I M Not a Girl ... Not Yet a Woman escrita por julyamy, Shanti


Capítulo 25
Capítulo 23 -- Ontem, Hoje e Sempre!! --


Notas iniciais do capítulo

Post às 11h15 min 04/01/2011

Feliz 2011 fanfiqueiras!!!

Hoje a fanfic completa SEIS MESES DE VIDA!!!

Conversamos depois...

Boa leitura!!

PS: A Roupa da bella (http://www.polyvore.com/bella_casual/set?id=26263871)



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POV. Edward

Mais uma vez o fim do ano se aproxima. Ontem mesmo estávamos comemorando o fim de 2006 em Los Angeles. Esse ano realmente passou muito rápido, eu diria que voou e nós nem percebemos os dias passando.
Muita coisa aconteceu...

• 1° de Janeiro: A Bulgária e a Romênia aderem oficialmente à União Européia. Começa a circular o euro na Eslovênia.
• 19 de Fevereiro: A França abole constitucionalmente a pena de morte.
• 1 de Março: A Crise na Bolsa de Valores de Xangai, China, abala as bolsas em todo o mundo.
• 3-4 de Março - Eclipse Lunar total pôde ser avistado em todos os continentes.
• 18 de Abril - Inauguração do primeiro trem-bala chinês.
• 12 de Maio - Arqueólogos egípcios descobrem fornos usados para fabricar peças de cerâmica durante o período Bizantino a noroeste do Cairo.
• 18 de Maio: Atentado a bomba contra uma mesquita em Haiderabade mata 12 e deixa 50 feridos.
• 19 de Junho: o YouTube, até então somente em inglês, passa a ter versões em outros idiomas, incluído o português.
• 28 de Junho - A Suprema Corte dos Estados Unidos declara inconstitucional a lei de 1954 sobre cotas de negros nos estados de Wisconsin e Washington D.C.
• 29 de junho - A Apple Inc. lança o iPhone nos EUA.
• 5 de Julho - Ocorre o maior protesto da história da Colômbia, contra as FARC.
• 11 de Julho - Lançamento de Harry Potter e a Ordem da Fênix, quinto filme da saga de sucesso criada por J.K. Rowling.
• 17 de Julho - Acidente de um Airbus A320 da TAM em São Paulo, o voo TAM 3054 matou 199 pessoas
• 1º de Agosto - As tropas do Reino Unido retiram-se da Irlanda do Norte e passam o poder às autoridades locais, depois de 38 anos de ocupação.
• 1 de Setembro - Realização do 1º Festival Eurovisão da Dança, em Londres, no Reino Unido.
• 12 de Outubro - É inaugurada a Igreja da Santíssima Trindade em Fátima, inserido nas comemorações dos 90 anos das aparições da Virgem.
• 25 de Outubro - Primeiro voo comercial do Airbus A380.
• 9 de dezembro - um terremoto de 4.9 graus na escala Richter atinge todos os 76 imóveis da comunidade rural de Caraíbas, em Itacarambi (MG) – um dos imóveis desmoronou sobre uma criança de 5 anos, que morreu (a primeira morte causada por um terremoto no Brasl).

Foi um ano cheio de mudanças tanto boas como ruins. Mais as pessoas agora estão dando adeus a 2007 e se preparando para a chegada de um novo ano, onde tentaram de novo e recomeçaram.

Bom aqui em casa também foi um ano cheio de mudanças começando com a vinda das Swan para Londres; o trio furacão (Rose, Alice e Bella) chegando para derrubar o Colégio Lord Henry; minha volta com Tânia; Emmett, Eu e Jasper começando a faculdade; o sexteto dos loucos (Emmett, Rose, Jasper, Alice, Eu e Bella); minha irmandade com Bella; e por ai vai... Mas esse também foi um ano de tristezas e que com certeza não vai ser esquecido!

Estamos em Dezembro finalmente. Férias começando, mas não pense que tudo esta na santa paz, as coisas estão ainda mais loucas aqui em Londres.

Alice e Rose estão surtando com os últimos preparativos para a festa de formatura e quando digo surtando, estão quase se descabelando.

Esme e Carlisle estão preparando a casa para a bagunça que faremos.

Emmett e Jasper estão fugindo das loucas (Alice e Rose).

Diana esta terminando os últimos preparativos para sua surpresinha.

Eu terminei o primeiro ano de medicina e estou curtindo minhas férias.

E a casula da casa Bella... A única coisa que sei é que ela tirou o gesso a quinze dias mais agora usa uma tornozeleira. Ainda continuamos com nossa briga silenciosa, nós não nos falamos desde agosto (quatro meses), víramos estranhos morando na mesma casa. Mas nos últimos dias as coisas começaram a mudar agora pelo menos ela me olha na cara, mesmo que seja só isso já é um grande avanço.

“Eu disse que não ia desistir e NÃO VOU!”

Ela pode não falar comigo, mas esse simples gesto de olhar há tantos significados. E é pelos seus olhos que sei o que esta passando em seu coração. É neles que vejo o que ela esconde de todos, fingindo que esta tudo bem, mas que no fundo esta a ponto de cair. Sei que a cada dia que se aproxima isso se torna cada vez mais evidente e até parece um Dejavú.

- Edward! Terra chamando Edward! EDWARD! – gritou alguém me tirando de meus devaneios.

Olhei para a porta aberta, lá estava uma anã de braços cruzados batendo o pé.

Edward: Fala anã. – sorri travesso.

Alice: Anã é o seu... – ela respirou fundo e não termino a frase.

Não terminar a frase significava que ela realmente precisava de mim e evitaria uma discussão onde ela sairia perdendo. Continuei fitando-a. Ela forçou um sorriso.

Edward: Então no que posso ser útil?

Alice: Vai me ajudar? – arqueou a sobrancelha.

