O acordo Dramione escrita por Aline Lupin


Capítulo 31
Capítulo 31




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808859/chapter/31

 

Draco aguardo impaciente a volta de Potter, que parecia mais calmo e concentrado que ele, quando chegou em seu apartamento. O auror havia informado seu plano.

— Primeiro, vamos colocar isso dentro do seu bolso – ele mostrou um objeto estranho, preto e pequeno – É um GPS. Tecnologia trouxa. Em hipótese alguma, tire isso, ok? – Draco anuiu com a cabeça, mesmo não compreendendo nada. Potter havia explicado a funcionalidade do objeto. O aparelho rastreava veículos, celulares e até mesmo pessoas, informando o local exato onde se encontra, através de outro aparelho. Mas, Draco estava confuso demais para assimilar aquelas informações mais complexas – Vão monitorar seu deslocamento pelo meu computador.

— E você, vai estar aonde?

— Com você é claro. Não vou deixa-lo sozinho para enfrentar essa loucura toda. Foi muito difícil lidar com a situação sem saber onde estava, quando você foi levado por Yaxley. Agora, temos uma vantagem sobre eles, que não entendem de tecnologia trouxa.

Era irônico isso. Depender de um aparelho simples como aquele. Seu pai sempre demonstrou desprezo pelo mundo trouxa e suas engenhocas. Achava algo ridículo ter um departamento no Ministério só para compreender a tecnologia trouxa. E agora, Draco estava se beneficiando dela. O destino tinha um senso de humor causticante, realmente.

Depois de o plano ser discutido e repassado, Draco inspirou profundamente. Arregaçou a manga da camisa e apontou a varinha para a marca negra. Sentia que queimava sua pele, apenas de fazer aquele simples movimento. A tinta da tatuagem continha magia e era utilizada basicamente para encontrar os outros comensais.

Esperou por longos segundos. Talvez, minutos. Harry o fitou com os olhos tensos. Os lábios encrespados. Então, colocou a capa da invisibilidade, sem dizer mais nada. E Draco aguardou.

Click!

Click!

Click!

Os estalos ecoaram do lado de fora do apartamento. Respirou profusamente. Uma. Duas. Três vezes. Seu corpo inteiro parecia ter sofrido um grande abalo. Estava enjoado. O medo parecia inunda-lo de uma forma que sufocava seus próprios pensamentos. Apenas pensava em que poderia estar do outro lado da porta.

Passo.

Passo.

Passo.

Logo estava perto da porta. Abriu-a, temeroso. Mas, não teve tempo de reação, quando um raio vermelho o atingiu.

**

Sentiu a dor em todo seu corpo inunda-lo. Parecia que cairá 50 metros de uma vassoura e quebrado todos os seus ossos. Já sabia como era cair de uma vassoura. Não era uma sensação agradável.

Abriu os olhos, imaginando onde poderia estar. Estava em um lugar sem janelas ou ventilação. Seus olhos apenas fitaram a penumbra. O cheiro de mofo pinicava seu nariz. Espirrou algumas vezes. Os olhos lacrimejaram. Quando conseguiu conter o acesso de espirro, ele resolveu investigar se havia alguma porta naquele lugar. Primeiro, procurou nos bolsos sua varinha. Claro que não estaria lá. E para seu desespero, não havia nada dentro dos bolsos. O tal do GPS tinha sumido.

— Merda – praguejou.

Torcia para que Potter tivesse conseguido aparatar com ele. Havia sido atingido fortemente por algum feitiço. E com certeza, isso fazia parte dos planos dos comensais. Se recordava agora dos rostos de Grayback e Dolohov. Os malditos não haviam sido pegos pelo Ministério.

Tateou para encontrar uma saída de onde estava. Tocou nas paredes, com hesitação no início. Repulsa, na verdade. Seu estomago se retorceu, apenas em pensar em sujar suas mãos. Mas, seu desespero em sair daquele lugar sufocante falou mais alto. Ele tateou pelas paredes, até encontrar uma superfície lisa. Parecia madeira. Tinha o cheiro da madeira. Formou em sua mente o local em que poderia estar. Era pequeno, cubículo minúsculo, sem qualquer móvel ou ventilação. Talvez, fosse uma dispensa. Então, estava preso em um armário ou coisa assim? Riu consigo mesmo. Que tratamento cinco estrelas!

