Justiça: O Pergaminho de Rei escrita por Wondernautas


Capítulo 2
2 - Sangue na floresta


Notas iniciais do capítulo

Alô, alô! Um detalhe que talvez não tenha ficado claro anteriormente: o limite para inscrição de personagens é de um por fanfic. Ou seja, cada leitor, se quiser, pode até inscrever três personagens para este universo por essa plataforma. A história está sendo publicada simultaneamente no Spirit, Nyah e Wattpad. Caso queira enviar uma ficha, envie nos comentários do primeiro capítulo. Boa leitura!



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Arco 1 - Floresta da Eternidade

 

Anos atrás, nas redondezas da Aldeia da Névoa…

O País da Água sempre foi conhecido como uma pequena área continental cercada por um grande conjunto de ilhas. O clima da nação é tipicamente frio, o que explica a névoa que cobre a grande maioria de suas ilhas. Apesar disso, algumas florestas de coníferas existem em regiões variadas do país que abriga a Aldeia da Névoa. A mais famosa delas é a lendária Floresta da Eternidade, na qual certa batalha ocorreu um dia…

— Estilo Água: Técnica dos Múltiplos Dragões de Água! – exclamou um homem de grandes cabelos azuis levemente espetados e presos em um rabo de cavalo que alcançava metade de suas costas, pele parda, olhos azuis um tanto quanto escuros e corpo levemente musculoso.

— Estilo Água: Queda da Cachoeira! – declamou uma mulher em pleno ar, um pouco mais baixa, de pele clara, longos cabelos ruivos esvoaçantes, olhos azuis mais claros e equipada uma bandana da Névoa em sua testa, tal como o seu companheiro masculino.

O homem era Ryota Kajiki, um dos Sete Espadachins da Névoa que estava carregando uma grande espada em suas costas. A mulher era Mera Terumi, grande aliada da Terceira Mizukage e sua Conselheira há alguns anos. A dupla estava naquela batalha há alguns minutos, mas seus corpos sentiam como se estivessem há horas. Ambos vestiam o conjunto tradicional de camisa, calças e luvas azuis da Aldeia da Névoa, sobrepostos por um colete azul de tom mais escuro.

Por outro lado, o inimigo demonstrava não apenas segurança, mas também um certo desdém em sua expressão facial. O viajante dos oceanos e a líder do clã Terumi, em pensamentos, se questionavam se seria possível derrotar Namor Hozuki mesmo com os seus esforços combinados. Caracterizado por inconfundíveis orelhas pontudas, cabelos negros curtos e lisos com grandes entradas em ambos os lados do rosto, pele branca, assombrosa estatura e sobrancelhas fartas que criavam um distinto ângulo acima dos seus olhos azuis bem profundos, Namor havia matado diversos ninjas de seu vilarejo há poucas horas.

Ryota e Mera tiveram o apoio de um Chuunin sensorial para encontrar o foragido na Floresta da Eternidade, mas o dispensaram para atacá-lo em dupla sem arriscar a vida do ninja mais jovem. Afinal de contas, desde aquela época, o líder do clã Hozuki era considerado como uma das forças mais temíveis do País da Água. Em uma batalha tão difícil mesmo estando dois contra um, os dois Jonins estavam compreendendo esse fato de forma prática.

— Patéticos – articulou o Nukenin musculoso e bem definido, vestindo nada mais do que uma espécie de tanga azul escura e uma bandana riscada da Aldeia da Névoa em sua testa.

O ataque de Ryota avançou como a projeção de três grandes turbilhões de água em forma de dragões de corpo alongado. Já o ataque de Mera foi direcionado contra Namor como uma rajada de grande quantidade de água concentrada, caindo de cima para baixo em relação às posições dela e de seu alvo. Ambos os ataques até os dias de hoje são considerados como poderosos Ninjutsus do Estilo Água, mas os Jonins mal tinham esperanças de que fossem realmente efetivos contra aquele assassino. Quando Namor supostamente foi atingido por ambos os golpes e desapareceu momentaneamente do campo de visão deles…

— Morra – articulou uma voz masculina próxima a Ryota.