Edward: O que eu vou ganhar em troca?

Alice: Um grande obrigada da sua irmã. – sorriu forçado.

Edward: Isso é pouco, vai procurar o Emmett. – deitei de volta na cama e ignorei-a.

“Contei mentalmente 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 e 1.”

Alice: Ok, você venceu.

“Eu sabia!”

Sentei-me de novo sorrindo.

Alice: Isso é chantagem!

Edward: Não é não, é uma troca de favores.

Ela ficou pensativa, depois sorriu vitoriosa. Ela ia aprontar.

Alice: Ou você me ajuda ou conto a todos que você e Bella estão brigados... Há dois meses. Escolha! – sorriu.

“Anã dois inferno, isso é golpe baixo. Ok Edward, pensa! Pensa!”

Comecei a procurar algum deslize para chantageá-la. Até que me lembrei de um dos bons, sorri com todos os dentes para ela.

Edward: Então querida irmã, lembra daquele dia. – lancei um olhar a ela.

Ela ficou pensativa novamente, até que pareceu se lembrar do que eu queria, abriu a boca e fechou, mas nada saia.

Alice: Você não contaria! – semicerrou os olhos.

Edward: Pode apostar que sim. – falei sério, para saber que eu não estava brincando.

Ficamos medindo força pelo olhar até que um desistisse. Eu estava garantido o podre dela era dez vezes pior que o meu, era uma bomba e se eu abrisse a boca ela estava muito encrencada.

Alice: Ok, você venceu, vai ser do seu jeito irmãozinho.

Edward: Eu sempre venço.

Alice: O que você quer em troca?

Edward: Informações. – nem precisei pensar muito.

Alice: Sobre? – arqueou a sobrancelha.

Edward: Fecha a porta primeiro, depois te falo.

Ela fechou a porta e se sentou na cama de frente para mim.

Alice: Diga de uma vez, meu tempo é curto!

Edward: Como você sabe eu e a Bella estamos brigados...

Alice: Conta uma novidade. – fez cara de deboche.

Edward: E você é a única que sabe.

Alice: Jura? – disse irônica.

Edward: Eu quero que você descubra o porquê de estarmos brigados. – falei de uma vez.

Alice: What? Se você que é o personagem principal não sabe, imagina se uma mera telespectadora vai saber. – fez uma careta.

Edward: Alice eu sei que você consegui o que quiser com essa sua carinha. – sorri.

Alice: Realmente eu sou muito boa. – sorriu se vangloriando – Mas Ed você sabe que eu já tentei e ela não falo nada, evita o assunto a qualquer custo. – suspirou.

Edward: Por favor, Alice. – juntei as mãos implorando e fazendo cara de cachorro abandonado.

Alice: Ta bom, agora para com essa cara. – desviou o olhar – Eu sei que somos irmãos, mas não vale usar o nosso dom contra a família.

Edward: Sério? Vai fazer o que eu pedi? – estava radiante.

Alice: Vou, mas com uma condição. – sorriu travessa.

Edward: Sabia. – cruzei os braços e desfiz minha cara de feliz.

Alice: Isso é uma troca de favores, lembra?

Edward: Sim, o que você vai querer? Fala antes que eu me arrependa.

Alice: Vou ser direta. Preciso do seu cartão de credito. – direta a minha irmã, neh?

Edward: Já estourou o limite do seu? – estava chocado.

Alice: Ah você sabe como é. Uma peça ali, um acessório aqui... – sorriu amarelo.

Edward: Papai vai te matar. – adverti.

Alice: Eu sei, mas até ele descobrir a formatura já vai ter passado. – deu de ombros – Mais e ai temos um trato sim ou não?

Edward: Trato feito, só que vê se compra só o necessário, entendeu?

Alice: Perfeitamente. – sorriu e bateu continência.

Ficamos em silencio nos encarando. Ela estendeu a mão com a palma virada para cima.

Alice: E então?

Edward: Então o que?

Alice: O cartão. – revirou os olhos.

Edward: Já?

Alice: Pra ontem!

Peguei minha carteira e retirei o cartão. Coloquei o na palma da mão dela, mas não soltei.

Edward: Olha lá. – adverti – Se controla.

Alice: Ta bom papai! – zombou.

Ela puxou o cartão, mas eu não soltei.

Edward: Só o necessário, ok?

Alice: Só o necessário. – tentou de novo, mas continuei segurando o cartão que se não tomássemos cuidado iria se partir em dois.

Edward: Por que eu ainda falo?

Alice: Só por falar, você sabe que eu não me controlo ainda mais nessa época do ano.

Edward: Oh shit! – suspirei e larguei o cartão – Isso vai me sair caro, só espero que valha a pena.

Alice: Também espero. – falou sincera.

Ela se levantou.

Alice: Obrigadinho é muito bom fazer negócios com você. – sorriu e saiu.

Meus acordos com Alice sempre eram vantajosos, tanto para ela como para mim. Não havia nada que aquela anã não conseguisse, ela podia ser pequena, mas era extremamente persuasiva. Mas para eu emprestar meu cartão de credito a Alice eu deveria ser muito louco e estar sem saída.

POV. Bella

Eram exatamente meia noite do dia onze de dezembro. Hoje as dez e cinqüenta e três faria um ano que Renée e Charlie se foram. Parece que havia um despertador invisível que tocou a meia noite. Acordei de um pesadelo para reviver o pesadelo de um ano atrás.

Toda a casa estava silenciosa, se uma agulha caísse daria para ouvir. Levante da cama, mas logo me arrependi já que senti frio. Caminhei até a porta de vidro da sacada, abri uma das cortinas roxas. O céu estava escuro, a madrugada estava solitária, mas a neve permanecia ali naquele cenário fazendo contraste com a escuridão.

