Saint Seiya: Previous Dimension! escrita por Drygo


Capítulo 27
Lembranças de Odysseus!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Hoje darei continuidade a nossa história. Espero que gostem do rumo da história. Agradeço a todos que estão acompanhando. Quem puder se pronuncie, escrevam o que estão achando.

Boa leitura ;)



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Diante de Ikki, Saga começa a ter lembranças.

 

STAR HILL – ANOS ANTES

 

O verdadeiro Grande Mestre Shion reuniu os dois aspirantes a seu sucessor no Star Hill. Estavam trajados de suas armaduras de Ouro Saga de Gêmeos e Aioros de Sagitário.

— Estamos surpresos de termos sido chamados aqui Grande Mestre. Sobre o que o senhor quer tratar? – Perguntou Aioros.

— Aguardem vocês dois. Estou esperando a chegada de mais alguém. – Respondeu o Grande Mestre.

Odysseus, o então cavaleiro de Prata de Serpentário, surgiu no local e ficou diante dos dois cavaleiros de Ouro e do Patriarca.

— Cheguei Grande Mestre. Aqui é um lugar aonde apenas os Grandes Mestres podem pode entrar. Por qual motivo me chamou aqui?

— Star Hill é o local onde eu prevejo o tempo da guerra Santa lendo o movimento das estrelas.

Os três cavaleiros presentes dizem saber disso. De costas a eles, o Grande Mestre continua falando:

— Geralmente existe um desalinhamento comum de cinco graus entre o zênite e a estrela polar que estão no final do eixo da Terra. Quando ocorrer uma sobreposição isso será o início da guerra Santa.

— Então isso significa que a guerra Santa está perto de ocorrer? – Questionou Saga.

— Não, a guerra ainda está um pouco distante. Porém mais preocupante do que isso, é que está acontecendo um fenômeno que me faz pensar em algo sinistro. Marte e Saturno se encontram sobre a constelação de Gêmeos. Júpiter e Urano sobre a constelação de Virgem. Marte e Vênus sobre a constelação de Peixes. E em breve o Sol e a Lua se sobreporão sobre a constelação de Serpentário.

Saga, Aioros e Odysseus se olharam assustados.

— Essa situação... – Odysseus estava perplexo.

— Este é o pior alinhamento planetário possível. O Grande Square (Grande Quadrado) se completará ao redor da constelação de Serpentário.

— Então com isso... Todas as constelações obedecerão Serpentário.— Comentou Odysseus.

Shion ainda de costas balançou a cabeça positivamente.

— Exato, mas por quê? Eu não entendo porque esse mal presságio está acontecendo. Pelo que se sabe um fenômeno como este nunca aconteceu desde os tempos mitológicos. Por que isso está acontecendo agora?

— Talvez seja obra de Asclépio. – Avisou Odysseus.

O Grande Mestre se virou de frente. Saga e Aioros encararam Odysseus.

— O que?

— Asclépio planeja ressuscitar na Terra movendo sua alma para meu corpo para se vingar de Athena. Grande Mestre, se isso acontecer eu me tornarei o décimo terceiro cavaleiro de Ouro e me rebelarei.

Saga olhou para Aioros e cochichou.

— Que bobagem. Odysseus é um homem honrado, mas não pode acreditar em uma lenda dessas.

O Grande Mestre se aproximou de Odysseus.

— Acalme-se Odysseus. Mesmo que Asclépio pretenda fazer isso é impossível para ele escapar da prisão no Tártaro onde está preso. Há um poder muito maior em ação nisso que é capaz de interromper toda a providência deste Universo. Não há ninguém com esse poder exceto os próprios deuses.

Os três cavaleiros olharam curiosos para o Grande Mestre.

— Deuses?

— Claro. Não há evidências de que seja obra de Poseidon ou Hades. Muito menos de outros deuses do Olimpo. A única que resta é a nossa... Athena!— Avisou o Grande Mestre.

 

 

SALA DO GRANDE MESTRE – 1982

 

Saga conta o ocorrido anos antes para Ikki que está perplexo.

— Eu não posso acreditar que seja Athena quem esteja fazendo isso. – Diz Ikki. – Ela não faria algo assim.

