Amores BTS - Jimin escrita por raquelsd


Capítulo 2
E o tempo passou


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Min-Ji olhava para aquele teste, o 5° que fazia, sem saber o que seria dela dali em diante. Evitou até o último momento pois faze-lo, daria a certeza de algo que ela não queria nem imaginar.

Os sintomas que a tempo vinha sentindo era inconfundíveis, mas ela insistia em colocar a culpa no stress das provas finais da escola, no cansaço dos ensaios e da falta que Jimin fazia em sua vida. Ela sabia que se enganava, mas era a saída que restou, não queria ter que aborta aquele bebê, suspeitava que se contasse essa seria a maneira que seus pais lidariam com o problema, e ela queria ter aquele pedacinho do Jimin junto dela.

Fazia dois meses que Jimin tinha partido de Busan, e antes mesmo dele partir seu corpo já dava sinais, mas ela não podia pensar nisso, falar com ele estava fora de cogitação, então guardo para si o máximo de tempo que pode, mas quando naquela manhã ela sentiu algo se mover dentro de sua pequena barriga, ela teve que assumir, estava gravida e sozinha.

No primeiro momento o medo a invadiu, depois que o torpor saiu de seu corpo, ela foi até a farmácia e comprou 5 testes de marcas diferentes, por mais que nitidamente ela estava gravida, tinha ganhado peso e roupas largas já faziam parte de suas vestimentas, tinha uma mínima esperança de tudo ser stress. Com os exames feitos e comprovados, o segundo passo era enfrenta os pais, essa parte era a mais difícil. Seus pais eram excelentes, sempre a apoiaram em tudo, e sonhava com um futuro brilhante para ela, não que engravidasse com 16 anos e sozinha.

Quando seus pais chegaram tarde do serviço, ela tinha preparado o jantar como era o costume, estavam no fim da janta quando tomada de uma coragem, ela anunciou sua gravidez. Seus pais no choque demoraram para entender, e depois foi ruim, muito ruim. Ouviu gritos de seu pai, lamentação de sua mãe e depois mais gritos. Exigiam saber quem era o pai do bebê e porque não estava ali ao lado dela. A única resposta que deu, era que não podia contar, que ele não podia estar ali ao seu lado, seus pais não gostaram nada de ouvir isso.

Não mentiu, Jimin não podia, ele estava correndo atras do sonho dele, e ela nunca o culparia por isso, o conhecia bem o suficiente para saber que ele largaria tudo em Seul e ficaria com ela, mas isso não traria felicidade para nenhum dos dois; com o tempo ele veria que ambos estava em um casamento infeliz e acabariam se odiando, entre os dois tristes e amargurados, melhor somente ela.

No outro dia seus pais a levaram no hospital, o mais longe possível da cidade, lá descobriram que ela já estava de 22 semanas, o aborto não seria opção e que era um menino. Voltaram para a casa e insistiam em pergunta quem era o pai do bebê, mas Min-Ji se recusava a revelar.

—Se você não contar vamos ligar para o Jimin – sua mãe falou séria.

—Pra que? - questiona assustada.

—Ele é seu melhor amigo, ele deve saber quem você está protegendo.

—O Jimin não sabe de nada! – gritou – ele já se foi a dois meses e antes disso nos afastamos pois ele tinha que ensaiar, ele não sabe – concluiu.

—Quer dizer que nem o Jimin sabe que você está gravida? – seu pai questiona.

—Não, ninguém sabe – respondeu firme.

—Melhor assim – falou sentando-se – tenho um plano. Você vai para o interior, na casa da tia da sua mãe, terá a criança lá, depois a mande para adoção.

—Mas appa, quero ficar com meu filho – chorou pedindo ao pai.

—Não vou aceita uma criança bastarda em minha casa, ou você conta quem é o pai ou o de para adoção, só não volte aqui com um filho nos braços sem um pai – terminou saindo da casa.

—Omma? – implorou para a mãe.

—Não temos o que fazer querida, se ficar com essa criança como pretende sustenta-la? Nem o ensino médio terminou, pense será o melhor para ele – disse passando a mão carinhosamente pela barriga da filha.

Naquela noite Min-Ji fez suas malas, antes de partir foi na casa da sra. Park se despedir, ela sempre foi como uma segunda mãe para ela.

—Não acredito que também está indo querida – conversavam enquanto tomavam um chá – Já estou sentindo falta do meu Jimin, agora sentirei de você também – conclui segurando as mãos da menina.

