Uma Era De Ordem E Honra escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 17
16. Resignação, essa é uma qualidade essencial. Deve-se aceitar que não é nossa vontade, mas a de outros.




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18|09|1762 Palácio de St. James

O bebê estava fazendo barulho e se mexendo nos braços da rainha. Elizabeth não conseguia parar de olhar para a criança, o novo príncipe de Gales, um menino, nascido em 12 de agosto. O herdeiro que a nação queria.

  — Leve Georgie para o berçário, por favor. Ele deve estar cansado do batismo.— A rainha então entregou o pequeno príncipe, que algumas horas atrás havia sido batizado, para a babá. Elizabeth suspirou, e olhou novamente para o seu chá.— Crianças, são tão... agitadas, as rosas de Bristol também são assim?

  — Muito agitadas.— Antes de levar o chá a sua boca, Elizabeth respondeu a pergunta da rainha, que assentiu.— É apenas a minha visão, ou Georgie está maior do que na semana passada?

Charlotte ficou calada por um momento, pensando na resposta da pergunta de Elizabeth. Suspirando, a marquesa voltou a seu chá, ao mesmo tempo que olhava para Anne pedindo ajuda, mas ela se fingiu de desentendida e olhou para Amélia, que estava tocando no cravo.

— Eu imagino que sim, afinal, crianças crescem tão rápido.— No final da frase, a rainha começou a rir, mas a risada acabou logo depois. Era tão vergonhoso isso. A tímida Charlotte estava realmente se esforçando para falar, mas era tão difícil manter uma conversa.— Assim parece até que não acompanho meu filho.

Novamente, Elizabeth deu um simples sorrisinho. As duas damas então olharam para a mesma direção de Anne, para Amélia no cravo. A princesa mais jovem estava muito concentrada, não apenas tocando, mas também tentando não mostrar vergonha de ter o príncipe William a olhando, os dois no momento estavam tão próximos.

Com um suspiro final, Elizabeth acabou de beber seu chá. Era tão difícil falar com a rainha. Quando George e Alfred estavam presentes era muito mais fácil, eles conseguiam dominar todas as conversas, então não existia muita dificuldade. Mas então eles saíram para o escritório do rei, e depois até Henry saiu para o jardim, para praticar arco com o príncipe Henry, o irmão do rei.

  — O que será que George e Alfred conversam?— Acabou saindo mais alto do que Elizabeth queria, mas não era nada que ela precisasse se envergonhar, então ela simplesmente fechou os olhos e os abriu rapidamente.

 — Sobre algo muito importante, com certeza.— A rainha nem mesmo olhou para Elizabeth, ela continuou olhando para Amélia, sorrindo. Disso Elizabeth sabia, ela queria na realidade, saber o conteúdo.— Eu amo tanto música. É uma cura para a alma.

Elizabeth sabia apenas cantar, e não era bom. Seria tão difícil isso.

Como era possível ser amiga de uma pessoa como a rainha Charlotte? Disseram que ela não havia tido uma educação digna de princesa, mas então o que era aqueilo? Charlotte gostava das artes, botânica, de música e ela havia aprendido inglês tão rápido, apesar de ainda ter sotaque alemão.

  — Eu, ao contrário, acho que a cura para a alma é a...— Chamado a atenção das suas consortes, Anne começou a falar, apenas para ser interrompida pelo conde de Clasterberg, que a chamou.— Perdão, eu irei ver o que é isso.

Anne as deixou, Elizabeth estava começando a ficar preocupada. Não iria demorar muito e iria sobrar apenas ela e Charlotte, seria um desastre silenciosamente constrangedor. Não! Não era bom pensar assim, dava até calafrios nela.

Balançando sua cabeça, a marquesa tentou expulsar esses pensamentos da sua cabeça. Apenas para ser assutada por Charlotte. A rainha começou a bater palmas muito animadamente, e só quando ela se levantou e falou, que Elizabeth entendeu o motivo:

 — Sehr gut.! Foi ausgezeichnet!— Olhando para Elizabeth, Charlotte sinalizou para ela se levantar também e bater palmas. Só então a marquesa percebeu que havia acabado a música de Amélia.— Ausgezeichnet!

  — Realmente, Amélia. Foi excelente.— O príncipe William falou perto da jovem princesa, a fazendo corar, mas ainda assim ela riu.

 — Obrigada, mas isso não é nem uma amostra do que sei.— Apesar de bater palmas, Elizabeth sentiu um grande desejo de revirar os olhos, era típico de um Tudor-Habsburg falar assim.— Agora é sua vez, William.

 — Eu? Agora eu vou ficar envergonhado.— O príncipe colocou em seu rosto uma expressão tímida, que em nada combinava com ele. Ao mesmo tempo que Elizabeth e Charlotte voltaram a sentar.

