O acordo Dramione escrita por Aline Lupin


Capítulo 6
Capítulo 6




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Draco pegou seu carro no estacionamento trouxa e seguiu para casa. Pensava nas implicações que precisava aguentar para sobreviver. Não poderia deixar o país por cinco anos. Nem aparatar ou desaparatar. Deveria trabalhar no Ministério, como pena e punição por ter tentativa de assassinato. Como o Ministério sabia disso? Bom, alguém deu com a língua nos dentes. E esse alguém era o marido da sua tia, Rodolfus Lestrange. Ele, inconsolável pela morte da esposa, que de fato, nem o amava, pois ela era apaixonada pelo Lorde das Trevas, contou tudo que sabia sobre o que aconteceu na guerra e para reduzir sua própria pena em Azkaban. Culpava Draco e Lucius pela morte de Bella, também. Esse era um dos motivos pela retaliação. Não era como se Draco pudesse ter evitado a morte dela, afinal, estava fugindo do castelo no momento em que isso aconteceu. E Lucius aprovou aquela atitude, afinal, sabia que não poderia mais apoiar o Lorde das Trevas, não quando Harry Potter parecia ter ressuscitado.

E por aquele motivo, aquele maldito motivo, no caso, tentar matar Dumbledore, sendo substituído por seu padrinho, Severo Snape, ele também tinha uma pena a cumprir. Se se seu pai ficaria pelo menos de dez a vinte anos em Azkaban, ele ficaria com os seus bens congelados, até segunda ordem, pelo Ministério. Eles queriam ver o bom comportamento do rapaz e sua recuperação, por isso o forçaram a voltar a Hogwarts, ajudar na reconstrução do castelo e assumir um cargo no Ministério, sem chance de escolha. Ele começaria de baixo, sem poder opinar sobre isso. O que era humilhante. Ele não nascera para ser serviçal.

Durante dois meses, desde que concluirá os estudos, até antes da chega de Granger ao Ministério, ele passou por um treinamento psicológico, físico e mental, quanto ao seu cargo. Ele era assistente/agente de campo do Departamento de Controle e Regulamentação de Criaturas Mágicas. Basicamente, o trabalho de um serviçal. Precisou mexer nos arquivos, catalogar, ir até mesmo a Azkaban, para ver a questão dos dementadores e como eles estavam se comportando com os presos (a primeira vez, precisou conter uma rebelião, junto aos aurores), ver questões de contrabando ilegal de feras para outros países e servir o café do senhor Lewis. Aquela parte sim, feriu sua autoestima. Se Granger estava sofrendo com isso, sempre reclamando pelos cantos, ele sofreu primeiro do que ela e teve que aguentar as reclamações sobre o café ser muito aguado. Bom, ele não teria pena de Granger. Ela que ficasse com a função. Ele não era um elfo doméstico. Aliás, o que era mais estranho para ele era não ter elfos domésticos trabalhando por ali. Ele não sabia se isso tinha dedo de Lewis ou não.

Voltou para casa, um apartamento pequeno, o qual dividia com um colega auror. Se era exigência do Ministério? Ele não saberia dizer. Ao menos o rapaz não se metia em sua vida. Camus Shakelle, seu colega de apartamento, estava mais preocupado com as garotas que levava para lá, do que com o paradeiro de Draco.

Quando entrou, deu graças a Merlin por não ter ninguém na área, nem mesmo roupa intima jogada no sofá velho. Ao menos, sua mãe estava segura na Mansão Malfoy. Ela poderia ficar com a casa e ter uma mesada do Ministério. Mas, Draco, por opção, não quis ficar com ela. Detestava aquela mansão com todas as forças de sua alma quebrada.

Respirou profundamente, tentando tirar dos próprios pensamentos sua irritação constante. Depois que perdeu tudo, em um piscar de olhos, começou a entender a realidade, além de perceber que as pessoas ao seu redor não estavam à disposição dele. Inclusive, não teria direito ao elfo doméstico para lavar suas roupas, tirar o lixo, lavar a louça e preparar suas refeições. Ele bem que tentou deixar nas mãos de Camus para fazer o serviço sujo, mas Camus era mais bagunceiro que ele ainda.