Procurou o que deveria ter em uma porta. Uma maçaneta. E a encontrou. Testou, mas como era óbvio, estava trancada. Sufocou dentro de si o pânico que o invadiu. Estava preso. Preso em um cubículo sujo. Imundo. Espirrou mais uma vez. Mais duas. Respirou com dificuldade.

— Quer parar de fazer barulho aí?

Dolohov. Era a voz dele. Parecia zombar de Draco. Ótimo. Tinha alguém do lado de fora. Poderia conversar com ele. Ao menos tentar. E descobrir é claro, por que estava ali, além de saber qual era o objetivo deles em captura-lo. Será mesmo que Hermione estava com eles? E Camus? Onde aquele idiota havia se metido?

— Dolohov, não sabia que seria meu carcereiro – Draco disse, em tom debochado. Queria provoca-lo, para ver o que o homem faria. Poderia abrir a porta para castiga-lo. E quando fizesse isso, Draco lhe daria um chute. Algo que aprendeu nas aulas de luta que precisou frequentar no treinamento dos aurores. Então, roubaria sua varinha. Em seguida, vasculharia o local em que estava.

— Fique quieto, garoto! – Dolohov rosnou.

Estava esquentando. Já podia sentir a raiva de Dolohov. Só precisa cutuca-lo mais a fundo.

— E por que eu deveria? Você me coloca em um lugar fétido como esse. Eu deveria ter um tratamento melhor.

— Mande-o se calar.

Uma voz desconhecida. Jovem. Um rapaz. Tentar conjecturar quem estava do outro lado não o ajudava em nada.

Silêncio. Eles não diriam mais nada. Nem tentariam entrar para fazê-lo se calar. Então, faria perguntas.

— Qual é objetivo disso tudo mesmo?

Silêncio.

— Eu nem ao menos tenho a chance de saber? – insistiu.

Escutou Dolohov bufar.

— Você apenas vai ficar quietinho aí. De bico fechado. Ou vou fazer isso por você. Que tal? Cortar sua língua. Parece bom, não parece?

Risadas. Era do outro rapaz sem nome. Draco revirou os olhos. Cortar a língua dele? Que audácia! Dolohov joga baixo, realmente.

— Bom, cortar minha língua não parece nada interessante – desdenhou – Mas, queria saber qual o motivo para tanta hostilidade. Afinal, fui eu quem os chamou.

Dessa vez quem riu foi Dolohov, de forma sarcástica.

— Garoto, nem pense em nos enganar. Já sabemos muito bem o que você vem fazendo. Trabalhando para o Ministério. E sendo traidor do sangue. Seu avô teria se revirado no tumulo, se associando a essa gente.

Bom, então aquilo era seu castigo? Por sujar seu bom nome ao se associar a trouxas? Não. Deveria ter algo mais nisso tudo.

— E como você sabe se estou tendo escolha para isso? Eu estou em liberdade condicional. Para não ficar em Azkaban, preciso jogar o jogo do Ministério.

— Acha mesmo que seu discurso vai nos convencer, garoto? Nosso mestre já sabe sobre sua traição. A traição do seu pai. A família Malfoy deve pagar caro por virar as costas a Lorde Voldemort.

— Ele está morto – Draco frisou – Está morto e não houve qualquer traição. Potter já tinha vencido. O que acha que poderíamos fazer naquele campo de batalha?

Dolohov riu. E riu. Sua risada era ensandecida, de alguém que perdeu a sanidade.

— Você não sabe nada mesmo, não é, garoto? Bom, logo vai descobrir, se está tão ansioso para sair daí.

E Draco aguardou. Contudo, não houve mais conversas.

— Você vai me dizer ao menos o que farão comigo?

Silêncio. Apenas escutou passos se afastando. Eles o estavam deixando sozinho. Sozinho naquela maldita dispensa!

**

— Hermione – alguém tocou seu rosto.

Ela despertou. Sentia seu corpo dolorido. Alguém estava agachado, a frente dela. Camus. Suspirou, irritada.

— Sai de perto de mim! – exigiu, empurrando-o.

Ele desequilibrou, mas não caiu. Apenas se colocou de pé. Os raios de sol incidiam pela janela com tabuas pregadas. Ainda era o mesmo dia? Ela estava no mesmo lugar em que havia adormecido pela exaustão e fome?