O pescador ficou perplexo. O clã Hozuki sempre foi conhecido por uma habilidade de seus integrantes que lhes permitiam transformar o próprio corpo em água. Entretanto, aquela velocidade de execução era impressionante até mesmo para um líder dos Hozuki. Afinal, Ryota ainda estava projetando água do seu ataque através de um funil expelido pela boca quando o rosto em forma de água de Namor surgiu a partir desse mesmo funil, a centímetros de Ryota.

Mera voltou a pisar no chão, mas arregalou os seus olhos porque era tarde demais… Segurando duas espadas longas e idênticas, Namor foi capaz de executar um movimento cortante duplo em seu alvo, rasgando seu colete, camisa e carne. O sangue voou pelos ares enquanto o Nukenin ainda estava visível apenas da cintura para cima. O restante do seu corpo estava combinado à fonte de água expelida por sua vítima.

— Ryota! – exclamou a ruiva, correndo às pressas naquela direção e pensando em seguida: – Estilo Dissolução: Técnica da Solução Misteriosa - Balas!

Daquela forma, a líder do clã Terumi realizou um lançamento de várias esferas de líquido corrosivo, pequenas como sutis baladas atiradas em grande velocidade através da boca tingida por batom vermelho. Apesar disso, mesmo permanecendo de costas para ela por consideráveis instantes, Namor se virou a tempo de mover as suas espadas simultaneamente de maneira circular diante de si. Os projéteis de Mera atingiram a defesa giratória do inimigo, o que foi suficiente para bloqueá-los por completo.

— Não tenho mais o interesse de continuar enfrentando-os aqui… – afirmou Namor, correndo em direção à Mera ao parar de mover suas espadas, assim como ela corria ao seu encontro também.

Ryota, sangrando razoavelmente de costas ao chão, observava a disputa com uma considerável expressão de dor. E sua mente refletia apesar dos seus lábios permanecerem silenciosos:

— Eu fui capaz de recuar um pouco instantes antes dele me acertar. Se não fosse isso, certamente eu estaria morto agora… Mas preciso ajudar a Mera…

— Chega – exigiu Namor, diante da ruiva.

Por alguns instantes, ambos tentaram se acertar: Mera com socos e chutes, Namor com pontapés e ágeis movimentos de suas espadas gêmeas. Entretanto, ninguém se acertou porque suas evasivas eram igualmente efetivas. Isso, é claro, até Namor realizar aquela manifestação e atingir um poderoso chute da sua perna direita no rosto da ruiva, atirando-a para longe por vários metros de distância.

— O chakra de vocês deve estar acabando, mas o meu também não durará por muito tempo – afirmou ele, alterando o seu olhar entre Ryota em uma direção e Mera em outro.

O foragido sabia que reforços logo chegariam para ajudar aqueles dois. Independente do quão elevadas eram suas habilidades mesmo contra dois Jonins aliados, Namor sabia que subestimar seus ex-companheiros da Aldeia da Névoa poderia frustrar os seus planos. Após tanto esforço, o Hozuki não estava disposto a jogar tudo fora somente para se divertir no campo de batalha. O seu entretenimento poderia ficar para uma próxima ocasião.

— Não pense que deixaremos que você escape depois do que fez – articulou a mulher, de bruços ao chão enquanto um filete de sangue escorria do canto direito de sua boca.

O olhar dela era fulminante. Estava evidente que a missão de deter o Nukenin era extremamente importante tanto para Mera quanto para Ryota. Entretanto, para alimentar ainda mais a ira dos Jonins, o único sujeito de pé gargalhou por consideráveis instantes enquanto os observava.