Então, ao chegar na cozinha, encontrou a pilha de louça suja. Ao menos, o Ministério só tinha colocado um rastreador mágico nele quanto a aparatação. E poderia usar a magia a vontade para fazer outras coisas, desde que não fosse algo que prejudicasse os outros. Não conseguia compreender como Camus não usava a própria magia para arrumar o apartamento, mas segundo ele, não tinha tempo para respirar, devido ao trabalho constante como auror. Depois que Potter derrotara Voldemort, ainda havia muitos comensais foragidos, problemas na comunidade de vampiros, centauros e lobisomens. Já era recorrente o St. Mungus atender pacientes com mordidas de lobisomens e até mesmo trouxas e bruxos sendo mordidas por vampiros.

— Pense na burocracia disso tudo – Camus havia comentado, antes de sair para o trabalho, na semana passada – Eu não consigo parar para comer. É sempre um chamado atrás do outro. Ah, não esquece de tirar o lixo. Tchau.

Draco segurou-se para não o azarar, mas, precisava de Camus, se queria demonstrar que havia mudado. O que era muito irritante. Se ainda tivesse sua fortuna, não iria ter que fazer nada daquilo, nem se dar bem com ninguém. A única coisa que queria de verdade, era ficar longe de Londres e do mundo bruxo. Detestava o olhar de raiva deles, o olhar de pena, também. A raiva talvez, fosse mais fácil de lidar. A pena, no entanto, revirava seu estomago. Ele sabia que não teve escolha, quanto as besteiras que seu pai fez para apoiar Voldemort, contudo, não queria compaixão de ninguém. Muito menos...

Granger.

Aquela garota o irritava tanto. Em Hogwarts ela realmente tentou fazer amizade, como se nada tivesse acontecido. Como se anos a chamando de sangue ruim, fossem mudar algo. Ele apenas queria ficar em seu canto e cumprir sua pena com o Ministério, mas lá estava ela saltitante, tentando inclui-lo em tudo.

— É para ajuda-lo, Malfoy. Você precisa de amigos – ela havia justificado.

Ele não queria amigos. Nem a pena deles. Depois de como foi tratado por Pansy, Blásio e Theodore, não precisava de ninguém. Sabia que todos eram falsos com ele. Inclusive a sabichona da Granger. Então, sim, ele infernizou sua vida. Estava quase entrando em uma trégua, quando ela colocou vomitilhas no seu chá, fingindo que tudo estava bem. Ele vomitou em todo o caminho até a enfermaria. E todos viram. Riram pelas suas costas. Sabiam que fora Granger. Disseram que fora enganado por uma nascida trouxa. E isso ferveu seu sangue. Ele não poderia deixa-la impune. Infelizmente, era final de semestre. Todos voltaram para casa, inclusive ela. Então, jurou a si mesma que iria puni-la por sua insolência. Somente não pensou que seria tão cedo isso. Parecia que o destino estava ao seu favor.

Ele riu baixinho, usando a varinha para deixar tudo limpo e organizado. Ele era meticuloso com a limpeza. Muito cuidadoso com suas coisas, com suas roupas e com a própria comida. Cozinhava para si mesmo, não tão bem, mas somente comeria da própria comida. Não confiava em ninguém para isso. E desenvolveu uma espécie de mania. Ele tinha nojo de comer fora, pois pensava em como a comida era manipulada. E se essas pessoas lavavam as mãos para isso. Se faziam tudo conforme as regras. A primeira vez que comeu fora, sem querer, passou pela porta de entrada somente para funcionários, em um restaurante trouxa e viu a bagunça que era o lugar. Inclusive, um dos funcionários pegando uma panqueca no chão e colocando no prato. Aquilo fora demais para ele.

Depois que terminou a limpeza da cozinha e deixou o pano de chão enfeitiçado limpando o chão com álcool e agua sanitária, algo muito interessante, que havia descoberto no mundo trouxa, ele tirou os lixos, com luva. E fez um feitiço para a limpeza do banheiro também. Se negava a lavar privada. Deixou o esfregão fazer isso por ele.

