Estima escrita por RMJ50


Capítulo 1
Capítulo 1




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Entardecer alaranjado cobria os grandes prédios centrais, pessoas saiam dos prédios depois do expediente de uma sexta-feira qualquer. Caitlyn caminhava tranquila pela calçada desviando dos transeuntes, carregava uma bolsa com alguns papéis e seu uniforme que tinha acabado de trocar que logo colocaria no porta-malas do carro. 

 Ela tinha estacionado na universidade hoje, como toda sexta-feira que não deixava o carro no subterrâneo da delegacia, o motivo ou melhor os motivos dela fazer essa curta caminhada estavam ali encostadas no seu carro se beijando enquanto suas bolsas e matérias das aulas de hoje estavam jogados sobre o capô.

 As duas jovens universitárias estavam concentradas de mais nos beijos para notar Caitlyn chegando até ela se fazer ser notada 

— Querem que eu abra o carro para terminarem no meu estofado — tinha um sorriso fino divertido vendo a mais baixa se separando da namorada como se estivesse queimando 

— Oh, Ca Caitlyn — rosto da mulher de longos cabelos rosa claro ficava o máximo humanamente possível corada enquanto a mais alta de cabelo azul olhava indiferente para recém chegada 

— Detetive — sorriso provocativo estampado no rosto — demorou, tive que me distrair 

— Powder! — bateu francamente na namorada antes de pegar suas coisas encima do carro

— Vem com a gente hoje Seraphine? — destrancou o carro para entrarem, Powder logo se sentou no banco da frente jogado suas coisas no chão

— Só a carona para casa mesmo — Seraphine colocou o cinto depois de sentar no banco de trás 

— Nada disso, vem com a gente sim — deixava pouco espaço para argumento — não vai ficar sozinha no fim de semana naquele apartamento 

— Pelo menos pegar umas roupas então? — Caitlyn via de relance enquanto manobra o carro da vaga, o olhar desconfiado de Powder para o banco de trás — juro que não vou subir e mandar vocês embora dessa vez

— Ótimo, sem truques passarinho — voltou atenção para o rádio do carro antes de aumentar o volume como sempre e Caitlyn fazer o processo contrário 

 E como tantas outras vezes as duas mulheres de cabelo azul discutiam sobre o volume do som enquanto Caitlyn dirigia pelo centro da cidade. Logo chegaram em um prédio residencial nos limites da região central da cidade

— Juro que vou ser rápida — a rosada pegou suas coisa e saiu do carro rumando ao prédio 

— Sem pressa, a da cartola não tem nada de importante para fazer além de engolir o rosto da minha irmã — gritou pela janela recebendo alguns olhares de quem passava antes de olhar com sorriso largo para a cunhada 

— Só usei a cartola na minha formatura, você nunca vai esquecer isso? — fingia indignação para a mais nova 

— Não — cantarola olhando distraidamente para portaria do prédio — você me conhece melhor que isso 

— Sim, uma baixinha ciumenta e provocadora — pescoço de Powder chegou a estalar de tão rápido que votou o olhar indignado para Caitlyn que deu um sorriso fino — você não pode discordar 

— Porque mesmo eu deixei de tentar te jogar pela janela e te dei intimidade? — desgosto no rosto da mais nova conseguiu quebrar a risada que Caitlyn segurava — muito tarde para dizer que tenho algo contra esse casamento ? 

— Você vai ter sua chance — dispensou facilmente ligando carro quando viu cabelos rosa passando pela portaria segurando sua mochila 

— Espero não ter demorado — logo Seraphine estava de volta ao banco de trás 

— Não foi nada querida — logo Caitlyn saiu da vaga ao rumo da periferia da cidade

— Então bolinho, a mãozuda e você tem planos ou só vão atrapalhar minha diversão ? — Powder gesticulou para banco de trás 

— Por que você tem que falar assim — namorada no banco de trás lamentava envergonhada

— Não nos divertimos só assim passarinho — debochou olhando pelo retrovisor o rosto vermelho de Seraphine — você que colocou maldade nas minhas palavras 

— Eu não tenho nada planejado — respondia salvando a concunhada de mais provocações — não perguntou a Vi?

