Arco 1 - Floresta da Eternidade

O segundo dia das atividades na Floresta da Eternidade começou há quase uma hora. A Jonin Especial Mai Takada explicou tudo o que era necessário para os Gennins. Contratos de Invocação foram entregues a eles, as equipes temporárias foram montadas, a estrutura tecnológica foi ativada e todos foram enviados para a Floresta da Eternidade no Universo Primordial…

— Esse lugar é praticamente idêntico à Floresta da Eternidade… Do nosso mundo… Ou sei lá como devo dizer – se manifesta Rei Hoshigaki, olhando impressionado para todos os lados.

Há poucos instantes, o Gennin loiro chegou a este lugar junto da Jonin Especial Mai Takada e de outros dois Gennins: um da Aldeia do Som e um dos Apátridas. Os garotos seguem caminhando na frente enquanto a mais velha os observa com um sutil sorriso poucos centímetros atrás deles.

— Essa é a “magia” do Multiverso… – articula o sujeito à direita de Rei: um garoto alto de pele clara e algumas manchas escuras pelo corpo, de olhos castanhos escuros, cabelos negros curtos cacheados e aparentemente com mais idade do que os outros dois.

Seu nome é Cristopher Edelgard, um jovem resgatado do País das Trevas pela ONSU e incorporado ao programa dos Apátridas. Dentre os integrantes desse trio, é quem está mais sério e menos interessado nos “fascínios multiversais”. Talvez por ele já ter vivido essa experiência em outras ocasiões…?

— Me parece que isso aqui vai nos render uma baita aventura! – declama o indivíduo do outro lado de Rei: um garoto de pele clara, estatura um pouco abaixo do filho da Mizukage, olhos azuis e cabelos negros um tanto quanto espetados que atingem os limites de sua nuca.

Seu nome é Castiel Solo, um ex-Gennin da Aldeia da Estrela que foi transferido recentemente para a Aldeia do Som. A bandana em sua testa marca uma vivência controversa para o garoto recém-integrado ao clã nobre mais conhecido do País do Som. Desde o início, no entanto, Rei notou a personalidade mais enérgica e aventureira deste colega.

— Estejam atentos às possíveis espécies de criaturas que encontraremos – alerta a Jonin Especial, caminhando pouco atrás do trio de jovens. – Algumas podem ser perigosas caso se descuidem.

Por alguns minutos, a equipe temporária segue em silêncio explorando a região. Rei, por sua vez, observa que esta “contraparte” da Floresta da Eternidade é uma mata relativamente mais fechada do que aquela que conhece. Em silêncio, ele se pergunta se isso é consequência da inexistência da ação humana neste local. Afinal de contas, sem seres humanos aqui, os únicos seres a frequentar esta floresta são as criaturas que coexistem perfeitamente com o ambiente.

— Olhem ali… – articula o filho da Mizukage em baixo tom, usando seu dedo direito para indicar algo que seus olhos acabaram de encontrar.

Os demais integrantes da equipe focam o olhar naquela direção, um ponto entre alguns pinheiros. Dessa forma, todos se deparam com uma criatura estranha do tamanho de um cachorro de grande porte. O corpo acinzentado do ser parece ser coberto por escamas úmidas, mas sem olhos. Sua cauda se move lentamente como se a criatura, de costas para o grupo, procurasse por algo.

— É uma salamandra gigante, uma espécie muito venenosa – explica a especialista em estudos sobre biologia humana e animal. – Pelo tamanho, aquela é relativamente jovem. Eu não recomendaria que Gennins iniciantes tentassem…

— Desculpe, mas eu não sou inexperiente como os meus dois colegas – o mais velho dos três Gennins a interrompe, caminhando na direção da salamandra ao longe. – Na verdade, já faz algum tempo que eu procuro uma salamandra gigante. Elas estão em extinção, mas são perfeitas para um usuário de venenos como eu.