— Não fique tão irritada – Camus pediu. Mas, seu tom era debochado. Como sempre. E isso a fazia querer voar em seu pescoço – Aconteceu uma coisa, do lado de fora. Não sei como você não conseguiu ouvir.

— Aconteceu o que? – Hermione perguntou, mais desperta agora. Se levantou, apenas para sentir as juntas estalarem. Sua coluna doía, por ter ficado recostada sobre a parede.

Camus lhe deu um sorrisinho enviesado. Os cabelos não estavam mais tão sedosos agora. Estavam emaranhados.

— Não sei, será que você quer saber mesmo?

— Camus, faz um favor? Vai se ferrar!

Ele deu uma risada bem humorada. Parecia se divertir.

— Tá. Mas, antes, vou contar o que houve. Parece que ouvi alguém falar o nome de Draco. Acho que ele está aqui.

— Como, você acha isso? Falaram ou não? – Ela ficara ansiosa. Se Draco estivesse ali, então...

— Bom, escutei o nome Malfoy, vindo de alguém. E alguém arrastando algo pelo chão. Não tenho certeza, mas deve ser ele.

— Pode ser qualquer um deles – Hermione constatou, passando as mãos pelos cabelos que pareciam um novelo de lã àquela altura. Tentou desembaraçar, mas não conseguiu – Santo Deus! E se pegaram Narcissa? Draco não vai suportar isso.

Camus anuiu com a cabeça.

— Não sei se iriam conseguir. O que me preocupa mais é se pegaram Lucius.

— Por que isso o preocupa? – Ela procurou seu olhar, mas Camus evitava contato visual naquele instante. Estava com os braços cruzados, posição ereta. Parecia pronto para uma briga.

— Isso significa que ele será morto em breve.

Hermione, apesar de não gostar de Lucius Malfoy, sentiu medo. Medo pelo o que seria feito daquele homem, que havia se recusado a apoiar uma causa infundada. Ele não merecia morrer. Deveria ter uma segunda chance. Ela se sentia tão impotente agora. Não podendo fazer nada. Absolutamente nada!

— Camus, você precisa nos ajudar a consertar isso. Consertar seu erro!

— Eu estou tentando – Camus disse, sincero, dessa vez, seu olhar encontrou o dela. E parecia realmente se sentir culpado. Mas, isso não a comoveu. Jamais voltaria a confiar nele. Contudo, precisava da sua ajuda – Mas, enquanto estamos aqui, não há muito o que ser feito. Talvez, devemos atacar, quando alguém abrir essa porta.

— Já é um começo, Camus. E aliás, por quanto tempo eu dormi?

— Não sei. Umas duas horas, talvez.

Em um acordo mudo, eles ficaram em posição, de frente para a porta.

— Se alguém abrir, eu vou render quem quer que seja e você, roube a varinha – Camus disse. Hermione anuiu com a cabeça.

E esperaram. Não sabia por quanto tempo ficou ali, na expectativa. Seu corpo estava cansado, fatigado. Suas pernas doíam. Seu estomago roncava devido a falta de alimento. Mas, ela perseverou. Precisava se manter em pé. Precisava sair dali o quanto antes. Ela apenas queria voltar para sua casa. Para seu gato, que deveria estar passando fome àquela altura. E queria saber se Draco estava bem. Se ele estava em segurança. Ou se estava ali. Se estivesse, faria de tudo para resgata-lo. Não poderia deixa-lo morrer. Naquele instante, notou dentro de si o quanto ele se tornara importante em sua vida. Alguém especial para ela. Mesmo que não fosse para ele. E isso não importava mais. Ele havia ganhado uma amiga. Mesmo que ele não gostasse disso. E Hermione jamais abandonava seus amigos.

A porta se escancarou, de repente. Mas, estranhamente, não havia ninguém lá. Contudo, antes que pudesse pensar o que poderia ser, Camus avançou, como um soldado prestes a se salvar de uma granada. Ele se jogou. Ela pensou que ele atingiria o chão, mas atingiu algo.

Por Merlin! Era Harry?

— Camus, cuidado – ela pediu, se aproximando.

— Sai de cima de mim – ela escutou a voz de Harry, mas não via nada.

Camus se levantou. Parecia confuso. Logo Hermione notou que estava em um corredor vazio, acarpetado com um tapete puído. Havia algumas janelas, também com tabuas. O corredor era extenso.

Hermione se abaixou para procurar a capa. Já podia ver os pés de Harry. Ele se sentou em seguida, tirando a capa de cima de si.

