O acordo Dramione escrita por Aline Lupin


Capítulo 26
Capítulo 26




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Sentia o cheiro de flores. Mas, parecia flores de cemitério. Já foi em alguns enterros, para reconhecer o cheiro característico. Aquelas flores com o cheiro forte de néctar, muito doce e enjoativa. Era um cheiro desagradável, principalmente, quando em um arranjo de flores. Uma coroa de flores. Será que havia morrido? Santo Deus. Ela não poderia ter morrido. Ainda tinha tanto por fazer. Como ler muitos e muitos livros até descobrir como devolver a memórias dos seus pais.

Abriu os olhos, um pouco assustada para fazer isso. Olhou ao redor e pode ver uma enfermaria. Bom, se aquilo era o além tumulo, então parecia muito com St. Mungus. Havia outros leitos, pacientes recebendo visitas. E logo ela notou, pela sua visão periférica, que alguém se aproximava da sua cama.

— Hermione – a voz doce de Gina a encontrou.

— Mione! Nunca mais nos assuste desse jeito – Rony disse, se aproximando dela na cama, sentando-se em um banco. Então, puxou sua mão que repousava sobre a cama e a segurou. O olhar do ruivo era angustiado. Ela levou a mão livre ao rosto dele. Sua barba por fazer pinicava sua pele. Ele sorriu, beijando sua mão, muito contente pela atenção dela.

— A querida Hermione – ela viu Molly se aproximando. Ela fungava, apertando o nariz em um lenço, sendo abraçada por Arthur, que apenas ensaiava um sorriso para Hermione – Eu achei que você morreria, como meu pequeno Fred...

— Por Merlin, mulher, para de rogar praga nela – Dessa vez, era George, que pelo visto, viera da Irlanda para vê-la. O ruivo se aproximou da cama para beijar a testa de Hermione – Vê se fica bem. Você quase matou o Roniquinho do coração.

— Cala boca George – Rony retrucou, mas não parava de sorrir como bobo.

Aquilo estava estranho. Ele estava tão feliz, mas pelo o que? Seria por que ela estava acordada? E onde estavam os aurores? Onde estava Malfoy?

— O que aconteceu? – ela perguntou, com a voz rouca e pastosa.

— Houve um desabamento dentro da biblioteca – ela escutou a voz de Harry. Olhou para o lado, com cuidado. Sentia o pescoço um pouco dolorido. Seu amigo estava com as roupas amarrotadas e olheiras em volta dos olhos verdes. Tirou os óculos para limpar as lentes na camisa de flanela azul – Os aurores a trouxeram aqui. Você...bom, teve muito ossos fraturados.

E nada de Malfoy. Nenhuma menção dele. Será que ele estava bem? Hermione começou a suar frio, pensando na possibilidade de que ele poderia estar mal. Que poderia ter morrido. Que talvez, nunca tivesse sido encontrado dentro daquele labirinto de estantes.

— Onde estão os aurores? – ela indagou. Mas, a pergunta que ela desejava fazer era saber onde estava Malfoy.

— Eles voltaram ao Ministério ontem, no mesmo instante que deixaram você aqui – Rony respondeu.

— Hum – Hermione resmungou. Não iria perguntar de Malfoy com o ruivo ali. Poderia ter algum roupante. Fazia dias que nem falava com ela – E que cheiro é esse de flor? Eu não morri ainda.

A risada dos Weasley, combinada com Harry chamou a atenção das pessoas ao redor. Era um local de silêncio, mas eles não pareciam se importar com isso.

— Alguém deixou um buque de fresias para você – Molly respondeu, apontando para frente.

Gina foi rápida em pegar o buque da mesinha de cabeceira, ao lado da cama e mostrar para Hermione. Rony olhava tudo com ciúmes mal disfarçado, sem soltar a mão dela.

— Olha, nem deixaram bilhete – a ruiva disse, com um sorriso malicioso – Quem será? Será que foi o Krum?

— Aposto que foi o Krum – George disse, parecendo desejar colocar mais lenha na fogueira.

Rony bufou. Harry tossiu. Molly fitava Hermione com magoa e Arthur desviou o olhar, constrangido. Hermione riu, tentando dissipar a nuvem negra que pairava sobre eles. Mas, isso não significava que ela iria se casar com Rony. De maneira alguma.

