puxou Seraphine confusa rumo as escadas antes de acrescentar de maneira enigmática — noite vai ser maravilhosa hoje, muito mais viva que antes

— Então vai me contar ou se me arrastar pela minha casa? — comentou assim que subiram até a cozinha

— Pegue comida, vamos em um lugar especial hoje — comentou vagamente pegando algumas garrafas no armário — continua bebendo como um zaunita pra alguém que atravessou a ponte

— Você nem bebe essas coisas pesadas — se deu por vencida colocando algumas coisas em uma bolsa

— Você não sabe tudo sobre mim, apesar de chegar perto passarinho — puxou a rosada rumo as escadas — se eu tivesse um fã clube você seria a mini você dele

— Millie, nome dela e Millie — corrigiu carinhosamente quando cruzavam a loja para ir embora — tchau gente

— Velhote, pirralha, adeus — Jinx passou pela porta já montando na motocicleta antes de conseguir escutar a resposta dos dois lá dentro — nos leve!

— Para onde senhorita explosão?

— Você vai ver meu passarinho! — segurou firmemente na cintura da mais nova assim que saíram — eu te guio

E assim seguiram pelo início da noite piltovense se aproximando da região central com instruções intencionalmente tardias de Jinx até pararem na saída lateral de um prédio residencial pouco movimentado

— Jinx? — Seraphine tentava parecer desconfiada mas a música da mulher de tranças não indicava nada de anormal

— Vamos subir, vista vai ser incrível — gesticulou explosões com as mãos antes de puxar a mais baixa pela escada de serviço

Após muitos lances de escada entraram pela cozinha de um grande apartamento piltovense, bastante empoeirado mas ainda sem perder a imponência da sua cara mobília e salão amplo

— Empurre sofá para janela da sacada — Jinx abriu a janela que dava vista dos imponentes prédios dos clãs mercantis até divisa do rio Pilt, e logo colocou o que trouxeram em uma mesa ao lado do sofá que Seraphine empurrou

— Onde estamos ? — olhou a vista antes de se sentar

— Um apartamento do clã Ferros — coçou a cabeça tentando lembrar — a irmã o matou ou fui eu? Não, eu não estava do lado de cima naquela época

— E nos estaríamos aqui na casa do falecido para? — olhou para noite da cidade vendo os holofotes dos prédios dos clãs mercantis

— Para comemorar — pegou comida e se sentou ombro a ombro com a cantora — a vista e perfeita

— Difícil ler as entrelinhas quando não tenho quatro completo — cantarolou roubando do pote um petisco — O que precisamos aqui é de um pouco de pânico?

— Mesmo que leve meu nome você está citando músicas da sua autoria? — pegou duas garrafas dando gole e dando a outra para companheira de cabelo rosa — sempre pensei que você fosse a humildade encarnada

— Jinx — disse suavemente também bebendo e fazendo leve careta com gosto forte

— Hoje nossa querida Glasc, aquela que te quer morta sempre bom lembrar — Seraphine revirou os olhos divertida — vai vir lamber as botas da mulher de ferro, por mais incrível que pareça, num evento frufru Pilt para comemorar

— Comemorar o que ? — virou a cabeça em dúvida

— Nosso massacre na ponte, velha gosta de simbolismos achando que pode humilhar ainda mais nossa querida baronesa — tomou mais um gole puxando um relógio do bolso — só acho que errou o alvo em simbolismos, alguém chorão como menino salvador seria melhor atingido

— E eu imagino que vamos ver em poucos minutos você estragar a noite deles? — puxou a mais alta para um abraço lateral beijando as bochechas dela

— Sem melodrama, vai estragar minhas explosões! — tentou se afastar de Seraphine que não a soltou a puxando ainda mais perto

— Nada meloso, só estou mandando a mais gostosa da cidade baixa me abraçar — envolveu os braços na cintura da Jinx apoiando o queixo no ombro dela — Quando vai começar?

— E só o primeiro idiota abrir a porta que leva ao palco — pegou relógio novamente — que deve ser exatamente agora

Primeiro veio som em sequência de grandes explosões engatilhadas seguidas do brilho neon tóxico da cidade baixa espalhado por todos os prédios importantes dos clãs piltovenses, centro da cidade estava mergulhada em fumaça verde e rosa. Risada enlouquecida dentro do apartamento acompanhava casa novo estouro

Logo a fumaça começou a baixar de revelando danos a propriedade e principalmente xinganentos aos clãs Ferros, Talis, Kiramman entre outros além da enorme marca registrada de todos os atentados a Piltover "Jinx esteve aqui" junto de uma cabeça de macaco que formado pelas várias ofensas de todos os prédios, sendo visto de todos os ângulos visíveis da cidade

— Bem perfeccionista — riu dando mais um beijo molhado na bochecha de Jinx

— Você aprecia a arte, mesmo com a contagem de corpos — sorria torto para garota

— Uma grande contagem — ironia escorria do seu tom com sorriso complementou — única coisa que escuto daqui e o ódio da Camille escorrendo como um rio turbulento

— Odeio que você seja um aparelho hexacustico envolto em algodão rosa — sorriu jogando a garrafa vazia pela janela

— Sim odeia — deitou puxando a mais alta para cima dela sorrindo olhando em seus olhos — você tem uma maneira única de demostrar esse ódio

Seraphine logo puxou para beijo lento segurando gosta de Jinx delicadamente. A luz da noite entrando pela janela era única coisa que iluminava o apartamento vazio

— Se eu soubesse que só uma garrafa e suficiente para te deixar saidinha, tinha levado você para beber a mais tempo — sorriso de comedor de merda de Jinx fez as bochechas da mais baixa corarem

— Cala boca e me beija sua idiota insana!


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Notas finais do capítulo

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