— Potter? Mas, o que...- Camus perguntou, ainda confuso – Pelas barbas de Merlin! É bom ver você.

— Também é bom ver você, Camus. E você, Mione.

Ele parecia muito feliz. Como sempre ficava, quando algo ruim acontecia com ela. Os dois se abraçaram, depois ela o ajudou a se levantar.

— Precisamos ser rápidos, não temos muito tempo – Harry disse, com a voz baixa – Notei que há poucos comensais por aqui. Estamos em uma mansão. Não sei onde é isso. Mas, acredito que estejamos ainda na Inglaterra.

Hermione queria perguntar como ele havia parado ali. Como havia localizado ela. Mas, não tinham tempo para isso. Faria as perguntas depois.

— Preciso encontrar Malfoy. Camus, cuide para que Hermione esteja do lado de fora, segura – Harry disse, tirando de dentro do casaco de couro duas varinhas – Eu suponho que vocês tenham perdido a de vocês.

Hermione fora rápida em pegar as duas varinhas da mão de Harry.

— Eu fico com isso – ela fitou significativamente Camus – Mas, eu vou deixar Camus em lugar seguro e vou voltar. Vou ajuda-lo, Harry.

— Não. É muito perigoso. Fique lá fora. Espere os aurores chegarem. Ai vocês dois entram, se quiserem – Harry parecia dar uma ordem. Não parecia querer discutir, ainda mais pela forma exasperada que ele a fitava. Com certeza estava com pressa em sair dali, pois já vestiu a capa de invisibilidade por cima do ombro, ficando apenas sua cabeça flutuando – Agora, vão. Eu cuido de encontrar Malfoy, Mione. Fique tranquila.

Ela trincou o maxilar. Queria discutir, mas Camus a empurrou pela base da coluna. Ele não estava sendo bruto, apenas a empurrou para que ela começasse a andar.

— Vamos. Antes que alguém apareça – ele disse.

Ela girou a cabeça para trás. Harry já havia desaparecido por baixo da capa. Como queria ter uma. Assim, poderia ela mesma resgatar Draco.

— Não pense que me esqueci do que houve – ela disse, começando a andar.

Desceram as escadas de forma cautelosa. Ela olhou para baixo. Era uma escadaria longa, que seguia para o saguão da casa. Havia um lustre pendurado.

— Eu sei que não – ele sussurrou, atrás dela – Vai me mandar prender?

— Eu deveria – sussurrou de volta – Mas, por enquanto, vamos fingir que nada aconteceu.

Ela pode escutar seu suspiro aliviado.

— Obrigado.

— Não me agradeça, ainda.

Eles finalmente chegaram ao patamar da escadaria. Ela olhou para o lado, para ter certeza que não havia ninguém. Fitou o lado esquerdo e direito. Em cada lado havia portas duplas, que estavam fechadas. E a frente, uma porta alta, de carvalho, também dupla. Hermione pisou cautelosamente no chão. Mal respirava. Deu passos hesitantes até a porta. Mas, Camus se adiantou, tocando a maçaneta. Estava trancada.

— Use a varinha – ele sugeriu.

Ela o fez.

— Alohomora.

A porta se abriu, rangendo. Ela fechou os olhos, como se esperasse que alguém pudesse estar do outro lado ou tivesse ouvido a porta ranger. Mas, ao abri-los, talvez, um segundo depois, não havia ninguém. O céu estava nublado. Havia uma escadaria de pedra abaixo. Pode ver a entrada da mansão, formada por um caminho de cascalho. Um chafariz estava no meio, sem água alguma. Um estatua de um anjo tocando harpa estava dentro do chafariz, dando um aspecto fúnebre ao local. Portões de ferro ao fundo, circundavam a propriedade, que estava circundada por árvores.

— Vamos – Camus a incentivou.

Eles andaram, com cautela. Seus pés fazendo barulho sobre o cascalho.

— Você...hum...talvez, fosse mais seguro eu ter uma varinha comigo – Camus disse.

— Não mesmo – Hermione negou – Pode esquecer disso.

Escutou o suspiro dele.

— Tudo bem. Eu mereço isso.

— Você merecia muito mais!

— Não me odeie, Hermione. Fiz o que fiz pensando no meu pai.

Apesar do tom dele ser lamentoso, continha certa raiva. Mas, ela não estava se importando com nada disso.

