Setembro - Amores Improváveis, volume 2 escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Mais uma Short!!!

Espero que gostem dessa também

Uma boa leitura!!!

P.S.: Sandy, a capa que você fez me deu essa inspiração.



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P.O.V Da Sam

Saí do consultório do Dr. Palmer, meu cardiologista. Fiz uma bateria de exames nos últimos dias, minha melhor amiga, Carly, decidiu me acompanhar, viemos pegar os resultados dos exames. Os papéis com os resultados conclusivos estão dentro do envelope pardo, o doutor explicou tudo, agora estou mais do que ciente da minha condição.

De qualquer forma, eu já sabia e agora o que me resta é me conformar.

Aos 20 anos de idade, fui diagnosticada com Cardiopatia Grave, sim, isso mesmo. O diagnóstico veio tarde demais, e já fazem 10 anos que venho fazendo tratamentos, todos os acompanhamentos possíveis desde então... Mas não há como evitar o inevitável.

Assim que me viu, Carly levantou da cadeira acolchoada e correu ao meu encontro.

Lhe dei um sorriso reconfortante, mesmo desabando por dentro.

Eu queria mentir e fingir que estava tudo bem, no entanto, por quê fugir da verdade?

Carly é como uma irmã para mim, merece estar ciente de tudo.

— Estou em estado terminal... - Foi tudo que eu disse.

Seu olhar mudou, de ansiedade para pânico e desespero, e muita tristeza, em questão de segundos.

— Não, Sam... Devia procurar outro especialista, fazer mais exames... - Entrou em negação.

— Tá tudo bem, Carls, tá tudo bem. Já estou conformada. - Segurei suas mãos.

— Por favor, amiga, não diga isso... Sam, por favor... - Implorou começando a chorar.

— Carly, é a realidade. Não há mais o que fazer. Já fui diagnosticada tarde demais, e já se passaram 10 anos. Vai ficar tudo bem, ok? Só quero aproveitar o tempo que ainda me resta. - Não soltei suas mãos.

Ela tremia e seu rosto estava banhado em lágrimas.

— Ai, amiga... - Me abraçou com força.

Apertei seu corpo e afaguei suas costas.

— Quanto tempo? - Perguntou, sua voz soou trêmula.

— Meses, Carls. Apenas meses... - E eram poucos meses.

Ainda estamos no começo de Julho, o Dr. Palmer me deu até Setembro, foi a sua estimativa.

Ela chorou ainda mais, e eu fiquei a consolando, eu não queria desabar na frente dela e demonstrar todo o meu medo... Minha realidade me apavorava.

[...]

— Vou me demitir. - Falei para a Carly.

— Seu trabalho é mesmo estressante. - Na verdade, era uma terapia para mim.

Eu era organizadora de Buffet.

— O que pretende fazer? Vai viajar? - Seu rosto estava avermelhado, e seus olhos inchados, ela chorou por nós duas.

— Acho que não... Melhor eu ficar por perto, ainda tenho que conversar com a minha mãe. Você e o Gibby são meus melhores amigos. E eu não quero ficar longe de vocês... - Olhei para a minha afilhada sentada na cadeira de alimentação.

Carly era casada com o Gibby e eles tinham uma filha de 1 ano e 3 meses, minha afilhada.

Maeve olhou para mim, sorriu mostrando os dentinhos e eu sorri para ela, seus olhos verdes escuros brilhavam.

Era uma criança linda, cheia de vida. Era uma pena que eu jamais poderia vê-la crescer e se tornar uma mulher.

Carly construiu uma carreira sólida, casou com um cara incrível e teve uma filha.

Eu sempre fiquei feliz por ela, sempre tive muito orgulho da minha amiga.

E eu aos 30 anos, tenho o meu trabalho, algo que gosto de fazer, também tenho um gato que adotei ainda filhote e minhas plantinhas, sempre gostei de colecionar cactos.

— Sam, o Freddie... Ele precisa saber. - Carly me tirou dos meus pensamentos.

— Não, ele não precisa. - Falei firme.

— Mas vocês têm uma conexão... Ele gosta de você...

— Somos amigos... Apenas amigos virtuais. - A interrompi.

— Quase 1 ano e meio de conversas, ligações e chamadas de vídeo... Ele te manda cartões comemorativos e até presentes... E cartas! O homem te manda cartas. Se isso não é romantismo, eu já não sei o que é... - Me encarou incrédula.

Freddie.

Freddie Benson é meu amigo virtual, bom, já flertamos algumas vezes e não passou disso... Nem nos conhecemos pessoalmente.

Ele mora na Austrália.

Sua família é dos Estados Unidos, e ele se mudou à trabalho, é biólogo.

Nos conhecemos através de um aplicativo bobo.

Nunca contei a ele sobre a minha Cardiopatia.

— Acho melhor bloquear ele, assim evito que...

— Não! - Exclamou minha amiga. - Tadinho, Sam... Ele merece saber a verdade. - Carly tentou me fazer mudar de ideia.

— Do que a dianta ele saber, Carlotta? Eu vou morrer! Ele vai ficar triste... Você já está arrasada... Quero poupar o Freddie. - Aquilo tudo me entristecia demais.

Minha família e meus amigos iriam me perder.

— Quando eu partir... Você pode ligar para ele e... Contar tudo. - Seria melhor.

Ela balançou a cabeça negando.

— Mas você gosta dele, Sam... - Disse chorosa.

— Por isso mesmo... Vou evitar... - Bloqueei o Benson em tudo, sem me despedir, e por fim, apaguei seu número.

Carly desaprovou minha atitude.

Me despedi dela e da pequena Maeve, fui para o meu apartamento, e chorei muito, como nunca havia chorado em toda a minha vida.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Estão tristes? Sei que ficaram melancólicos...

Sim, é a realidade da Sam... Infelizmente.

Não a julguem por ela ter bloqueado o Benson...

Carly vai tentar ajudar? Sabemos como ela é... Intrometida kkkkkkk

Não esqueçam de favoritar e comentar. Bjs



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