Desse modo, o Apátrida Cristopher segue se aproximando do ser. Os sons dos seus passos chamam a atenção da salamandra, que muda sua posição e se coloca na direção do ser humano desconhecido. Apesar disso, o ser inicialmente não demonstra se sentir ameaçado. É quando o Gennin se agacha a poucos metros do ser, dobrando o joelho direito perante a criatura.

— Oi. Meu nome é Cristopher Edelgard. Você gostaria de conhecer outros lugares, de se tornar poderosa? – ele pergunta, com o olhar fixo sobre o seu alvo. – Podemos fazer isso juntos caso você aceite ser minha parceira. Ou parceiro, não sei…

— Parceira – afirma Mai Takada, ainda posicionada atrás dos outros dois Gennins deste grupo.

— Ele parece saber se comunicar bem com animais – pensa Castiel, observando o mais velho e a criatura com a devida atenção. – Sei o suficiente sobre a vida selvagem para perceber isso.

Durante quase um minuto, o Apátrida conversa com a criatura enquanto a mesma demonstra algum interesse. Por fim, ele explica que ambos precisam registrar seu sangue em um Contrato de Invocação para consagrar uma parceria que dura uma vida inteira.

Manuseando uma kunai com a mão direita, ele realiza um corte leve na mão esquerda e aplica em seu Contrato de Invocação – guardado, até então, na sua bolsa de ferramentas na cintura. Com a aparente permissão da salamandra, ele realiza o mesmo ao cortar sutilmente um ponto na pata dianteira esquerda dela. Desse modo, o Gennin conclui o procedimento, guarda a kunai e o contrato e se coloca de pé diante da criatura.

— Obrigado. Nos encontraremos em breve, eu prometo – afirma o sujeito, com uma expressão e olhar sérios, mas respeitosos para com a salamandra diante de si.

Logo, o sujeito se vira na direção do seu time assim como a salamandra se afasta e desaparece entre arbustos. Silenciosos, Mai, Rei, Cristopher e Castiel voltam a caminhar e explorar outras regiões desta Floresta da Eternidade do Universo Primordial. Após alguns instantes, o silêncio absoluto é quebrado pela manifestação de um dos três Gennins:

— Você está procurando algo específico, Rei?

A pergunta de Castiel surpreende o garoto de cabelos loiros contidos em um rabo de cavalo. Sorrindo para o seu colega temporário enquanto todos prosseguem caminhando, o Hoshigaki declara:

— Sim. Quero estabelecer um contrato com uma serpente marinha.

É quando tanto Castiel quanto Mai arregalam seus olhos, surpresos. Reações naturais pelo simples fato de que a grande maioria dos ninjas evitam o mínimo contato com as serpentes marinhas. Conhecidas por um temperamento violento, essas criaturas tendem a ser extremamente hostis com seres humanos. Nenhum Gennin, em tese, deveria se arriscar em um contato com uma espécie dessa natureza.

— Você é maluco!? – questiona o Gennin da Aldeia do Som, arqueando a sobrancelha direita enquanto coloca as duas mãos na cintura.

— A minha mãe possui contrato com uma serpente marinha – revela Rei, mantendo o contato visual com Castiel. – Ela me explicou tudo o que eu preciso saber sobre uma. Sei que elas são hostis, mas também sei que aceitam contratos com humanos que as derrotam em combate. Além disso, eu tenho habilidade natural com o Estilo Água, um pré-requisito fundamental para esse tipo de contrato.

Observando-o silenciosamente, a Jonin Especial Mai Takada demonstra curiosidade em relação ao pequeno Rei. Embora tenha trocado praticamente nenhuma palavra com a Terceira Mizukage, assim como todos no mundo ninja, ela conhece a relevância de Tier Halibel Hoshigaki. É graças a isso que Mai, em seu íntimo, pensa sobre as motivações do filho da Kage da Aldeia da Névoa. Estaria ele tentando orgulhar a mãe? Buscando crescer como um ninja da Névoa e seguir com o legado dela?

— Sendo assim, temos que ir naquela direção – Mai se manifesta, parando de caminhar e indicando um ponto a oeste com a mão direita. – Permaneçam alertas porque o caminho para o lago é relativamente perigoso.

