De repente tudo mudou - Imagine irmãos Aizawa escrita por Lahi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou com uma nova historia para Area no Kishi.
Já tinha a um bom tempo esta ideia na cabeça e só agora que tomei coragem de escrever.
Espero que gostem.



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 [Nome] nunca tinha pensado que iria retornar à cidade de Kanagawa depois de um ano fora. Muita coisa passou durante o ano que esteve afastada dos seus amigos. 

  Ela tinha ido para zona rural, cuidar da sua avó que tinha ficado doente, mas durante o percurso de viagem teve um acidente que a fez ficar em coma por vários meses. 

  Levou algum tempo para se recuperar das sequelas que o acidente causou. Depois de se recuperar, continuou ao lado da sua avó que precisava imenso dela para fazer as tarefas domésticas. 

  A sua avó mandou que sua neta voltasse a vida normal dela. Na zona rural não havia muito o que fazer por ali.  Como sua avó já estava melhor de saúde, [Nome] decidiu regressar para a sua cidade natal e ver os seus amigos, não tinha notícias deles há muito tempo. 

   Sabia que ninguém estava à espera da volta dela à cidade, porque não tinha mantido contacto com nenhum dos seus amigos.  

(...)

 Numa manhã cedo, a [Nome] chegou à estação de comboios da cidade de Kanagawa. Os seus pais estavam à espera que ela saísse do comboio e fosse até eles. 

  A primeira coisa que [Nome] fez foi abraçar os seus pais, a última vez que viu foi uns meses atrás durante uma das suas sessões de recuperação. Depois tiveram que voltar à cidade devido ao trabalho que tinham. 

   — Tive imensas saudades de vocês. — contou [Nome], ainda envolta dos braços dos seus pais.  

    — Só nos separamos por uns meses, filha. Como é bom ter de volta a casa — falou a mãe de [Nome]. Os primeiros meses a ver sua filha no hospital deitada numa cama, custou imenso. Vendo o seu bem precioso se recuperando lentamente, ficou aliviada por saber que sua filha não ia ter muitas sequelas do acidente.  

    — Já sabes em que escola vais voltar a estudar? — perguntou o pai de [Nome]. Não sabia se sua filha queria continuar a frequentar a mesma escola. Já que os amigos dela mudaram para outra escola. 

    — Antes quero ver como se encontram Kakeru e Suguru — garantiu [Nome] depois pensava em que escola iria frequentar. Queria ver os seus amigos, perdeu contacto com eles desde que esteve em coma. O seu celular tinha morrido com a queda e perdeu todas as informações que tinha nele.  

   Os pais de [Nome] fizeram uma cara triste, quando a sua filha falou dos nomes dos seus amigos. Não sabiam de como iria contar a notícia a ela do que se passou aos garotos da família Aiwaza.   

(...) 

   Ao chegar a casa, [Nome] deixou os seus pertences no seu quarto. Mudou para uma roupa mais confortável. Como era fim-de-semana e estava muito ansiosa para ter com seus amigos, decidiu que era a hora certa de ir os surpreender. 

  Saiu de casa, sem despedir dos seus pais. Foi andando por algumas ruas até chegar a casa dos seus amigos. Não sabia como eles iriam reagir a sua chegada. 

   [Nome] encontrava-se parada à frente do portão da casa dos Aizawa. Estava um pouco nervosa, fazia um tempo que não se reunia com eles. A última vez que esteve com eles foi no dia em que ia para a casa da sua avó.

    Respirou fundo, tomou coragem e clicou no botão da campainha. Esperou que alguém viesse até a rua para atendê-la. Depois de um tempo apareceu uma jovem adolescente que veio a correr pelo jardim para abrir a porta à visita.

     — Não pode ser. És mesmo tu, [Nome]. — gritou Mito, a caçula da família Aizawa. Ao ver quem era a convidada, a garota abraçou-a. 

