Caminhos Distintos escrita por Florrie


Capítulo 1
Baelon, o Primeiro do Seu Nome


Notas iniciais do capítulo

E se o bebê Baelon - e a Aemma - tivessem sobrevivido?

Espero que gostem.



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Enquanto a Rainha Aemma continuava de cama pelo parto difícil, o bebê Baelon chorava com uma vitalidade impressionante. Houveram aqueles que acreditavam que tanto a Rainha quanto seu bebê estavam condenados, mas um milagre aconteceu e agora, Westeros tinha seu herdeiro assegurado e a Rainha, segundo a previsão do Meistre, iria se recuperar depois de um longo descanso.

Ela não pode mais engravidar, Vossa Graça, da próxima vez, isso pode matá-la.

Viserys I ajoelhou ao lado de sua esposa e lhe prometeu que ela não precisaria mais passar por isso. Eles tinham agora um príncipe e apesar de sempre ser indicado que um Rei tivesse dois, Baelon sozinho teria que bastar.

— Deixe-me segurá-lo. — A Rainha pediu, ainda fraca. A ama depositou o pequeno embrulho em seus braços, duas mãozinhas projetavam para cima com força. — Ele parece com Rhaenyra.

— Chora tão forte quanto ela.

— Isso é verdade.

Os dois sorriam. Lá fora, o torneio seguia o seu curso, a notícia do nascimento do príncipe já havia chegado para todos e a celebração podia ser escutada por todos os cantos de Porto Real.

— Onde está Rhaenyra?

Como se para responder a pergunta da Rainha, a porta do quarto foi aberta e a princesa apareceu, indo a passos rápidos até o lado de sua mãe.

— Eu tinha apostado com Alicent que seria uma menina. — A princesa comentou, mas não havia qualquer tom de desagrado em sua voz. — Terei que encher o quarto dela com bolinhos.

Rhaenyra estendeu o dedo perto do bebê deixando que este tentasse agarrá-lo.

— Ele é tão… Pequeno.

— Como você foi um dia. — O Rei respondeu com bom humor. — Teremos muita sorte se ele crescer forte como a irmã.

A princesa sorriu e então, levantou-se der repente, chamando a atenção dos pais.

— O ovo! Eu o trouxe. — A jovem correu para fora e momentos depois voltou acompanhada da jovem Alicent Hightower, a garota trazia nas mãos um belo ovo azul com redemoinhos dourados. Rhaenyra o pegou das mãos de sua amiga e levou até a cama. — Eu mesmo o escolhi.

— É perfeito, minha filha. — A Rainha observou quando o seu bebê pareceu esticar os bracinhos em direção do ovo, isso trouxe uma gargalhada de Rei.

— Olhe Aemma, ele é um verdadeiro dragão.



Ela nunca tinha se sentido tão viva e tão… saudável. Tendo deixado as provações de múltiplas gestações para trás, Aemma podia sentir seu corpo forte novamente. Ao mesmo tempo em que ela se sentia melhor, seu marido parecia seguir em um lento declínio. A Rainha havia notado os ferimentos que parecia se recusar a curar, sempre que perguntava, Viserys lhe garantia que ele ficaria bem.

Aemma sabia bem que aquilo era uma mentira.

As vezes, quando já estava deitada em sua cama, ela se perguntava se o preço do milagre que salvara sua vida e a de seu filho não teria sido a saúde do Rei.

Apenas seus filhos tiravam sua mente de tais pertubações. Baelon crescia forte e corajoso, tendo domado o dragão Sunfyre com apenas dez anos, já Rhaenyra, agora casada com Laenor Valeryon, tinha lhe dado dois netos que tanto ela quanto Viserys adoravam.

A princesa estava grávida novamente, sua terceira gestação. O bebê chutava forte em sua barriga, parecendo ávido por vir ao mundo. Aemma sorriu ao senti-lo agitar-se com seu toque.

— Eu fico imensamente feliz, minha filha, que a gravidez tenha sido mais gentil com você do que foi comigo.

— Eu diria que gentil é possivelmente um exagero. — Rhaenyra se remexeu em sua cadeira, as criadas rapidamente correram para ajudá-la a se posicionar melhor.

Aemma riu.

— Suponho que esteja certa.

Três garotos entraram correndo no quarto. Baelon vinha na frente, com seus cabelos platinados e olhos purpura, atrás deles, seus netos o seguiam. Os meninos traziam consigo um ovo de dragão. Sendo o mais velho, Baelon foi quem chegou primeiro, estendendo o ovo na direção da irmã.

— Olhe, Nyra, nós escolhemos um ovo para o bebê.

Rhaenyra sorriu, a mão acariciando a barriga inchada.

— Isso é muito gentil de vocês, garotos.

— É um lindo gesto. — Aemma complementou.

Os meninos pareceram animados e orgulhosos com os elogios.

Como é normal para garotos dessa idade, os três logo correram para fora, prontos para preencher o resto do dia com aventuras.

— Eles são bons amigos, não são? — A pergunta não era bem uma pergunta, mas Rhaenyra respondeu de qualquer forma.

— Jace e Luke idolatram Baelon.

— É bom que sejam unidos, um dia, quando Baelon for Rei, seus meninos estarão do lado dele o ajudando, tenho certeza

— Sim… Mas ainda falta um longo tempo para algo assim acontecer.

Um brilho de preocupação passou pelo seu olhar, o que por sorte, sua filha não notou. O fato era que Aemma não tinha certeza quão longo de fato seria esse tempo. Ela rezava aos Deuses que aliviassem o que quer que assombrava seu marido, que lhe desse ainda muitos e muitos anos.

Infelizmente, suas preces acabaram por ser ignoradas.

Apenas alguns anos depois daquele dia, o Rei Viserys I adormeceu para nunca mais acordar. Naquela altura, a dor tinha se tornado insuportável e seu corpo estava apenas uma casca do que outrora fora.

Naquele dia, enquanto os sinos anunciavam a morte do Rei, um novo se erguia.





— Baelon, o Primeiro do seu Nome!

Seu filho parecia um Rei, apesar de pouca idade. Vestia o preto e vermelho dos Targaryen e a coroa, que antes pertencera a Aegon conquistador, reluzia em seus cabelos claros. Senhores e Senhoras de todo reino estavam reunidos para prestar seu juramento diante do novo Rei.

Aemma tinha um sorriso orgulhoso dos lábios e quando, por um breve momento, seu filho direcionou o olhar na direção dela, a agora Rainha Mãe, apenas acenou em encorajamento. Ao seu lado, Rhaenyra também parecia satisfeita, a ascensão segura de Baelon e o duplo acordo de casamento dele com a prima Rhaena e de Jace com Baela, havia acalmado os ânimos em Derivamarca sobre os boatos da legitimidade dos seus netos.

Quando Baelon finalmente sentou-se no trono pela primeira vez, todo o salão se encheu de comemorações.

Seu filho era a promessa de mais um longo reinado de paz e prosperidade.

Ela esperava, com todas as forças, que esse fosse o caso.



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Notas finais do capítulo

Bem, não sei bem quem está aqui, como estão as coisas, então se alguém estiver viver vivo ai, olá :)

Beijos ;*