— Vocês já foram derrotados, Terumi – ele determinou, encerrando as risadas, mas mantendo uma expressão provocativa e desdenhosa em sua face. – Os meus objetivos já foram concluídos… Por enquanto. Agradeçam pela oportunidade de permanecerem vivos. Se um dia cruzarem o meu caminho novamente, não terão a mesma sorte…

Dito isso, o sujeito lhes deu as costas. Com uma velocidade considerável, Namor saltou para longe e começou a se mover pulando entre os galhos de pinheiros próximos, afastando-se sem grandes dificuldades. Mesmo com dificuldades para respirar, Ryota se levantou, sentindo o seu chakra praticamente esgotado e o seu sangue pingando do grande ferimento que sofreu na parte superior do seu corpo.

— Maldito… – refletiu o pescador enquanto observava o foragido cada vez mais distante. – Eu vou te matar nem que seja a última coisa que eu faça na vida…

…/–/–/…

Janeiro, dias atuais, País da Água…

A Aldeia da Névoa é um dos cinco grandes vilarejos do mundo ninja. Porém, diferente da Folha, Nuvem, Areia e Pedra, a Névoa organiza oficialmente as formações das equipes Gennins após a primeira missão interacional. O mesmo ocorre com a Aldeia do Som, no País do Som. Afinal de contas, as duas interagem anualmente na Floresta da Eternidade, uma grande região florestal nas redondezas da aldeia liderada por Tier Halibel Hoshigaki.

Após Rei e os demais jovens na Academia Ninja assistirem à batalha de demonstração entre Hyoga Yuki e Anzu Mazaki, eles foram orientados pelo diretor Natsumi a respeito das atividades que aconteceriam na famigerada Floresta da Eternidade. Após pouco mais de uma hora de viagem, Natsumi, dois outros funcionários da Academia Ninja de nível Chuunin e os jovens aprovados como Gennins para este ano chegam ao local em questão. Entre eles está Rei Hoshigaki, o filho da atual Mizukage.

— Aqueles são os Jonins que, este ano, estarão ocupados com o treinamento dos Gennins aprovados – afirma Natsumi, liderando o grupo e enfim chegando ao ponto de encontro com os menores de idade.

Ao longe, quatro pessoas adultas estão alinhadas à espera dos Gennins. Da direita para a esquerda, estão: Ryota Kajiki de braços cruzados atrás da cabeça, Mera Terumi com ambas as mãos na cintura, Hanataro Yamada com as mãos unidas atrás das costas e Toushirou Hitsugaya Yuki de braços cruzados diante do próprio corpo.

— Bem vindos – diz Toushirou, seriamente.

O menor dos quatro Jonins é um jovem adulto de pele clara, cabelos brancos com uma chamativa mecha que cai sobre o rosto e belíssimos olhos de cor turquesa. Em suas costas, uma espada está embainhada, acompanhando suas vestes azuis escuras com um colete branco marcado pelo emblema do clã Yuki próximo ao peito esquerdo.

— Em breve, nossos convidados devem chegar – articula o sorridente Hanataro, levemente mais alto do que o espadachim de cabelos alvos. – Aguardem um pouco mais.

Ele é um sujeito de corpo esguio, pele clara, olhos azuis e cabelos pretos escorridos que quase alcançam a sua nuca. Apesar da sua aparência supostamente frágil, Hanataro é muito respeitado como outro integrante do grupo conhecido como Sete Espadachins da Névoa. Assim como Toushirou, ele está carregando sua espada embainhada nas costas enquanto traja vestes pretas semelhantes às vestimentas de um monge.

Assim como os outros sete Gennins que acompanham o diretor da Academia Ninja e os funcionários da mesma, Rei observa com curiosidade cada um dos Jonins a alguns metros diante de si. O garoto loiro conhece mais intimamente apenas Mera Terumi, visto que ela é a Conselheira de sua mãe. Por nome, o filho de Halibel conhece razoavelmente cada um dos outros três, mas nunca trocou nenhuma palavra com eles ou os viu tão próximos assim.

