Ao voltar à boate, Armando olhou para todos os lados e não encontrou Mário, nem a mulher que o agarrava.  Sentou-se afastado e pediu whisky duplo. 

—Armando Mendoza!

—Ana Lùcia, que faz aqui?

—Trabalhando e você?

—Tenho um convite e vim prestigiar a inauguração.

—Sei ou as modelos?

—Modelos? Não.

—E onde está Mário?

—Por aí.

—Creio que já caçou alguma. Está sozinho? Por que não me chamou mais?

—Ana Lúcia, creio que o que tivemos...

Nesta hora, Armando vê Monica passar em companhia de Ronaldo.

—Monica! –Armando a chamou.

Monica se vira e o vê acompanhado de Ana Lúcia.

—Olha só, já iludindo outra? Ronaldo não cansa de ter material.

—Ana Lúcia, também é jornalista e devem se conhecer.

—Ainda não havia tido a oportunidade de conhecê-la.

—Prazer.

—Monica, pensei  que havia entendido o que te pedi.

—Entendi, entendi que agora tem uma carreira e quer ter um bom nome, mas eu também tenho o meu, querido!  -lhe joga um beijo.

Ronaldo ainda tira uma de ele com Ana Lúcia.

—Maldita seja!

—Armando.

—Olha, Ana Lúcia!

—Já entendi! Me usou como usa as modelos.

—Usar? Creio que assim como com as modelos tivemos o que pessoas adultas desejam e tem. Nada foi forçado.

—Eu sei, mas.

—Não te prometi nada.

—Entendo. Espero que seja discreto, tenho um nome no ramo da moda.

—De minha parte não vão ouvir nada.

Ana Lúci se levanta.

Armando ainda toma mais um, ao olhar em volta, se depara com Daniel e Olarte que estavam rodeados de modelos que não deviam ter mais de 20 anos, desfrutando o sucesso do desfile. O presidente de sua empresa estava tão ocupado que nem se deu conta da presença de seu ex-cunhado.

Monica, de seu carro telefona para Marcela.

—Alô, Marcela! Não sabe quem acabei de ver na boate que inauguraram. Quem mais que seu ex? Ah, estão só dando um tempo? Não foi isso que ele me disse. Não creio que ficará muito tempo, mas estava bem acompanhado.

Armando havia ficado mais um pouco e ido embora, a tempo de livrar-se da perseguição de Marcela, que chegou ao lugar, atrás dele.

—Te pego! Você é meu!