— Ora, ora, ora. O que temos aqui?

Greyback. Os pelos da nuca de Hermione se arrepiaram. Ela se virou, pronta para atacar. Greyback estava perto do chafariz, com um sorriso lupino. O rosto coberto pela barba. Os cabelos longos, batendo nos ombros. Ele parecia prestes a ataca-lo.

— Me dê a varinha, Mione – Camus sussurrou.

— O que? Não!

Contudo, não teve tempo. Camus pegou em seu pulso com força e puxou uma das varinhas.

— Petrificus totalus!

Achou que seria ela a pessoa a ser atingida, mas viu Greyback cair, feito uma estátua. Então, ela voltou seu olhar para Camus. Ele a fitava com um sorriso presunçoso.

— Agora, podemos trabalhar juntos?

Ela hesitou. Realmente estava cogitando aquilo? Confiar em Camus para trabalharem juntos? E se ele fugisse? E se a traísse em algum momento?

— Sei que o que está pensando, mas não. Eu não vou trair você. Não vou deixa-la sozinha. Eu te disse que sentia muito. Não queria machuca-la.

— Mas, vai fazer de tudo para salvar seu pai, não vai?

Camus franziu o cenho. Era visível que ele estava lutando dentro de si. Com o que era certo e errado. Então, suspirou.

— Não posso deixar pessoas morrerem por causa disso. Mas, preciso de uma garantia. Quero que me ajude com meu pai.

— Você sabe que no momento em que eu o ajuda-lo, ele será preso em Azkaban – Ela não queria dizer que Camus possivelmente seria preso junto. Ou, ela poderia esquecer seu envolvimento. Somente ela sabia do seu segredo. Estava mesmo cogitando aquilo? Deixa-lo sair impune? Não sabia ainda. Mas, decidiria isso no final. Quando tudo estivesse bem.

— Eu sei. Mas, é melhor ele vivo do que morto.

— Ok, então, temos um acordo Camus. Espero que não me decepcione.

Ele anuiu com a cabeça, com um olhar sério.

— Qual é o plano, então? – perguntou.

— Queria entrar na mansão...- Hermione deixou escapar – Mas, Harry pediu para ficarmos aqui, esperar por ajuda, mas, quem será que está aí dentro? E se Harry não conseguir? E se matarem ele?

E a pergunta que ela não fez. Se Draco não fosse encontrado?

— Podemos entrar de novo. Mas, você sabe o risco, não sabe? Eu também não quero esperar pelos aurores. Quanto mais tempo ficarmos aqui, pior será. Podemos prender quem estiver aqui e então, esperar ajuda.

— Isso se conseguirmos derrubar os comensais. Somos dois. Eles devem ser muito mais.

— Bom argumento.

Greyback começava a se mexer no chão. O feitiço já estava perdendo seu efeito. Hermione apontou a varinha para ele então, conjurando cordas mágicas ao redor dos pulsos e tornozelos. Ele não sairia dali. Camus se aproximou dele, retirando sua varinha e guardando-a no bolso. O lobisomem o fitava com desprezo indisfarçável. Mas, não disse nada.

Hermione se adiantou para entrar na mansão. E foi então que notou. Era a primeira vez que pensava em Malfoy como Draco. E isso a assustou muito.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obs.: GPS (não sei como era a funcionalidade deles no ano de 2003, então estou me baseando na tecnologia atual). Marca Negra: Não estou encontrando mais informações sobre a marca dos comensais. O que estiver contido nesse capítulo é minha própria dedução sobre para que serve a marca negra. E com base no filme HP e o Cálice de Fogo, onde Bartô Crouch Jr. toca a marca negra com sua varinha. Se não me engano, ele a usa para falar com Voldemort. E Draco faz o mesmo também, no filme HP e o Príncipe Mestiço, para chamar os comensais, após a morte de Dumbledore. Enfim, apenas para deixar claro que estou tentando me basear no que é canônico, mas também, estou inventando cada coisa kkkkk
Ah, grande gafe a minha. Harry tinha visto o Draco chamar os comensais com a marca negra, então, ele sabia que isso era possível. Então, vamos fingir que Harry não sabe disso nessa história kkkkk
Enfim, obrigada a quem está lendo e favoritando essa história. Saiu de forma tão rápida, que já tenho o planejamento dela do começo ao fim. Espero muito que estejam gostando!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O acordo Dramione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.