Voltei para a cama deixando um lado da cortina aberta. Enrolei-me nas cobertas para espantar o frio do inverno londrino. Enquanto o silencio reinava, uma serie de memórias eram repassadas em minha mente. Parecia um velho filme...

... Meus pais me mimando quando era bem pequenininha...

... Meus pais me levando para brincar no parquinho...

... A primeira vez que vi a neve caindo e sai correndo para o quarto deles...

... A primeira vez que fui ao Central Park e andei de bicicleta com meu pai, enquanto minha mãe nos assistia de longe...

... O primeiro natal que eu me lembro onde me apaixonei pelas luzes e enfeites...

... O meu aniversario de três anos que foi uma bagunça armada por meus pais...

... O primeiro dia na escola, quando agarrei as pernas da minha mãe, porque não queria ficar sozinha...

- Chega! – mandei a mim mesma.

Queria evitar tudo que me lembrasse eles. Eu não iria chorar, já era grande e tinha que ser forte. Respirei fundo e fechei os olhos para voltar a dormir, mas logo eu os abria de novo.

Uma da manha...

Duas da manha...

Três da manha...

Quatro da manha...

Quatro e meia da manha...

Quatro e quarenta e...

Foi a ultima vez que me lembro de ter visto a hora.

Eu estava em casa, no meu quarto. Mas espera eu moro em Londres agora. O que estava fazendo em Los Angeles?

Esqueci o assunto, já que eu estava em casa, porque não matar a saudades. Abri a janela deixando o sol invadir meu quarto e aquecendo o ambiente. Desci a escada encontrando com Diana entrando em casa.

Diana: Bom dia menina. – sorriu.

Bella: Bom dia Dih. – sorri.

Diana: Vamos comer? – estendeu a mão em convite.

Bella: Vamos. – aceitei sua mão.

Fomos juntas para a cozinha. Enquanto eu tomava meu café conversávamos animadamente.

- Diana já estamos indo. – gritou uma voz masculina.

- Tá Charlie. – respondeu Diana.

Espera ela disse Charlie? Mas Charlie é... È meu pai. Estaquei no lugar.

- Boa Viagem. – desejou Diana.

- Obrigada Dih e cuide da nossa menina. – agora era uma voz de mulher.

Eu conhecia aquela voz. Era da... Da...

- Vou cuidar Renée. Pode ir descansada. – disse Diana.

Para tudo! Renée? Charlie? Mas eles... Eles...

- Diana que dia é hoje? – perguntei rápido.

- Oras dia onze. – disse como se fosse obvio.

- Onze do que? – estava tremendo.

- Por que a pergunta? – estava me fitando.

- Só responda, por favor. – supliquei.

- Onze de dezembro de 2006. – ela disse normalmente.

Meu mundo caiu. Eu estava em choque, o copo que eu segurava foi ao chão se transformando em vários caquinhos. Mas de repente me veio uma luz. Sai correndo da cozinha, passando pela sala e indo até o portão. Olhei para os lados a procura do táxi, até que o avistei se distanciando. Sai correndo pela rua atrás do maldito táxi.

- PARA! – gritei.

Eu corria com todas as minhas forças, mas nunca alcançava o táxi.

- PARA! – gritei de novo.

Eu corria e o táxi se distanciava mais. Senti minhas pernas fraquejarem, mas as forcei a continuar correndo, até que o táxi viro a esquina e eu o perdi de vista. Deixe-me cair no asfalto de joelhos, as lágrimas caiam.

- Não! Por favor! NÃO! NÃO! – implorava a deus que eles voltassem e desistissem dessa viagem sem volta...

- Bella! – alguém me chamava.

Abri os olhos e vi Diana me segurando pelos braços. Olhei em volta eu estava no meu quarto em Londres. Voltei a fitar Diana que tinha uma expressão preocupada e angustiada.

“Tudo não passou de um sonho.”

- Bella? – Diana me analisava.

- Sim. – respondi.

Ela soltou meus braços. Sentei-me na cama encarando três olhares me examinando. Resolvi quebrar o silêncio.

Bella: O que aconteceu?

Diana: Você estava gritando e se batendo menina. Tudo bem?

Bella: Tudo sim.

Carlisle: Certeza?

Bella: Acho que sim, foi só um pesadelo. – garanti a eles sem entrar em detalhes.

Eles trocaram olhares. Esme e Carlisle saíram, Diana continuava ao meu lado.

Bella: Estou bem Dih. – forcei um sorriso.


Diana: Ok. – suspirou e saiu do meu quarto a contragosto.

Deitei de novo. Resolvi não dormir, assim não misturaria realidade com fantasia. Passei das seis da manhã até as oito olhando para o teto. Quanto já estava cansada me levantei e fui olhar o tempo lá fora.

Bella: Grande novidade esta nevando. – disse com ironia.

Tomei um banho quente e fiz minha higiene pessoal. Depois fui para o closet me trocar. Eu estava me sentindo uma bola com essas roupas de frio.

Hoje eu não teria nada pra fazer. Demitri foi viajar no domingo e só voltaria no ano que vem. Alice e Rose estavam ocupadas com os últimos detalhes da festa de formatura. Emmett dormiria o dia inteiro que nem urso hibernando. Esme estava na A & D Cullen. Diana estava sumida, claro que ainda não havia me contando o que fazia tanto. E Edward... Nem que fosse o ultimo ser vivo na terra, eu não iria passar o dia com ele e com a cobra loira.

"Então o que me restou? Ficar mofando pela casa."

Sai do quarto, desci as escadas e me dirigi à cozinha. Tomei o meu desjejum sozinha, depois foi para a sala onde fiquei jogada no sofá pensando em algo útil para fazer, mas nenhuma luz me veio. Cansada de ficar ali, me levantei e fui em direção a porta da rua. A neve tinha parado de cair, mas andar era um problema já que eu podia escorregar. Iria dar uma volta pelas ruas.

