Okra Soup. escrita por envy


Capítulo 1
Capítulo Único.




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- Pronto, crianças! – Disse Elliott, saltitante como uma gazela louca com um enorme prato côncavo em suas mãos ao ar. – Preparem-se para o meu delicioso Flan de Quiabo.

Certo, sabemos que quiabos e flans não combinam, mas Elliott e suas desastrosas receitas culinárias podiam tudo. Tudo mesmo. Até convencer três idiotas a participarem da degustação, ele conseguiu.

- Calminha, que tem pra todo mundo. Não precisa avançar. – Colocou (lê-se: jogou, mesmo) o prato na mesa e observou os garotos por três segundos. Olhavam para a gosma verde com um nojo do cão.

Mark arriscou mostrar a língua. Anthony murmurou algo do tipo “Que nojo.” Taylor olhou para os lados procurando ajuda pros Shinigamis.

Elliott notou que não haviam utensílios com os quais saborearem a sua beleza de Flan. Correu para a cozinha para procurar colheres.

Cadê as malditas?“ Pensou, enquanto se enfiava no balcão debaixo da pia.

Voltou com os ditos cujos objetos, mas se deparou com uma cena bizarra: Os três tentando fugir pela janela da sala. Quando gritou “QUÊ?” os três o perceberam e Anthony ou Mark conseguiu jogar Taylor pela janela. Com um baque surdo, o outro se levantou rapidamente, observando os dois serem amassados pela enorme bunda de Elliott, que pulara em cima dos outros dois amigos.

- AH! Peguei dois!

- Vá buscar ajuda, Taylor! – Gritava Mark, tentando se levantar do peso, mas sem sucesso, levantando a mão como pedido de ajuda.

- Chame os bombeiros! – Gritava Anthony também com a mão levantada.

Taylor não sabia o que fazer, enquanto Elliott o olhava com o olhar assassino. Sabendo que se levantasse poderia perder dois.

E enquanto isso, Taylor imaginava o que Elliott podia fazer com seus doces e únicos amigos. Poderiam eles virarem shinigamis o mais cedo possível? Ou um encontro com a Dona Morte?

- Fiquem calmos, amigos! Eu não vou descansar até arrumar um jeito de salvar vocês! – Se virou para os lados, procurando ajuda.

Logo, foi chamado por uma voz conhecida.

- Ei, Taylor. Quer jogar bola?

Taylor ficou observando os dois amigos – com cara de tonto - e o cão sentado em cima deles, pensando nas consequências de ajudá-los.

- Legal, eu fico no gol. – E saiu.

- TRAIDOR! – Gritou Mark, batendo no chão com as mãos em punhos.

- Nunca mais venha falar comigo! – Gritou Anthony, cruzando os braços.

Elliott sorriu assustadoramente. E se levantou puxando os amigos pela gola da camiseta.

- Não adianta reclamar, meninos. Vocês dois foram escolhidos para provar o meu fabuloso Flan de Quiabo. – Sorriu ele, passionalmente.

- Sai fora! Você não pode nos obrigar!

- É isso aí! Por que nós deveríamos obedecer você?

- Ora... – Começou, encostando-se à mesa. -... Esqueceram-se do acordo que fizemos? Eu continuava passando minhas tarefas para os incompetentes que são vocês se me ajudassem com a minha receita!

Mark fez uma expressão de que acabara de se lembrar, mas Anthony continuava irritado.

- Você e sua bendita preguiça, Mark! Eu disse que ele nos pegaria. – Cruzou os braços se sentando na cadeira enquanto Mark o acompanhava. Os dois olhavam para o prato que ainda estava vazio.

- É assim então? Vai ser um bocado de Flan pra cada questão, falou? – Irritou-se Mark, com os braços cruzados.

- Tudo bem. – Riu Elliott assustadoramente. – Porque este Flan deve estar uma delícia! Esta é uma receita que eu vi na tevê ontem à noite. – Começou sorridentemente, mas foi interrompido pelos dois.

- Tem certeza que não confundiu com aquele filme do Harry Potter quando jogam o Voldemort no caldeirão? – Perguntou Mark, colocando a língua para fora.

- É mesmo! Ficou igualzinho...

- Deixem de ser bobos. Sintam só o aroma delicioso que sai do prato. – Disse, não se importando com o que os garotos diziam, colocando um pouco em cada prato.

Os dois, relutantes, cheiraram o prato. Mark fez uma enorme força para não vomitar, afinal, o que tinha naquilo? Tinha certeza que tinha um forte cheiro de ovo podre. Saiu uma lágrima de seus olhos.

- Podemos voltar atrás? Eu acho que vou conseguiu fazer as tarefas sozin...

- UMA OVA! Parem de enrolar e comam logo esse troço! – Irritou-se jogando mais de sua deliciosa receita nos pratos dos garotos. – Muito bem, eu não vou sair daqui até que vocês dois resolvam comer. – Começou, cruzando os braços e se sentando numa cadeira de frente pros dois.

Trimm!

O telefone tocou, fazendo os três se dispersarem, mesmo nenhum dos dois tendo tocado naquela gosma esverdeada.

- Er... O telefone, Elliott. – Disse Mark, sorrindo, apontando para o local de onde vinha o barulho.

Trimm!

- Você vai ter de ir até a sala atender! – Sorriu Anthony dando de ombros.

- Certo, mas quando eu voltar quero ver os dois pratos vazios! – Disse Elliott, enquanto se distanciava para a sala, irritado.

Tri... O telefone fora atendido.

- Pode ficar tranqüilo! Nós vamos comer tudinho...

Os dois se levantaram silenciosamente. Entreolharam-se e pegaram os pratos.

