Stay with me escrita por Kayomii


Capítulo 13
Cap. 13: Amid Shadows and Resolutions.


Notas iniciais do capítulo

Oi, como é bom revê-los! Seja bem vindo(a) a mais um capítulo de Stay with me. Boa leitura e ajeite a postura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808503/chapter/13

“Uma emboscada para te capturar?”— Hijikata questionou-o.

“Acertou.” — Dizia o corvo destravando a arma e apontando para o policial. – “Não imaginei que o encontraria tão previamente, Shiroyasha.”

“O que você quer, seu maldito?” — O albino perguntava de forma bruta, com um olhar rancoroso.

“Eu diria que vingança, mas isso é tolice.”

“Então o que?”

“Talvez jogar no mesmo lado da moeda.” — Dizia o amanto sorrindo maliciosamente. – “Você tirou tudo de nós e nós tiramos de você, justo, não? Haha.”

“Nem um pouco.” — Brincou. – “Onde está Shinpachi e Kagura?”

“Sinto em informar, garoto, mas não posso responder a sua pergunta.”

“Não brinque comigo, se você ousar tocá-los...”

“Shiroyasha... Você sabe muito bem que não tenho planos para seus subordinados insignificantes. Mas tenho outros planos para você.”

“Planos para mim?”

“Sabe... Havia boatos durante a guerra Joui sobre um samurai impiedoso que espalhava medo por onde passava, seu nome ecoava em meio aos campos da batalha e todos os amantos que o viu, hoje já não estão mais entre nós.” — Dizia seriamente. – “Eu já lhe subestimei muito. Você é forte, mas prefere apagar o seu ‘eu’ passado para poder proteger as pessoas ao seu redor, como um cãozinho de rua que foi alimentado por um desconhecido.”

“Aonde você quer chegar com isso?”

“Vou direto ao ponto, afinal não temos tempo para perder.” — Abaixou a arma. O policial recuou para perto da dupla. – “Através de fontes confiáveis soube que você está atrás do ‘Rey’.”

“E daí?”

“Engraçado, pois Rey está morto já faz mais de 10 anos.”

“Morto?!” — Fumiko afirmou.

“Exatamente. Digamos que um certo ‘demônio branco’ o matou.” — Encarou Gintoki.

“Eu não sei do que está falando.”

“Irei refrescar a sua memória.” — Acendeu um charuto. – “Eram dias nublados no campo de batalha, cada nota era banhada em sangue amanto, e sua espada ceifou a vida de muitos. Até mesmo crianças amantos, forçadas a lutar, não escaparam do seu caminho sangrento.”

“Você está errado.”

“Sei muito bem do que estou falando, e você também.” — Afirmou brutalmente. – “Rey foi uma das crianças obrigadas a lutar na invasão. Pelo menos era isso que pensávamos.” — Dizia em tom caótico. - “Ele estava liderando uma pequena rebelião para tirar as crianças do meio da guerra, mas por ser apenas um mero escravo Khaneoriano*(1) precisava de uma força maior. Não havia nenhum amanto de confiança para o seu plano maluco, então ele recorreu para algum lugar neste planeta, porém parece que ele e as crianças foram mortos durante esse trajeto... Por você.”

“...” — O albino evitou contato visual.

“Os gritos das crianças agoniadas ainda ecoam na sua alma?”

“Cale-se...”

“Isso é verdade, Yorozuya?” — O policial questionava-o surpreso.

“É. Na época eu apenas os viam como criaturas impiedosas movidas a carnificina, não tínhamos conhecimento suficiente sobre as raças, então não nos importavam se eram crianças ou adultos... No meio do campo de guerra, todos são seus inimigos, sem exceção.” — Declarou. – “Eu estava cego pelo ódio e sedento pelo sangue de todos que tiraram a vida de inocentes, mas isso não é justificativa pelo o que eu fiz.”

“Interessante, Rei do Caos.” — Karasu aplaudiu ironicamente. – “Você admitiu os seus pecados, mas e agora? Isso não trará nenhuma das vidas ceifadas por suas mãos de volta.”

“Eu sei. Nada do que eu faça não poderei me redimir.”

“Redimir... uma palavra tão nobre e tão complexa. Pena que isso não funciona para você Shiroyasha. Não há redenção para aqueles que causaram tamanha dor e sofrimento, mas eu reconheço o seu esforço para ser um bom rapaz. Você está aos poucos trilhando um novo caminho e criando novas raízes com cara e coragem, e é por isso que eu lhe considero como um personagem interessante. Talvez eu esteja curioso para saber onde isso vai dar.”