— Acho que nem deve ser dele. Eu e Krum somos só amigos. Devem ter deixado aqui por engano.

— Duvido muito disso – Gina replicou – Você é bonita, inteligente.

— E uma heroína de guerra – George complementou – Aposto que tem um admirador.

Hermione fulminou aos dois Weasley que pareciam desejar causar algum tipo de desconforto. E com certeza, desejavam atingir Rony, que estava com as orelhas vermelhas, o maxilar retesado e segurava a mão de Hermione com um pouco mais de força. Ela soltou, devido a pressão e a escondeu de baixo do lençol.

— Vocês dois, parem com isso. Nem quero saber quem mandou as flores, ok?

George mordeu os lábios, contendo um sorriso. Gina pigarreou, mas seus olhos brilhavam em malicia.

— Bom, vamos deixar a Hermione descansar, sim – Molly disse em tom ordem, mas forma doce.

Os Weasley se dispersaram, beijando a testa de Hermione. Por último, George, que mexeu em seus cachos, provocando-a. Ele parecia mais bem humorado e não tão depressivo. Por último, Harry se despediu, com Rony, que disse que viria busca-la quando ela recebesse alta.

— Não vamos tirar os olhos de você. Parece que você se tornou Harry, sendo um imã de problemas – Rony brincou e sorriu fracamente.

— Obrigada pela consideração, Ron. E nunca mais me ignore, ok? – O tom dela se tornou ácido e ele assentiu, um pouco temeroso.

Quando seus amigos saíram, Hermione procurou em sua varinha. Agradeceu aos céus que estava sobre a mesinha de cabeceira. Achou estranho o fato daquelas flores estarem ali, ao lado. Quem poderia ter se lembrado dela? Se fosse Krum, ele teria enviado um bilhete. O rapaz nem ao menos se dignou em enviar cartas para ela. Não que Hermione estivesse sendo muito comunicativa. Ela parou de enviar as cartas a mais ou menos duas semanas. Não estava mesmo pensando nele. Então, quem seria o remetente das flores?

Escutou passos dentro da enfermaria. Reconheceu Camus, o auror que foi junto na missão da biblioteca e que era amigo de Malfoy, ou como ele diria, apenas um colega de apartamento. Ele se aproximou da cama dela, com um sorriso deslumbrante. Camus era muito bonito, com seus cabelos escuros, batendo nos ombros e sempre usando um sobretudo preto, que iam até os joelhos. Tinha um ar enigmático e parecia um pouco rock star.

— Granger, que bom que está acordada – ele disse.

— Vai, me diz, você enviou essas flores? – ela perguntou ácida.

Ele a fitou confuso. Olhou para o vaso de plantas, depois para ela, franzindo o cenho.

— Eu bem que poderia ter enviado, mas flores não fazem meu estilo de flerte – ele respondeu, com um tom debochado.

Ela revirou os olhos.

— Ok, por que está aqui então?

— Por que está na defensiva, mesmo? Não te fiz nada – ele disse, com um sorriso malicioso, puxando o banco que estava ao lado da cama de Hermione e se sentou.

— Primeiro, quando eu estava em apuros, porque Malfoy ingeriu a poção do amor, você não fez nada.

Ele riu, dando de ombros.

— Eu achei que era algum lance entre vocês dois. Não iria me meter nisso.

Ela o fulminou com o olhar, mas isso não parecia afetar Camus, que a fitou com um ar inocente.

— Tá, veio aqui para o que então?

— Eu apenas vim ver como você está – ele pareceu constrangido por responder a pergunta e suas faces ficaram em brasa – Você parecia, bom...ontem você parecia que era uma boneca retorcida.

Ela gargalhou pela comparação.

— Eu estava tão ruim assim?

Ele assentiu, soltando o ar segurava.

— Na verdade, fiquei apavorado. Achei que você iria morrer, então, colocariam a culpa na gente. Em mim e no Draco.

— E por que fariam isso? Foi um acidente.

Ele passou a mão pelo rosto, nervoso.

— Draco é óbvio. Ele foi comensal. Sei que vocês dois tinham uma rixa antiga de escola, por você ser nascida trouxa. Mas, eu, bom, meu pai é um ex comensal.