Os Gennins cessam seus passos, mas a Jonin Especial não espera. Logo, redireciona seus passos para a direção que ela mesma acabou de sugerir. Em instantes, ao se entreolharem, os Gennins voltam a caminhar, seguindo a trilha guiada pela Jonin Especial da ONSU. Por mais de 10 minutos, o quarteto avança no mais completo silêncio, atentos a tudo. Gradativamente, a mata se torna mais densa e mais ameaçadora. É quando Mai para instintivamente, erguendo o braço direito para impedir os mais jovens de se moverem.

— Esperem – ela pede, com seus olhos atentos em relação a algo.

Rei e os demais Gennins notam que um pinheiro a pouquíssimos metros do grupo está infestado de aranhas vermelhas um pouco maiores do que a mão de um ser humano adulto. A visão não parece assustar Cristopher, mas impressiona tanto Rei quanto Castiel. É quando os três escutam novas palavras da única figura adulta desta equipe temporária:

— Aranha do Inferno. Uma única picada pode matar uma pessoa adulta.

Olhando para os lados, Rei percebe que não há como seguir o caminho sem passar bem próximo da árvore infestada de aranhas do inferno. Sua direita e esquerda estão dominadas por pinheiros muito próximos uns dos outros, impossibilitando a passagem. Sendo assim… Como seguirão?

— Infelizmente terei que matá-las – afirma a mulher em um tom quase fúnebre.

Direcionando o braço direito para o grupo de aranhas, a ninja faz algo surpreendente para os Gennins: da manga de seu uniforme da ONSU surgem oito cobras brancas com grandes presas. As víboras se projetam do braço da Mulher em direção à árvore dominada por dezenas de aranhas. Sem grandes dificuldades e com seus corpos conectados ao membro de Mai, as serpentes se enroscam no pinheiro e devoram cada um dos aracnídeos. Em poucos instantes, nenhuma aranha resta para contar a história…

— Nossa, que sinistro – articula Rei, balançando o corpo em resposta ao arrepio que sente enquanto assiste a tudo.

— Vamos – diz a mulher, sorrindo para eles enquanto suas serpentes recuam para o interior de sua manga até desaparecerem completamente.

— Uma variação da Técnica de Invocação típica da Aldeia da Grama… – pensa Cristopher, em silêncio, mas relativamente interessado na habilidade demonstrada pela Jonin Especial.

Mai volta a caminhar, passando bem ao lado do pinheiro no qual as aranhas estavam. Os Gennins seguem seus passos, mas tanto Rei quanto Castiel olham para o topo da árvore em questão. É como se eles quisessem se certificar de que não há nenhuma outra aranha prestes a cair sobre eles.

Por mais alguns minutos, a equipe temporária caminha até o ambiente mudar drasticamente: de uma mata bem fechada para uma zona com pouquíssimos pinheiros e perceptível umidade do ar. Todos eles são capazes de ouvir o som de água caindo cada vez mais alto. Logo…

— Nossa… – articula Rei, com grande fascínio evidenciado por seus olhos azuis.

Todos eles interrompem seus passos. A equipe acabou de passar por entre as últimas árvores para chegar à beira de um grande lago com águas cristalinas. Ao longe, há uma cachoeira enorme que desagua sobre o lago. É um lugar belíssimo, sem sombra de dúvidas.

— Este é o Lago das Serpentes. Anos atrás, realizei pesquisas tanto no Lago das Serpentes do nosso mundo quanto nesta “versão” do Universo Primordial – explica Mai, ainda à frente dos Gennins. – Possui esse nome porque esse lago é conectado a um grande oceano com a presença constante de serpentes marinhas. No entanto, se tentássemos ir para lá, levaríamos horas…

É quando ela se vira na direção de Rei, atraindo para si a atenção dele enquanto sorri e fecha os olhos. Dessa maneira, a Jonin Especial completa as próprias palavras:

— Com alguma sorte, poderemos encontrar alguma serpente marinha jovem por aqui…

Apesar disso, por quase uma hora, ela e os Gennins exploram as águas deste local. Todos eles encontram algumas espécies de peixes e até mesmo serpentes não-venenosas em trechos com vegetação próximos aos limites do lago. A procura se estende até mesmo à região alta de onde vem a cachoeira, mas a sorte não parece estar a favor da equipe nessa busca. É quando…

— Ali! – exclama Castiel, próximo dos demais integrantes do seu grupo.

