In Your Body - Viagem de Natal escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal adiantado, pessoal!!!

Nossa One Bade especial de Natal não poderia faltar, né?

E vamos de IYB esse ano!!!

Espero que gostem, aproveitem!!!

Boa leitura!!!

P.S.: Sandy, meu anjo, muito obrigada pela capa!!!



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P.O.V Da Jade

— Anda, Jade, a gente já devia estar na estrada agora, não quero pegar trânsito. Sabe como fica uma loucura nessa época e a gente deve chegar em Solvang por volta das 09h. Isso se não enfrentarmos um congestionamento. - Estava com pressa.

Eu simplesmente odiava acordar cedo.

Como ele conseguia acordar cheio de energias assim?

— São apenas 06h, Beck. 06h da manhã. Que saco! Por quê fomos inventar essa viagem mesmo? - Eu já estava começando a me arrepender.

Escolhemos Solvang para passarmos o Natal, e iremos passar a virada de ano em Santa Barbara. Por ser uma cidade pequena e muito bonita, Solvang é formada por colônias dinamarquesas, com a culinária típica, lojinhas locais cheias de variedades e promoções, em véspera de Natal, a cidade vira um mega ponto turístico porque ocorrem muitas atrações natalinas.

Era o que cabia em nosso orçamento também.

E nós queremos levar os meninos para ver os eventos e claro, aproveitar a hospedagem maravilhosa de lá, Beck reservou o melhor chalé da região para ficarmos até o dia 30.

Fechei a mala e de mau-humor fui tomar banho.

Me vesti rapidamente após o banho rápido, encontrei Beck com os meninos na sala, Aiden e Ethan sonolentos, Ethan não parava de bocejar.

Tadinhos dos meninos.

— O Dolfinho já está na gaiolinha, vamos logo, eu quero comprar Waffles na Casa da Vovó. - Casa da Vovó era uma lanchonete com comida caseira.

Trancamos a nossa casa, deixando o alarme acionado e também pedimos para os nossos vizinhos ficarem de olho para nós.

Prendi os gêmeos nas cadeirinhas enquanto meu marido colocava nossas bagagens no porta-malas.

Ethan capotou no sono assim que o pai ligou o carro.

Aquela viagem estava planejada há semanas.

Deixamos o Dolfinho na casa do meu sogro, a viagem só deixaria o pobrezinho estressado.

2 horas depois...

— Já chegamos? - Aiden não parava de perguntar.

— Ainda não, filho. - Respondeu Beck.

Ele respirou fundo.

— Devíamos ter comprado passagens de avião, eu sabia que você ia acabar pegando a rota errada! - Reclamei.

— Não peguei a rota errada, falta pouco para chegarmos. - Teimou.

— Quero fazer xixi. - Avisou Ethan.

Beck fez uma parada, ele desceu com os meninos.

Não havia sinal ali, suspirei guardando o meu celular.

Depois que os gêmeos voltaram para o carro, limpei suas mãos com álcool em gel.

— Chegaremos em Solvang em 20 minutos, você vai ver. - Meu marido sorriu para mim, confiante.

1 hora depois...

— Não acredito que estamos perdidos! Dá meia-volta agora mesmo, Albert! Eu quero ir pra casa! - Falei frustrada.

— Calma, querida, eu vou parar ali e pediremos informação. - Apontou para um posto de gasolina.

Quando chegamos lá, havia apenas uma placa velha.

Fechado.

Carros iam e vinham à todo momento, ao menos tinha outras pessoas naquela estrada.

— Mamãe, estou com fome. - Ethan choramingou.

Ainda bem que preparei lanches para levarmos.

— Desculpa, eu juro que vou dar um jeito...

— Não fala comigo! - Segurei a língua para não xingá-lo.

Como ele foi nos levar para um lugar desconhecido?

Ele pegou um sanduíche de peito de peru e uma garrafinha de suco, começou a comer.

— Que maravilha, vamos passar o Natal perdidos no meio do nada. André e Tori agora já chegaram em San Diego. - Resmunguei.

— Não estamos perdidos no meio do nada, vamos parar na cidade mais próxima e depois...

— Nosso plano era irmos para Solvang. E com certeza estamos bem longe. Olhe ao redor! - Só havia o posto fechado e árvores, e carros trafegando.

— Agora perdi a fome. - Largou o sanduíche pela metade dentro da vasilha e tampou.

Eu havia perdido a fome há muito tempo.

Minha irritação só aumentava.

[...]

P.O.V Do Beck

Minha mulher está uma fera comigo.

Paramos e eu desci do carro para pedir informações numa lojinha de artesanatos à beira da estrada.

— Solvang? - O dono da loja me olhou. - Meu rapaz, você está mesmo muito perdido. Não tem como chegar em Solvang hoje, só amanhã. - Me informou.

— Como assim só amanhã? - Indaguei.

— Está dando na rádio que em poucas horas cairá uma tempestade. As estradas ficarão interditadas. - Era só o que me faltava.

Jade ia me esganar. E com toda a razão.

Voltei para o carro triste e sem saber como dar a notícia.

Jamais chegaríamos à Solvang naquele dia.

— Me desculpa, eu estraguei tudo mesmo, a culpa é toda minha. - Então, expliquei para ela a nossa atual situação.

— E agora, Beck? Onde passaremos a noite com as crianças? - Ficou preocupada.

— Não sei... - Comecei a ficar com medo.