   A jovem não teve tempo de falar, estava sendo puxada pela irmã dos amigos para dentro de casa. [Nome] não estava habituada à agitação da Mito, o tempo que ficou a viver no meio da natureza fez mudar a sua personalidade. 

    — Kakeru-nii, olha quem estava lá fora — contou Mito ao chegar à sala com [Nome]. A irmã de Kakeru reparou que ambos ficaram a olhar e não sabiam o que dizer.

   Era estranho para os dois jovens estarem frente-a-frente. Muita coisa passou durante um ano na vida de ambos quando não estavam perto um do outro. 

   — Pensava que tinhas desaparecido, [Nome]. Não tive nenhuma notícia tua desde da última vez que te vi — falou Kakeru, que tomou a iniciativa de conversar com a sua amiga. 

    — Desculpa, por ter aparecido só agora. Fiquei em coma por uns bons meses por causa de um acidente e levou bastante tempo para me recuperar totalmente — comentou [Nome] que decidiu mostrar a sequela que teve com o acidente. Dobrou uma parte da sua calça em uma das pernas, podia ser ver uma prótese que chegava até ao joelho. 

   Podia ver a cara de espanto do seu amigo, o mesmo conhecia qual era o sonho que [Nome] queria concretizar. Não ia conseguir ser uma jogadora profissional de futebol estando naquele estado. 

   — Não faças essa cara, Kakeru — comentou [Nome], que sabia que outro estava pensando.  

    — E o teu sonho. Como vai ficar ele? — perguntou Kakeru que encontrava curioso, desde de pequenos a [Nome] dizia que queria jogar com eles no mesmo campo no mundial. 

     — Mesmo não tornando mais uma jogadora. Posso sempre ser uma gerente ou uma treinadora em uma equipa de futebol — respondeu [Nome] com um sorriso no rosto. No início custou imenso sabendo que nunca mais poderia jogar futebol, ficou bons meses lamentando desse fato. Com ajuda dos médicos e de outras pessoas, percebeu que havia várias formas de realizar o seu sonho.

    O mais novo ficou feliz por saber que [Nome] não ia desistir do futebol. Kakeru desejava que o sonho dela se tornasse realidade e espera que ela seja uma treinadora famosa no futuro. 

    [Nome] percebeu que algo de estranho estava havendo ali, fazia um bom tempo que estava conversando com Kakeru e nada de Suguru aparecer na sala. 

     — Ainda não vi o Suguru, desde que cheguei. — disse [Nome] curiosa para saber onde andava o seu melhor amigo. Foi graças a ele que começou a gostar de futebol. 

     — [Nome], é melhor ires sentar no sofá — mandou Kakeru não queria ver a sua amiga a desmaiar no chão quando escutasse a notícia sobre o que aconteceu ao Suguru.

     A garota, como não era nada estúpida percebeu que alguma coisa aconteceu ao seu melhor amigo. Pela maneira que Kakeru mandou que ela fosse para o sofá, só esperava que nada de grave tivesse acontecido ao irmão mais velho dele. 

     — Uns dias depois de teres ido embora. Sofri um acidente junto do meu irmão — revelou Kakeru que tirou a sua camisola e mostrou a cicatriz que tinha no seu corpo. O jovem continuou a contar a [Nome] os detalhes do que aconteceu naquele acidente que tirou a vida do seu irmão.  

    — Porquê só agora é que me contam isso — gritou [Nome] que estava desesperada por saber que seu melhor amigo não estava mais vivo. 

    — Tentei contactar-te mas os teus pais não me deixaram. Agora compreendeu o motivo —  explicou Kakeru que sentou ao lado da [Nome] e abraçou-a. 

  Os jovens perceberam que os pais de ambos, tentaram proteger os seus filhos para não sofrerem mais naquela época sobre o que aconteceu a eles. Era muita coisa para ser absorvida e não iam conseguir apoiar uns aos outros. Estavam a recuperar dos ferimentos que sofreram, também não encontravam-se perto para ajudar a superar aquele momento difícil. 