“Você está pensando em nos deixar ir embora?” — Fumiko questionou confusa com a situação.

“Como eu disse, vocês não são do meu interesse. Mas ele...” — O mesmo sacou a arma novamente, agora apontando para o ex-samurai. – “Vale uma fortuna.”

“Para quem?” — O albino questionou.

“Isso é confidencial. Digamos que é alguém recursos e interesses obscuros.”

“Então você é um mercenário?”

“Se quiser chamar assim, mas prefiro me considerar um informante oportunista.”

“Espera aí... Você é só um informante com essas habilidades?”— Hijikata questionou.

“Hoje em dia, de fato. Há 10 anos atrás, antes mesmo dos amantos invadirem a terra, eu fazia parte da SIA.”

“SIA?!”

“É uma agência de investigação espacial. Naquela época eu era apenas um mero espião qualificado que vivia em bares com Jazz ou Blues bebendo um copo de drink após um dia cansativo de trabalho.” — Expressava um pouco de nostalgia. – “Lá era um bom lugar antes de virar um oceano de chantagens, traições e conspirações.”

“Aí você se tornou um informante para uma organização alienígena? Que patético.” — Hijikata afirmava.

“Patético? Talvez preciso. Mas minha vida mudou de melodia quando não pertencia mais a SIA. Agora sou apenas um observador que vende informações para aqueles que podem pagar o preço certo.”

“E qual é o seu preço agora? Me capturar como troféu?”

“Exatamente, apenas estou fazendo o meu próprio trabalho sujo.” — Ironizou.

O corvo atirou na direção do albino que esquivou jogando-se no chão. Fumiko e Hijikata usaram a oportunidade para contra-ataca-lo, o qual Fumiko jogou algumas kunais mirando em suas pernas, porém Karasu apenas se moveu rapidamente, conseguindo desviar dos projéteis afiados. Enquanto isso, Hijikata tentou fazer um corte em suas costas, porém a capa que o corvo utilizava era difícil de sua espada penetrar, deixando-o surpreso.

Gintoki aproveitou o momento para acertar com um golpe direto usando a sua Bokuto de madeira, que foi bloqueado pelo gancho-foice no braço direito do corvo. O ex-samurai sentiu o impacto rachar levemente a bokuto e estremecer o seu braço ferido, porém não desistiu de continuar o ataque. Fumiko tentou um novo ataque, agora mirando no torso e no rosto de Karasu. O mesmo empurrou o albino para trás e quase desviou do ataque com maestria se não fosse por conta de duas kunais que o acertaram de raspão, fazendo-o sangrar.

“Você é mais forte do que eu pensava, senhorita.” — Flertou.

“Me desculpe, mas caras do seu tipo não me atraem.”

“Haha, imaginei.”

Em meio a esse pequeno dialogo, Karasu troca golpes diretos com Fumiko, utilizando a sua pequena adaga. O corvo surpreendeu-se com os golpes rápidos e calculados de Fumiko, pois diferente dos outros ela não possuía um padrão para atacar, adaptando-se a cada movimento e usufruindo de sua agilidade.

*

Enquanto a batalha desenrolava no andar superior, Sougo e Kondou atacava o grande grupo de amantos, todavia já demonstravam sinais de cansaço, como respiração ofegante, fadiga e o suor escorrendo pelos rostos. Por sua vez, haviam poucos amantos caídos no chão em relação ao número total, que atacavam seguidamente. Sougo deferia ataques diretos em pontos vitais, derrubando-os com apenas um único corte, já Kondou deferia ataques mais lentos, consequência da exaustão.

“Kondou-san, vá atras daqueles dois. Você não está em condições para lutar.”

“E você?”                                

“Eu sei me virar. Irei segura-los até você chegar.”

“Sougo...”

“Vá logo.”

De início Kondou hesitou por um momento, porém ao se colocar no seu lugar e entendeu a sua determinação. Com um leve aceno com a cabeça, partiu em direção aos andares inferiores, gritando pelos seus nomes. Era uma sensação de estranheza vendo o ultimo corredor vazio. Suspirou e gritou novamente, sendo correspondido em sequência.

“Essa voz é do...” — O jovem moreno de óculos sussurrava. – “... Kondou-san?!”

“Yo Shinpachi-kun!” — Dizia em um tom animador. – “Quase que não encontro vocês.”

“Ainda bem...”

“Como vocês estão?” — Dizia tentando achar uma forma de abrir as grades.

“Eu estou bem. Porém a Kagura-chan...”