Estávamos próximos à uma vila segundo o dono da lojinha de artesanatos.

Tudo que eu menos queria, era colocar minha família em perigo.

— FELIZ NATAL, OTÁRIOS! - Algum maluco que estava em cima da carroceria de uma caminhonete jogou uma lata amassada de Coca Cola no meu carro.

Devia estar chapado demais, ainda era véspera de Natal.

Só não xinguei o infeliz por causa dos meus filhos.

— Vamos sair logo daqui, falta pouco para anoitecer. - Jade voltou para dentro do carro.

Ela tinha razão.

Chegamos na Vila Florean Garden, era um povoado cheio de casebres e chalés, com uma feirinha local e uma igreja antiga.

A gente nem sabia da existência daquele lugar.

— Olha, mamãe, é um duende! - Ethan apontou para um anão empurrando um carrinho de mão cheio de madeira.

Sentimos cheiro de pães e bolos, e avistamos uma padaria.

Meu estômago roncou.

— Podemos ficar com ele? - Aiden perguntou inocentemente.

— Não, filho, não é um duende. É uma pessoa, ele é apenas baixinho. - Expliquei.

Jade pegou as mãos deles, um de cada lado e foi na frente.

Eu havia estacionado, seguimos para uma hospedaria.

Chalés Histon.

— 50 dólares a diária. - A recepcionista informou.

Paguei adiantado, peguei a chave e fomos para o chalé.

Era para casais, típico para lua-de-mel.

Uma cama de casal, um cantinho romântico e acolhedor.

Romântico até demais.

— Boa, Oliver. - Minha esposa sorriu debochada.

— Filho, deixa isso aí, não é brinquedo. - Ethan virou um jarro cheio de camisinhas.

Ele espalhou as embalagens coloridas sobre a cama.

Jade correu para recolher tudo.

Ela levou os meninos para o banho, depois agasalhou cada um, eles ficaram parecendo pacotinhos de embrulhos.

Chequei as horas.

19h:22min...

Fazia frio ali em Florean Garden.

Saímos para procurar um lugar, queríamos jantar uma refeição caprichada e decente.

Minha esposa estava linda e ainda um pouco brava.

Nos indicaram um restaurante. Falaram que a comida era a melhor da região.

Lá fora tudo estava enfeitado, brilhante e colorido.

Estava acontecendo alguma festividade na igreja.

A feirinha estava bastante movimentada também.

— Coelho... Coelho... - Aiden que era mais esperto, leu o cardápio.

Especialidade da noite, coelho assado com molho de laranja.

Jade arregalou os olhos.

— Aqui só servem caças. Tem até cobra, Beck. - Fez careta.

Fiquei horrorizado.

Pegamos as crianças e deixamos o restaurante com urgência.

[...]

P.O.V Da Jade

Jantamos na feirinha local, compramos empanadas, sopa de abóbora e os gêmeos pediram doces, as sobremesas foram bolo de maçã com calda de morango e sorvetes caseiros em copinhos.

Aiden e Ethan pediam tudo que viam, tivemos que comprar algumas lembrancinhas.

Tiramos fotos, bastante fotos.

Crianças vestidas de anjos estavam apresentando um bonito coral.

Beck começou a filmar.

— Papai, cavalinhos. - Vieram correndo até nós, apontando para o carrossel.

Beck os acompanhou e pagou para eles irem no brinquedo.

Minha chateação havia passado.

Estávamos bem e nossos filhos exalavam alegria.

As crianças brincaram bastante até cansar, quando deu meia-noite, os sinos da igreja badalaram.

Vimos o céu estrelado explodir em milhões de luzes ofuscantes.

A vila toda vibrava. Famílias, grupos de amigos festejando. Casais apaixonados.

— Feliz Natal, meu amor. - Desejou.

 — Feliz Natal, bebê. - Sorri.

Avancei no meu marido, enchendo-o de beijos.

Ele me apertou me tirando do chão e girou comigo.

Aquele lugar era lindo, diferente de tudo que eu havia visto.

— Que bom que pegou a rota errada. - Limpei sua boca suja de batom.

Beck riu.

Nossos filhos estavam sentados no banco de madeira quase caindo de sono.

Pegamos os meninos, ele carregou o Aiden, e com o Ethan agarrado em meu pescoço, voltamos para o chalé que alugamos.

Ajeitamos as crianças na cama, retirando seus tênis e os cobrimos com o quentinho cobertor que trouxemos de casa.

Não foi o que planejamos, mas nossa viagem acabou se tornando tão mágica.

Saímos pela porta dos fundos, dava para um espaço com flores e todo cercado, tinha uma mesa redonda com dois lugares e as luzes amareladas iluminavam o ambiente.

Um pequeno quintal bem cuidado.

Beck forrou o chão, por sorte a tempestade não chegou no vilarejo.

A noite estava tão linda.

Tirei a calcinha vendo ele abrir a camisa.

Deixei meu vestido suspenso.

Foi o único cantinho que encontramos para fazer amor.

Deitei sobre o edredom estendido.

Meu moreno se juntou a mim, e sob o céu estrelado, celebramos o Natal nos amando.

Aquele dia tinha tudo para dar errado e acabou numa noite inesquecível.


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Notas finais do capítulo

E, então?

Curtiram a viagem em família?

Apesar de tudo, a viagem foi mágica haha

Eu precisava postar algo fofo e inesquecível.

Espero que todos tenham um excelente Natal.

Bjs



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