Sai sem rumo, deixando o vento me levar. O meu pé estava quase bom, ainda tinha que usar uma tornozeleira ou uma faixa para que ficasse firme, mas logo eu voltava à ativa. Eu fiquei engessada dois meses, porque desobedeci ao médico retirando o gesso em um momento de raiva por não poder fazer nada sozinha.

Enquanto andava, vi as ruas cobertas de uma fina cama de neve, as casas algumas enfeitadas outras ainda sem nada e as pessoas estavam encapotadas. O frio era estranho para mim, mesmo ter nascido em uma cidade que fazia muito frio no inverno não havia me acostumado com a baixa temperatura. Uma nova-iorquina que viveu na quente Califórnia.

Quando passei em frente aquele parque onde me machuquei vi algo que me chamou a atenção. Uma garotinha de uns três ou quatro anos brincava com a neve enquanto seus pais a olhavam e ás vezes ela fazia alguma coisinha que os fazia rir.

Flashback ON

Estava na janela do tríplex onde morava. Eu via a neve saindo do céu e caindo até chegar ao chão.

- Mãe! – gritei.

Ela veio até mim.

- Sim querida. – se baixou para ficar na minha altura.

- Eu quero ir lá fora. – fiz birra.

- Mais esta nevando. – disse minha mãe.

- Mas eu quero! – bati o pé.

- Ok, vamos lá fora, mas só um pouquinho. – disse séria.

 - Tá, só um poquinho. – sorri.

Minha mãe e meu pai pararam o que estavam fazendo para ir comigo. Quando cheguei ao parquinho perto de casa, meu pai me colocou no chão e eu sai correndo. Eu brincava com a neve, enquanto meus pais estavam sentados abraçados em um banquinho.

- Olha mamãe. – disse segurando uma bolinha de neve com minhas mãozinhas.

Ela sorriu. Meu pai se levantou e veio até mim, me ensinou a fazer bolinhas e a montar um boneco de neve. Mesmo dizendo que seria só um pouquinho, devo ter passado mais de duas horas brincando.

Flashback OFF

Eu estava olhando para a menina, mas ao mesmo tempo estava me vendo ali quando era pequena. A lembrança me fez soltar uma lagrima solitária, mas que logo sequei antes que mais viessem. Queria sair dali, mas aquela garotinha me prendeu ali. Em um momento ela veio até mim.

- Oi. – disse sorrindo.

- Oi pequena. – me abaixei para ficar na sua altura.

- Quer brincar comigo? – perguntou tímida.

- Não sei. – fiquei pensativa.

- Tudo bem. – ela ficou triste.

Vi seus pais se aproximarem acho que preocupados. Mais estavam tristes também.

- Vamos brincar só um pouquinho. – sorri.

Ela sorriu de volta e saiu correndo. Levantei-me e fui atrás dela. Brincamos de guerra de bola de neve. Até que ela cansou, peguei-a no colo e a levei até seus pais que estavam sentados em um banquinho.

- Obrigada. – disse a mulher que pensei ser sua mãe.

- Não foi nada. – sorri.

- Foi sim. – disse o homem que estava abraçado a mulher.

- Você leva jeito com crianças. – disse a mulher.

- Acho que porque ainda sou uma. – ri.

O homem pegou a menina que estava no meu colo. Ela se virou para mim e sorriu.

- Como é seu nome? – perguntou a pequena.

- Meu nome é Bella e o seu? – sorri.

- Amy. – sorriu.

Despedi-me deles e fui para casa. Quando passei pela porta da sala vi Emmett, Jasper e Edward assistindo TV. Por incrível que pareça eles desviaram a atenção da TV.

Emmett: E ai piralha? – sorriu – Onde esteve toda a amanhã?

Bella: Oi Emmovel. – sorri – Eu estava andando por ai. Não tinha nada pra fazer. Mas pensei que estaria hibernando hoje.

Emmett: Eu também, mas Rose me acordou logo cedo. – fez uma careta.

Bella: Que dó de você. – ri.

Emmett: Você ri, neh? E o Demitri?

Bella: Viajou e só volta ano que vem. – dei de ombros.

Jasper: Bom dia pra você também Bella. – disse sarcástico.

Bella: Oi Jasper e eu já ia te cumprimentar. – mostrei a língua.

Jasper: Eu sei, só estava brincando. – riu.

Bella: Não me diga que Alice...

Jasper: Sim. Alice. – respondeu se enterrando no sofá.

Nem precisava dizer mais nada, só o nome da demoniazinha pink já dizia que ela havia começado logo cedo. Edward me olhava esperando algo, não sabia o que era e nem falaria um mero “bom dia” para ele.

Emmett: Vem aqui piralha. – bateu no sofá ao lado dele.

Olhei para ele e depois para o sofá. Ele estava deitado ocupando o sofá inteiro, não havia espaço para mim. O único lugar disponível era ao lado do Edward. Fui até o Emmett, me sentando no chão encostada ao sofá.

Jasper: Pensei que você estaria com Rose e Alice.

Bella: Sou fugitiva. – eles riram – Eu gosto de moda, mas tudo te um limite e elas ultrapassam esse limite. – fiz careta.

Enquanto assistíamos TV eu sentia um olhar me queimando, de vez enquanto dava uma espiada de rabo de olho e era sempre Edward. Comecei a ficar inquieta com a persistência daquele olhar, mas tentei fingir que nada estava acontecendo.

Emmett: Esta com formiga na bunda? – perguntou bagunçando meu cabelo.

Bella: Não. – disse séria.

Emmett: Parece.

Eu aos poucos fui me distanciando na TV, minha mente foi voando longe e mais uma sessão de memórias começou a rodar como um filme...