— Se realmente isso for verdade e Athena não for morta, provavelmente todos morreremos.

— Eu já disse que não posso morrer ainda Saga!

O Grande Mestre se revolta com Ikki.

— Me chamou de Saga. Você não entenderia o que aconteceu comigo. É melhor eu acabar com você de vez!

Saga ataca Ikki, que contra ataca.

— “Asas de Fênix.”

O golpe de Ikki é repelido e o cavaleiro é jogado contra as escadarias. O Grande Mestre se aproxima do cavaleiro caído.

— Diga-me Ikki, porque não me atacou com todas as suas forças? Você não pode enganar meus olhos.

— Independente da forma que você conseguiu esse cargo... Sei que foi com o Saga justiceiro que lutei. E como líder dos cavaleiros de Athena eu não posso atacar alguém como você. Mas me diga, porque você não me causou nenhum ferimento mortal? Se você quisesse eu já estaria morto.

— Odysseus confiou você a mim apesar do perigo dele cair na distorção dimensional. Você é um homem que até Odysseus confiou, eu já havia confiado anteriormente e agora vou confiar novamente.

Saga mostra para Ikki a adaga dourada e o assusta.

— Essa é uma adaga que mata deuses que tem sido herdada desde as Eras mitológicas no Santuário.  É a adaga de Khrysos. Ikki eu lhe confio essa adaga. Depende de você como a utilizará.

O Grande Mestre cai de cara no chão.

— Saga!

— Parece que a lei do despertar de Odysseus está perdendo novamente seu efeito. Vou cair em sono profundo novamente. Ikki deixo tudo em suas mãos.

Saga cai em sono profundo. Ikki pega a adaga dourada caída no chão.

— Adaga de Khrysos... Essa foi a adaga com qual Saga dominado pelo espírito maligno tentou matar Athena se fazendo passar pelo Grande Mestre. E também a adaga que Athena cortou o próprio pescoço para ir ao Submundo. Esta adaga poderia ser usada novamente para matar Athena?

Ikki aperta a adaga em suas mãos.

— Será que o destino do Céu e da Terra depende dessa adaga de Khrysos?

Enquanto isso Odysseus também está vagando após entrar em um dos mundos do ciclo das seis existências de Shaka. Ele começa a ter lembranças do passado, de sua vida anterior antes de renascer como décimo terceiro cavaleiro de Ouro. Odysseus se lembra dos pesadelos que sempre tinha, que começava a vagar pela escuridão e parecia que se passaram anos e quando percebia estava caindo na prisão do Tártaro. Logo ele avistava uma serpente em forma de alma dizendo que estava o esperando e que seu corpo o pertencia. Ele reconhecia que a alma da serpente era na realidade Asclépio, o décimo terceiro cavaleiro de Ouro mitológico. Odysseus sempre acordava assustado desses sonhos e se recorda do dia em que logo depois de acordar assustado Suikyo adentrou sua casa pedindo ajuda para cuidar da enfermidade de seu irmão menor e percebeu que Odysseus soava muito, mas ele nada revelava a Suikyo.

No dia seguinte, já à noite, Suikyo tinha regressado a casa de Odysseus para pegar ervas medicinais e Odysseus não estava. Suikyo avistou Odysseus andando longe indo em direção ao cemitério dos cavaleiros e estranhou. Suikyo resolveu segui-lo e Odysseus ia cada vez mais para adiante do cemitério. Ele ultrapassou toda a extensão do cemitério e foi para um local conhecido como distrito maligno, aonde nem o Grande Mestre conseguia adentrar. Atrás de Odysseus, Suikyo caiu em uma caverna profunda e logo o avistou diante de um imenso poço. Suikyo o chamava, mas Odysseus parecia inconsciente. A alma da serpente que seria de Asclépio surgiu exigindo que Suikyo não se intrometesse, pois ele tinha algo a tratar com Odysseus naquele lugar. Odysseus ia para dentro do poço e Suikyo o puxou, revoltando a alma de Asclépio que o atacou. Pouco depois Suikyo foi desperto por Odysseus, que o dizia que graças a ele foi salvo de ser sugado pelo poço do Tártaro, que era um buraco no mundo dos mortos que dizem que nos tempos mitológicos Athena derrubou Asclépio e quem cai ali não consegue regressar e de onde não se emitia nenhum som. Lá era uma prisão eterna que apesar de estar no Submundo até Hades abominava o local e não se aproximava. Lá a alma de Asclépio estava aprisionada. Odysseus revelou naquele dia para Suikyo que o seu corpo um dia seria capturado por Asclépio para ele o utilizar para se vingar de Athena.