  — Que tal um dueto?— A rainha sugeriu, ganhando de William um sorriso belo, mas de Amélia um olhar confuso.— Faz tanto tempo que não vejo um.

William olhou sugestivo para Amélia, e com um simples sorriso, ela olhou para a rainha e depois voltou a sentar. O príncipe se aproximou mais dela, para os dois decidirem qual música seria tocada. E nessa escolha, Elizabeth percebeu que ele falou algo a Amélia, algo muito baixo, que a fez corar.

Ao lado dela, a rainha olhava para os dois com um sorriso de diversão. Charlotte olhou então para Elizabeth, e percebeu esse olhar curioso da marquesa.

  — O que é tão engraçado?— Para se certificar que não seria mal compreendida, Elizabeth inclinou levemente a cabeça para o lado e sorriu docemente. O dueto se iniciou.— Eu amo essa música.

  — É linda.— Com um igual sorrisso, a rainha respondeu, ela novamente olhou para os dois no cravo, antes de voltar para Elizabeth.— Eu apenas acho engraçado todos esses joguinhos, não havia isso em Strelitz.

Ainda sorrindo, Elizabeth assentiu. E o silêncio desconfortável voltou a reinar por um momento. As duas consortes eram tão diferentes, com uma origem tão diferente, Elizabeth tinha tanta dificuldade em encontrar algo em comum com Charlotte. Esse era o primeiro passo para fazer amizade, mas no caso dela, estava sendo difícil.

  — Como era a corte em Strelitz?— A rainha foi pega de surpresa com essa pergunta de Elizabeth, pelo menos era isso que seu olhar dizia.

 — Era... é uma típica corte de um pequeno Estado Alemão. Não é como a corte de St. James.— Mas é claro, Elizabeth se repreendeu internamente. O que ela pensava? Mas o olhar de saudade da rainha continuava.— Para falar a verdade, eu passei parte da minha vida em Mirow, longe da corte do meu tio. Foram... dias tão felizes.

  — Eu imagino.— Um sorriso sincero apareceu nos lábios de Elizabeth.— Viver com nossa família, sem responsabilidades e pressão, é tão bom. É pacífico.

Charlotte sorriu, mas ainda assim inclinou levemente a cabeça também, seu sorriso ficou menor.

  — Foi muito bom, mas teve suas consequências. Longe da corte eu não recebi a educação que era devida, não fui preparada para ocupar uma grande posição.— A rainha desviou o olhar. Elizabeth sabia como era isso, mais do que ninguém ela sabia.— E aqui estou. Sou a rainha consorte da nação mais poderosa do mundo. Mas apesar disso, eu não me sinto digna. É tão...

  — Tão sufocante, amedrontador e você se sente... desprepada.— Com um fraco sorriso no rosto, Charlotte assentiu. Era sim, Elizabeth sabia como era sentir-se assim.— Eu vezes, eu acho que... que estou tomando o lugar de alguém... o lugar de... de uma princesa de verdade.

Dando a Charlotte um olhar de companheirismo, Elizabeth sorriu. Se fosse para pensar dessa forma, as duas estavam na mesma situação, eram duas deslocadas.

  — Eu havia me esquecido desse detalhe, que você não é uma princesa de nascimento.— Charlotte estava tão surpresa. Era uma ofensa?— Como você faz, Elizabeth? Como você consegue aguentar tudo isso? Mostrar toda a perfeição que a posição pede?

Como ela conseguia? Elizabeth se surpreendeu com a pergunta. Ela nunca havia imaginado que uma princesa iria perguntar a ela uma coisa dessas, porque francamente, Elizabeth não era a melhor pessoa para dizer. Ou Charlotte estava desesperada, ou... era uma curiosidade sincera.

  — Eu...— Parando por um momento, Elizabeth pensou.—... simplesmente faço o que devo fazer, eu aceito minha posição e dou meu melhor nela. Beleza, riqueza e poder, são complementos, mas é a honra e o orgulho que importam.

  — Talvez... seja bom pensar assim.

Charlotte sorriu agradecida para Elizabeth, e a marquesa sorriu também, e sorriu mais ainda ao perceber isso. Elas haviam compartilhado um sorriso, elas poderiam ser amigas. Assim como a marquesa Catherine, a avó de Alfred, foi amiga da rainha Caroline, a avó de George.

Mas a conversa não pôde continuar por muito tempo. Anne voltou para a sala, e entrou com um grande estrondo, espantando as duas consortes, fazendo Amélia parar de tocar, também assustada. Seu rosto não mostrava, mas suas ações diziam que Anne estava com raiva.

  — Amélia! Se despeça de William, nós vamos embora.— Ainda assutada, Amélia se levantou confusa, e olhou para uma também confusa Elizabeth, que balançou a cabeça. Anne olhou para a rainha.— Agradecemos por ter nos convidado, Charlotte. O batismo de Georgie foi lindo.

