Afunde-se na terra devastada por baixo escrita por SrtaCass


Capítulo 6
Epílogo




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“A família é o lugar onde aqueles que caíram podem se levantar. É o cenário onde o perdão triunfa sobre a mágoa e a reconciliação prevalece sobre a hostilidade.” Anônimo

 

 

 

"Trim-Trim!" 

Lentamente recuperando a consciência, Dante abre os olhos e percebe que tem algo em seu rosto. Ainda acordando, Dante levanta a mão direita para tirar o objeto do rosto, vendo que era uma das suas favoritas revistas de modelo seminu. Olhando ao redor e descendo as pernas que estava dobradas em cima da mesa, Dante percebe que está no seu escritório em Devil may cry. 

"Trim-Trim!" 

Finalmente recobrando a consciência, Dante começou a rir enquanto lembrava o sonho maluco que acabou se tornando um pesadelo no final. Acho que eu deveria seguir o conselho do garoto, evitar de ver filmes estranhos com Vergil. 

"Trim-Trim!" 

Suspirando, Dante pega o telefone do gancho e responde com sua famosa recepção. 

— Devil May Cry, no que podemos ajudar? 

— Vejo que hoje vocês não tiveram trabalhos em cheque para conseguir me atender pessoalmente. 

Dante afastou o telefone da orelha e o olhou com confusão. Peraí, isso foi um déjà vu...? 

— Hum, bem, eu achei que você ligaria para Lady e Trish primeiro...? — Perguntou Dante inquieto. 

— Certamente, liguei para elas mais cedo mas ainda não tive retorno. — Respondeu Morrison. 

Dante levantou ao sentir várias emoções transbordarem dele ao mesmo tempo. Mas a que o dominava era alívio e felicidade. Tanta felicidade que mal conseguiu manter as lágrimas de cair pelo rosto. 

Então, era verdade. De uma forma ou de outra ele conseguiu voltar no tempo antes dos acontecimentos que os levaram para aquela tragédia. O poder daquelas rosas era insana ente poderoso mesmo. Se elas cair na mãos erradas ou pior, ser consumidas por aquele demônio parasita, nada o irá detê-lo nesse mundo, nem mesmo a linhagem de Sparda. 

Pensando em várias planos e estratégias para o confronto que eles terão com aquele lugar, Dante percebeu brevemente que Morrison ainda estava na linha. 

— ...Como também não tive retorno do Nero, acredito que vocês estariam disponíveis- 

— Sim, iremos pegar o trabalho, me passa só o endereço. — Cortou Dante enquanto pegava a caneta para anotar rapidamente. 

— Vejo que você está animado para ir. — Mencionou Morrison. 

— Há, há, você não faz ideia. — Disse Dante soltando uma risada seca. 

Animado é um eufemismo. Nada agora irá parar a raiva que transbordava pela aura do lendário caçador vermelho. Não até que aquele maldito lugar esteja queimado até o inferno junto com seu parasita. 

Terminando de anotar tudo que já sabia do lugar e despedindo da ligação, Dante andou ao redor da mesa e foi rapidamente para a direção da porta dos fundos. 

Abrindo a porta dos fundos com força o suficiente para fazê-la bater com um alto barulho na parede de atrás, Dante encontra uma visão diferente da primeira vez que passou por essas portas. 

Vergil e Nero estavam parados no meio do quintal com as pontas das espadas encostadas no enquanto os dois as seguravam, entretidos numa conversa entre pai e filho. 

Ouvindo a comoção, os dois se viraram para encontrar um Dante os olhando com um olhar fascinado. 

— O que? Você acha que não podemos ter uma conversa normal? — Perguntou Nero suspirando. — Não precisamos só ficar espetando um aos outros com a espada, velho. Podemos ter uma boa interação conversando. 

— Mesmo que a luta seja uma boa forma de deixar o treinamento em dia, devo concordar que Nero está certo. — Disse Vergil com um orgulho brilhando em seus olhos. — Podemos tanto treinar como também ter um bom convívio socialmente. 