... O aniversário de casamento dos meus pais onde eu fiz questão de participar mesmo tendo cinco anos...

... Meu pai me ensinando a jogar futebol...

... Eu quebrando um vaso dentro de casa com a bola de futebol...

... A viagem a Forks para conhecer onde meu pai nascera...

... A viagem a Disney quando tinha seis anos onde fiz meus pais pagarem vários micos comigo...

... Os natais em Nova York que eram sempre perfeitos...

... A mudança da minha família para a Califórnia...

... Minha chegada na casa mais linda e familiar...

... A primeira vez que fui ao mar...

... A primeira vez que fui a Hollywood visitar...

... Conhecendo a louca da Jane...

... A visita dos Cullen nas férias de julho...

... Eu e Edward brigando...

... Heidi nos defendendo de Anne...

... Eu, Jane e Heidi sempre juntas...

... Entrando para uma escolinha de futebol (Jane e Eu)

Balancei a cabeça para dissipar aquelas recordações, mas já era tarde algumas lágrimas estavam descendo pelo meu rosto silenciosamente. Respirei fundo e segurei a vontade de chorar. Mais alguém havia percebido o meu momento fraqueza e era quem eu menos queria que me visse: Edward. Ele me fitava intensamente. Continuei assistindo a TV e evitando pensamentos perigosos.

Durante o almoço o ambiente estava tranqüilo, mas parecia que tinha mais ali do que eu sabia. Muitas vezes percebi olhares analistas sobre mim. Havia varias conversas paralelas. Esme e Diana estavam pensando no natal. Alice e Rose em moda, claro. Carlisle e Edward falavam sobre alguma coisa sobre medicina. Jasper, Emmett e eu montávamos um plano para fugir da tortura de Alice e Rose.

Quando o almoço terminou. Quase todos estavam distraídos era o momento cutuquei Emmett que cutucou Jasper. Eles se levantaram discretamente, uma coisa quase impossível já que Emmett era enorme e seria difícil ninguém reparar na falta daquele grandalhão. Primeiro saiu Jasper, depois Emmett e eu fui a última olhando antes de sair totalmente da sala de jantar para ter certeza que ninguém havia dado nossa falta ainda. Quando cheguei na sala, sai correndo porta a fora até a garagem onde Jasper e Emmett já estavam dentro do Edge me esperando. Entrei rápido e saímos da mansão.

Emmett rodava pela cidade, mas não fazia diferença nenhuma. Parecia que só meu corpo estava ali, pois minha mente estava vagando entre pensamentos e sem pensar nada concreto no final. Eu tinha uma leve sensação que tinha algo errado. Tentei focar na conversa entre Emmett e Jasper, mas só entendia algumas palavras o resto era sons sem sentido.

- Bella! Bella! – alguém me chamava.

Abri os olhos e vi Jasper no banco da frente me fitando sério.

- Fala. – sorri.

- Você dormiu. – Emmett riu – Até babou.

Passei a mão na boca pra ver se era verdade, mas estava seca. Olhei para Emmett séria.

- Brincadeira Bellinha. – sorriu travesso.

Olhei em volta, estávamos na garagem de casa.

Bella: O que estamos fazendo aqui? – estava confusa.

Emmett: Você e eu moramos aqui.

Bella: Não deveríamos estar por ai fugindo de Alice e Rose? – ainda estava confusa.

Emmett: Ok acho que durante a nossa fuga da tarde você deve ter batido a cabeça e nós não percebemos.

Bella: Deixa pra lá. – preferi não entender mais anda.

Sai do carro sendo acompanhada pelos dois. Entramos em casa sorrateiramente ainda evitando ser pegos por Alice e Rose que deveriam estar umas feras. Subi direto para meu quarto, mas me arrependi na hora que abri a porta e vi Alice deitada na cama com uma expressão muito demoníaca. Tentei voltar para trás para sair dali, mas bati em algo, ou melhor, em alguém e claro que só poderia ser Rose com uma cara de matadora.

Bella: To fudida!

Alice: Pode apostar que sim. – sorriu maquiavélica – Feche a porta Rose. – pediu.

Fui empurrada para dentro do quarto, Rose fechou a porta e jogou a chave para Alice que pegou de primeira guardando. Dei passos para trás até cair sentada na cadeira da escrivaninha.

Alice: Onde você esteve a tarde toda? – continuava deitada na minha cama.

Bella: Por ai.

Alice: Seja mais especifica. – pediu.

Bella: Não dá. – fiz uma careta.

Rose: Por quê? – agora ela estava confusa.

Bella: Simples, porque nem eu sei. – fui sincera.

Rose: Ta falando sério?

Bella: To.

Alice: Como você sai e não sabe aonde foi? – ela já tinha tirado aquela cara de má, agora estava quase rindo.

Bella: To me perguntando a mesma coisa, sabia?

Rose: Só você mesmo Bella. – balançou a cabeça em descrença.

Alice: Voltando ao assunto principal. – voltou à cara de má – Sabe que não vai sair desse quarto tão cedo.

Afundei-me mais na cadeira, me preparando para a tortura fashion alicense. Ela sorri travessa e isso não era bom sinal. Dito e feito fui obrigada a ouvir sobre a formatura nos mínimos detalhes. Depois de umas duas horas eu já estava pedindo, implorando por uma saída.

Bella: Alice! – ela me ignorou – Alice! – e ela continuava falando sem parar – A.li.ce! – chamei – ALICE! – tinha perdido a paciência.

Alice: Euzinha. – sorriu.

Bella: Pela santa dos sapatos altos, por favor, me deixa sair. – implorei com as mãos juntas.

Alice: Mais ainda nem terminei de falar sobre a decoração das mesas. – fez cara triste.

