Witch's Grimoire escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 11
A verdade




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— Finalmente, depois de todos estes séculos, estou finalmente livre!

O livro foi aberto. E pela primeira vez eu descobri a verdadeira natureza do Grimório da Bruxa. Ele nunca foi um livro de feitiços, mas sim o local onde a bruxa fora trancafiada.

Além disso, eu descobri as verdadeiras intenções do criminoso Brent: Ele não queria o livro por causa de seus feitiços, mas porque ele queria tirar Arlecchina de sua prisão e fazer um trato com ela. Um trato? Com uma bruxa? Não é tão incomum quanto ele pensa, mas ouvi falar que existem alguns feiticeiros que conseguem fazer magia através de pactos com entidades sobrenaturais.

Claro que isso tem um preço, e de fato, feiticeiros que ganharam magia através de pactos ainda são mal-vistos pela sociedade. Mas uma coisa é certa. Brent sabia que a bruxa estava dentro do livro esse tempo todo e foi por isso que ele estava atrás do grimório. Aquele bastardo me enganou. Ele me usou para conseguir o livro a ponto de me pagar em ligs se eu cumprisse a missão.

Mas já é tarde. Não resta outra escolha exceto lamentar pelo seu fracasso e testemunhar tudo o que está acontecendo. A bruxa, por mais cruel que seja, também era muito bonita, ainda com uma beleza diferenciada. Cabelo loiro de um lado e roxo de outro. Olhos heterocromáticos, com um deles roxo e outro amarelo. Lábios vermelhos como a rosa e uma pele similar a pêssego, só que mais claro que o normal.

Unhas amarelas em sua mão esquerda, e unhas roxas em sua mão direita. Vestido roxo com detalhes dourados, e um cetro dourado com uma ametista. Esta é Arlecchina, a bruxa que devastou Midgardia e não se arrepende de seus crimes.

— Agora que eu estou livre de minha prisão, eu posso finalmente terminar tudo o que eu comecei. Ganivet, Maranda, irei finalmente devastar toda a Midgardia com meus poderes mágicos, e desta vez, ninguém poderá me deter! - Essas são as palavras de Arlecchina, grande bruxa que destruiu várias áreas de Midgardia.

— Então... Quem foi o fútil humano que teve a audácia de me libertar deste maldito livro?

— Eu. Grande Bruxa Arlecchina, eu te libertei desta prisão para cumprir o meu destino. De me tornar a mais forte de todas as feiticeiras. E pra isso, preciso de sua ajuda.

Arlecchina observou Jane. Mesmo que as duas tenham se conhecido não faz pouco tempo, a bruxa sentiu nojo da aparência da responsável que a libertou. Minha especulação seja por causa do seu passado, e o fato dela não ser humana de verdade. Tenho a impressão de que essa aliança não vai funcionar.

— Você não é humana de verdade. Mas vejo que estava atrás de mim por um simples, mas egoísta desejo.

— Sim, Arlecchina, eu estou. Meu desejo é me tornar a feiticeira mais forte de todos os tempos. Aprender todos os feitiços que existem neste mundo. Provar ao mundo que eu sou mais que uma simples feiticeira...

— Então este é o seu desejo, não é?

— Sim. O maior dos meus desejos!

— Muito bem.

Arlecchina então prepara seu feitiço. Ela diz várias palavras que certamente são muito difíceis de entender, e durante um processo, uma grande nuvem negra surge e cobre quase toda a biblioteca. Ela entao lança o feitiço em Jane, que começa a se sentir mais forte.

— Isso... Isso... Isso é que é poder... O poder de finalmente subjugar os meus inimigos!

James tenta impedir a filha, mas Jane o ataca com uma tempestade de raios. Alguns dos membros da guilda conseguiram fugir, mas outros, como Jane e Michel, não tiveram muita sorte.

— Como posso te agradecer pela sua generosidade, Arlecchina?

— Simples. Pra você provar minha lealdade a mim, eu ordeno que você destrua todos os seus ex-amigos um por um, assim, você pode enfim realizar o seu desejo.

Michel tenta intervir falando com Jane.

— Não faça isso! Ela está te enganando!

— Tarde demais. Agora eu não preciso mais de uma guilda. Eu já sou a feiticeira mais forte de toda a Midgardia!

Jane ataca todos os seus ex-amigos com uma grande bola de fogo, incinerando quase toda a biblioteca. Depois disso, a feiticeira começa a sentir uma dor estranha.

— Não... Mas o que é isso?

O corpo de Jane começa a ter várias reações. Sua pele começa a ficar vermelha e se despedaçar. Eu não entendi o que está acontecendo, mas Lermin tem uma teoria que pelo fato de Jane não ser uma humana normal, o acúmulo de magias está fazendo com que ela fique mais instável. Em outras palavras, era só uma questão de tempo para que Jane literalmente exploda.

— Era para eu ser a mais forte de todas as feiticeiras! Não era para eu ficar deste jeito!

A pele de Jane começou a ficar completamente vermelha com algumas linhas azuis. Seu corpo fica bem largo e ela acaba explodindo. Todos ficaram assustados com a morte de Jane. Michel fica furioso, seus olhos, cheios de raiva.