— Ouvi dizer que a Organização das Nações Shinobi Unidas está com certos problemas com a Aldeia do Som. É mesmo uma boa para nós essa interação? – questiona Ryota para seus colegas Jonin, usando um tom baixo o suficiente para que somente eles escutem.

A ONSU é uma importante organização no mundo ninja. Sua criação veio logo em seguida à formação da Aliança Shinobi, servindo como uma instituição comandada por ninjas de todos os países do mundo ninja. Graças a isso, a Organização marca presença em todas as atividades interacionais envolvendo duas ou mais vilas associadas à Aliança Shinobi. No caso da Aldeia da Névoa, há anos a interação ocorre com membros da Aldeia do Som.

— Você continua não tendo noção alguma de diplomacia, não é mesmo? – se manifesta a ruiva ao lado dele, lançando-o sobre o mesmo um olhar de reprovação. – Não podemos, do dia para a noite, cancelar uma interação que acontece há anos entre os dois vilarejos. Como isso soaria para a alta cúpula da Aldeia do Som? Ou para as outras aldeias?

— Além disso, não há nada com o que se preocupar. O que eles fariam de alarmante em um território tão próximo da Névoa? – questiona Toushirou, sendo o único dos quatro a permanecer com o olhar na direção do grupo de Gennins. – A má condução dessa interação seria mais problemática para eles do que para nós.

— É verdade – concorda Hanataro, ainda sorrindo suavemente. – Fique em paz, senhor Ryota.

— Não me chame assim – pede o pescador, fechando os olhos e suspirando profundamente devido à decepção. – Fico me sentindo um velho.

Tornando-se pensativo, o viajante dos oceanos reflete se a sensação ruim que está pesando em seu coração é meramente um saudosismo negativo da antiga batalha contra Namor Hozuki ou se é algo mais… Se for o segundo caso, o que poderia estar para ocorrer na Floresta da Eternidade?

…/–/–/…

Razoavelmente longe dali, nas dependências da Mizukage na Aldeia da Névoa…

Uma mulher de pele negra, olhos verdes e longos cabelos loiros amarrados em quatro distintos rabos de cavalo observa as construções e fluxos de pessoas ao longe através de uma janela. E claro, também pode observar a típica neblina que se espalha em todo o vilarejo. Mantendo os braços cruzados, a pensativa Mizukage traja uma espécie de top branco que cobre a região dos seios e seus braços com longas mangas. A peça ultrapassa a linha do pescoço, ocultando seu rosto até quase atingir a linha dos olhos. Suas pernas, por outro lado, usam uma tanga azul clara ocultada por uma longa saia branca. Suas mãos e pés estão ocultos, respectivamente, por luvas e sapatos altos completamente pretos.

— Senhora Mizukage? – questiona um homem mascarado ao lado de outro: ambos trajados de vestes escuras características das Forças ANBU da Aldeia da Névoa. – Está tudo bem?

— Sim, está – garante a líder da região.

A Mizukage está reflexiva devido às informações que recebeu da dupla sobre a missão de coleta de informações que foi liderada por Kagura Mikazuchi da Aldeia da Folha. Há três semanas, viajantes alegaram para a Aliança Shinobi que avistaram uma criatura que poderia ser um Bestiamorfo em uma região remota do País das Trevas. Embora o território em questão seja isolado por oceanos e não faça fronteira direta com nenhum outro país, tal informação poderia ser uma pista alarmante. Poderia ser um indício de que as criaturas, até então consideradas extintas, estão se multiplicando novamente.

Desde então, os cinco grandes países do mundo ninja se empenharam em descobrir a veracidade das informações recebidas. No passado, os Bestiamorfos se revelaram como a pior ameaça já enfrentada pelo planeta. Incontáveis clãs, aldeias e países inteiros foram devastados por criaturas de natureza ainda pouco revelada. A mínima chance desses seres retornarem tem de ser levada muito a sério. A missão da qual esses homens fizeram parte, portanto, era crucial para que a Aliança Shinobi obtivesse novas informações para medidas cabíveis.