 — Estou agradecida, Anne.— Calmamente a rainha falou, antes de acrescentar.— Como foi a conversa com George e Alfred?

Os olhos de Anne ficaram maiores com a pergunta. Algo dizia a Elizabeth que Charlotte sabia o conteúdo da conversa.

  — Foi certamente muito feliz. Assim como é uma felicidade saber que logo vamos ser irmãs.— Agora foi Elizabeth que levantou de seu lugar surpresa. Como assim irmãs?

*****

Como um Tudor-Habsburg, Alfred tinha muitas responsabilidades, ele era príncipe, marquês, patriarca, marido, pai, mas talvez a sua mais difícil responsabilidade no momento, fosse simplesmente ser o irmão mais velho, ter que cuidar de seus irmãos mais novos.

Alfred estava na entrada de St. James, e junto de George, esperava sua família. Logo então apareceu três damas vindo na direção deles, e o marquês suspirou. Com certeza ser o irmão mais velho era a tarefa mais difícil.

  — Provocamos a ira dela, Alfred.— George olhava em direção a Anne com um certo medo na voz.— Boa sorte para você.

 — Obrigado.— Olhando agora para George, Alfred engoliu em seco e colocou um sorriso no rosto.— Eu vou precisar.

 — Com certeza vai.— Talvez fosse inconscientemente, mas George deu um pequeno sorriso de diversão.

Anne vinha aalguns passos a frente, rápida, séria e nada expressiva. Assim que ela chegou na frente de Alfred e do rei, a princesa fez uma simples mesura ao soberano, e foi em direção a carruagem, sem falar palavra alguma. Alfred piscou os olhos por um momento, era uma certeza, seria um desastre, um horrível desastre.

  — Alfred! O que significou isso que Anne falou para a rainha?— Voltando a olhar para frente, o marquês percebeu que Elizabeth também estava confusa. Ela também fez uma mesura a George.— Meu rei, o batismo do príncipe de Gales foi lindo.

 — Charlotte irá ficar feliz em saber.— Com uma voz contida, o rei respondeu, ao mesmo tempo que ao olhou para Alfred e sussurrou alto.— Boa sorte, eu vou orar por você, Alfred.

 — Então ore muito George, por todos nós.— Amélia então abriu o caminho, em que Elizabeth estava na frente, e falou entrando na carruagem.

Olhando aquisitiva para ele, Elizabeth pedia com os olhos uma explicação para isso que estava acontecendo. Alfred queria muito falar, mas era melhor se organizar, e fazer isso com tudo, os pensamentos e os sentimentos.

  — Poderíamos falar sobre isso em Hampton Court?— Elizabeth levantou uma sobrancelha com a sugestão de Alfred, então suspirando ele olhou para os lados.— Aqui não é o melhor lugar para discutir esse tipi de coisa.

  — Contanto que você dê a explicação que eu quero, tudo bem.— Ele assentiu, e Elizabeth também foi em direção a carruagem. Mas no meio do caminho ela parou e olhou para trás.— Onde está Henry?

 — Ele foi na frente, de cavalo.

Como se fosse um simples cavalheiro, Henry as vezes parecia se esquecer que era um príncipe Tudor-Habsburg, descendente de imperadores do Santo Império. Alfred balançou a cabeça ao pensar nisso. A Grã-Bretanha estava tão cheio de problemas políticos, o rei estava em um momento tão impopular, que era perigoso Henry sair assim tão exposto.

Depois de Alfred também entrar na carruagem, a viagem deles de volta para Hampton Court de iniciou, de início silenciosa e calma.

  — O batismo de Georgie foi tão lindo.— Mas um silêncio que foi finalizado por Amélia.

 — Creio que todos nós já falamos isso, Amélia.— A jovem princesa deu de ombros para a resposta do irmão mais velho.

 — Eu achei lindo, então irei dizer.— Alfred revirou os olhos. Amélia olhou então para Elizabeth.— Você concorda comigo, não é, Elizabeth?

  — Foi realmente uma linda cerimônia. Um menino sempre é muito festejado.— Apesar de Elizabeth estar sorrindo, Alfred ainda sentiu um certo pesar dela, principalmente nessa última parte.

Os nascimentos de Katherine, Elizabeth e Charlotte foram muito bem festejados, o de Katherine nem tanto assim, mas ainda foi. Mas Alfred entendia Elizabeth, um menino ainda tinha um valor maior do que uma menina, e eles não tinham nenhum menino.

Apesar dessa pausa no silêncio, o resto da viagem decorreu silenciosamente.

Quanto chegaram em Hampton Court, todos os quatro logo seguiram para a sala azul, onde Henry também já se encontrava.