— Maldita! O que você fez com a Jane?

— Eu só dei a ela o que ela tanto queria. Aprender todas as magias do mundo. Não é culpa minha que aquela imitação de bruxa não era uma humana de verdade.

Michel fica enfurecido ao ouvir o que Arlecchina disse. Mas foi James que ficou em perpétua fúria ao ver que a bruxa desrespeita Jane por não ser numa humana de verdade. E ela continua insultando.

— Aquela simulação humana... Achava mesmo que ela podia viver uma vida normal?

Arlecchina deixava claro que ela não se importava com a vida de Jane. Ela é igualzinha a Brent, com ambos sendo dois sociopatas que não se importam com a vida daqueles que não são humanos, com a clara diferença que um deles é um humano monstruoso e a outra é uma bruxa desprezível. Claro que Arlecchina nunca se importou com a vida de ninguém, mas...

Com isso, todos inclusive eu, enfrentamos Arlecchina. Não era apenas uma batalha. A esse ponto todos da Mantícora Cobalto estavam enfurecido com o fato dela ter insultado Jane e sua morte. Mesmo que Jane tenha traído sua guilda por motivos egoístas, ela foi um dos seus membros por um longo período de tempo. E todo mundo podia ter tido a chance de matar Brent.

Todos os membros da guilda lutavam, inclusive eu, mas Arlecchina mostrou ser bem forte, usando várias magias contra meus clientes. A luta foi difícil, já que meu oponente é uma talentosa usuária de magia. Fogo, Gelo, Eletricidade... Ela sabia de todo tipo de magia sem se preocupar com nada.

Mas o grande trunfo que ela tem são seus ataques favoritos: Luce, uma grande esfera luminosa de cor branca e amarela, e Umbra, uma esfera sombria de cor preta e roxa. E quando ela junta os dois golpes, ela pode criar o Eclipsia, que é uma magia devastadora capaz de derrubar vários inimigos.

Todos os meus clientes não foram capazes de lutar contra aquela mulher. A magia dela era forte, e ninguém era capaz de vencê-la. Pela primeira vez eu me senti fraco e imponente. Eu era apenas um ratinho tentando brigar com uma tigresa. Uma tigresa capaz de usar magia. Nem mesmo os membros da Mantícora Cobalto, os magos mais fortes que eu já conheci, podiam vencê-la.

— Humanos tolos! Vocês acham que são capazes de ir contra a grande rainha de todas as magias?

Arlecchina, usando todas as suas magias, consegue derrubar todos os nossos aliados. Eu até tentei aguentar por um longo período de tempo, mas não tinha jeito. Estava com os minutos contados. A morte está me esperando para levar minha alma. É o meu fim...

Quando todos nós caímos, eu vi Arlecchina desaparecer da biblioteca. Minutos depois, eu e meus clientes acordamos e vimos toda a devastação causada pela bruxa. Todos se sentiam fracos e incapazes de detê-la. Mesmo que eu tenha feito tudo pelo dinheiro, me senti culpado pelo que fiz.

Os membros da Mantícora Cobalto estavam desesperados. Com Arlecchina a solta, eles temem que outra grande catástrofe está para ocorrer. Michel está deprimido pelo fato dele não ter salvo Jane, e James está zangado por não ter sido bom o suficiente pra sua filha adotiva.

A situação não estava boa. Os membros da guilda estavam em constante conflito um com os outros e não podiam bater de frente contra alguém como Arlecchina. Gaes tenta manter as coisas sob controle, mas sem sucesso.

Eu observei a biblioteca. Ela estava quase toda destruída, e me senti culpado por tudo o que aconteci. Nunca pensei que eu terminaria minha jornada sendo um peão involuntário de um jogo entre duas pessoas que se odeiam. Eu só podia fazer uma coisa. Quando estava saindo, Lermin pergunta pra mim pra onde eu vou.

— Aonde você vai, mercenário?

— Encontrar Arlecchina. Ainda tenho contas a acertar com ela.

— Mas é perigoso! Você viu que ela é uma feiticeira muito poderosa, não viu?

Sim. Estava ciente de que Arlecchina é uma ameaça a Midgardia. Mas isso não vai me impedir de que eu lute contra ela sozinho. Ela já causou problemas uma vez, e não vou deixar que ela cause de novo. Afinal, se Midgardia for destruída, como é que eu vou ganhar dinheiro?

— Você sabe muito bem que você não vai sobreviver em uma batalha contra uma bruxa! Pelo menos não sozinho!

— Hmph! Então não se meta comigo.

Eu saí da biblioteca e fui atrás de Arlecchina. Eu precisava fazer alguma coisa para poder derrotar a feiticeira.

Vila Igraine

Em Igraine, eu vi várias pessoas correndo e a vila estava sendo incendiada. Não é preciso ser nenhum gênio para saber que Arlecchina está por trás disso tudo. Fui correr por toda a vila em busca da bruxa, e quando eu cheguei ao centro, eu acabei encontrando Arlecchina... Que em menos de um minuto conseguiu fazer uma grande devastação em Igraine.

Ela não é uma das bruxas mais perigosas por nada. Está na hora do embate final.



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