Bella: Alice. Alicinha eu não vou casar com a mesa, eu só vou comer nela, então não precisa me contar se ela vai ser rosa, verde, azul, ou seja, lá que cor vai ser, entendeu?

Alice: Magoei. – choramingou – Vai! Vai lá e esqueci de mim. – estava fazendo um leve drama.

Bella: Sem drama, please.

Alice: Drama? EU NÃO SOU DRAMATICA! – se exaltou.

Eu não iria ficar mais nem um minuto ali, ou Esme ficaria sem uma filha. Alice até fez cara de fadinha sem pó mágico, mas eu não iria cair nessa e finalmente ela me estendeu a chave da minha salvação. Nem pensei duas vezes, peguei a chave, abri a porta e sai correndo. No meio do corredor enquanto eu olhava para trás me choquei com algo que me fez ir quase ao chão, mas senti que me seguraram. Abri os olhos e vi Edward inclinado me segurando para não cair.

Bella: Ufa, essa foi por pouco. – suspirei.

Mais logo me lembrei dos olhos verdes que me fitavam intensamente me deixando meio constrangida, ele me ajudou a ficar de pé, mas continuava me segurando pelos braços.

Bella: Obrigada. – disse sem encarar aqueles olhos verdes.

Edward: Não foi nada. – sorriu.

Ficamos assim uns segundos ele me fitando e eu desviando o olhar, estava ficando estranho o clima ali.

Bella: Já pode me soltar. – olhei para suas mãos em meus braços.

Edward: Ah claro. – pareceu acordar de um transe e tirou suas mãos dos meus braços.

- ISABELLA! – eu conhecia essa voz e me encolhi.

Edward: Esta fugindo de Alice?

Bella: E de quem mais seria? – falei seca.

Edward: Calma ai. – levantou as mãos em sinal de rendição – Guarda a faca.

Bella: Idiota. – resmunguei e sai andando deixando-o ali.

Parei no começo da escada. Eu não podia voltar para meu quarto ainda, no corredor estava a cacatua do Edward e lá fora estava nevando.

“Ótimo!! Pra onde eu vou?”

Sem idéias resolvi subir para o terceiro andar, onde tinha uma cobertura. Lá havia alguns sofás pretos, um colchão encostado a parede e mais algumas mobílias. Passei reto por tudo isso e fui até a porta de vidro que dividia a parte coberta da parte externa da cobertura. Sentei no chão encostada a parede e fiquei olhando através do vidro. Estava chovendo muito, o seu estava escuro e às vezes um relâmpago cortava o céu.

Ali eu me sentia presa a algo que não sabia, mas que me incomodou o dia inteiro e eu ignorei.

Ali eu sentia o peso daquele dia.

Ali eu percebia que não era forte, eu estava apenas usando uma máscara.

Ali eu via que havia mentido pra mim mesma dizendo que havia superado e que podia seguir em frente.

Ali eu estava sozinha...

Várias perguntas não respondidas rodavam minha mente. Mais uma era a chave de tudo.

“Por que eles?”

Eu queria ser a garota que meus pais descreveram naquele testamento. A Bella que podia chutar a bola pra frente... A que podia levantar a cabeça... A que sabia o que fazer... A que tinha certeza que estava no caminho certo... A moleca Swan... Mais não via nada da filha que eles falaram na Isabella atual.

E sem querer, as lembranças invadiram minha mente...

... Meus pais me mimando quando era bem pequenininha...

... Meus pais me levando para brincar no parquinho...

... A primeira vez que vi a neve caindo e sai correndo para o quarto deles...

... A primeira vez que fui ao Central Park e andei de bicicleta com meu pai, enquanto minha mãe nos assistia de longe...

... O primeiro natal que eu me lembro onde me apaixonei pelas luzes e enfeites...

... O meu aniversario de três anos que foi uma bagunça armada por meus pais...

... O primeiro dia na escola, quando agarrei as pernas da minha mãe, porque não queria ficar sozinha...

... O aniversário de casamento dos meus pais onde eu fiz questão de participar mesmo tendo cinco anos...

... Meu pai me ensinando a jogar futebol...

... Eu quebrando um vaso dentro de casa com a bola de futebol...

... A viagem a Forks para conhecer onde meu pai nascera...

... A viagem a Disney quando tinha seis anos onde fiz meus pais pagarem vários micos comigo...

... Os natais em Nova York que eram sempre perfeitos...

... A mudança da minha família para a Califórnia...

... Minha chegada na casa mais linda e familiar...

... A primeira vez que fui ao mar...

... A primeira vez que fui a Hollywood visitar...

... Conhecendo a louca da Jane...

... A visita dos Cullen nas férias de julho...

... Eu e Edward brigando...

... Heidi nos defendendo de Anne...

... Eu, Jane e Heidi sempre juntas...

... Entrando para uma escolinha de futebol (Jane e Eu)

... A festa surpresa de dez anos...

... A viagem a Austin (Texas) onde minha mãe havia nascido...

... A primeira vez em Paris...

... A primeira vez que esquiei com meu pai sendo meu professor...

... Os jogos de futebol que assistíamos juntos...

... Os desfiles de pantufas...

... As várias férias em família...

... As bagunças Swan...

... A orquídea...

... E Pink Wings...

Foram treze anos juntos. Trezes anos com momentos bons e ruins... Muitas emoções... Mais com muito amor...

Uma única palavra família...

Não parecia que já havia passado um ano, parece que foi ontem...

Flashback ON

Renée: Querida acorde! – ouvi minha mãe me chamando umas duas vezes antes de abrir os olhos.

Ela estava sentada na minha cama e papai estava encostado ao batente da porta nos olhando. Sentei-me na cama e esfreguei os olhos.

Bella: Bom dia! – disse sonolenta

Charlie e Renée: Bom dia!