Coberto de água até quase a altura dos seus joelhos, o garoto de cabelos negros aponta com seu dedo indicador direito para uma movimentação estranha ao longe. Ele e seus demais colegas de equipe temporária são capazes de observar uma cauda azul escamosa que eventualmente se move para fora da água, além de uma barbatana branca. Esses são sinais claros: trata-se de uma serpente marinha.

— É a minha chance! – exclama Rei, ativando alguns selos manuais enquanto corre na direção da criatura. – Estilo Água: Técnica do Projétil de Água!

Rei concentra o seu chakra para manipular uma pequena quantidade de água ao redor da criatura. Desse modo, essa água é projetada para fora do lago como um turbilhão, desaguando sobre a grama a alguns metros dos limites da fonte de água em questão. Quando o turbilhão se choca com o solo, a água se dispersa e revela uma criatura majoritariamente azul semelhante a uma cobra, mas com dois fios azuis abaixo do queixo e várias barbatanas espalhadas na extensão do seu corpo esguio. Os olhos da fera de tamanho considerável são vermelhos e ela possui três chifres acima dos olhos que são conectados como as lâminas de um tridente.

— Tática inteligente… – reflete Mai, de pé no lado oposto à beira para a qual a serpente marinha foi projetada. – Enfrentar uma serpente marinha dentro de uma fonte de água é extremamente difícil. O simples fato de detectar um ser humano próximo em um lago ou oceano leva essa criatura a atacar. Rei deve ter planejado, desde o início, retirá-la das águas para enfrentar a serpente marinha em terra firme.

Apesar disso, a criatura encara Rei enquanto abre a sua boca com agressividade e mostra suas presas. Pelo tamanho dela, Mai imagina que se trata de um espécime muito jovem e com pouca experiência em batalha. O Gennin demonstra ter a mesma percepção e salta para fora do lago, colocando-se de pé e sorridente a menos de dois metros do seu alvo.

— Oi, amiguinha – articula ele, acenando com a mão direita para a serpente marinha.

— Amiguinho – Mai, ao longe, o corrige.

— Eita… Bem… – o loiro, um tanto quanto surpreso, tenta se corrigir enquanto leva a mão direita para trás de sua nuca. – Desculpa aí, camaradinha. Podemos começar de novo?

Sem muita disposição para diálogo, a serpente marinha impulsiona seu corpo em um incrível salto. Sua boca bem aberta e o movimento corporal são sinais claros, para a Jonin Especial Mai, de que a criatura pretende atacar com o Enrolamento Adjacente. Entretanto, ela opta por não se envolver para que Rei enfrente essa batalha por conta própria.

Com um salto para cima, Rei escapa instantes antes de receber a investida da serpente marinha. Desse modo, em pleno ar, o loiro retira duas kunais de sua bolsa de ferramentas com ambas as mãos. Cada uma atira um projétil contra a criatura, mas a “víbora das águas” facilmente as rebate com um único movimento de sua cauda escamosa. Decidido a vencê-la, o loiro volta para a terra firme e ativa novos selos manuais, declarando:

— Estilo Água: Técnica de Ocultação na Névoa!

A técnica em área em questão é conhecida como uma especialidade dos ninjas da Aldeia da Névoa. Através dela, Rei cria uma vasta névoa ao redor da serpente marinha, que por sua vez olha para todos os lados tentando compreender o que está acontecendo.

— Ora, ora, vejam só… – pensa Mai, sorrindo de leve enquanto analisa o feito de Rei. – Ele é apenas um Gennin, mas está fazendo bom uso de suas habilidades. Concentrando o chakra na umidade do ar, está formando uma névoa bem densa para as habilidades padrões de um Gennin iniciante. É mais do que suficiente para confundir uma criatura selvagem sem atrapalhar o próprio campo de visão.