  — Oh, vocês chegaram. Eu já estava começando a me sentir sozinho.— Sorrindo divertido, Henry falou alto, enquanto Anne simplesmente passou na frente dele e pegou um livro que estava na mesma.— Não, Anne, você não vai fugir.

  — Fugir?— Henry desviou os olhos de Anne, para encontrar os de Elizabeth, ainda sorrindo. Era um tonto.

  — De nos falar se é verdade que ela vai se casar,...— Ele voltou a olhar para Anne, que se afastou mais, tentando prestar atenção no livro.— casar com o duque de Mecklenburg-Strelitz.

  — Você sabe bem que é verdade, Henry. Não...

 — Eu quero ouvir dela, da boca dela.— Ele estava provocando, e não iria ter um bom resultado, Alfred já poderia até ver. Anne fechou forte seu livro, parecia ser um bem pesado, e olhou para Henry.— Vamos, fale.

  — Falar o que? Que vou casar com o irmão da rainha?— Se Henry havia perguntado divertido, Anne respondeu cínica.— Você já sabe, eu não preciso dizer mais.

A reação de Henry foi simples, mais ainda assim muito perigosa. Ele começou a rir, como se estivesse zombando da cara de Anne. Henry havia perdido o juízo certamente, ela não gostava disso. Alfred percebeu o aperto da mão de Anne ficar muito mais forte no livro, mostrando sua raiva. Era melhor Alfred...

  — Ha! Parece até uma piada, Anne! Tão lindo será o seu...— Ele parou, na verdade tudo parou por aqueles segundos. Anne chegou ao ápice da raiva, então ela jogou em Henry o livro. Ele, o livro, passou muito perto do rosto do príncipe, mas Henry conseguiu desviar, e livro acabou atingindo um espelho, o quebrando.— Você ficou louca, Anne!? Poderia ter me atingido!

Henry estava com raiva, seu sorriso comum havia morrido, e só sobrava raiva.

  — Pois esse era o objetivo, Henry. Atingir você e o seu rosto gordo e holandês!— Mas Anne não se importava com essa raiva, ela falou e caminhou ameaçadora até ele. Henry passou a mão na sua própria maçã do rosto.— Eu não gosto que zombem de mim, nem que riam da minha desgraça.

Uma briga, uma briga de verdade iria acabar se iniciando assim. Alfred então tentou logo dar um fim a isso tudo:

  — Já chega vocês dois! Nenhum de vocês é criança para ficar brigando assim!— Tanto Henry como Anne se afastaram então um do outro, ouvindo Alfred. O marquês levou sua mão até a cabeça, não por dor, mas sim por estresse.

  — Sua palavra é uma ordem.— O sorriso de Henry voltou, ele sentou calmamente no sofá.— Você quebrou o espelho, Anne. Sem filhos vocês ficarão.

  — Não seja inconveniente, Henry.— Henry fingiu ofensa, apenas para irritar Alfred, mas esse não iria ceder.— Quanto ao que foi dito anteriormente. Sim, a mão de Anne foi pedido em casamento pelo duque de Mecklenburg-Strelitz, e sim, ela aceitou. Agora vamos ver a opinião do conselho.

  — Que irá aceitar a sua palavra, como sempre faz.— Alfred iria relevar isso que Henry falou.— Continue, eu não sou um empecilho.

  — Esse será um casamento benéfico para ambos os lados. Todos ganham, e Anne não viu problema nenhum em aceitar.— Esse era o máximo dever de uma princesa Tudor-Habsburg, casar e ser uma moeda de troca, trazer benefícios para a família.— Não é, Anne?

Anne lentamente assentiu. Ela não tinha nenhuma objeção, ela sabia qual era a missão dela no mundo, o seu maior sacrifício.

  — Mas o duque já havia mostrado anteriormente um interesse nela.— Elizabeth abriu a boca, e falou olhando para Alfred.— Me parece apenas um capricho do duque.

  — Não deixa de realmente ser uma capricho. Mas é um capricho que nos é benéfico.— Sendo assim, não havia problema, pelo menos Alfred esperava que não.— Além do mais, não existem muitos príncipes dispostos a casar com princesas da nossa família, devemos aproveitar.

Era necessário aproveitar cada jogada que eles tinham, cada oportunidade. Alfred sabia que seus irmãos, até mesmo Elizabeth poderiam pensar mal dele, mas seria assim, Anne iria se casar.

  — Bem, então você só tem a ganhar, Anne.— Agora sorrindo conciliadora, Elizabeth tentou dar um ar de calma a situação.

  — De fato eu tenho.— Anne foi até o lugar havia caído seu livro e o pegou.— Serei a duquesa de Mecklenburg-Strelitz, que honra.

Não foi alegre, feliz ou emocionada que ela falou. Mas Anne disse resignada, e resignação era melhor do que esses sentimentos no momento. Príncipes dessa família deveriam saber que não importava seus pensamentos, mas o da família.


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