Tão longe quanto o cérebro humano for capaz de imaginar, é onde fica O-rorA. Um planeta disforme e vazio, banhado pelo colorido magnetismo que seu grande núcleo de ferro produzia.

As luzes da aurora quase tocavam o solo, produzindo uma sintonia metálica que espalhava-se junto dos fortes ventos. Cena impressionante, mas que já não surpreendia aqueles olhos pálidos.

Cobrindo o rosto com uma máscara negra para proteger-se da radiação, Yiliunminium ia sem rumo, deixando-se guiar pelo ar.

Caminhava como quem abre uma preciosa missiva. Não condizia com a fome crescente que sentia, após o imensurável tempo naquele deserto policromático.