Jogou o lixo no primeiro andar, dos descartáveis, do prédio trouxa e foi para lavandaria com o saco de roupa. Ali era fácil. A máquina de lavar trouxa fazia o trabalho e enquanto ele esperava ficar tudo pronto, lia o jornal do Profeta Diário. E ali estava, na primeira página. A foto dele com Granger. Ela tinha um sorriso nervoso, enquanto que ele, sabendo dissimular as emoções, apenas dava um meio sorriso. Pareciam um casal e era assim que o profeta fez parecer. Riu da própria ironia. Jamais se misturaria a uma trouxa, mesmo que ela fosse bonita.

Bonita?

Algo estava errado consigo mesmo. Talvez, tivesse batido a cabeça com força, quando Baltazar o derrubou com a maldição crucio. Amassou o jornal, jogando-o na lata do lixo. Depois, tirou as roupas da máquina e colocou na secadora. Com tudo pronto, colocou-as dentro do saco de lixo. Levou-as de volta para o apartamento. Ali, em seu quarto, ele as dobrou meticulosamente, guardando-as em cabides, dentro do closet. Seu olhar voou para o espelho, quando fechou a porta do closet. Estava pálido. Magro demais. Talvez, sua comida fosse terrível. Precisava aprender a cozinhar urgente. Pensar nisso lhe causou uma nova onda de fúria. Sacou o espelho, na raiva que sentia. Os cacos de vidro perfuraram seu punho, causando sensação de picadas e o sangue escorreu pela pele de alabastro dele. Seus olhos estavam injetados de sangue e os cabelos brancos demais. As sobrancelhas no mesmo tom. Odiava a si mesmo. Odiava sua aparência. Lembrava muito seu pai. E lembrar do seu pai, o fazia recordar que ele era o que era, devido a influência dele.

Gritou, ensandecido, terminando de quebrar todo o espelho da porta do closet. Depois, chutou a própria cama, em sua fúria e reclamou pela dor. Estava sendo ridículo, sabia disso. A mão e o pé doíam tanto, mas pelo menos abafava a frustração que sentia. Era crescente. A sensação da humilhação que sentia a cada dia que precisava pisar no Ministério, fingindo ser outra pessoa. Fingindo que tudo estava bem. Mas, não estava. Ele não se sentia bem. Toda sua vida tinha virado de cabeça para baixo quando a guerra terminou. Antes dela, já era bem ruim. Agora, não tendo escolha nenhum sobre seu futuro, era demais para ele. Não queria lidar com nenhum problema do Ministério. Nem sabia o que poderia fazer da sua vida. Pensou em se trancar em uma casa, longe da Inglaterra e fazer experimentos em Poções. Sempre foi muito bom com isso. Mas, onde isso iria o levar? A nenhum lugar, talvez. Mas, ele teria dinheiro para pelo menos três ou quatro vidas e sua mãe estaria bem.

Mãe...

Ele sabia que deveria ir até a mansão fazer uma visita. Fazia semanas que não ia. Ela não lhe enviava carta alguma. Nunca contava seus problemas. Porém, era óbvio que ela estaria sofrendo por causa de Lucius e por causa do maldito dinheiro confiscado pelo Ministério. Eles foram reduzidos a nada. Os Malfoy eram páreas sociais.

Riu amargamente. Precisava ver aquele punho ferido.

**

Saiu para o trabalho cedo, pegando seu carro. Pensou em passar na casa de Granger, mas isso a faria ter ideias erradas em sua mente.  Ele não queria que ela pensasse que ele estava interessado. Pois, não estava. Ele apenas queria se divertir um pouco. Já tinha tido sua vingança ao vê-la assustada com as acromântulas. Apesar disso, ela manteve a calma e conseguiu fazer todas elas caírem uma espécie de sono. E isso ele precisava admitir, ela era um gênio. O Ministério não queria matar nenhuma delas, afinal, o veneno de uma acromântula poderia ser utilizado para estudos e até mesmo antídotos para outros venenos.