—Minha tia precisa de ajuda, mas espero voltar logo – respondeu – tem notícias do Jimin?

—Ele me liga quando dá, normalmente uma vez na semana, ele fala que o ensaio é puxado e a escola também, as vezes ele liga com a voz tão cansada, sei que ele se segura para não chorar e desistir, diz para que nós não contemos tanto, mas confio no meu menino, ele vai dá o seu melhor, e se não der certo aqui sempre vai ser a casa dele – falava carinhosa, mas ao mesmo tempo nitidamente preocupada com o futuro do filho.

— Quando ele me liga também sinto ele exausto – comentou.

—Ele te liga muito? 

—Não, já faz alguns dias que não se falamos. Não terei tempo de avisa-lo sobre minha partida, quando ele ligar por favor fale para ele que estou bem e que ele sempre será meu melhor amigo- Min-Ji falava com lagrimas nos olhos.

—Você fala como se nunca mais fosse o ver.

— Sinto como se não fosse mesmo – disse triste - pra onde vou a comunicação é ruim e dificilmente conseguirei falar com ele.

—Pode deixar querida eu o aviso sim.

—Outra coisa Sra. Park, tenho certeza que Jimin se sairá bem, tudo que ele se propõe em fazer, faz com perfeição. Ele fara muito sucesso.

—Minha querida, torço muito pelo sucesso do meu filho, não importa onde ele esteja – sorriu para a moça – assim como sua felicidade também.

—Obrigada sra. Park.

E assim Min-Ji se foi. A vida na vila de sua tia era tranquila, somente idosos moravam lá e como a maioria em um momento ou outro recebeu algum familiar na mesma situação, nada questionavam ou falavam, o que foi ótimo para Min-Ji. Ela logo se adaptou e ajudava todos da pequena comunidade, com seu jeito doce e gentil ganhou o coração dos moradores, que mal dizia o rapaz que a abandonou, Min-Ji com muita paciência e carinho explicava que não foi abandonada e que ela optou por não contar a ele. Não falou mais com Jimin, achou melhor trocar seu número, não queria cair na tentação e contar sobre a gravidez assim passou os meses.

E quando no dia 15/12/12 seu lindo bebe nasceu, Min-Ji teve um parto difícil, mas contou com a ajuda das senhoras da vila e quando olhou para o seu bebe, sabia que nunca abriria mão dele. Min-Ju, que significava rápido e talentoso, nasceu forte e saudável, era uma bebe lindo e cabeludo. Mesmo com poucos dias os traços da família Park eram nítidos, com certeza ele seria muito parecido com Jimin, para alegria de Min-Ji.

O medo de seus pais tirar seu filho a afligia, seus pais vieram conhecer o neto no início de janeiro, Min-Ji teve esperança que seu pai mudasse quando conhecesse a criança, porém ele continuou inabalável mesmo que Min-Ji e sua mãe implorasse para que o bebe não fosse mandado para adoção. Ele só a aceitaria de volta se ela casasse, ou que ficasse esquecida naquela vila distante.

Min-Ji já se conformara em permanece na vila, mesmo que seu futuro não fosse como ela sonhou, teria seu filho ao seu lado e nada era mais importante que aquilo. Foi nesse momento que ela conheceu Sam Jhohoo, filho de umas das senhoras da vila. Ele veio visitar a mãe, e sua tia os convidou para o jantar, durante a janta ele não tirava os olhos de Min-Ji que ficava sem jeito, porém como era seu costume foi educada e gentil, não foi surpresa para ninguém quando duas semanas depois ele voltou com presentes para ela e para o bebe.

Eles se tornaram amigos e para surpresa dela, ele não se importava que ela tivesse um filho, ele era um homem gentil, trabalhador e honesto. Era bem mais velho que ela, quase o dobro de sua idade, mas ainda era bem aparentado, não lindo, mas também não era feio. Min-Ji se viu cada vez mais acolhida e amada por Jhohoo e quando seus pais vieram para a comemoração dos 100 dias do bebê, ele a pediu em casamento. Três meses depois eles se casaram em uma festa simples no vilarejo e Jhohoo assumiu Min-Ju como seu próprio filho.

