Touches You escrita por lamericana


Capítulo 6
Capítulo 5




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Londres, 10:30AM, 1º/09/2010

A estação King’s Cross estava cheia de pais se despedindo de seus filhos e trabalhadores voltando pra terra natal. Klaus estava acompanhando as duas filhas até a estação. Leslie estava com cara de poucos amigos e Astrid estava radiante. Os três se aproximaram da família Thompson graças à sugestão de Astrid. Quando Klaus viu seu colega de trabalho, abriu um sorriso.

— Ivan! — Klaus cumprimentou

— Klaus! Como vai? — Ivan respondeu o cumprimento

Astrid e Miko se entreolharam. Não tinham a menor ideia que seus pais se conheciam.

— Eu não sabia que o meu pai conhecia o seu. — Astrid falou na defensiva

— Tudo bem. Eu também não sabia. Só suspeitava um pouco.

— Astrid, Leslie, esse é Ivan Thompson. Ele trabalha comigo no Ministério. — Klaus falou pras filhas — Ivan, essas são minhas filhas, Leslie e Astrid.

Leslie acenou com a cabeça e Astrid apertou a mão de Ivan.

— Prazer em conhece-lo, senhor. — Astrid falou

— O prazer é todo meu. Esses são meus filhos, Michael e Max. — Ivan falou — Meninos, esse é Klaus Hoff.

Todos se cumprimentaram e se arrumaram pra ir pra plataforma 9 3⁄4. Antes de passar pela pilastra que separa as plataformas 9 e 10, Max parou e olhou pra trás, vendo Leslie não seguir o fluxo do grupo.

— Leslie! Vamos! Ou então vamos perder o trem! — Max gritou

— Eu não vou pegar o trem com vocês! Eu vou voltar pra Manchester. — Leslie respondeu e só teve tempo de ver o menino ficar com o olhar triste.

Leslie se segurou pra não soltar as primeiras lágrimas. Ela sabia que tinha tomado uma decisão definitiva. Não iria para Hogwarts pois sabia que sua mãe ficaria sozinha em Manchester, sem poder visitar nenhuma das filhas durante os finais de semana ou nos feriados. Não era a decisão que queria tomar de verdade, mas se sentia errada em admitir que preferia a mãe ao pai.

Quando ouviu a chamada para embarque do seu trem, saiu andando pra plataforma 10 e embarcou. Estava com as últimas poucas coisas que tinham sido deixadas na casa do pai. Tentaria não olhar pra trás e viveria dentro da maior normalidade possível. Às vezes teria que recorrer à irmã, mas não seria uma coisa constante nem uma coisa muito difícil de fazer, já que esses pedidos de ajuda só ocorreriam numa situação desesperada.

Passou toda a viagem de Londres até Manchester pensando em como poderia ser a sua vida se fosse pra Hogwarts. Talvez tivesse certas facilidades que não tinha no internato, apesar de ser mais ou menos o mesmo sistema nesse quesito. As aulas seriam diferentes, mas pelo que viu da irmã estudando nas férias, as matérias eram muito diferentes e muito complicadas.

Leslie conseguia entender, em parte, o fascínio de Astrid por todas aquelas matérias complexas e cheias de detalhes confusos. Sempre que se metiam em confusão, Astrid já tinha a resposta pronta na ponta da língua — nem que fosse uma mentira. E Astrid sempre foi a que sempre se interessou por assuntos que dependessem de detalhes pra que tudo se juntasse. As aulas de História, mesmo a de história geral, e as de alemão e biologia eram as que Astrid se dava melhor — e as que Leslie quase sempre estava a um passo da reprovação.

No Hogwarts Express, os alunos se acotovelavam para arrumar a melhor cabine, colocar as suas coisas lá e se despedirem de seus parentes. Astrid seguiu os gêmeos e entrou na cabine que já estava ocupada por uma ruiva e por um menino com cabelos cor de palha.

— Lily, Remus, essa é a Astrid. A nossa nova aluna. — Miko falou enquanto entrava no compartimento — As, esses são Remus e Lily.

— Hallo, pessoal. — Astrid falou

— Oi, Astrid. — Lily e Remus falaram em quase uníssono.

Astrid, Miko e Max botaram os malões no compartimento e foram pra janela se despedir dos parentes. Quando soou o apito do trem, os três se sentaram.

— Astrid, Miko falou muito sobre você. — Lily falou

— Espero que coisas boas. — Astrid falou rindo

— Ô, se foram boas. Ele disse que você é alemã.

— Lily, você leu isso no jornal. Não fui eu que disse isso — Miko interrompeu

— Tá, que seja. Mas antes mesmo de eu comprar o jornal você disse que tinha conhecido ela, então cala a boca.