- Rápido, Anthony, vamos jogar isso pela janela! – Sussurrou para o amigo que fez uma expressão assustada. – Você quer comer esta gororoba gosmenta? – Perguntou, irritado.

- Mas e se ele descobrir?

Mark pensou se não teria como trocar o amigo por um mais inteligente.

- Ele só vai descobrir se um certo burro der com a língua nos dentes. – Irritou-se, dando ênfase à palavra ironicamente.

- Legal! Como os burros só existem em fazendas e estamos numa cidade grande, acho que não tem problema. – Sorriu, indo até a janela de onde o amigo havia escapado.

Os dois deram de ombros e começaram a jogar a gororoba pela janela.

- Prontinho, meninos. Era o Andreas, ele disse que está vindo para cá.

Mas ao perceber que os dois garotos estavam na janela com dois pratos e o observando assustados.

- O QUÊ VOCÊS ESTÃO FAZENDO AÍ NA JANELA? – Perguntou, correndo para onde os garotos estavam.

- Na janela? Bom... – Começou Anthony, tentando se desculpar e colocando o prato limpo ligeiramente atrás de suas costas.

- É que... É que... Er. – Gaguejou Mark, não sabendo o que dizer. Foram descobertos.

- O Mark queria soltar um pum e eu disse que era falta de educação fazer isso na mesa!

- QUÊ? – Gritou Mark, achando aquilo uma puta falta de sacanagem.

Elliott fez uma expressão assustada.

- É mentira! Retire o que disse! Veja só, minhas mãos nem estão amarelas. – Começou Mark, se defendendo e mostrando as mãos.

Anthony se curvou para Mark e sussurrou:

- Idiota! É só uma desculpa pra enganá-lo.

- Mas porque eu tive de ser o culpado? O porco aqui é você! – Disse, cruzando os braços.

- Certo, certo. E que tal se eu dissesse que um de nós estava apertado, sem definir realmente qual dos dois era? – Perguntou Anthony, abandonando o modo como estavam sussurrando. Deixando um Elliott calmo, que revirou os olhos calmamente e esperou uma resposta.

- Bom, se é assim, tudo bem. – Sorriu Mark.

- Posso falar isso pra ele?

- Claro.

E se virou para Elliott.

- E então, qual vai ser a desculpa dessa vez?

- O negócio é o seguinte: Nós aproveitamos que você tinha ido atender o telefone e jogamos toda a gororoba gosmenta pela janela.

- COMO É QUE É? – Perguntou Elliott, irritado. Muito irritado.

- ESCAPOU! – Gritou Anthony, tentando se desculpar, não sabendo para quem olhar.

- Seu burro!

- Não acredito que vocês fizeram isso! Jogaram o meu delicioso Flan pela... – Começou, indo até a janela. Soltou um grito. Viu um monstrinho cheio de gosma verde o olhar irritado.

- VOLDEMORT? – Perguntou Anthony, assustado.

- Um pote de sal! Um pote de sal! – Gritou Mark, indo até onde guardavam o sal.

- Seus burros! Voldemort não é uma lesma... – Começou Elliott, observando atentamente aquele ser, conhecia aquele rosto. -... É o filho do vizinho!

- EU VOU CONTAR TUDO PRA MINHA MÃE! VOCÊS ME OBRIGARAM A COMER ESSA COISA VERDE! – Chorava, correndo de onde viera.

- Não, espere! A culpa não foi minha! Foram os garotos que... – Apontou para os garotos que não estavam mais ali, ele se virou e gritou: - Parem já onde estão!

Correu atrás deles.

- Sujou! – Disse Anthony.

- Corre Anthony, é a nossa vida ou o quiabo! – Gritou, assustado, passando (lê-se: um pulo mortal se não estivessem em uma história) pelo sofá da sala. – A porta, estamos quase lá!

TAF!

- Cheguei! – Disse Andreas, batendo a porta com toda força no amigo.

- Levanta, Mark, ele vai nos pegar! – Gritou, fazendo o amigo se levantar, mas este não o fazia. Estava com o nariz latejando.

Pronto! Elliott subia em cima deles e dizia:

- Não acharam mesmo que iam escapar assim tão fácil, né? Lembrem-se que vocês trocaram fazer a tarefa pelo flan! Daí eu dava as respos... – Começou, mas fora interrompido por um “AHÁ!” do irmão.

- Esperem um pouco! É ISSO! – Ria.

- Nós já fizemos nossa tarefa! – Gritou Anthony. - Isso quer dizer que não precisamos mais comer essa gororoba! – Mostrou a língua.

Elliott os olhou perplexo.

- Detesto quando tem razão! – Elliott se levantou de cima deles e cruzou os braços, enquanto Andreas apenas observava.

- Venha amigo, vamos comemorar jogando bola com o Taylor. – Mark passou o braço pelo ombro do amigo.

- Ah! O doce sabor da vitória! – Sorriu Anthony, indo porta afora.

- Bom, e agora? Quem vai provar meu Flan de Quiabo? – Perguntou Elliott, olhando para Andreas, pensando se o amigo se disponibilizaria.

Mas esse deu um sorrisinho fraco e respondeu:

- Sabe, amigo, er... Eu vou ver se os meninos precisam de um gandula pro jogo... Tchau! – Sorriu e se mandou.

- Despeitados! Se eles não querem saborear o meu delicioso Flan azar o deles. – Falando sozinho, foi para a cozinha e sentou-se à mesa.

No campo...

- E aí, tchurma, em que time eu entrou? – Perguntou Elliott, entrando pelo campo.

- Nossa! Não agüentou comer aquela gosma?

Elliott os olhou com um olhar extremamente assustador, e, então, eles se calaram.

 

FIM. ~


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Notas finais do capítulo

Eae, eu mereço reviews? ;_;



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