(...) 

 Ao saber da morte do Suguru, [Nome] decidiu ir ao cemitério com o Kakeru. Queria despedir do seu melhor amigo da maneira apropriada. No meio do caminho foi comprar umas flores para colocar na campa, não queria ir de mãos vazias até ao local.  

  Kakeru decidiu não falar nada no caminho, sabia que [Nome] ainda estava a absorver sobre a notícia que recebeu alguns minutos atrás. Hoje em dia ainda era difícil de aceitar que seu irmão não estava mais por perto, mas sim dentro do seu coração.  

    [Nome] entrou primeiro no cemitério, mas esperou pelo Kakeru que vinha atrás dela. O mais novo ia guiá-la até a campa onde está enterrado, o mais velho. Ao percorrer pela calçada, a jovem reparou que havia mais gente ali, a visitar os familiares que partiram deste mundo. 

   — [Nome] é aqui que Suguru está. Vou buscar água para colocarmos nas flores — informou Kakeru que deixou a mais velha a sós, sabendo que a mesma queria ficar sozinha por alguns minutos. 

  — Obrigada, Kakeru — agradeceu [Nome], por ter trazido ali e percebeu que ia ter uns minutos de paz para falar com Suguru.

  Pousou cuidadosamente as flores em cima da sepultura, ajoelhou-se para ficar na altura da lápide. Ficou um bom tempo a olhar para o local onde o seu melhor amigo foi enterrado. 

  Nunca imaginou que um dia estaria ali para se despedir do Suguru. Ambos tinham prometido que iam ficar juntos até os últimos dias da vida deles, a realizar o sonho de serem campeões do mundo. 

    — Desculpa. Só ter vindo agora despedir de ti — falou [Nome] a olhar para a fotografia sorridente dele. 

   [Nome] voltou a dizer o que se tinha passado na vida dela durante um ano que esteve afastada dali. No dia que voltou à cidade, descobriu o que tinha acontecido a ele. Prometeu que iria realizar o desejo dele de Japão tornar-se a melhor equipa do mundo e que Kakeru ia ser o melhor atacante que a equipa já teve. 

   — Suguru-nii, esteja descansado que vou tomar bem conta dela — confessou Kakeru aproximando da [Nome] com um balde cheio de água. Ele ouviu o que mais velha estava falando e sorriu por saber que ela não esqueceu do desejo que seu irmão sempre quis cumprir. 

   A jovem só notou a presença do outro quando a tocou e deu um balde para encher a jarra com as flores que trouxe. Ela não ouviu o que mais novo tinha dito, porque estava se lembrando das memórias divertidas que teve com Suguru. Foi o próprio que ensinou a [Nome] a jogar futebol e deu várias dicas de como podia ultrapassar e derrotar os adversários.  

   Onde estivesse agora mesmo Suguru, sabia que [Nome] estava bem entregue nas mãos do seu irmão Kakeru. Juntos irão superar os obstáculos que vão aparecer na vida deles, não importa em que aturar isso possa acontecer. 

    Muita coisa aconteceu na vida dos jovens durante um ano que estavam afastados. Agora que voltaram a se reunir, o laço de amizade iria se tornar mais forte do que se encontrava antes. [Nome] sabia que Suguru não estava mais ao seu lado para a proteger, mas não queria que nada de mal acontecesse ao Kakeru, por isso decidiu que ia ficar ao lado dele em todos os momentos que precisasse. 

   De um momento para outro a vida dos jovens mudou como os acidentes que fizeram os sofrem por um bom tempo, mas isso fez que eles tornassem mais forte. Nunca iriam arrepender do dia do amanhã, porque não sabem quando podia ser o último dia deles. Não queria deixar mais ninguém sofrendo.


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Notas finais do capítulo

Toda gente sofrer na vida, mas com apoio de alguém especial tornam-se mais forte.
Até a próxima história.
Bjs.



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