A nova família se mudou para um bairro humilde de Seul e Jhohoo sustentava a casa com seu emprego na fábrica da Samsung. Ele sabia que Min-Ji ainda era apaixonada pelo pai de seu filho, ele nunca a perguntou quem ele era ou o que aconteceu entre os dois, intimamente ele temia a resposta a essa pergunta. Com isso mesmo casado a respeitava, tratava o pequeno com grande carinho e afeição. Fica muito orgulhoso de cada conquista e se gabava porque tinha um menino forte, saudável, inteligente e lindo. Pelo seu jeito amoroso, trabalhador e companheiro Min-Ji aos poucos foi cada dia mais o admirando e quando menos esperou percebeu que ela o amava. Não da mesma maneira que amava Jimin, mas o sentimento com Jihoo existia, e era forte o suficiente para que ela se entregasse a ele seu coração e seu corpo depois de mais de um ano que estavam casados.

Quando Min-Ju tinha idade para a escolinha Min-Ji voltou a trabalhar. Trabalhava em cafeterias e lojas para ajudar na renda da família, ela tinha pouquíssimo tempo de acompanhar a carreira de Jimin, na verdade evitava ao máximo saber. Sabia que ele tinha debutado, pois seus pais contaram em uma visita, e estava feliz por ele, mas não queria vê-lo, era como uma ferida que não cicatrizava, se mexesse sangraria. Já bastava olhar Min-Ju que a cada dias se parecia com Jimin, não só na aparência, mas no próprio jeito, era muito triste para ela conviver com esse sentimento.

Com muito esforço e trabalho a família conseguiu comprar um pequeno apartamento em um condomínio popular, era uma vida humilde, tranquila e feliz. E para alegria de todos Min-Ji teve uma outra bebe, Ju-Hu. Era uma menina delicada, linda e risonha, era a alegria da casa. No início Min-Ji ficou com medo de Jhohoo mudar seu tratamento com Min-Ju, já que agora tinha uma filha biológica, mas o homem continuo com seu bom coração e tratava ambos os filhos iguais.

Quando Min-Ju estava com 4 anos em um passeio no parque, ele viu um grupo se apresentar em uma roda de dança. Min-Ji parou com os filhos e o marido para ver, pois lembrou dela e de Jimin naquela idade quando competiam em parques em Busan. Por um pequeno descuido soltou a mão de seu filho, o menino como atraído pela música e dança, entrou na roda e para surpresa não só dela, mas de todos em volta o pequeno tinha um talento nato. Pegou fácil os passos que os dançarinos faziam e arrancou aplausos de quem assistia, por sua desenvoltura e simpatia. No final da apresentação Min-Ju foi convidado a estudar na escola de dança que fazia a apresentação e mesmo com o coração apertado com um pequeno receio que surgia, Min-Ji aceitou.

—Meu filho é muito talentoso – Jhohoo elogiava o menino para alegria do pequeno que estava muito animado com a aula que teria – deve ter puxado a você querida – falou abraçando a esposa com carinho.

—Sim -Min- Ji respondeu sem jeito pensando em como Min-Ju era talentoso igual ao pai.

No início de 2017 Min-Ji voltou a Busan com a família para comemorar o ano-novo com os pais. Não tinha notícias de Jimin nem de sua família, procurava não se informa e suspeitava que seus pais evitavam o assunto, porque quanto mais Min-Ju crescia, mais ele se parecia com o pai, e seus pais viram Jimin crescer, era fácil deduzir a paternidade do menino.

 Estava no mercado comprando mantimentos para o jantar quando foi parada por uma mulher que não via a anos, porém que ela amava como uma mãe, seu coração se acelerou em preocupação quando a viu.

—Min-Ji é você mesma? – a mulher a cumprimentou empolgada a abraçando – nossa como você está linda, como cresceu – dizia animada.

—Olá Sra. Park, quanto tempo que não a vejo – a abraçou com medo e saudade.

—Não sabia que tinha voltado a Busan, da última vez que conversei om sua mãe ela me disse que tinha casado e estava morando em Seul.

—Sim me casei e moro em Seul – confirmou sorridente.

—E essa bebe? – questionou ao ver Ju-Hu que olhava tudo em volta com seus lindos olhos-grandes grandes.

—E minha bebê Ju-Hu– a mulher olhava encantada para a pequena – não vejo a hora de ter meus netos, amaria ter uma netinha assim, mas se vim menino também me alegraria – falava distraída brincando com a menina que sorria para a ela, até que alguém chamou sua atenção.

—Omma posso levar esse cereal? – Min-Ju volta com um pacote de cereal que tinha ido buscar – por favor omma? – pedia sorrindo, o que fazia seus olhinhos miúdos se fechar e suas bochechas já fofinhas naturalmente ficar ainda mais adorável, era inconfundivelmente a cópia de Jimin.

