Nenhum dos dois parecia querer abordar aquele assunto. Desde a partida de Amália, havia um elefante branco entre eles. Conversavam sobre amenidades, mas não sobre o fim do acordo. Com o coração pesado, Emília dedilhou a última nota do dueto que tocavam no piano e um silêncio opressor estendeu-se.

— Mila — irrompeu Álvaro, depois de eras. — Eu… preciso confessar algo. — Ela o encarou. O olhar apaixonado e caloroso dele dizia tudo. Não era necessário oomancia ou outro subterfúgio para adivinhar. Ele se curvou, sua boca perigosamente perto.

— Também preciso — arfou e fechou os olhos, a espera do beijo que não veio.