— Modos, Lily. Onde estão?

— A conversa não chegou no deserto do Oriente Médio. Fica quieto.

— Astrid, vamos dar uma volta. É o melhor a fazer. Os dois vão ficar trocando foras pela próxima meia hora. — Remus falou

— Eu não preciso dessa desculpa. — Max falou — Mike, vou procurar Amos Diggory. Quando for a hora de trocar de roupa eu volto.

— Tá certo. — Miko falou — Remus, você está me ofendendo. Eu e Lily só temos debates um tanto quanto diferentes dos seus.

— Enfim, vocês dois vão ficar de palhaçada ou vamos conversar feito pessoas civilizadas? — Astrid se meteu

— Ok, seremos civilizados. Prometo. — Miko falou

— Prometa solenemente. — Astrid pediu — Ou então vou achar que você vai recair na palhaçada.

— Prometo solenemente ser um rapaz civilizado e falar como tal. — Miko falou, levantando a mão direita — Feliz?

Pela primeira vez, Astrid reparou na cicatriz que Miko tinha no polegar da mão direita.

— O que foi isso? — ela perguntou meio espantada

— Ah, cortadores de grama. Eles não são muito legais, sabia? — Miko falou rindo — Eu tinha uns cinco anos, acho, e coloquei a minha mão dentro do cortador de grama lá de casa. Ele poderia estar desligado, mas fui inteligente o suficiente pra enfiar minha mão na hora que meu pai estava desligando o cortador. Admito que foi uma atitude extremamente burra, já que quase perdi o polegar.

— Consegue mexer o dedo?

— Aqui — ele mexeu o dedo — Consigo mexer, mas não como uma pessoa normal. Mas como sou canhoto, isso não chega a ser um problema. Minha mãe surtou na hora e começou a gritar. O mais impressionante é que eu era a pessoa mais tranquila na casa quando isso aconteceu.

— Concordo que foi uma atitude extremamente burra. Como você conseguiu chegar na Ravenclaw, na boa?

— Assim você ofende a minha inteligência.

— Desculpa, Einstein. Eu não sabia que o senhor ficaria tão ofendido. — Astrid ironizou.

— Quem é Einstein? — Remus perguntou

As três cabeças se viraram pra ele.

— Como assim você não sabe quem é Einstein? Isso não é possível! — Astrid estava chocada

— Droga! — Lily falou

— O que foi? — Remus perguntou

— Miko, temos que ir pro vagão dos Prefects. Tipo, agora.

— Ok. Nos vemos antes de chegarmos em Hogwarts, tá certo? — Miko falou, já se levantando e saindo do vagão.

— Tá certo. Nos vemos mais tarde. — Astrid falou

Miko e Lily saíram do vagão, deixando Remus e Astrid sozinhos.

— Sério mesmo que tu não sabe quem foi Einstein? — Astrid perguntou

— Juro que não faço a menor ideia de quem é ele.

— Foi um físico Muggle que revolucionou o jeito Muggle de ver um monte de coisas, como tempo e espaço. É meio complexo e chato. Leslie, a minha irmã, foi quem aprendeu de verdade essas coisas.

— Das coisas que você estudava na escola Muggle, o que você mais gostava?

— Biologia, História, Alemão e Inglês.

— Como era a aula de biologia?

— A gente basicamente dissecava animais pra ver de perto como funcionavam os órgãos e coisas afins. E a gente tinha que decorar os detalhes de glândulas, tecidos e mais um monte antes de sair abrindo os bichos no meio.

— É sério que você gostava desse tipo de coisa?

— Bem, admito que algumas vezes não era divertido, como quando tivemos que dissecar uma pobre de uma galinha, mas normalmente era bem legal. Principalmente quando o professor passou a explicar o corpo humano e tudo mais.

— Em Hogwarts é mais fácil um bicho abrir você no meio do que você abrir o bicho no meio.

— É fácil encontrar lobisomens? — Astrid reparou na reação de Remus — Ok, desculpa, pergunta errada. Próxima pergunta, vamos lá.

— Você realmente prestou atenção nas aulas sobre os seres humanos, não foi?

— Claro que sim. Ou então não saberia mentir pra minha mãe quando acontecia alguma coisa que teoricamente não era pra ter acontecido, tipo eu aparecer em casa intacta depois da minha mãe receber uma ligação de que eu me meti numa briga... Esse tipo de coisa. Tive que aprender a inventar histórias plausíveis pra que ela não desconfiasse.

— Em outras palavras, você é uma mentirosa compulsiva de mão cheia.

— Só minto quando necessário. Normalmente é só com a minha mãe. Ela é do tipo de pessoa que eu não consigo confiar, por mais que eu tente.

— Desculpa a pergunta, mas porque você não confia na sua mãe?