Odysseus enfim desperta de seus pensamentos. Essas lembranças estão fortes em sua mente.

— Parece que de alguma maneira fui jogado para além dos seis mundos mostrado pelo ciclo das seis existências. Mas este sonho de antigamente... Sonho de quando ainda estava vivo... Como esperado de você Shaka, mesmo não estando na casa de Virgem conseguiu me provocar isso. Será que o Ikki já concordou em matar Athena? Ou então será que prefere observar a destruição do Céu e da Terra? Iremos nos encontrar novamente na casa de Serpentário!

Odysseus se levanta e percebe estar ainda na casa de Virgem, bem na lateral onde se encontrava o caminho que levava ao jardim das árvores salas gêmeas.

— Sinto que há algo nesse jardim... Acho melhor eu adentrar.

Lá Odysseus encontra o corpo de Suikyo morto trajado com a armadura de Prata de Taça.

— Suikyo... De alguma forma seu corpo veio parar até aqui... E você está trajado com a armadura de Taça, ela foi a vestimenta de sua morte.

Odysseus olha para a urna da armadura de Taça a sua frente. Isso o fez ter novas lembranças. Ele se lembrou de quando Suikyo se tornou o cavaleiro de Prata de Taça de uma forma bem rápida há muitos anos atrás. Ele se lembrou que a água da Taça possuía o poder de refletir o futuro. Suikyo que estava com a urna consigo escutou o que foi relatado por Odysseus e resolveu olhar o reflexo da água da Taça.

— O que você está vendo Suikyo? – Questionou Odysseus.

— Eu vejo... Um bebê!

Odysseus é pego de surpresa. Ele olha para a água da Taça e arregala os olhos.

— Não pode ser... Se for esse bebê então...

Odysseus da as costas para Suikyo e estava indo embora do local.

— Para onde está indo Odysseus? – Questionou Suikyo.

— Escute Suikyo. A partir de agora se algo estranho estiver acontecendo comigo não hesite em me atacar. Nesse momento já não será mais o meu verdadeiro eu. Então você deverá me matar Suikyo.

O jovem cavaleiro de Prata se assustou com o que foi dito por Odysseus. Suikyo viu Odysseus partindo e o chamou, mas ele não regressou.

Odysseus foi até o poço do Tártaro e chamou por Asclépio. Logo uma voz do fundo do poço questionava quem estava o chamando. Odysseus se apresentou.

— “Bem vindo Odysseus. Que inesperado você vir me visitar.” — Disse a alma de Asclépio saindo do fundo do Tártaro em forma de serpente. — “Finalmente aceitou se tornar meu receptáculo para meu espírito divino?”

— Isso também seria meu destino. – Respondeu Odysseus. – Só preciso que me responda uma coisa. Você que esteve selado e não conseguia se mexer até agora. Como conseguiu demonstrar indícios de uma ressurreição?

— “Sobre isso? Haha, foi Athena.”— Respondeu a alma de Asclépio.

Odysseus arregalou os olhos, mas demonstrou em seu semblante que ele sabia.

— Então foi Athena... Como eu desconfiava...

— “Athena está cruzando o espaço tempo vindo do futuro para anos anteriores. Como o eixo do tempo é diferente entre o passado e o futuro, até mesmo um dia no futuro pode se tornar em muitos anos para nós do passado.”

Odysseus se lembrou do bebê refletido na água da Taça.

— “Mesmo que eu esteja aprisionado no Tártaro eu descobri uma forma de observar o movimento de tudo e de todos. Athena suplicou para Chronos e está vindo para cá atravessando o espaço-tempo. O motivo disto é para salvar a vida de um cavaleiro de Bronze, que motivo mais patético."

