Steve McGarrett estava sentindo como se estivesse em uma comédia trágica naquele momento. Sinceramente, ele queria que aquilo fosse uma piada de mau gosto porque sinceramente, era ridículo.

Ele olhou para cima quando sentiu uma mão o virando para cima e viu o rosto de seu amigo, Danny. O homem estava agitado e pressionando uma toalha cor de rosa em seu novo ferimento de bala enquanto Junior e Tani corriam para pegar alguma coisa no kit de primeiros socorros e chamavam o resgate.

Até mesmo Jerry estava ao lado dele enquanto Lou prendia a mulher responsável por atirar nele a queima roupa.

Havia um choro de criança ao fundo e as vozes abafadas de Danno, Junior e Tani.

— Steve, não feche os olhos. – Danny pegou outra toalha e a pressionou no ferimento. – Você não pode morrer. E eu não posso te dar mais um pedaço do meu fígado.

Danno sentiu que ele estava perdendo seu amigo novamente. Ele olhou para Tani que pressionou o ferimento e ele se levantou, olhando para a mulher com repulsa, por atirar no amigo, por atirar em alguém na frente de seu filho pequeno.

— Leve essa mulher daqui. – Danny viu Adam correr até eles e pegar o menino. – Garanta que algum parente pegue o garoto.

Duke entrou no prédio e congelou vendo Steve sangrando. Dois paramédicos chegaram finalmente e começaram a preparar o jovem para o transporte.

Anna sentiu um pequeno frio passar por seu estomago e se sentou com lágrimas nos olhos. Ela e Steve tinham algum tipo de conexão e eles ficaram de explorar mais tarde naquela semana.

Seu celular tocou e para seu desespero, era Danny.

— Danny, o que está acontecendo? – Ela sentiu como se seu corpo estivesse entorpecido enquanto ouvia e o telefone caiu de sua mesa.

Arabella, sua melhor amiga foi até ela e pegou o celular, querendo ajudar e acabou falando com Danny, que lhe deu o endereço do hospital do exército.

Ela falou brevemente com o chefe de ambas, que as liberou. Segurando a mão de Anna, as duas foram para o carro de Arabella e direto para o hospital.

Danny se sentiu cada vez mais ansioso. Ele poderia literalmente abrir um buraco se demorasse mais uma hora até que os médicos lhe dissessem algo. Eles haviam chegado de helicóptero, dado a urgência e histórico de Steve com traumas por balas.

Anna correu pelos corredores até ver Danny parado em pé. O único que faltava na sala de espera era Lou, muito por causa de ele estar terminando com o interrogatório da mulher e garantindo que ela apodrecesse atrás das grades.

Um tio do garotinho havia dito que o buscaria dentro de algumas horas.

Adam, Tani, Junior, Danny e Duke estavam na sala de espera quando a noiva de Steve chegou correndo.

— Danny! – Ela correu para o amigo. – Onde ele está? Ele está...?

— Não. – Ele tratou de esclarecer. – Ainda não temos nenhuma novidade, Anna. A mulher está presa.

— Ela disse porquê? – Anna chorou no ombro do amigo. – Ela disse porque ela decidiu tentar matar meu amor?

— Ela queria vingança. – Lou se juntou a todos, com uma garota que Anna abraçou. – Essa é a amiga de Anna, Arabella. Ela estava à procura de sua amiga.

Danny olhou para a morena abraçando Anna e sentiu algo que nem podia começar a descrever, mas que depois que ele soubesse que seu amigo estivesse bem, ele definitivamente irá explorar.

— Família de Steve McGarrett? – A voz de um médico foi ouvida. – Sou o Dr Thomas Morton.

— Anna, sou a noiva dele e qualquer coisa que tiver a dizer pode dizer a todos. – Anna garantiu. – Somos uma família.

— Eu fico feliz em ver. – O médico suspirou. – O comandante McGarrett teve sorte, devo dizer. Mais alguns centímetros e a bala teria atravessado seu coração.

— Ele vai ficar bem, doutor? – Danny perguntou. – E quanto ao fígado?

— Sim, ele vai ficar bem e estamos cientes que ele teve que fazer um transplante. – Ele sorriu. – Felizmente, o fígado está bem, mas vamos manter ele em um respirador apenas para precaução. A bala raspou no pulmão direito e isso poderia realmente ter matado ele.