— E você é, por acaso?

— Não. Eu nunca me meti nisso. Eu trabalhava no Ministério quando a guerra começou. Tive que fazer tudo que me mandavam – ele passou a mão pelos cabelos, demonstrando seu nervosismo – Inclusive, trazer nascidos trouxas, como você, para interrogatório.

Enquanto ele falava, não parecia feliz pela situação. A culpa estava estampada em seu rosto. E isso fez Hermione sentir pena dele. Quantos funcionários do Ministério não tiveram que se adaptar no tempo em que Voldemort havia matado o último Ministro e tomado o Ministério? Deviam ser vários. E se não colaborassem, com certeza, morreriam.

— Eu sinto muito, Camus. Todos nós sofremos nessa guerra – ele anuiu com a cabeça - Mas, duvido muito que alguém desconfiasse de você. Com certeza, você jamais faria algo contra mim, faria?

— Claro que não – ele engasgou – Mas, tem algo que preciso contar...Meu pai tentou falar comigo...ele foi um dos comensais que fugiram da prisão, sabe? Ele nunca foi encontrado.

— Hum – Hermione engoliu a seco. Aquela conversa se tornara complicada – E você contou ao Ministério sobre essa visita? – Afinal, era obrigação dele relatar isso ao Ministério. Quem sabe, até prendê-lo. Bom, seria muito difícil pedir isso a um filho. Ela não sabia se faria isso com seus pais.

Ele negou com a cabeça, os olhos assustados.

— Eu não posso dizer que o vi, mas também, não posso mentir. E temia que o interrogatório que sofreria devido a sua morte, desdobrasse quanto a isso. Somos interrogados com veritasserum. Ordens do Ministro. Todos nós temos que nos submeter. Mas, sabe, isso é só com quem é filho de comensal. Quem não é, eles têm total confiança – ele revirou os olhos, com desdém – Como seu eu tivesse escolhido ter o pai que tenho.

— Então, por isso você veio me ver? – ela perguntou – E por que está me contando isso tudo se não queria que o Ministério soubesse?

Ele mordeu os lábios, parecendo perdido. Um rapaz jovem, era Camus. Era tão sarcástico quanto Malfoy e tudo isso era apenas para camuflar sua tristeza.

— Eu não tenho a quem contar. Se contasse a Draco, daria mais problemas a ele – ele riu, então – Eu sei que você não quer ouvir. Mal nos conhecemos, mas notei o quanto você é justa e leal. Você é muito conhecida por isso, sabe? Por sua lealdade a Harry Potter. Que mesmo com o risco de morrer na guerra, o seguiu. E eu pensei...bom, nem sei o que pensei. Senti que poderia ser sincero com você, de verdade. E que você não me julgaria.

Ela se endireito na cama, sentindo o corpo dolorido.

— Eu não vou julga-lo. Desde que seu relato seja sincero – fitou-o com seriedade – Mas, deveria dizer a verdade ao Ministério – ele fez uma careta de desgosto – Eu sei, parece uma ideia ruim, afinal, ele é seu pai, mas, pense comigo. E se ele estiver ajudando Yaxley com essa nova guerra? Se estiver apoiando o misterioso mestre que está financiando tudo?

— Eu sei que há uma possibilidade – Camus concordou, sem fita-la. Parecia confuso, como se não soubesse a quem dar sua lealdade. Ao Ministério ao progenitor. Era uma escolha muito difícil de se fazer e Hermione o compreendia – Mas, entenda, meu pai é procurado desde a última guerra. Ele se refugiou para longe do país. Veio ver como eu estava...bom, porque se importa comigo – Ela queria contradize-lo. Dizer que um pai de verdade nunca teria apoio Voldemort, mas se calou. Não podia fazer isso com Camus. Ele se abrira com ela, uma completa desconhecida e ela o respeitaria – Eu tenho certeza que ele não faz parte disso. Mas, me passou informações valiosas. Disse que quem está apoiando Yaxley é alguém de uma família muito antiga, de sangue puros. Não é do sagrado 28, se quer saber. Recorri alguns contatos e descobri eles são convidados para o baile de inverno dos Nott. Então, eu pensei, porque não ir? Eu ainda sou convidado, devido ao nome da minha mãe, Shakelle. Se fosse depender do sobrenome Spencer, eu não teria boas conexões. Meu pai tornou tudo mais difícil para nós, depois da guerra.