Bella: Que horas são?

Charlie: São sete horas! – ele respondeu olhando no relógio no seu pulso.

Bella: Ah!! – reclamei

Renée: Só viemos nos despedir antes de ir para o aeroporto.

Bella: Vocês já vão? – perguntei manhosa.

Charlie: Já sim!

Bella: Então vou com vocês até a porta, tá?

Renée: Claro! – sorriu

Levante-me e apenas coloquei as minhas pantufas em forma de bola de futebol nos pés.

“São as minhas preferidas.”

Desci abraçada com os dois. Na sala já estavam Diana e Victoria pimenta. Soltei-me deles, enquanto se despediam das duas, pois eu gostava de ser a última, então fiquei esperando na porta.

Renée foi até Victoria pimenta e a abraçou.

Victoria: Boa viagem mana!

Renée: Obrigada e se cuida maninha!

Depois Renée foi até Diana.

Renée: Cuide da nossa menina!

Diana: Vou cuidar e boa viagem Renée! – disse e as duas se abraçaram.

Renée voltou a se juntar a Charlie e olharam para mim.

Charlie: Vem aqui pequena! – me chamou e abriu os braços.

Corri até eles e Charlie me pegou no colo, Renée se juntou a nos e ficamos os três abraçados que nem ursos. Depois se distanciaram um pouco e me fitaram.

Charlie: Nunca esqueça que te amamos...

Renée: E que não importa a distancia, estaremos sempre juntos! – completou.

Charlie: Comporte-se moleca do papai!

Bella: Como se algum dia eu tivesse dado algum problema! – disse fazendo bico.

Eles riram.

Renée: É só por costume querida!

Colocaram-me no chão e fomos abraçados até o táxi, sendo seguidos pela Pimenta e a Diana. Paramos ao lado do taxi e eles se viraram para mim. Cada um me deu um abraço e um beijo na testa. Depois entraram no táxi e foram embora. Fui para o meio da rua e fiquei olhando o táxi se distanciar, até que fez a curva e desapareceu.

(...)

Estávamos voltando a pé para minha casa, nossa tarde foi Mara e no futebol nos acabamos, estávamos detonadas.

Heidi: Só quero chegar a sua casa, tomar um belo banho e me jogar na sua cama!

Jane: Idem!

Bella: Leram meus pensamentos!

Rimos.

Jane e Heidi iriam dormir na minha casa, para fazer companhia, porque a “titia” Vic mesmo estando em casa era como se não estivesse.

Heidi: A pimenta tá em casa? – perguntou fazendo careta.

Bella: Ela me disse que ia sair de manhã e que não tinha hora para chegar! Espero que não volte!

Quando estávamos perto de casa, avistei uns carros de polícia e vários curiosos. Chegando mais perto percebi que o problema era na minha casa.

“La vem merda!” Respirei fundo.

Jane: Ixe problemas em casa Honey? – disse divertida.

Bella: É ainda bem que a Vic me disse para não aprontar nada e quem se mete em encrenca é ela!

Continuamos andando e entrei já que o portão estava escancarado, continue seguida por Jane e Heidi. Adentrei a mansão e na sala havia varias pessoas. Estava Victoria e alguns policiais no centro conversando. Olhei com mais atenção e parecia que Vic estava chorando. Dei uma olhada em toda a sala e encontrei Diana encostada em uma parede chorando. Foi ai que percebi que a situação era séria. Fui até ela e quando me viu abraço-me forte.

Bella: O que aconteceu Dih? – perguntei nervosa.

Mas ela não respondeu, estava me deixando mais aflita por não saber o que estava acontecendo. De repente sinto uma mão em meu ombro e me virei para ver Vic com olhos vermelhos, parecia que tinha chorado muito.

Victoria: Venha querida, precisamos conversa! – disse gentilmente.

“Agora realmente eu estava assustada.”

Ela passou o braço pelos meus ombros e me encaminhou até o sofá, onde nós sentamos. Olhei para Jane e Heidi, e elas também não entendiam nada. Um policia se aproximou de mim.

Sam: Boa noite senhorita Swan, sou o policia Sam!

Bella: Prazer policia, mas qual o motivo da visita? – perguntei tentando me manter calma.

Sam: Preciso lhe comunicar um fato e quero que se mantenha calma, tudo bem?

Bella: Cla... Claro, pode falar! – gaguejei.

Sam: O jato onde estava seus pais sofreu um acidente.

Bella: E como eles estão?? Onde eles estão??

Sam: Sinto muito, o jato caiu no mar e não houve sobreviventes!

Bella: Como???? Não isso não pode ser verdade!!!!! – disse mais para mim mesma, do que para eles.

Não conseguia pensar muito menos falar, deve ser um engano, repetia isso para mim mesma varias vezes.

Bella: Não isso não é verdade!!! Deve ter sido outro jato!!! – gritei nervosa.

Estava esperando que eles me dissessem que era mentira, que tudo não se passava de um pesadelo ou de um grande engano.

Sam: Infelizmente é verdade!

Bella: NÃO!!!! NÃO!!!!

Victoria: Querida calma!!

Bella: Como você quer que eu me acalme vocês estão me falando que meus pais morreram! – gritei para ela.

As lágrimas já escorriam pelo meu rosto e minha cabeça não conseguia associar o que me disseram. Comecei a chorar e a me desesperar, e sem perceber estava sendo abraçada por todos.

Bella: Dih me diga que é mentira? – implorei a ela.

Diana: Menina queria dizer que é mentira e te tirar desse sofrimento, mas é a pior das verdades! – disse chorando.

Continuei ali tentando entender o que havia acontecido, mas nada.