— Se os Bestiamorfos estão voltando, cedo ou tarde a era das trevas também retornará – pensa a mulher, ainda de braços cruzados diante de sua janela. – Por anos, eu me esforcei para que ninguém mais precisasse se sacrificar. Me dediquei para proteger esta aldeia e este povo sem derramar o sangue de nenhum outro país, mas nenhum tipo de diplomacia funciona com as bestas do apocalipse. O curioso é que a Profetisa não teve nenhum tipo de visão relacionada aos Bestiamorfos. A Aliança Shinobi nunca foi pega de surpresa graças às suas habilidades precognitivas. Sendo assim, como devemos agir de agora em diante…?

Batidas na porta quebram o momento de reflexão da Mizukage. Virando-se naquela direção, a mulher questiona:

— Sim?

— Uma carta da Profetisa, Senhora Mizukage. Enviados da Aldeia da Areia acabaram de deixar este comunicado no portão sul – afirma uma voz aparentemente masculina.

Halibel, sem hesitar, permite que o sujeito entre. Trata-se de Hyoga Yuki, atualmente em missão como guardião do portão sul. Com poucas palavras, o jovem explica que recebeu a carta há minutos, pouco tempo após começar seu período como guardião do portão sul. Trata-se de um pergaminho amarelado com os padrões típicos de mensagens privadas.

Em seguida, o Chuunin do clã Yuki e os dois indivíduos da ANBU saem juntos para que Halibel possa ler o que está em suas mãos com a devida privacidade. O aviso de que somente a Mizukage deveria ler dado a Hyoga e declarado nesta sala por ele reforçou a noção dos três homens. Ao abrir o pergaminho, a primeira coisa que ela nota é o nome Ishizu Ishtar gravado no topo do texto.

— “Querida Terceira Mizukage, que os bons ventos assoprem sua vida” – Halibel começa a ler somente com seus olhos, no mais perfeito silêncio. – “Recentemente, estou sendo bombardeada por visões como se o meu dom estivesse fora de controle. A alta cúpula da Areia suspeita que esse fenômeno nublou a minha habilidade e me impediu de enxergar os eventos relacionados aos novos Bestiamorfos. Entre as visões recentes, eu tive vislumbres de algo relacionado a você e ao seu filho. Como foram diversas visões nos últimos tempos, fui incapaz de falar sobre elas pessoalmente com todas as pessoas envolvidas. Por isso, optei por enviar esta carta a você. Adiante, eu explico sobre o que exatamente enxerguei envolvendo vossa senhoria e seu amado Rei. É uma cópia do registro inicial que fiz da minha visão”.

O coração da Mizukage dispara, assim como seus olhos verdes se arregalam em espanto e temor. Por algum tempo, a líder da Aldeia da Névoa hesita em avançar na leitura do texto. Afinal, quando uma mãe está preparada para esse tipo de coisa? Se fosse algo bom, a Profetisa precisaria de tanta formalidade e privacidade garantida para a leitura de Halibel? E sendo algo ruim, que mal tão terrível poderá estar aguardando o jovem Rei Hoshigaki?

Ela suspira, apertando os seus dedos sobre o pergaminho. Seu coração precisa se preparar para o que quer que esteja registrado no item. A mulher tenta se lembrar que não é apenas mãe, mas também uma Kage e uma das Sannins, as três kunoichis consideradas como as mais poderosas da Aliança Shinobi. Nada pode obstruir sua visão e obscurecer a sua esperança. Por muitos, e não apenas por seu filho, ela precisa acreditar na luz. Com essa consciência, Halibel começa a ler o restante da carta a seguir.

…/–/–/…

A carta de Ishizu Ishtar para Tier Halibel Hoshigaki…

É possível calcular a dor? Precisar o que dói mais e o que dói menos? Eu não sei. É difícil responder a essas questões porque a dor, em primeiro lugar, é subjetiva. Embora a sensação seja real, uma resposta natural do corpo ou da alma, sua intensidade depende de diversas variáveis. Apesar disso, acredito que seja unânime a certeza de que poucas coisas neste mundo doem mais do que uma mãe perdendo um filho. É por isso que os gritos daquela mulher partem a minha alma em pedaços.