— Então, você vai no baile? – ela perguntou . Precisa se arrumar para ir também. E por que não aproveitar aquela informação importante? Camus assentiu – Podemos ir juntos. Podemos descobrir se estão realmente tramando contra a paz no mundo bruxo. Seu pai disse o nome da família que poderia estar ajudando?

— Sim – Camus respondeu – Eles estiveram fora do país na última guerra. Mas, ajudaram na primeira guerra bruxa. Ao que parece, fugiram do Ministério, para se refugiar fora da Europa. E agora, eles estão de volta.

— E qual é o nome?

— Pyrites – ele respondeu.

— Por que está me dizendo tudo isso, Camus? Por que não confiou tudo a Draco? – ela perguntou.

— Eu disse parte das informações. Mas, não posso dizer muito. Ele também toma a veritasserum regularmente e é examinado por um Legilimente.

Hermione sentiu certa revolta por isso. Tratavam Malfoy como um verdadeiro criminoso. Mas, ela o enxergava apenas como um garoto que fez escolhas erradas, mas nunca tentou assassinar ninguém de verdade. Falhou no instante de matar Dumbledore e ela reconhecia isso. Ainda havia bondade em Malfoy e notou isso muitas vezes enquanto estavam trabalhando juntos.

— Ok, então preciso da sua ajuda. Preciso de um vestido.

Camus a fitou como se ela tivesse duas cabeças.

— E como você acha que vou conseguir isso?

— Você precisa falar com Malfoy. Ele disse que me daria um vestido – ela tentou explicar e parecia que ele estava mais confuso – Ele disse que iriamos juntos a festa. Mas, tenho a impressão que ele tenha esquecido disso – Afinal, ele nem veio visita-la.

— Tá. Ok. Vou falar com ele. Ele deve estar voltando do Ministério.

— Ele foi para o Ministério? Mas, por que? – Então, isso explica seu sumisse. E ele não estar ali. Saber que ele estava bem e vivo era algo que aliviava, também. Mas, estava um pouco chateada por ele nem ter aparecido ainda.

— Interrogatório dos últimos eventos de ontem. Para minha sorte, eu não estou incluído nisso – Camus soltou o ar que prendia – E você não vai contar o que disse, vai?

— Eu deveria – ela ameaçou. Ele trincou o maxilar, irritado – Mas, não vou. O certo era você contar ao Ministério. Seu pai ainda pode estar do lado errado dessa guerra.

Camus bufou, revirando os olhos.

— Você tem uma noção muito definida do que é certo e errado, não tem? Mas, nunca fez algo que não deveria, que era dito como algo errado?

Ela refletiu sobre sua pequena provocação. Realmente, já havia quebrado inúmeras regras para ajudar Harry em sua missão. Mas, nada que afetasse a vida de ninguém.

— O que quer dizer com isso? – Ela retrucou.

Ele a fitou com ironia.

— Ninguém é cem por cento bom ou ruim, Granger. Pense nisso – Ele se levantou do banco e lhe de um sorriso galante – Agora, eu preciso arranjar um vestido para você, não é? – Ela revirou os olhos – Você será meu par hoje, Granger? Eu adoraria isso.

Ela gargalhou.

— Se você se comportar sim.

Ele sorriu ainda.

— Prometo ser um perfeito cavalheiro, Granger. Até depois. Venho busca-la.

Ela queria dizer que não poderia ir, sem antes pedir alta. Havia se esquecido disso, mas Camus já estava longe. Ela fitou o teto, então, pensando nos acontecimentos recentes. Em tudo que ele disse. A informação mais importante era sobre aquela família antiga, que ajudara Voldemort na primeira guerra. Seria possível que eles tivessem roubado o corpo do lorde das trevas e estivessem por trás dos ataques ao mundo trouxa e bruxo? Que tivessem ajudado a tirar os comensais da morte de Azkaban? Era algo a se pensar. Mas, como eles fariam para investigar aquela família? Como seria isso?