— E você acha que ela ainda está em casa quando acordo? — Caitlyn as vezes se impressionava como as irmãs fechavam a cara da mesma maneira quando estão sendo crianças ciumentas — pensei que você saberia

— Você sabe que os trabalhos dela tem esses horários — Seraphine interviu do banco de trás

— Se não for pra me defender, prefiro que você não cante passarinho — as duas mulheres do lado alto da cidade riram, e Powder acabou se juntando a elas

Assim seguiu a viagem até a periferia, o casal energético e barulhento conversando com algumas intervenções da mulher mais velha que conduzia o carro. Logo chegaram ao seu destino, um prédio não muito alto, no meio de um pequeno centro comercial local com um bar de placa neon no sei primeiro andar, Caitlyn logo estacionou em uma garagem nos fundos

— Olha ela já chegou — fingia estar impressionado apontando com a cabeça para moto escorada na parede ao lado de um velho carro com peças faltando — vamos subir antes que ela estrague a janta 

Caitlyn pegou suas coisas calmamente e logo segui o casal para o lance de escadas até o terceiro e último andar 

— Chaves devem estar aqui — Seraphine revirava a bolsa bagunçada da namorada até Caitlyn passar por elas e destrancar a porta 

— Temos que dar uma chave para ela, aí não vou precisar tirar tantas cópias pra você — Powder mostrou a língua antes de puxar a rosada pela porta rumo ao quarto — que mulher madura estamos criando 

— Você é cunhada docinho, não minha mãe — zombou antes de trancar a porta 

 Caitlyn colocou suas coisas na mesa da sala e olhou se alguém estava no cozinha antes de seguir pelo corredor pintado de cores fortes e desenhos neon, parando para arrumar um dos quadros parede com uma foto velha com duas crianças pequenas e uma mulher de cabelos de tom roxo, antes de seguir para quarto de Vi onde escutava o barulho dos impactos no saco de pancadas antes mesmo de abrir a porta 

— Cupcake! Já está tão tarde? — Vi parou o saco e secou o suor na toalha no seus ombros 

— Não preciso nem perguntar se está a muito tempo aqui, se já perdeu a noção de tempo — deu beijo nos lábios dela antes de se sentar na cama e começar a tirar os sapatos

— Trouxe Pow-pow? — tirou o saco de pancadas do gancho o colocando ao lado do armário 

— Sim, Sera também — viu o nariz da noiva enrugar em desgosto — cada vez mais sei de onde Powder puxou esse lado ciumento 

— Não sei o que você está falando detetive — desviou debochando — pensei que suas deduções eram para serem corretas 

— Eu deixaria passar se você não tivesse questionado minhas deduções lógicas — deu sorriso de escárnio quando Vi engoliu seco e começou a contar nos dedos — desde que começamos namorar, Seraphine e a segunda namorada da sua irmã e você age como se tivessem te atacado pessoalmente só da presença delas 

— Eu não sou tão ruim assim docinho — se defendia fracamente 

— Pra ser ruim você tem que se esforçar sendo mais simpática — riu com a cara de cachorro caído do caminhão de mudança da noiva — Tanto Seraphine e aquela loira estrangeira foram sempre uns amores com você Vi, e aposto que você deve ter sido assim com o chefinho quando eles eram crianças 

— Ela foi muito pior com você — bico dela só fazia aumentar a diversão da mulher mais alta 

— Sua irmã tem literalmente um motivo clínico para ser paranoica Vi, e nos já superamos a fase que ela me trancava lá fora e jogava tinta pela janela — ambas riram antes de pegar as mãos uma da outra — mas sério, sei que você consegue fazer melhor. Já tem mais de um ano 

— Não prometo nada — sorriu debochada ao se levantar

— Todo que peço, agora vai tomar um banho antes do jantar — a beijou antes dela sair do quarto.


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Notas finais do capítulo

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