Determinado, o garoto pega uma kunai com a mão direita e corre na direção da criatura. Em seguida, após adentrar a névoa que criou e se aproximar o suficiente, o loiro desfere uma série de golpes de kunai em seu alvo. Os ataques rápidos e precisos de Rei são difíceis de serem acompanhados pelos olhos dos outros dois Gennins devido à espessura da névoa, mas Mai é capaz de observá-los sem grandes dificuldades.

A serpente marinha, no entanto, libera grunhidos de dor e movimenta a cauda como um chicote na tentativa de atingir o Gennin que lhe cortou algumas vezes. Por causa disso, Rei se afasta para trás e lança outras duas kunai no alvo com a sua mão esquerda, perfurando o dorso da criatura com sucesso. Em seguida, prepara sua kunai da mão direita com dois papéis explosivos e lança naquela direção em poucos instantes. O resultado: uma grande explosão afeta a serpente marinha e dispersa toda a névoa ao seu redor.

— Acho que agora o bicho foi de base, hein? – questiona Castiel, próximo a Cristopher.

— Ainda não – o mais velho discorda, chamando para si o olhar curioso do Gennin da Aldeia do Som.

Antes mesmo da poeira misturada à névoa se dispersar completamente, a serpente marinha salta deste ponto com sua boca bem aberta. Desta vez, Rei se surpreende e escapa por centímetros, desviando para a direita. Contudo, com um movimento rápido e agressivo de sua cauda, a criatura o atinge no rosto, fazendo-o gemer de dor enquanto o Gennin da Névoa é atirado para longe. As costas de Rei se chocam contra um pinheiro, mas ele rapidamente trata de abrir os olhos. Seu adversário rasteja com considerável velocidade pela grama na intenção de atacar outra vez.

— Você é durão, hein? Mas eu não me rendo tão facilmente não.– articula o garoto, ativando novos selos manuais. – Estilo Água: Shuriken de Água!

Sem que a serpente marinha perceba, três projéteis de água são criados a partir do lago a alguns metros dela. Controlando-as remotamente, Rei as direciona contra a mesma pensando na batalha demonstrativa que ele assistiu entre Hyoga Yuki e Anzu Mazaki. Já bem perto do garoto, a serpente marinha berra ao receber as lâminas de água com tudo em suas costas.

Aproveitando-se disso, o loiro pega outra kunai de sua bolsa de ferramentas e salta na direção da fera, realizando um profundo e largo corte no rosto da mesma. Movendo-se acima dela, ele adiciona outra tarja explosiva na kunai, a crava profundamente nas costas da criatura e finaliza saltando para alguns metros de distância, relativamente ofegante. A segunda explosão é o suficiente para fazer a serpente marinha voar, se chocar contra dois pinheiros e cair desacordada ao chão.

— Bom desempenho… – imagina Mai, ainda do outro lado do lago.

Respirando profundamente, Rei tenta normalizar a respiração enquanto retira o Contrato de Invocação de sua bolsa de ferramentas. Realizando o mesmo procedimento adotado por Cristopher anteriormente, o garoto aproveita o estado de inconsciência da serpente marinha para concluir o “acordo”. Afinal, sua mãe lhe explicou tempos atrás que serpentes marinhas possuem um senso bastante hierárquico sobre a vida: elas aceitam serem subordinadas de adversários poderosos que as derrotam, tornando-se extremamente fiéis quando isso ocorre.

— Isso aí! – exclama o garoto, erguendo o Contrato de Invocação para o alto com a mão direita. – Capturei uma serpente marinha!

— Oh cara, você não está em nenhum entretenimento infanto-juvenil sobre viajantes que capturam monstrinhos selvagens não – Castiel, ao longe, o repreende enquanto cruza os braços.

A Jonin Especial, por sua vez, permanece atenta a Rei. Sem perceber, Mai sorri relativamente interessada no desempenho do garoto. Algo lhe diz, em seu íntimo, que a astúcia do filho da Mizukage será o princípio de uma grande jornada…