As respostas não vieram com brilhantismo, é claro. Hermione não sabia como se infiltrar. Era péssima em mentir e teria que contar com a ajuda de Malfoy e Camus, que pareciam ter mais traquejo com aquele círculo social. Mas, não queria ficar de coadjuvante na história. Contudo, o que eu esperava? Com certeza, quem estivesse no baile a ignoraria pelo seu sangue trouxa.

Enquanto pensava nisso, não percebeu o tempo passar. Até que uma enfermeira veio com uma bandeja de sopa para ela e checar se ela se sentia bem. Se conseguia andar, se mover. Explicou que traumas Hermione sofreu e quantos ossos havia quebrado.

— Nada que um remendo não conserte isso – ela disse, com um sorriso maternal – Agora, coma a sopa querida.

— A senhora sabe...humm...quando terei alta? – Hermione perguntou, forçando-se a tomar a sopa sem gosto.

— Ainda hoje, querida. Mas, deveria repousar. Sofreu um trauma muito grande.

Hermione queria dizer que não poderia descansar, não quando o mundo estava em constante perigo. Não quando tinha uma missão a cumprir. Mas, não disse nada. Apenas recebeu o olhar gentil da enfermeira, que saiu em seguida.

Mais tarde, enquanto estava quase se descabelando, Camus apareceu, sozinho. O ânimo de Hermione sofreu ainda mais. Por que estava tão decepcionada por não ver Malfoy?

— Trouxe isso, linda – Camus disse, mostrando para ela um saco plástico preto, segurado por um cabide. Então puxou o zíper, mostrando um vestido vermelho carmim.

Hermione ficou boquiaberta com o vestido. Não sabia como ele ficaria em seu corpo, mas não poderia usar aquilo.

— Não, eu não posso usar isso, Camus – ela protestou – Isso é muito...escandaloso.

— Você vai causar essa noite – Camus piscou para ela – E eu não iria conseguir outra coisa, porque esse vestido é de uma grande amiga.

Ela o fitou desconfiada. Deveria ser alguém que ele saia, mas ele era tão cara de pau, que estava flertando com ela.

— E Malfoy...você conseguiu encontra-lo?

— Ele nem apareceu em casa – Camus disse, dando de ombros – Mas, isso é porque não fiquei muito por lá. Então, vai querer o vestido ou não?

— Está bem – ela disse, entredentes.

Não sabia o motivo para estar tão irritada. Não poderia ficar tão brava por causa de um vestido. Mas, o nome disse era outra coisa. Algo que ela não gostaria de se perguntar. Já estava escondendo a si mesma o que sentia e continuaria. Talvez, para sempre.

— Obrigada, Camus. Eu apenas...acho que não é uma boa ideia ir.

Toda a vontade que sentia em ir ao baile havia desaparecido, pelo fato de que Malfoy era seu parceiro naquilo. E não faria sentido estar lá. O que ela poderia fazer?

— Ah, mas eu não tive todo esse trabalho para nada – Camus não parecia irritado, mas muito mais obstinado em convence-la a ir – Você me deve uma dança pelo vestido e um beijo pelo menos.

Ela engasgou com o riso que se formou em sua garganta. Ele a fitava com interesse renovado, mas seus olhos escuros brilhavam em divertimento.

— Você não pode estar falando sério? Isso é por causa de um vestido?

— Não é só um vestido, Granger. É uma peça única – ele brincou, mostrando-o para ela, deixando o saco plástico no chão – Vê? No tom da minha pele não ficaria bom, mas em você...- Então ele piscou para ela.

Hermione riu, atraindo a atenção de quem ainda estava na enfermaria. Tapou a boca, envergonhada.

— Agora, vou poder parar de me fazer de ridículo e tê-la como par?

Bom, o que custava ir? Eles poderiam conseguir alguma informação, uma pista importante. Se Malfoy não a queria como parceira, então ela faria isso com Camus.

— Vamos, por que não?

Ele sorriu muito agradado.

— Então, vá pedir sua alta e vamos cair fora daqui, Granger.

 

 


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Notas finais do capítulo

Gente, estava procurando uma foto antiga da Emma Watson com um super vestido vermelho mas não estou encontrando. Encontrei um similar aqui: https://br.pinterest.com/pin/241364861248877971/



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