Parou em frente ao Largo Grimmauld. Não sabia bem o por que estava ali. A primeira vez, tentou a sorte. Ele havia descoberto o endereço dela com a recepcionista, que lhe deu de bom grado, depois de um sorriso galante. Ela não parecia detesta-lo, ao menos. Nem sabia se Granger iria sair de casa naquele dia. E para sua sorte, ela tinha saído. Então, ele a fez ir em uma missão suicida com ele. Era parte da sua punição. E também, Lewis havia emparelhado os dois, de propósito. Fazia parte do: Vamos ver se Malfoy está mudando e se comportando bem. Kingsley pagaria muito caro por isso. Se ao menos tivesse algum podre dele, iria usá-lo. Mas, aquele ministro tinha a ficha limpa e era imaculado. Contudo, um homem com poder sempre tinha fraquezas. Até mesmo Voldemort tinha uma e ele descobriu depois que a guerra acabou. Eram as suas horcruxes.

Bom, Granger não iria sair. Ele resolveu tomar seu caminho até o Ministério e ver qual seria a próxima tarefa. Ele sempre fazia as tarefas mais difíceis e ingratas. Fazia parte da sua punição, com certeza que sim. Sem querer, tentando limpar o vidro embaçado, sua mão esbarrou em algo. Ele sabia que aquilo era um rádio trouxa. Apenas nunca teve interesse em liga-lo. Tocava uma música das quais ele escutara Granger cantar, quando precisaram voltar ao covil de Baltazar. Ela cantava desafinado, mas ele soube que música era quando escutou no rádio tocando. Desligou, irritado e quase bateu o carro na traseira de outro.

Chegou no estacionamento sem bater o carro naquela manhã. Havia alguns amassados anteriores, mas nada que um feitiço de ilusão não ajudasse. Deixou o carro no estacionamento e foi direto para os banheiros do outro lado da rua. Era uma das formas de chegar ao Ministério. Ele detestava isso, mas não havia nenhuma cabine telefônica a disposição.

Ao chegar no Ministério, depois de ter usado um feitiço para limpar as roupas, ele rumou para o escritório de Lewis, sem olhar para seus colegas. Eles ainda o tratavam com hostilidade velada. Melhor assim. Quando fosse embora, não queria nunca mais ver nenhum deles. É claro que passou por Mary Wilson, que não parava de piscar os olhos para ele. Ela era irritante. E Imelda. A senhorinha agradável. Ela era a única que não o tratava com hostilidade e também não era falsa.

— O chefe tá irritado hoje, senhor Malfoy – ela avisou, antes que ele chegasse perto da porta preta com maçaneta dourado no meio – Parece que houve um problema em Azkaban, com os dementadores, de novo. Eles deram um beijo do dementador em um dos detentos, sem a autorização prévia do Ministério.

Draco, sem desejar, sentiu o sangue enregelar nas veias. Seria seu pai? Ele estava irritado com Lucius, mas não o queria morto.

— E...sabe quem era o detento? – perguntou, em tom baixo.

— Não. Mas, você vai descobrir logo – Imelda respondeu, com um ar cumplice – Tenho certeza que não é seu pai. Fique tranquilo, garoto.

Ele a fitou com indiferença, mas por dentro, algo amoleceu. Ela tinha os olhos castanhos e amáveis, que parecia ter o poder de acalma-lo. Engoliu a seco, desviando o olhar e se aproximando da porta do chefe. A porta se abriu sem que ele a tocasse.

Lewis estava com um telefone trouxa na orelha, gritando. Parecia irritado com alguém do outro lado da linha. O Ministério havia aderido a engenhoca trouxa porque tinha sérios problemas com corujas e memorandos que nunca chegavam as salas certas.

— Eu disse não, Harvey – ele esbravejou – Não deixe os aurores chegarem lá antes dos meus agentes. Eles não sabem o que estão fazendo. Dementadores são seres perigosos. Mas, alguém deve estar por trás disso. Harvey, já falei que não.