Quando Kondou avistou aquele rosto pálido da ruiva, fitou um rosto corado e brilhoso de suor. Visivelmente a mesma ainda estava sob os efeitos do dardo, assim como Gintoki estava pela primeira vez. Ela levantou-se com muita dificuldade e só não caiu porque o moreno segurou-a no momento exato enquanto Kondou tentava quebrar a fechadura com um pedaço de pedra caído no chão.

“Onde ele está...?” — Kagura questionou. – “Onde está o idiota do Gin-chan?”

“No andar superior.” — Kondou respondeu-a, finalmente quebrando o cadeado.

“E por que ele não está aqui?”

“...” — O policial ficou sem jeito de responder, preservando um pequeno silêncio. – “Eu não sei.”

“Então vai ser assim... Entendo.”

“Kagura-chan...”

“Vamos embora logo, não aguento ficar mais aqui.”

“Não se precipitem, nós estamos cercados.” — Afirmou abrindo o cadeado. – “Shinpachi-kun, você consegue lutar?”

“Ah? Sim, porém eu estou desar-”— Sua fala foi interrompida quando Kondou jogou a sua katana para o mesmo, causando surpresa para o moreno.

“Use para se defender. Eu cuidarei da garota chinesa.”

O Policial gorila pegou a ruiva colocando-a em suas costas. Correu em direção de Sougo, que para a sua não surpresa, ele ainda permanecia de pé. O número de amantos caídos havia mudado drasticamente, o que causou estranheza aos olhos do trio recém-formados. Shinpachi desembainhou a katana e tomou a iniciativa de unir-se junto de Sougo para enfrentá-los.

O que ninguém esperava era que uma nova grande “onda” de amantos aparecesse atrás. Diferente dos outros esses pareciam mais sérios e aparentavam ser de mesma raça dos anteriores.

“Oh, parece que encontramos mais peixes pequenos aqui.” — Dizia uma voz anasalada jogando a dupla da Hyakka no chão.

“A Hyakka também está aqui?!”— Dizia Shinpachi.

“Sim.” — Gorila afirmava receoso. — “Isso está virando um grande problema...”

*

A cena retornava-se para o andar superior, onde os 4 presentes no local estavam eufóricos, mas ninguém demonstrava sinais de desistência. Karasu derrubou Hijikata com o seu gancho-foice no chão enquanto fincava a adaga no ombro de Fumiko. Gintoki se ergueu, com o seu braço direito latejando de dor, apontando a sua bokuto para Karasu. Os dois avançaram na direção um do outro, o qual o corvo acertou o seu torço de lado, jogando-o para a esquerda e fazendo-o colidir, com muita força, contra a parede de metal. Sacou a sua pistola e apontou para o albino ensanguentado.

“Acabou para você.” — Destravou a arma.

Essas foram as suas últimas palavras antes de outro pequeno grupo invadir o container principal. Dentre eles haviam figuras familiares tanto para Gintoki quanto para Hijikata; era o mesmo grupo e o mesmo “chefe” que havia capturado Gintoki naquele fim de tarde.

“Parece que ainda não acabou.” — Dizia uma voz grossa e anasalada do chefe.

“Reforços?!” — Fumiko questionou.

“Tá tão difícil assim, corvo maldito?” — O albino ironizou.

“Não seja idiota. Eu não trabalho para esses caras.”

“O-O que?!” — Demonstrava surpreso.

“Como eu disse, eu trabalho para quem vocês chamam de ‘Rey’.”

“Então esse cara...” — Dizia Hijikata. – “... Não era quem estávamos procurando?”

“Exatamente.” — O corvo afirmou. – “O que você está fazendo aqui, Damian?”

“Vim atrás do cobre e encontrei a prata, haha.” — Dizia o amanto-líder. – “Não imaginei que encontraria Yami Karasu e o Shiroyasha juntos.”

“Vocês se conhecem?!” — O albino retomava os questionamentos.

“E como.” — Damian afirmou. – “Digamos que Karasu e eu já fomos grandes amigos. Agora, ele não passa de um covarde que nos abandonou antes da invasão deste planeta graças a uma mulher.”

“Larisse não teve nada a ver com essa história.” 

“Mas fez parte dela.” — Disse em sequência. – “Todos nós sabemos que ela te mudou. Será que ela está orgulhosa do seu novo emprego, Karasu?”
“Cale-se.”

“Oh, ela deve estar se remexendo no caixão vendo o que o seu marido se tornou.”

“O que você está insinuando?”