Nero sentindo tímido pelo elogio disfarçado de seu pai, ele cossa o nariz com vergonha, sentindo o rosto quente de vergonha. Tentando rapidamente mudar o assunto, Nero mudou para outro tópico. 

— Então velho, o que te fez ficar com raiva mais cedo? Sua aura demoníaca estava irradiando a ódio absoluto. — Comentou Nero mal disfarçando a preocupação. 

O que surpreendeu pai e filho foi quando finalmente olharam para o lendário caçador vermelho, o encontrou olhando melancólico para eles com lágrimas descendo pelo rosto e pela barba matinal, com um sorriso bobo adornando seu rosto. 

— Dante? Está tudo bem? — Perguntou Nero agora preocupado. 

— Se algo saiu do controle, podemos aniquila-lo. Então pare de chorar, idiota. — Repreendeu Vergil tentando consolar o irmão. 

Sem perder mais tempo, Dante desceu na porta e foi em direção a eles, assim finalmente abraçando eles fortemente. 

E pensar que ele quase perdeu isso já o faz querer desmoronar de joelhos ali mesmo. Ele já perdeu a primeira família dele, Pai e depois mãe e Vergil. Então sim, ele sabia o que era perder tudo e acabar sozinho. Mas agora que tem Vergil, Nero, Lady, Trish, Nico e todo o restante da família que estão em Fortuna, perder isso é a única coisa que ele não suportaria. De novo não. 

Com isso em mente e com sua família em seus braços, Dante percebe que mesmo que essa família seja disfuncional, ainda estão no caminho certo para dar o melhor de si todos os dias. E era uma família que ele não trocaria por nada. Com esses pensamentos concluídos, Dante começou a prestar atenção em sua volta. 

Ouvindo Vergil reclamar e Nero fazer perguntas sobre sua saúde, Dante os saltam e coloca um sorriso feliz enquanto olhava para eles. 

— Tenho boas notícias e más notícias, qual vocês querem ouvir primeiro? — Perguntou Dante alegremente. 

E desta vez, ele protegerá essa família e o mundo custe o que custar. 

 

...

 

 

— Bem, a boa notícia é que a missão que iremos ir hoje deu tudo errado e pelas circunstâncias consegui voltar ao passado para mudar os eventos trágicos que acontecerão conosco.

— E o que exatamente aconteceu conosco...? — Perguntou Nero duvidoso.

— Provavelmente Dante foi inconsequente e morreu de forma idiota. — Teorizou Vergil olhando para Dante sem surpresa.

— Então, essa é a notícia ruim, vocês dois morreram por veneno mortal de vinhas espinhosas. — disse Dante evitando olhar os olhos do pai e sobrinho, ainda não superando o desamparo e dor que passou.

Pai e filho se entreolharam e depois olharam para o Caçador Vermelho.

— Dante, você está bêbado? — Perguntou Nero desanimado.

— Vinhas venenosas? Achei que você teria mais criatividade para mortes, Dante. — Reclamou Vergil com um olhar nada impressionado.

— O quê? Espera caras, estou falando sério aqui! Eu estou sóbrio agora! — Disse Dante estupefato.

Pai e filho se entreolharam mais uma vez e chegaram numa conclusão.

— Eu disse que vocês já estão na idade de ir para o asilo. — Suspirou Nero, antes de avisar que entraria para ligar pra Kyrie.

Vergil olhou o filho entrar e se virou para o irmão.

— Acho melhor você ficar para trás, você não parece está num juízo perfeito, Dante. — Aconselhou Vergil antes de entrar murmurando que deveria jogar todo o álcool do lugar no lixo.

Dante, ainda estupefato, ficou para trás pensando se essa família era uma benção ou um castigo.

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos por chegarem até aqui!
Espero que tenham gostado dessa pequena história.
Pensei em fazê-la como um one-shot mas acabei decidindo dividi-la em capítulos para poder revisar os erros sem pressa.
Obrigado à todos por colocar em favoritos e seguir a história! ❤️



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