Ela está caída sobre as próprias pernas com o corpo imóvel do filho no colo. As lágrimas dos seus olhos correm mais do que as águas de suas técnicas devastadoras. Seus gritos ensurdecem o meu espírito como uma chuva violenta arrasando um campo florido. Por que o destino precisa ser tão cruel com esta mulher que já perdeu tanto em sua vida? Céus, eu me pergunto… Por quê?

Os ferimentos do garoto são graves. Seu ventre está aberto de maneira desumana. Não parece ser um ferimento típico de um ataque humano, mas da brutalidade de um Bestiamorfo. Isso explicaria tudo. O ambiente florestal devastado, o desespero da mãe em negação e o sangue espalhado ao redor. É nessas horas que eu me questiono… Quais forças malignas deram origem a bestas tão inescrupulosas? Elas não agem por instinto de caça ou sobrevivência. Bestiamorfos são meramente agentes do caos, quase como se a própria existência deles fosse definida por destruição e morte. Por que uma mãe precisa testemunhar a morte de quem mais ama através das ações desses seres das trevas? Isso não deveria acontecer, nunca… Mas acontecerá.

Ou será que esse futuro poderá ser evitado? A verdade é que sinto que as chances para isso são baixas. Contudo, eu posso tentar fazer algo. Eu posso? Sim, eu posso. E farei tudo o que estiver ao meu alcance para que essa alma de mãe não derrame lágrimas de sangue. É o mínimo que posso fazer pela mulher responsável pelo nascimento da Aliança Shinobi. Por aquela que deu tudo por um mundo mais pacífico e pela coexistência das aldeias ninja de todo o planeta. Por aquela que amou a todos, mesmo aqueles que jamais conheceu. Por aquela que é mãe de muitos e, ao mesmo tempo, de apenas um. Eu prometo, querida Mizukage… Que moverei montanhas para que a dor que sinto agora não alcance o seu coração em um futuro próximo. Eu prometo!


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Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Os dados do meu sistema indicam que o universo de vocês está comemorando as festas de fim de ano, correto? Sendo assim, meu desejo cibernético é de que possam ter muitas alegrias durante esse período. E como dizem os humanos: feliz ano novo! Agora é hora de voar!

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Ryota Kajiki (Mako Tsunami)

Idade: 32 anos

Aldeia: Névoa, País da Água

Cargo: Jonin

Origem: Yu-gi-oh (Ryota Kajiki/Mako Tsunami)

Ryota Kajiki é um dos Sete Espadachins da Névoa, portador da espada gigante Kubikiribouchou. É conhecido por todo o País da Água como um grande navegador, aventureiro dos oceanos, pescador e, consequentemente, especialista em Ninjutsus do Estilo Água. Durante as suas viagens pelo mar, adota o codinome de Mako Tsunami. Possui um estilo incomum de Kenjutsu, visto que porta uma espada pesada e inconfundível, embora prefira lutar à distância. Guarda um rancor antigo pelo Nukenin Namor Hozuki.


Mera Terumi

Idade: 30 anos

Aldeia: Névoa, País da Água

Cargo: Jonin, Conselheira

Origem: DC (Mera)

Mera é a atual líder do clã Terumi, uma rara portadora de ambas as Kekkei Genkais de sua linhagem sanguínea: Estilo Dissolução e Estilo Ebulição. Graças a isso, a kunoichi é capaz de aplicar Estilo Fogo, Terra e Água em combate. No entanto, seu grande talento é com as técnicas do Estilo Água, dona de uma reputação que a remonta como a segunda melhor usuária desse tipo de técnica em todo o País da Água. Embora não carregue uma espada, ela costuma criar uma lâmina aquática em combate graças às suas incríveis habilidades com esse elemento.


