O Imperador do inferno, assim como todos os príncipes dali, não vivia o inferno de Dante, mesmo com a superlotação.

O inferno era entediante. Cheio de silêncio e monotonia. Um inferno cheio de portas onde as almas viviam suas piores lamentações.

As almas penadas ainda se divertiam no mundo mortal atiçando o pior do homem, colados como duraque no sapato.

Esticado em seu divã, Lúcifer, demoníaco com suas asas negras e íris vermelhas, se via as invejando. Afinal, ser a maior das autoridades ali era entediante.

Aparentemente, alguém ouviu seus devaneios. Um grande círculo luminoso se ergueu ao seu redor.