— Na época que eu mais precisava do meu pai, ela chutou ele pra fora de casa, não me deu nenhuma explicação e ainda impediu que meu pai convivesse comigo e com a minha irmã.

— Nenhuma explicação?

— Nem “ah, seu pai foi tirar férias” ou “ele viajou a trabalho”. Nada. Só chegou dizendo que eles tinham se divorciado porque não conseguiam mais viver juntos.

— E você ficou com ela.

— Foi. Acabei sendo colocada num internato em que eu não tinha muita liberdade e era considerada a rebeldia em forma de gente. Volta e meia, mesmo eu sem fazer nada nem nada de estranho acontecer eles revistavam o quarto que eu dividia com a minha melhor amiga. O máximo que eles conseguiam achar era um maço de cigarros.

— E o que faziam quando achavam o maço de cigarros?

— Me mandavam ir na capela da escola e rezar ou fazer a limpeza dos banheiros femininos. Alguma coisa desse tipo.

Nesse momento a mulher dos doces apareceu na porta. Os dois compraram algumas coisas para comer enquanto esperavam por Lily e Miko.

— Como você conheceu o Miko? — Remus perguntou

— Você não se cansa de fazer pergunta não? — Remus negou com a cabeça — Então vamos fazer o seguinte: você faz uma pergunta, eu respondo e depois rebato com outra pergunta.

— Parece justo.

— Bem, eu conheci o Miko quando fui pra Diagon Alley pela primeira vez nas férias. Eu esbarrei nele, gritei e bati nele. E você, como conheceu o Miko?

— Mais ou menos do mesmo jeito que você me conheceu, aqui no trem. Nós dois éramos primeiranistas e eu tinha pego um compartimento e ele pediu pra ficar, já que o resto tava lotado. Expectativas em relação a sua casa em Hogwarts.

— Isso não foi exatamente uma pergunta, mas tudo bem. Eu não tenho certeza, já que tenho características de três casas. Com quase toda certeza eu não seria Slytherin. Acho que não sou ambiciosa o suficiente pra ser uma deles, sabe? Minhas suspeitas sobre as outras casas são porque são características minhas que eu trago desde pequena. Às vezes me pergunto se foi força de vontade ou se foi coragem que eu tive na hora de sair da casa da minha mãe pra vir e ficar com o meu pai. E você, o que acha das casas?

— Não consigo julgar muito, já que tenho amizade com gente de todas as casas. Mas pelo que Miko me falou de você, acho que você tem chances iguais de ir pra Gryffindor ou Ravenclaw, já que você teve coragem pra enfrentar um monte de coisa e foi inteligente o suficiente pra aprender a usar as coisas ao seu favor.

Nessa hora, Miko escancara a porta do compartimento.

— O que as duas donzelas estão fazendo, além de atacar esses doces? — ele perguntou

— Inventando as descrições perfeitas pra você. — Astrid falou — Uma delas, palhaço não civilizado.

— Também te amo, As.

— Também tem estorvo da sociedade bruxa. — Remus acrescentou

— Eu gosto da sua sinceridade lupina, Remus. Amo de paixão, sério. Você deveria deixar esse seu lado aflorar mais vezes. — Miko falou, roubando um sapo de chocolate da pilha de doces

— Lupina? Oi? Como assim, criatura? — Astrid perguntou — Remus, você é um lobisomem?

— Não viaja. O sobrenome dele é Lupin. Eu gosto de fazer essa brincadeira do sobrenome dele com os lobos. É engraçado.

Miko sentou atravessado na cadeira e começou a devorar o sapo.

— E eu não sou um estorvo. Sou um cara legal que ajuda as pessoas. Não se esqueça do dia que eu te livrei de uma bronca com Flitwick. Você ainda me deve uma. — Miko apontou o dedo sujo de chocolate pra Remus — Por um tris não me queimei com ele.

— Ok, ainda te devo uma, mas você deveria ser um pouco mais legal com as palavras.

— Astrid, a gente recebeu umas instruções sobre como vai ser a sua seleção de casas, já que você precisa ser sorteada. — falou Lily, que ainda estava na porta — Daqui a pouco eu vou ter que te levar até o vagão dos professores onde você vai ter que responder algumas perguntas bem simples, mas sob o efeito de Veritaserum, uma poção que te impede de mentir. Pelo que os professores disseram aos Prefects, vai ser bem rápido e você não vai precisar nem se juntar aos primeiranistas.

— Tá certo. Pelo menos não vou chamar tanta atenção assim. — Astrid falou

Quando deu o horário previsto para a troca dos uniformes, os quatro adolescentes se vestiram e Lily levou Astrid pro vagão dos professores. Miko e Remus ficaram no vagão esperando Max e as meninas aparecerem. Antes das meninas voltarem, Max aparece e veste seu uniforme e sai novamente. Remus e Miko ficam esperando impacientes a volta das meninas.