Flashback OFF

Em algumas horas todo meu mundo desabou e eu nem pude fazer nada, eu simplesmente fiquei parada enquanto ele girava até deixar tudo que eu sabia fora do lugar. Ninguém me deu tempo, nem me preparou para o que havia acontecido, simplesmente aconteceu.

Por mais que eu estivesse relembrando quase tudo não havia caído nenhuma lágrima. Eu estava presa entre o passado recente e o presente-passado, não havia como esquecer o que havia acontecido. Um trovão furioso rasgou o céu.

Eu precisava cair, mas não podia. Precisava tirar a máscara que usei um ano inteiro, mas isso mostraria o quanto sou fraca. A dor que estava presa em meu coração com corrente impedindo de sair, estava se debatendo e gritava para ser solta.

Levei um susto quando meu celular vibrou no bolso da jaqueta. Ignorei, não queria saber de nada. Mais o celular vibrou mais três vezes, o peguei e vi que havia quatro mensagens.

Abri a primeira.

De: Número desconhecido

Para: Bella

Você!

Abri a segunda.

De: Número desconhecido

Para: Moleca

Não!

Abri a terceira.

De: Número desconhecido

Para: Irmãzinha

Esta!

Abri a quarta e última mensagem.

De: E. C.

Para: Piralha

SOZINHA!

“Você não esta sozinha!”

- Você não esta sozinha! – uma voz quebrou o silêncio.

Olhei para trás. Lá estava ele. Edward estava parado em pé não dava para ver-lo direito, mas seus olhos verdes me fitavam com a mesma intensidade ou até mais. Ele estendeu os braços para mim. Levantei do chão e corri para ele. Abracei-o com desespero e ele me apertou contra seu corpo.

- Apenas sinta. Solte o que seu coração tanto prendeu! – disse em meu ouvido.

E tudo que eu tanto lutei, se foi. Eu não tinha mais força para lutar contra a maré de sentimentos que estavam tentando fugir das correntes.

“Chega! CHEGA!!!”

As correntes se quebraram e todos aqueles sentimentos me invadiram de uma só vez, me deixando sufocada. Agarrei-me a Edward com medo de ficar sozinha novamente e soltei tudo que estava preso.

Ali não havia máscaras... E nem mentiras... Apenas Eu!

Deixei-me ser dominada pelo coração e chorei. Chorei tudo que estava preso há um ano...

Música: Eu gostava tanto de Você (Tim Maia)

Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!

POV. Edward

- Apenas sinta. Solte o que seu coração tanto prendeu! – lhe disse em seu ouvido.

Ela finalmente soltou tudo que prendeu durante um ano. Ela se agarrou a mim e chorou. Suas pernas estavam fraquejando, então a peguei no colo. Caminhei até um dos sofás pretos. Sentei-me com ela no meu colo. Ela me segurava como se a qualquer minuto fosse evaporar entre seus dedos.

- Estou aqui. Sempre estive. E sempre vou estar! – lhe disse a apertando mais a mim.

Ficamos ali em silêncio. Palavras não eram necessárias.

Quando deu meia noite, ela foi se acalmando.

- Não me deixa sozinha. – pediu me fitando.

- Não vou deixa. – garanti olhando em seus olhos.

Nós ajeitei no sofá, deitei de costas e ela deitou sobre mim. Ainda chorava, mas aos poucos foi relaxando até que dormiu.

Bella...

Ela havia usa uma máscara durante um ano tentando mentir para os outros e para si mesma dizendo que estava tudo bem. Mas no fundo ela estava apenas querendo provar que era forte não chorando. Mais chorar não quer dizer que ela seja fraca ao contrario mostra quanto forte você é de assumir seus sentimentos e não ter medo de dizer que também sofre.

Para mim ela é uma guerreira... Não é fácil, mas ela enfrentou de cara esse primeiro ano sem Charlie e Renée... Mesmo seu mundo ter virado de ponta cabeça, ela lutou para seguir em frente.

Treze anos! Ela é apenas uma criança, mas já tem que passar por essa avalanche e se reerguer.

Ela é a filha de Carlisle e Esme. Mesmo não sendo de sangue, faz parte dessa família...

Ela é a eterna menina para Diana. E por essa menina Diana mataria se fosse preciso...

Ela é a protegia do Emmett. Nada e ninguém mexem com ela, sem mexer com ele...

Ela é a irmã que Alice sempre quis. A Barbie da Alice...

E ela é e vai ser pra sempre a minha irmã, minha piralha e companheira. Eu e ela até o fim...

- Bella... Nunca esqueça que você faz parte dessa família.

- Que jamais estará sozinha.

- Que quando cair, nós estaremos lá para te ajudar a se levantar.

- Que quando te fizeram chorar, estaremos lá para lhe fazer sorrir.

- Que quando a coragem lhe faltar, estaremos lá para lhe dar a mão e seguir com você.

- Que em todos os momentos... Tanto nos ruins, quanto nos bons estaremos juntos.

- E o mais importante você é uma Cullen!

Apertei-a mais a mim.

- Ontem, hoje e sempre estarei ao seu lado! Isso é uma promessa! Te amo minha menina!








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Notas finais do capítulo

E ai gostaram????

Eu disse que esse capitulo tinha que ser especial. Um ano da morte de Charlie e Renée.

Bom não tenho muito o que falar...

Mais agora eu revelei algumas coisas:

Bella é nasceu em Nova York!

Charlie é de Forks!

Renée é de Austin no Texas!

E agora vão algumas perguntinhas:

O que vocês acham que é Pink Wings????

O que será que vai acontecer agora com o Ed e a Bella???

E a principal: O que signifca pra vocês London Eye? (Espero uma resposta dessa ultima, ok???)

SEIS MESES DE VIDA!!!!!

Até o próximo capítulo!!!!
Uma Otimá semana!!
Um Bom 2011 com muitas fanfics, reviews,....

Smack Smack July



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