—Pode levar sim – Min-Ji respondeu rápido querendo que o filho não chamasse mais atenção que o necessário, porém não adiantou.

—E esse menino quem é? – questionou a Sra. Park arfando ao reconhecer tantos traços familiares no pequeno menino.

—Olá sou Sam Min-Ju, tenho 4 anos - respondeu fazendo uma reverencia e mostrando os dedinhos, a Sra. Park tinha a respiração um pouco presa e os olhos marejados, com carinho passou as mãos nos cabelos do menino.

—Você é muito lindo Sam Min-Ju, é um bonito nome o seu– comentou sorrindo.

—Significa rápido e talentoso – respondeu.

—Verdade? E você é talentoso? – questionou a mulher encantada pelo menino em sua frente.

—Sou sim, ganhei uma bolsa em uma escola de dança - respondeu animado -papai fala que puxei a mamãe - conclui sorrindo.

—Deve ter puxado mesmo, você sabia que sua mãe dançava com meu filho? Eles formavam uma ótima dupla – a mulher fala saudosa.

—Verdade omma? – questiona a mãe – seu filho dança? – perguntou curioso.

—Sim, dança e canta, ele até debutou em grupo – sra. Park respondeu orgulhosa do filho e intimamente estrando que Min-Ji nunca ter comentando ao filho.

—Sério? Qual o nome do grupo quero ver ele dançar -falava animado.

—O nome dele é Jimin e o grupo é Bangtan Sonyeondan ou BTS- respondeu orgulhosa.

—Legal vou procurar tudo deles – respondeu animado e sorrindo, Min-Ji resolveu corta o assunto e se despedir, temia que a Sra. Park desconfia-se e comentasse algo com Jimin.

—Foi um prazer realmente reencontra-la Sra. Park, mas devo ir se não ficara tarde para jantar.

—Claro querida mande felicitações aos seus pais, fala que qualquer dia apareço para uma visita – a mulher se despediu ainda observando o pequeno menino, que fazia vários passos de dança no corredor do mercado.

—Falarei sim, mande abraços a todos – ela não queria falar de Jimin, não queria saber se ele sentiu sua falta, ou se sabia que ela havia se casado, mas o golpe veio certeiro, rápido e profundo.

—Mandarei sim, Jimin ficara feliz em saber que eu te vi, ele sentiu muito sua falta – a mulher observava cada reação da jovem a sua frente – Ele sempre me perguntava de você, já que não conseguia contato contigo. Expliquei que você estava no interior, ele chegou a vim um pouco antes do debut queria ir até você, mas eu não tinha o endereço e seus pais foram alguns dias antes – Min-Ji segurava as lagrimas que se formava em seus olhos – ele me pareceu muito chocado quando o informei que você casou, ficou dias me perguntando se eu tinha certeza se era verdade. Depois com todo o trabalho dele, ele não tem muito tempo livre – conclui triste.

—Também senti a falta dele – respondeu gentil -mas Jimin está bem, está vivendo o sonho dele.

—Sim ele está feliz- disse mais uma vez olhando o menino.

As mulheres se despediram, Min-Ji segurou as lagrimas até chegar o carro, antes de da partida para a casa deixou que as lagrimas rolasse por seu rosto, a ferida tão bem costurada arrebentou de uma vez só. Jimin sentiu sua falta assim como ela também sentiu a dele. Mas suas escolhas foram as certas, ele estava feliz e ela também. Respirou fundo, não poderia sentir mais nada por ele a não ser carinho e admiração, era uma mulher bem casada e com um homem bom, tinha uma família agora e era isso que importava.

A sra. Park foi para a casa pensativa aquele dia, seria possível aquele menino ser seu neto? A semelhança era gritante, mas seu filho era tão novo. Sabia que o filho nunca agiria como um covarde em abandonar Min-Ji gravida, ele não era irresponsável, não crio seu filho assim. Chegou a conclusão que Min-Ji engravidou de seu marido e por isso casaram rápido, a semelhança era coincidência, sra. Park não comentou com ninguém suas suspeitas, até ver o menino na Tv em 2019.

A partir daquele dia, seu filho Min-Ju procurou na internet e achou o grupo, para o desespero de sua mãe ele virou fã e o que mais gostava era o Jimin, porque segundo o menino, eles eram parecidos. Corte de cabelos e roupas era sempre imitando o idol que tanto admirava, o sonho do pequeno era conhece-lo pessoalmente. Esse dia estava mais perto de chegar do que todos imaginava.


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