a vingança de grindelwald escrita por eunsei02


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

pensando em mudar a sinopse n sei ainda... tbm postado no wattpad, spirit e outros



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Capitulo 1

No mesmo dia, na mesma hora, no mesmo minuto que o Avada Kedavra atingiu o coração de Alvo Dumbledore, Grindelwald teu o seu primeiro passo para fora do Castelo de Numengard. Ninguém sabe como ele fez isso.  

Ele estava na torre mais alta, da prisão mais segura, que o próprio bruxo das trevas havia construído. Talvez tenha sido arrogante imaginar que Grindelwald não pudesse sair, que estava realmente preso, em vez da verdade que o grande bruxo tinha se deixado ficar.

Dimitri seu guarda há mais de doze anos, era um homem simples que sempre seguia a sua rotina, acordava sempre as sete horas da manhã, tomava café com a sua mulher e ia pro trabalho.

Dimitri não era um grande bruxo, ninguém esperava que lutasse contra Grindelwald porque ninguém esperava que Grindelwald tentasse fugir depois de 50 anos preso, afinal, seus dias de gloria tinham ficado no passado, e Dimitri nunca tinha ouvido o bruxo falar mais de uma palavra.

Imagine então o susto que o pobre Dimitri levou, ao abri a cela e se deparar com o vazio, o bruxo mais temido de todos os tempos havia desaparecido.

E ninguém suspeitaria que o primeiro lugar que o bruxo das trevas iria, depois de anos preso, fosse Hogwarts. Talvez por isso aquele velhinho encurvado que generosamente sedia o seu lenço para o meio gigante Rúbeo Hagrid secar suas grandes lagrimas, passasse despercebido no meio da multidão que foi honrar Dumbledore.

 E por isso ninguém viu o olhar melancólico e de querer do velho. Um olhar que só quem viveu e se arrependeu poderia ter, muito diferente do de Hagrid que só sentia saudade do velho amigo e protetor.

Mas o velho apesar de toda a sua pose estava ali por muito mais que homenagear e lamentar o que foi perdido. Afinal ninguém imaginaria que o homem que era considerado o maior inimigo de Dumboledore, o único homem que rivalizou os poderes do morto, estaria em seu enterro.

O velho deixou uma hortênsia branca no tumulo. Uma flor que a irmã de Dumbledore, alguém que a multidão não se recordava, amava e entregava a hortênsia aos irmãos em todos os seus aniversários. Olhou para as outras flores, grandes buquês, cada uma mais extravagante que a outra e para as pessoas que as tinham trazido cada uma mais devastorada que a outra. Eram mais pessoas do que conseguia dimensionar.

Seus olhos pararam em vestes cor de rosa, já tinha percebido que algumas pessoas não pareciam particularmente tristes, tudo bem uma figura como Alvo Dumbledore morrer atrairia muitas pessoas que mal o conheciam, mas aquela mulher vestida de rosa e com quase que um sorriso no rosto parecia vitoriosa.

Escutou o canto da fênix, o canto doloroso e que parecia muito maior que a mulher de rosa. Observou enquanto as pessoas se despediam, elas indo embora, voltando para as suas casas sem saber o que o dia de amanhã traria sem a presença de Dumbledore.

O velho foi um dos últimos a sair, ainda não estava sozinho, o lindo pássaro ainda voava acima dele, com suas penas lindas cor de fogo e um canto inconfundível de velhos tempos. Um canto que ele não ouvia a mais de 50 anos.

— É lindo, né?

 A outra pessoa que ainda estava ali, o impedindo de completar a sua missão, perguntou. Era um jovem de cabelos pretos e óculos redondos, percebeu também a fina cicatriz em formato de raio que atravessava sua testa.

— Ainda aqui? – O velho se perguntou se o pássaro estava ali por causa disso, esperando o menino se despedir e alimentando o seu canto com o luto que parecia emanar daqueles olhos verdes.

— Eu só não acredito que esse é o fim. Eu não consigo acreditar que esse homem que sempre me pareceu indestrutível foi... – O menino parou, uma pausa triste como se procurasse as palavras, pigarreou um pouco a garganta como se para controlar o choro – Eu só não acredito que aquela foi a nossa última aventura.

O velho observou, mais uma vez, os olhos tristes como o seu, será que tinha encontrado alguém com um pesar tão grande quanto o dele, um pesar que o velho entendia, apesar de distintos. Talvez o menino também visse algo em seus olhos porque perguntou:

— Você era amigo de Dumbledore?

—Nosso caminhou já  se cruzaram a muito tempo atrás.

O menino mudou sua postura, como se percebesse que o velho fosse um estranho e com um olhar desconfiado indagou:

— Há muito tempo que você não o via?

O velho se contraiu como se  percebesse que o menino fosse um estranho, sem falar mais nada se virou e se retirou deixando perplexo o garoto com quem por um milésimo de um momento se identificou.

Saiu da visão do menino e desembainhou a varinha que tinha roubado de um jovem em um pequeno vilarejo alemão, que teve o azar de ser o primeiro bruxo que encontrou.

Em alguns segundos ficou invisível, pois como Dumbledore seu igual, tinha essa habilidade. Em silêncio voltou para o túmulo, vendo que o menino ainda andava com passos pequenos e lentos, ombros caído e cabeça baixa, em direção ao lugar de descanso de seu professor.  Se aproximava com um cuidado quase descrente para não tornar definitivo o que todos já sabiam.

Dumbledore tinha morrido.

O menino finalmente chegando na lápide, colocou a sua mão na pedra. O velho quase se sentiu mal por ver um momento tão íntimo.

Tentou imaginar Dumbledore pela visão do garoto, velho, sábio e com mais rugas do que poderia contar, quase que como imaginava Merlin. Parecia uma piada. Dumbledore era jovem, idealista e belo. Quase que como um sol na vida de quem o orbitava.

Finalmente o garoto foi embora, sem saber que o velho continuava ali e o quanto de informação ele o havia dado.  A fênix pousou ao seu lado, como se soubesse. Soubesse que não era só um antigo conhecido, soubesse que o amava como ninguém e soubesse o verdadeiro motivo de estar ali.

Colocando a sua dor de lado, junto com a sua invisibilidade, andou com passou largos, muito diferentes do menino até a lápide. Afinal já sabia que Dumbledore estava morto e apesar de toda a sua elegância, foi com um pesar que violou o túmulo da única pessoa que ele foi capaz de amar.

E se deparou pela a primeira vez em meio século com Alvo Dumbledore, chegou até a hesitar, mas era por ele que faria tudo o que estava prestes a fazer.

Passou alguns segundos olhando para o rosto do homem que ainda amava, tão diferente do rosto pelo o qual se apaixonou. Tentou imaginar a vida que poderia ter levado, cheia de amor e magia, tão diferente da cela que tinha passado os últimos anos.

Olhou para as mãos do seu antigo amor, lembrando o porque não tinha vivido aquela vida. Lembrando também da vida que antes desejava ter. Uma vida cheia de poder, uma vida que aquela varinha, que descansava nas mãos do seu antigo amor, como se o desdenhasse, lhe prometeu.   

Pegou a varinha, tocando nos dedos frios onde há pouco tempo havia calor, empunhando mais uma vez a varinha das varinhas depois de todos esses anos.

Foi embora com a varinha na mão, o coração cheio de vingança e um menino de olhos verdes na cabeça afinal, foi assim que Gellert Grindewald conheceu Harry Potter.    


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