Odysseus fica surpreso com o motivo que Athena estaria querendo regressar ao passado.

— “No entanto por causa disto a ordem do Universo foi perturbada e começaram a ocorrer distorções em vários lugares do espaço-tempo. Certo momento isso irá causar uma fissura até nesse imenso Universo. Eu não me importo com isso, mas não se preocupe, não terá nenhuma mudança por agora. Eu aproveitarei esta oportunidade e reviverei tomando o lugar de Athena. Então Odysseus, seu corpo será meu, seu corpo já é meu. Logo eu estarei acostumado com ele. E quando nos fundirmos o décimo terceiro cavaleiro de Ouro renascerá.”— Avisou a alma de Asclépio.

Após esse momento Odysseus relembrou que pouco depois recobrou a consciência sendo desperto pelo Grande Mestre e por Suikyo. O Grande Mestre já era Saga que havia usurpado o poder do Santuário, porém ele estava com sua personalidade benigna. Ele revelou a Odysseus que ele foi encontrado desmaiado próximo ao poço do Tártaro.

— Você estava bem estranho. Pensei que Asclépio havia possuído seu corpo. – Disse Suikyo.

— Eu estou bem Suikyo. Mas é verdade que Asclépio quer reviver para matar Athena. Mas a Athena que virá do futuro.

O Grande Mestre e Suikyo se assustaram com o que foi revelado por Odysseus.

— Athena tomou uma atitude arriscada ao tentar voltar ao passado e alterar o espaço-tempo. Ela na idade que ela tem no nosso tempo desaparecerá para dar lugar a essa “nova” Athena. E pelo que entendi fará isso por motivos pessoais. Isso alterará todos os planos, ela surgirá com o pensamento no futuro e com isso nossa derrota para o exército de Hades será inevitável. – Explicou Odysseus. – Essa atitude de Athena poderá causa até a destruição do Universo. A Athena que regressará deve ser morta para a Athena desse tempo permanecer viva, elas não podem coexistir. Com a Athena do nosso tempo viva poderemos reequilibrar o espaço-tempo e trabalhar para que ela não venha a tomar a mesma atitude no futuro.

Saga com as vestimentas do Grande Mestre, que tentou tempos antes matar Athena quando renasceu tomado pelo espírito maligno, entendeu o que foi dito por Odysseus e sabia o quanto perigosa era a atitude de Athena.

— Eu entendo o que quer dizer... Mas quem se atreveria a matar Athena? Se isso vier a público poderá ocorrer uma rebelião no Santuário. E isso irá beneficiar os nossos inimigos.

Suikyo olhou para os dois e tem certeza do que deve fazer.

— Me dê essa missão para cumprir, por favor.

O Grande Mestre e Odysseus olharam para o jovem mostrando que foram pegos de surpresa.

— Suikyo!

— Vocês dois são imprescindíveis na guerra Santa e os cavaleiros de Ouro devem permanecer aqui

Odysseus se aproximou de Suikyo e olha fixamente nos seus olhos.

— Suikyo você sabe o que isso significa? Para os cavaleiros que não sabem da situação será tratado como um traidor.

— Estou preparado para tal desonra se for para a justiça e o amor na Terra. – Respondeu Suikyo convicto.

Odysseus desperta de suas lembranças diante do corpo de Suikyo no jardim as árvores salas gêmeas. Ele chora lágrimas de sangue.

— Você trilhou um caminho espinhoso Suikyo. E ficou no meio desse caminho. Eu não posso ser derrotado nesse caminho. Eu tenho de qualquer maneira tomar a cabeça de Athena.

Odysseus deixa o jardim e sobe as escadarias para a casa de Libra. No meio das escadarias entre alguns escombros Odysseus avista Kevin adormecido.

— Um cavaleiro de Bronze? Eu nunca o vi antes...

— Mestre... Mestre Suikyo! – Kevin fala enquanto dorme.

Odysseus para diante dele e fica observando o jovem cavaleiro.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo de Saint Seiya: Previous Dimension:

"Kevin e Suikyo: A Relação de Mestre e Discípulo."



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