“Apenas achei que ela havia te transformado em um mero covarde, mas pelo visto...”

“Chega, Damian. Sua melodia é podre.”

“Eu sei que você apenas topou esse serviço por que queria ajudá-lo a se vingar do filho. Por isso está tão sensível.”

“...”

“Mas isso são águas passadas. Que tal mudarmos o foco? Olhem para o nosso queridíssimo Shiroyasha, um verdadeiro pote de ouro... ou melhor, de prata haha.”

“Não preciso de seus comentários sarcásticos.” — Gintoki afirmou.

“É uma pena.” — Ironizou. – “Capturem o Garoto de cabelos prateados e livrem-se do resto.” 

Os amantos ‘subordinados’ de Damian avançaram em direção do quarteto. O ambiente apertado só piorava a situação, tanto que Fumiko tinha dificuldades para manter distância dos seus alvos, assim como Hijikata, que atacava com golpes mais baixos.

Em um dos ataques em direção de Karasu, o mesmo conseguiu defender-se, porém outro avançou em sua direção. O ataque não foi certeiro por conta do albino que entrou em sua frente, defendendo-o com a sua bokuto rachada, que se partiu ao meio com a tamanha força.

“Oh, não imaginei que iria proteger um inimigo.”

“Eu só não quero ser pego por aquele cara.”

“Esse é o tipo de solo que gosto ouvir ao meu lado, haha.” — Brincou. – “Pegue isso, talvez seja util.” — Ao olhar pela sua mão, Karasu havia lhe dado a adaga vermelha que usava. – “Vamos fazer um acordo, um tratado de paz até sairmos deste maldito lugar.”

“Certo.”

Gintoki não hesitou em concordar com o acordo, mesmo ciente que seria capturado logo em seguida, pois não havia outras opções de fuga. Karasu atacava-os com o seu gancho enquanto Gintoki protegia suas costas, Fumiko conseguia arremessar algumas de suas kunais de cima da mesa, neutralizando alguns inimigos próximos, Hijikata fazia golpes rápidos que também neutralizavam os seus inimigos. Através de uma brecha aberta por Karasu, usando os seus dardos paralisantes, o quarteto conseguiu passar para o andar abaixo que permitiu melhor mobilidade.

Ao se dar conta, ambos os grupos se encontraram no andar térreo, integrando-se em um único grupo. Os olhares se cruzaram, criando uma comunicação visual, o qual todos já sabiam o que era preciso fazer. O ferimento no braço do albino chamava a atenção de Shinpachi, deixando-o agoniado assistindo ao mesmo lutar com o restante de suas forças.

“O que fazemos agora, Yorozuya?” — Kondou questionava.

“Recuem. Já conseguimos recuperar Shinpachi e Kagura, esse local já não nos interessa mais.”

Ninguém o contestou de sua decisão. Diante de tal situação, todos não viam mais motivos para manter a batalha na fábrica, já que o objetivo já havia sido concluído. O foco deles eram os amantos que estavam no trajeto da porta principal, fazendo golpes rápidos, assim como antes. Sougo e Hijikata defendiam as costas enquanto Karasu impedia ataques a longa distâncias com o seu gancho. Foi uma longa batalha até conseguirem atravessar a porta principal.

Assim que iluminados pela luz do luar, puderam ver os membros que cuidavam da retaguarda caídos no chão ensanguentados, uma cena dolorosa de se ver, deixando-os todos aflitos. Infelizmente os corpos foram largados ali para permitir a fuga do grupo junto de uma pequena despedida silenciosa em uma forma de respeito. Ao encerrar com a missão, todos estavam cientes de novos desafios que estavam por vir, iniciando uma busca pela resolução de seus problemas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey leitor, obrigado pela a sua paciência com esse capítulo! Peço milhares e bilhares de desculpas pela demora desse capítulo, pois estou passando pela síndrome de “não importa o que eu faço, isso não fica bom de jeito nenhum!”. Já refiz e reli esse capitulo inúmeras vezes e ainda não me agradou o suficiente para postar, porém (creio eu) que talvez eu e meu subconsciente entramos em um acordo em finalmente postar. Nesse meio tempo o meu notebook deu problema na dobradiça e acabou afetando o cabo flat, que infelizmente está dando tela verde *lagrimas de desespero*, espero que esse problema seja resolvido em breve...
Enfim, desculpa o mini textão que escrevi aqui, mas eu senti a necessidade de deixar explicações pelo meu sumiço temporário.
É isso, bons afazeres e até o próximo capitulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stay with me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.