Ela guardou as sapatilhas na bolsa e suspirou, extremamente frustrada. Mais um dia que estava fracassando na dança, mas não podia desistir. Precisava encarar a sua vida como uma dádiva; um verdadeiro milagre.

Exausta, aproximou-se do balcão da cafeteria da academia de dança. Do outro lado, escondido, ele a observava pelo interstício das paletas da persiana.

— Ei, eu consigo te ver. — Apontou para o garoto e sorriu.

Sem pestanejar, ele se revelou.

— Você não é o garoto que eu esbarrei no outro dia? 

Ele concordou, movimentando a cabeça.

— Prazer, o meu nome é Heaven.

Finalmente soube o nome dela.

— Nathaniel.