O acordo Dramione escrita por Aline Lupin


Capítulo 4
Capítulo 4




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O que veio em seguida, foi um borrão. Hermione não ficaria ali para ser morta.

— Estupefaça! – ela apontou a varinha para aranha, que bateu com força na parede de pedra.

Malfoy fez o mesmo com Baltazar, que revidou com o feitiço Protego. Os dois começaram o duelo. E as aranhas começaram aparecer, em um pequeno enxame.

— Santo Deus – Hermione sussurrou.

— Faça alguma coisa – Malfoy gritou.

— Eu estou tentando – ela disse, de costas para ele – Reducto!

Algumas aranhas pequenas foram atingidas e explodiram em pedaços. Hermione tentou não pensar naquelas implicações. E agradeceu mentalmente por não ter sido atingida por nenhum destroço.

Enquanto isso, atrás de si, o duelo era acirrado. Malfoy saiu de trás dela, entrando no cômodo, desviando de alguns crucios estufeças. Hermione pensou no que fazer a seguir, pois as aranhas se aproximavam, por mais que ela lançasse estufeças e reducto. Ela pensou que seria arriscado demais fazer o que pensou a seguir. Mas, escutou Malfoy cair no chão. A maldição Crucio o atingiu, fazendo-o cair no chão e Baltazar ria descontroladamente. Ela seria a próxima. Não poderia esperar mais.

— Incêndio!

O fogo saiu da ponta da sua varinha, queimando a maioria das aranhas que tentavam subir pela escadaria. Então, ela se virou para Baltazar e fez a conjurou o único feitiço que poderia para-lo naquele instante.

— Alarte Ascendare!

Baltazar foi atingido e voou, caindo no chão de pedra no mesmo instante. Hermione correu para Malfoy, que parecia desorientado no chão.

— Vamos, levanta – ela tentou ergue-lo pelo ombro.

Ele resmungava, tentando se manter de pé. Baltazar já estava voltando a si, se mexendo. As aranhas começaram a entrar no comodo, fazendo sua defesa.

— Arania Exumai!

Dessa vez, foi Malfoy quem atingiu e repeliu as aranhas. Hermione fez o mesmo e os dois desceram juntos as escadas em espiral, usando o feitiço para repelir o enxame de aranhas, que estavam até mesmo no teto. Um feitiço passou zunindo por eles, atingindo uma parede. Parecia se Avada Kedavra, pela cor esverdeada.

Logo eles chegaram no saguão e daquele local ela pode ver as aranhas subindo as escadas. Além de ver um sereiano no rio.

— Para onde agora? – ela perguntou a Malfoy.

Ele ainda estava tonto, mas liderou o caminho pelos corredores. Chegaram a porta da frente, com Hermione segurando os sapatos na mão, afinal, não iriam conseguir correr assim. A porta estava fechada e Malfoy tentou abri-la. Sem sucesso usou o feitiço Alohomora. Que era óbvio, não daria certo.

Um fantasma pairava no ar, diante deles. Parecia indiferente a presença dos dois. Usava um escudo medieval e um elmo sobre a cabeça.

— Por favor, deixe-nos sair – ela implorou.

— Há, como se ele fosse obedecer – Malfoy desdenhou – Para trás, Granger.

— O que você pensa que vai fazer? – ela perguntou, mas ouvindo sua ordem, se afastou. Ela podia ouvir as patas de aranhas sobre o chão de pedra – Seja o que for, faça agora!

— Bombarda! — ele gritou.

A porta explodiu em pedaços. Mas, liberou a passagem para eles. Os dois saíram em disparado.

— Vou enviar um patrono para o Ministério. Use um escudo para segurar a saída das aranhas ou de qualquer criatura – Hermione pediu.

Malfoy assentiu e ela percebeu, ele não estava mais com seu disfarce. Talvez, tivessem perdido pelo caminho. Enquanto Malfoy lançava um escudo sobre a porta de saído do prédio com a varinha, Hermione usou um patrono para avisar o Ministro sobre o ocorrido e que precisavam de reforços.

As aranhas tentavam furar o bloqueio. Hermione olhava para os lados, vendo se não havia ninguém ao redor. Infelizmente, havia algumas pessoas, perto do carro de Malfoy, testemunhando tudo, boquiabertas e algumas cochichando. Qual era a chance de não ter que obliviar a memória deles naquela mesma manhã? Nenhuma. Eles teriam que obliviar pelo menos dez trouxas.

— Não temos tempo para os aurores virem – Malfoy disse, entredentes, parecendo fazer um esforço enorme. Seu rosto pingava suor – Me ajude aqui.

Ela piscou algumas vezes e notou que estava deixando todo o trabalho de contenção para Malfoy. Largou os sapatos no chão e o ajudou no escudo. Logo em seguida, aurores aparataram no local, assim como o pessoal do departamento de regulamentação e proteção de criaturas mágicas.