— Obrigada por salvar ele. – Anna se sentou, a adrenalina começando a abaixar. – Fico feliz.

Danny e Arabella reagiram rápido e pegaram Anna antes que a garota desmaiasse. Levantando a amiga, Danny acompanhou o médico, que o instruiu a colocar a garota em uma das camas.

Ele a verificou e pediu que uma enfermeira coletasse um pouco de sangue. Ele estava compreensivelmente preocupado com ela e também deu a moça um pouco de soro.

— Eu realmente fico feliz por Steve estar bem. – Tani suspirou. – Espero que aquela vadia pague por tudo que fez. Ela atirou em alguém na frente do filho pequeno.

— Tudo isso porque Steve matou o marido bandido dela. – Lou ganhou olhares de todos. – Não estou brincando. O filho deles nem estava lá quando ele atirou, mas a mulher pouco ligou para ele ao seu lado quando tentou matar o Steve.

— De qualquer forma, o menino está bem e vai morar com o tio dele, que é honrado. – Adam sorriu quando olhou para Danny conversando com Arabella. – Parece que teremos um romance para Danny.

Danno olhou para Arabella, sorrindo e percebeu que ele estava apaixonado por alguém que viu apenas uma vez na vida.

— Eu estou feliz que Steve vai ficar bem. – Arabella falou. – Ele e Anna tem muito amor para ficarem separados.

— E eu acho que muito mais. – Danno sorriu para a garota. – Ela tem os mesmos sintomas de quando Rachel, minha ex estava grávida de Grace. Acho que eles logo vão ter um bebê.

— Seria lindo. – Arabella sorriu quando viu o médico com o resultado de Anna. – Vamos ver?

Danno sabia que estava fisgado muito antes de ver ela sorrir para ele antes de entrar no quarto.

Steve sentiu que seu peito estava queimando, mas logo algo foi administrado e ele viu os olhos de Anna o observando. Ele viu um brilho diferente nela e sabia que era sua vida finalmente se arrumando.

— Você acordou. – Ela sorriu para ele e apertou a campainha. – Eu fiquei tão assustada.

— O que aconteceu? – Steve suspirou e a sentiu se aproximar. – O menino está bem?

— Sim, ele está bem e apesar de ter mais uma futura cicatriz, você também. – Anna sorriu enquanto observava o médico o analisando e declarando que ele estava melhorando. – Eu espero que esse seja o último susto que eu tenha que passar.

— Não vou garantir nada, querida. – Ele sorriu e a viu tocando seu ventre. – Você está?

— Sim, de dois meses. – Ela sorriu e deixou as lágrimas caírem. – Você realmente me deixou grávida, comandante.

— Bem, eu sou certeiro. – Ele brincou e a beijou. – Isso significa que temos que casar ou seu pai vai me matar.

— Que tal esperarmos que nosso bebê seja maior e ele ou ela possa estar em nosso casamento? – Anna sugeriu. – Meus pais só querem que você cuide de nós de qualquer forma.

— Eu vou proteger você para sempre. – Steve observou todos do lado de fora. – Entrem aqui, meus amigos.

— Danno e Arabella parecem estar ficando próximos. – Anna sorriu e todos entraram no quarto de Steve.

— Fico feliz que você esteja bem, chefe. – Junior sorriu para ele. – Foi um susto grande.

— Sim, nunca mais faça isso. – Tani sorriu.

Jerry sorriu e entregou uma carta para seu chefe. Todos ficaram pasmos ao perceber que ele foi chamado para trabalhar na CIA.

— Eu realmente acho que eu deveria ir, sabe? – Ele suspirou. – Me sinto mal ao abandonar todos.

— Jerry, essa é uma boa oportunidade e você precisa ir. – Steve sorriu. – E se não estiver satisfeito, você vai ter um lugar nessa equipe.

Todos sorriram e se despediram de seu amigo. Eles brindaram com suco de laranja a novidade de Jerry e a gravidez de Anna.

Danno e Arabella acabaram se tornando um casal meses depois e a primeira filha de Anna e Steve nasceu tão linda quanto seus pais. E fiel a palavra, a pequena Stephanie entrou com Anna em seu casamento.