—-Certo, o que nós temos? --Griss perguntou.

A equipe estava parcialmente reunida na sala de evidências, depois de horas na rua. Somente Catherine ainda não voltara.

—-Finlay foi vista pela ultima vez acompanhada de um homem desconhecido em um bar na Strip. O Detetive Moreno nos disse que a deixou por volta da meia noite. –Greg respondeu. –Archie já está buscando o sinal do GPS e do carro dela. E a casa está vazia.

—-Na casa do Russell não encontramos nenhuma evidência. Havia apenas uma carta com recortes formando a palavra “Karma”, que ele disse ao McKeen no interrogatório. É a única coisa que eles deixaram para trás ali. –Sara completou.

—-A bala no peito do Ecklie está na análise. Logo o Bob nos trará o resultado. –Greg finalizou.

—-Boa noite. 

Todos se viraram para ver a xerife entrando. Ela vinha acompanhada de Catherine e Russell – este visivelmente abatido. 

—-Conseguiram algo? --Perguntou autoritária.

—-Por enquanto estamos sem saída. E a CSI Finlay também desapareceu. –Sara disse.

—-Provavelmente está com a Katie. –Greg sugeriu. 

—-Acho que o pedido de Catherine para reforçar a equipe no momento é viável. –A xerife se dirigiu à Grissom. – Assim como a sua presença no laboratório é muito bem vinda. Podem trabalhar normalmente e eu resolverei o restante depois.

O entomologista acenou com a cabeça. 

O celular da mulher tocou e ela olhou no visor, pedindo licença e saindo rapidamente.

—-Falarei com vocês depois.

Russell, que até então só observava, pigarreou e começou a falar:

—-Obrigado por voltar, Nick. E Sara também, por ter pensado rápido e trazido reforços.

A morena sorriu infeliz e o supervisor se dirigiu à Gil:

—-É um prazer conhecê-lo, Grissom. Sinto muito que seja desta maneira.

—-O prazer é meu. –Gil apertou sua mão. –Vamos achar a sua neta, Russell.

DB sorriu agradecido e a equipe o colocou a par da situação. Eles analisavam as evidências quando o técnico em audiovisual adentrou na sala.

—-Pessoal, consegui rastrear o celular da Finlay! –Archie deu o endereço. 

—-Isso é longe daqui. –Sara disse num bocejo. –Vamos para lá!

Ela se levantou, mas Grissom a deteve pelo braço.

—-Greg e Sara estão no terceiro turno seguido. Precisam descansar e tomar um banho. –Ele olhou de canto para a esposa. –Não me leve a mal, querida.

—-Hey, estamos cansados, mas aguentamos. –Greg protestou.

Sara concordou efusivamente.

—-Não, vocês vão para casa. –Gil disse firme. –E vou pedir para o Brass mandar viaturas com vocês.

Grissom sentiu sua pele ser queimada pelo olhar fulminante que ela lhe lançava. Mas relevou, sempre que ela se ficava com sono seu humor se tornava instável e irritado. Ela nem se despediu e saiu da sala batendo o pé. Ele arqueou uma sobrancelha e a seguiu com o olhar.

—-Vejo vocês no carro. –Murmurou.

Grissom foi até o locker atrás da esposa. Tinha as duas mãos nos bolsos e andava sem olhar para os lados. Chegou na pequena sala dos armários e encontrou Sara mexendo no seu, atrás de seus pertences.

—-Promete que vai descansar?

Ela bateu a porta de seu armário e o olhou feio.

—-Não precisa ficar brava. Você pediu minha ajuda e eu estou fazendo o melhor para o caso. –Ele ia se aproximando.

—-Me mantendo afastada? Não posso ser útil só porque estou um pouco cansada?

Ele riu baixinho e guiou sua mão até a cintura dela, empurrando-a de leve contra os armários. Grissom olhou para os lados e viu que estavam sozinhos.

—-Na verdade, eu preciso de você descansada.

Sara sorriu maliciosa e mordeu o lábio inferior.

—-Estou morrendo de saudade. -Ele sussurrou. -Quase dois meses longe de você é tempo demais.

Gil sorriu docemente e se aproximou mais, grudando seus lábios nos dela. Sara se encarregou de aprofundar o beijo, perdendo seus dedos nos cabelos dele. A saudade era tamanha, que eles se esqueceram de onde estavam, de que eram, do que estavam fazendo... Quando por fim se separaram, permaneceram abraçados por alguns segundos.  Até que Hodges, de passagem, quebrou o momento:

—-Isso aí, chefe! Podem continuar que não tem mais ninguém vindo...