Namor Hozuki

Idade: 33 anos

Aldeia: Névoa, País da Água

Cargo: Nukenin (ex-Jonin)

Origem: Marvel (Namor)

Namor Hozuki é um ex-Jonin da Aldeia da Névoa que a abandonou no passado por não concordar com os métodos políticos da atual Mizukage. Como um dos Sete Espadachins da Névoa, é extremamente habilidoso em Kenjutsus, mas opta por utilizar as poderosas Espadas Gêmeas Kiba só em situações emergenciais. É um grande usuário do Estilo Água, sendo um dos poucos ninjas vivos que são capazes de utilizar a temida Técnica de Hidratação. Possui um incrível nível de força bruta e elevada perícia em combate corpo-a-corpo.


Hanataro Yamada

Idade: 25 anos

Aldeia: Névoa, País da Água

Cargo: Jonin

Origem: Bleach (Hanataro Yamada)


Hanataro Yamada é um jovem Jonin prodígio da Aldeia da Névoa. Desde jovem, destacou-se entre os ninjas médicos e, hoje, é visto como uma das maiores autoridades do mundo nessa área. Conquistou seu lugar entre os Sete Espadachins da Névoa ao utilizar a Hisagomaru para curar feridos tão bem como ninguém jamais conseguiu. Além disso, também é muito capacitado em Genjutsus, embora prefira utilizá-los para ganhar tempo e tratar seus aliados em combate.


Toushirou Hitsugaya Yuki

Idade: 20 anos

Aldeia: Névoa, País da Água

Cargo: Jonin

Origem: Bleach (Toushirou Hitsugaya)


Toushirou Hitsugaya é um ninja prodígio do clã Yuki que ascendeu rapidamente ao nível Jonin apesar da tenra idade. Sempre se mostrou como alguém responsável e compromissado, o que contraria a aparência juvenil que possui. Assumiu a liderança do seu clã após o falecimento repentino do líder anterior. Muitos enxergam nele a esperança do retorno à glória do clã daqueles que portam a Kekkei Genkai do Estilo Gelo. É um ótimo usuário do Estilo Água e de técnicas de Kenjutsu, além de ser capaz de utilizar o Estilo Vento.

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Estilo Água: Técnica dos Múltiplos Dragões de Água

Rank: A

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Maestria em Estilo Água

Selos: 8

Descrição:

Variação da técnica Estilo Água: Técnica do Projétil de Água. O usuário amassa chakra no estômago e expele uma grande quantidade de água da boca. Toda a imensa quantidade de água é moldada na forma de múltiplos dragões, variando entre 3 a 6 de acordo com a quantidade de chakra colocada na composição da técnica. Em momentos nos quais o poder ofensivo maior é exigido, essa técnica torna-se mais viável do que sua versão tradicional, visto que a quantidade de selos usada é próxima, mas esta variante causará um dano absolutamente superior.


Estilo Água: Queda da Cachoeira

Rank: A

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Maestria em Estilo Água

Selos: 1

Descrição:

O usuário expele da boca uma grande quantidade de água que avança contra o inimigo como um turbilhão violento que se movimenta de forma circular em altíssima velocidade. Toda a água é manipulada e concentrada em um único ponto ao invés de se espalhar em área, sendo extremamente útil ao enfrentar um único adversário. A alta pressão dessa grande quantidade de água é direcionada em um alvo só, e em seguida se dispersa no ambiente em uma área grande o suficiente para cobrir vários quarteirões de uma cidade. Ainda que o dano principal seja para um alvo único, a dispersão de tanta água certamente afetará eventuais inimigos secundários em um campo de batalha.