Ele desligou o telefone, colocando o gancho preto na caixa quadrada com números. Fitou Draco com um ar sério. Ele estava com um bigode fino e engraçado. Era muito jovem para usar aquilo.

— Malfoy, preciso de você agora em Azkaban. Leve quem você quiser, desde que seja bom em feitiços e saiba que você vai entrar em um campo minado. A coisa está feia por lá.

— Claro, senhor – ele respondeu.

Os agentes de fato, eram só ele e mais uma pessoa. Ele teria que pensar em quem. Poderia ser David, mas o rapaz era muito lerdo. Mal tinha aprendido a se achar nos arquivos ou poderia ser...

— Me chamou, senhor? – Atrás dele, Granger equilibrava uma bandeja com uma xícara de café e um pote de biscoitos.

O que Lewis estava fazendo agora?

A bandeja voava e quase atingiu a cabeça de Draco. Ele teria reclamado, mas viu o olhar dela. Era assassino. Ele não sabia como Lewis não tinha medo daquele olhar. Ele mesmo demorou para se acostumar com isso, apesar de fingir indiferença

— Sim, senhorita Granger – Então, era como se Lewis não estivesse mais bravo. Ele sorria. Algo estava errado. Ou ele reservava suas grosserias para Malfoy, ou estava flertando com Granger – Obrigado por trazer para mim o café e os biscoitos. Eu iria pedir isso mesmo.

A bandeja aterrissou com certa força na mesa desorganizada de Lewis, que dava calafrios em Draco. Como aquele homem conseguia se achar em meio àquela pilha de documentos espalhados.

O café espirrou para os lados, mas Lewis não parecia ter percebido. Seu olhar estava dirigido Granger como se ela fosse um espécime raro. E ela, no entanto, com certeza estava controlando a raiva homicida. Draco mordeu a bochecha, tentando não rir. Deveria ficar mais tempo ali, somente para ver o que aconteceria a seguir.

— Pode ir, Malfoy. Está dispensado – Lewis nem olhou para Draco, apenas fixando seu olhar estranho em Granger. Ele parecia meio vesgo.

— Bom, eu estou indo, mas queria levar a Granger comigo. Já que ela é ótima no feitiço do patrono.

O olhar de Lewis se tornou surpreso. Ele parecia mais embevecido por Granger. E não, ele não voltou o olhar para Draco. Ele se sentia um intruso naquela sala, enquanto os dois amantes se olhavam. Bom, somente um, é claro. Granger não parecia gostar de Lewis, pela forma como apertou o maxilar. Ela parecia prestes a quebrar os dentes.

— Eu não sabia que a senhorita conseguia conjurar um patrono, senhorita Granger – Lewis disse, com certo orgulho.

Draco acreditou ser deboche. Mas, não era. Havia orgulho sim na voz de Lewis e ele percebeu isso em seguida. Estava tentando bajular Granger. Contudo, ela encarou como deboche.

— Nós temos ótimos professores em Hogwarts, senhor Lewis. Já estudou lá? – ela indagou, com um tom azedo.

— Ah, não tive essa oportunidade. Estudar com Harry Potter e Dumbledore, realmente, deve ser incrível – Lewis disse, em tom bajulador e então, pegou a xícara branca pela alça, bebericando o café. Fez uma careta – Senhorita Granger, poderia trazer o açúcar? Está faltando. Está tão amargo.

Ele parecia envergonhado de dizer aquilo. Mas, a forma como Granger apertava os punhos demonstrava que ele estava brincando com fogo.

— Senhor, o açúcar está na bandeja, no açucareiro – Draco indicou – E agora, se nos der licença, precisamos ir a Azkaban.

— Ah, sim, mas é claro. Estão dispensados.

Granger saiu na frente, batendo os saltos com força no chão, com sua saia lápis inesperável e camisa branca. Draco tentou não rir, mas quando saiu da sala, que se fechou atrás de si, riu baixinho. Quase estava arrependido de levar Granger consigo a Azkaban, mas seria bom ter ela por perto, afinal, ela era o gênio ali. E ele iria precisar naquela manhã.


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