Rose bagunçou o andrajo azulado que cobria o sofá velho quando se levantou. Por um instante, desejou poder se esquecer da existência de Scorpius. Como podia a pessoa que havia acabado de partir seu coração ser a única disposta a consolá-la? Era muito cruel.

— Espera, Rose... — Delicadamente, ele a segurou pelo pulso, impedindo-a de ir embora. — O que aconteceu?

Queria culpa-lo por tudo, mas não podia. Não seria sincero de sua parte, tampouco justo. Por isso, usaria uma meia-verdade.

— Você não lê as notícias, Scorpius? — indagou, em um misto de ironia e tristeza.

— Então é verdade? Você vai mesmo desistir da patinação?