Técnica de Hidratação

Rank: A

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Maestria em Estilo Água, conhecimentos sobre a técnica secreta

Descrição:

Técnica marca do clã Hozuki. Permite ao usuário liquefazer parcial ou totalmente seu corpo para os mais variados fins. Quando usada ao receber um golpe, permite que a parte afetada do corpo se torne água temporariamente, anulando os danos que eventualmente seriam sofridos. É possível liquefazer e solidificar livremente pele, cabelos e músculos. Uma utilização de ninjas mais experientes com essa técnica consiste em bombear água para os músculos para elevar a força física, disparar água dos dedos ou usar o próprio corpo como água para afogar os inimigos. Possui grande valor estratégico por permitir que o usuário invada ambientes e execute ataques-surpresa. Como desvantagens, alguém que se liquefaz dessa maneira pode ser contido em um recipiente hermético. Outra fraqueza é que, ao perder a consciência nesse estado, o usuário fica em uma forma gelatinosa que impede auxílios medicinais de aliados. Além disso, técnicas do Estilo Relâmpago são potencialmente mais danosas contra um ninja que se liquefaz com essa técnica.


Técnica do Extermínio Impiedoso

Rank: B

Classificação: Taijutsu/Kenjutsu

Requerimento: Habilidade em Kenjutsu

Descrição:

Para realizar essa técnica, é preciso que o usuário porte duas espadas simultaneamente. Usando cada lâmina em uma das mãos, o atacante avança até o alvo pretendido. Em seguida, movendo-as com grande velocidade, atinge-se a vítima com ambas as espadas, realizando um corte duplo em forma de “X” em seu corpo. Um ninja com a devida força e velocidade nessa técnica possui altas chances de matar um inimigo com apenas um único uso desse movimento.


Estilo Dissolução: Técnica da Solução Misteriosa - Balas

Rank: B

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Kekkei Genkai do Estilo Dissolução

Descrição:

Variação da técnica Estilo Dissolução: Técnica da Solução Misteriosa. É uma versão mais rápida e concentrada, uma vez que não exige selos de mão e o disparo é bem pontual. Consiste em um lançamento de várias esferas de líquido ácido, variáveis em tamanho de acordo com o uso de chakra, através da boca contra o adversário, com o mesmo nível destrutivo da técnica parente. É útil para selar saídas, por exemplo, uma vez que a substância atirada rapidamente endurece e se torna um bloqueio maciço rígido difícil de ser quebrado.


Defesa Giratória

Rank: B

Classificação: Taijutsu/Kenjutsu

Requerimento: Habilidade em Kenjutsu, bom controle de chakra

Descrição:

O usuário reforça sua lâmina com chakra e gira a espada em alta velocidade em uma direção. A técnica cria uma defesa giratória capaz de dispersar projéteis e ataques sem força suficiente para interromper os movimentos da lâmina. É considerada uma técnica de defesa e ataque simultâneos, visto que o usuário pode utilizar o golpe enquanto se move e causar danos cortantes a qualquer ser ou objeto que entre em contato com a zona de rotação de sua espada.


Técnica Sensorial da Prevenção de Eventos

Rank: S

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Desconhecido

Descrição:

A Técnica Sensorial da Prevenção de Eventos é uma habilidade atualmente exclusiva de Ishizu Ishtar. A lenda diz que, de geração em geração, pode surgir um Ishtar com essa habilidade. O clã é conhecido como a família dos Coveiros ou Protetores de Tumbas. É um clã dedicado a apoiar e proteger o Kazekage. Essa habilidade que Ishizu possui permite que ela veja flashes de eventos importantes, podendo ter relação ou não com ela mesma. Durante a batalha, isso permite que Ishizu eleve suas capacidades de evasão por ver os movimentos do inimigo antes mesmo dele atacar. Além disso, permite que ela lute de olhos fechados se necessário, pois verá claramente todo o ambiente da luta e ainda estará imune a ataques que dependem da visão do alvo para funcionar. A única fraqueza conhecida desta habilidade é que determinados eventos podem não acontecer da forma prevista a partir do momento em que o portador interfere na linha do tempo. O simples fato de interferir para evitar, por exemplo, é o que pode levar um evento a ocorrer antes do previsto. Por isso, é preciso grande sabedoria e intelecto para fazer bom uso de determinadas visões.

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— Este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



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