Depois de alguns longos minutos, Lily e Astrid estão de volta ao vagão. No uniforme de Astrid está bordado o brasão Ravenclaw onde antes estava o brasão da escola. Miko puxou Astrid prum abraço apertado e acabou levantando ela um pouco do chão.

— Espero que o efeito desse negócio acabe logo. Se brincar, eu seria capaz de dizer na cara da minha mãe que eu tenho o mesmo “defeito” — Astrid desenhou aspas no ar — que o meu pai.

— Posso me aproveitar um pouquinho dessa sua inabilidade momentânea de contar mentiras? — Miko perguntou

— No tanto que não use contra mim depois, tá valendo.

— Você quer sair comigo no primeiro passeio pra Hogsmeade?

— Se o passeio for essa semana, sim. Se for depois, vou ter que pensar no seu caso.

— Posso considerar isso um sim ou um não?

— Pode considerar isso como um depende do seu comportamento e se você me magoa ou não.

Miko puxou Astrid pela cintura e tascou um beijo nela. Ela retribuiu.

— Porque você fez isso? — Astrid perguntou depois que se separaram

— Porque só assim eu saberia a sua reação de verdade. Sem o Veritaserum, você poderia fingir estar indignada mesmo sem estar.

Astrid abriu e fechou a boca várias vezes.

— Fica assim não, Astrid. Ou então ele vai ficar convencido pelo resto do ano. — Remus falou — E vai ficar insuportável.

— É só vocês não inventarem de roubarem as minhas coisas de novo. Aí eu me torno o bom e velho Michael Thompson. — Miko falou — Combinado?

— Eu nunca roubei nada do que é seu. Nem da sua casa eu sou.

— Convença os outros Marauders. Ou então, preparem-se pro Michael Thompson insuportável.

— Pode considerá-los convencidos em não te roubar.

— Peraí. Quem rouba quem nessa conversa? — Astrid perguntou

— James, Sirius, Peter e Remus formam um grupinho chamado de Marauders. Os outros meninos tendem a roubar ou o meu estoque de açúcar ou minhas coisas que eu guardo no malão.

— E que coisas seriam essas?

— Roupas. Como se eles não tivessem as deles.

— Quem pegou o teu lenço daquela vez foi o Sirius. Ele queria ver a tua reação se tu perdesse aquele lenço. — Remus falou

— É sério isso? Sirius tem quantos anos? Dois? — Miko perguntou

— A idade mental dele tá por volta disso.

— Mande a criancinha aquietar o fogo, Remus.

O trem começou a diminuir de velocidade até parar. Max voltou pra cabine, botou o que restou dos seus doces no malão e viu que Astrid era aluna Ravenclaw.

— Parabéns pela casa, mas cuidado com ele. Se ele te chamar pra ir pro dormitório, não vá. — Max falou apontando pro irmão.

— Obrigada pela preocupação. Mas eu sei me cuidar. Meus pais me educaram bem em relação a isso. — Astrid respondeu — Até mais, cunhado.

Todos no vagão olharam espantados pra ela, inclusive as pessoas que passavam no corredor. É claro que existiam romances na escola, mas ninguém tinha ouvido uma piada com aquele conteúdo sendo contada assim, no meio do trem pra todo mundo ver. E dentro do compartimento, Lily, Remus e Miko estavam boquiabertos. Ninguém esperava aquilo vindo dela. Max ficou vermelho e saiu o mais rápido que pôde.

— O que foi isso, Astrid? — Lily perguntou

— Eu achei que aquele beijo do Miko queria dizer alguma coisa a mais, mas se não foi, valeu a piada. — Astrid respondeu

Miko puxou Astrid prum abraço e apertou. Astrid retribuiu o abraço meio sem jeito. Ele soltou a menina.

— Muito obrigado.

Hogwarts, 09:30 PM, 1º/09/2010

Pouco depois do jantar, Miko foi falar com o professor Flitwick.

— Professor, eu queria passar o meu distintivo de Prefect pra outro aluno. Não acho justo que seja eu o Prefect enquanto outros seriam muito mais competentes no meu lugar. — Michael falou

— O que o senhor sugere, senhor Thompson? — o professor perguntou, enquanto pegava o distintivo das mãos do menino.

— Que o cargo vá pra Damon MacReady. Ele seria mais competente que eu nesse cargo.

— Saiba que essa ação não tem volta. Tem certeza de que é isso o que quer?

— Tenho, professor.

— Então vá pro dormitório. Amanhã de manhã falarei com o senhor MacReady.


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