**

Era um caos. Aranhas mortas pelo chão e várias pessoas sendo obliviadas. Inclusive, algumas delas Hermione obliviou, sem medo e com confiança. A única coisa que passava por sua mente era que precisava conter o caos e o pânico daquelas pessoas. Uma frente de aurores, pelo menos quatro, prendeu Baltazar Aluizius Raven. Ele era seguidor de Voldemort e um dos comensais foragidos, da primeira guerra bruxa. Estava por trás de um contrabando massivo de feras e seres, além de aprisionar fantasmas para trabalharem para ele. Sua família, é claro, não existia, como ele havia dito que tinha. A família, de verdade, eram as aranhas. Se descobriu um ninho enorme dentro do prédio. Para retirar e colocar em local correto aquelas criaturas, levariam dias, ou semanas.

Enquanto isso, Malfoy e Hermione sofreram um grande inquérito. Kingsley estava furioso com eles. E para piorar a situação de Hermione, Harry e Rony estavam juntos, pois haviam sido acionados para conter o problema com Baltazar e suas aranhas. É claro que Rony estava com um olhar desesperado e foi de péssima ajuda.

— Pelas barbas de Merlin. Vocês dois – Kingsley apontou para Malfoy e Hermione – poderiam ter morrido. Como entraram no covil de um bruxo das trevas com Baltazar Raven?

— Se quer sinceridade, ministro, eu recebi uma denúncia anônima quanto a esse prédio. E até mesmo a senha para entrar – Malfoy respondeu, dando de ombros. E estava com uma calma irritante – Eu pedi autorização ao senhor Lewis para investigar. Não sabia que encontraria Baltazar aqui.

Algo estava errado. Hermione sentia que ele estava mentindo. Parecia que ele sabia exatamente o que encontraria ali. Kingsley, no entanto, parecia acreditar nele, pois suspirou. Harry, no entanto, fitava desconfiado Malfoy, da mesma forma que Hermione.

— E quem garante que você não faça parte disso, Malfoy? – Harry acusou.

Malfoy riu, sem humor.

— Por que eu faria parte? Se fizesse, não iria querer desmontar esse lugar. Use o cérebro, Potter – ele replicou, com desdém.

— Ok, chega de farpas. Potter – Kingsley olhou para Harry, com um ar autoritário – Veja se tem mais alguém no perímetro precisando ter as memórias apagadas. E leve Weasley com você – ele olhou para um Rony tremulo, que parecia ter perdido o raciocínio, balbuciando a palavra: aranhas, constantemente – Malfoy e Granger...Vocês estão dispensados. Podem voltar ao Ministério.

— Mas...podemos ajudar – Hermione tentou argumentar.

— Sem mas, senhorita Granger – Kingsley disse, olhando para ela com um ar paternal – A senhorita ainda está em treinamento. Precisa tomar cuidado ao usar o feitiço obliviate.

— Mas, eu fiz o treinamento...- ela tentou mais uma vez, contrariada.

— Vamos, Granger – Malfoy a puxou pelo braço – O ministro já disse que devemos ir.

Ela o fulminou com o olhar, mas ele parecia indiferente. Harry, no entanto, a fitou desconfiado. Seu olhar dizia: Temos que conversar sobre você e Malfoy agora!

Hermione preferiu seguir Malfoy ao sofrer aquele interrogatório. Atravessou a rua descalça, vendo o caos das aranhas mortas e pessoas sendo ainda obliviadas pelos aurores e agentes do departamento de criaturas mágicas.

Entrou no carro, assim que o alarme foi desativado, batendo a porta. Sentiu os pés doloridos e tinha certeza que tinha pisado em algum caco de vidro. Malfoy entrou em seguida, batendo a porta e colocando o cinto.

— Você sabia o que tinha lá, não sabia? – Hermione indagou.

— Não sei do que está falando, Granger – ele retrucou.

Ele deu partida no carro e dessa vez, não afogou o motor. Ela ligou o rádio, colocando em uma estação de música. Oasis tocava. Malfoy fez uma careta.

— Que música é essa? – ele perguntou, dando a ré com o carro para sair da vaga.

— Oasis. A música é Talk Tonight – ela respondeu, com um sorriso – Amo essa música.

— Péssimo gosto. Faz isso parar – ele exigiu, conseguindo manobrar com o carro, sem atropelar ninguém no processo. O que era muito bom.

— Não. Essa é minha tortura para você – ela brincou.

Ele a fitou de soslaio e voltou a olhar para frente. Seguiam pela rua contrário ao caos que deixaram para trás.

— Isso vai ter revanche – ele ameaçou.

— Se você acelerar com o carro, juro que vou colocar vomitilhas no seu café, sem você ver – ela revidou.

Ele riu e fez exatamente o que ela não queria. Acelerou o carro. É, seria uma parceria bombástica. Malfoy e Granger. O que poderia dar errado? Ela já sabia. Tudo!


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