A Mulher de Carmesim escrita por Mayara Silva


Capítulo 2
A Mulher de Carmesim


Notas iniciais do capítulo

Boa leituraa ♡ ♡ ♡



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Pub Cool Lights, Chanhassen – 20:30 hrs

 

Já não sabia mais o que fazer, mas pela primeira vez sua mente estava vagueando, não tinha uma direção.

 

Escolheu voltar para os velhos costumes de solteiro. Todavia, ao contrário das noites em claro com as companhias mais disputadas do lugar, preferiu pagar mais caro pelo segundo andar do salão, onde teria sossego e solidão. O ambiente ainda estourava suas cores extravagantes em roxo e vermelho, as grandes luminárias eram um espetáculo de beleza e as atendentes formosas faziam o que o cliente desejasse por uns "trocados" a mais. Ele isolou-se em seu canto, pediu um dry martini e ficou apenas a observar. Já não era o Prince predador dos anos 80, embora desejasse. Olhou para as morenas, as loiras, as ruivas; as viu ir e vir de mesa em mesa, porém, não conseguia escapar disto: sempre que pensava em dar um passo a mais, Mayte inundava os seus pensamentos. Prince suspirou, eram lembranças que lhe tirava toda a vontade de estar ali.

 

Contudo, por mais que estivesse buscando paz, sabia que sua mente atormentada jamais permitiria.

 

— Olá, amor… — sussurrou uma mulher, sentando-se ao seu lado.

 

Prince arqueou a sobrancelha, não costumava repelir investidas femininas, mas sentiu-se incomodado com as palavras dela.

 

— Hoje, eu não quero nada…

 

— Tem certeza? Porque, hoje, você me usou até não suportar mais…

 

Ele achou aquele diálogo muito estranho. Enfim resolveu olhar para aquela mulher e custou a buscá-la nas suas memórias mais profundas. Era uma ex-namorada? Uma ex-ficante? Algum caso não terminado? De qualquer forma, era muito formosa, ele certamente a convidaria para tomar um drink se não fosse casado. Tinha a pele escura e aveludada, os cachos cor de mel e os olhos amendoados. Os lábios eram carnudos, vermelhos e brilhantes; provavelmente tinham gosto de morango e eram macios, uma tentação pura. Não possuía nenhum adorno pelo corpo, mas o seu vestido carmesim o convidava para explorá-lo em todas as suas nuances. Era ela linda demais, Prince não se surpreenderia se já tivesse tido um caso com ela alguma vez na vida, entretanto, nada na sua aparência lhe trazia recordações.

 

— Qual o seu nome?

 

— O quê? Você me usa, diz que me ama e depois me esquece? — por um segundo ela pareceu chateada, mas a bloody mary servida pelo barman aparentemente a acalmou por um instante. Prince achou tudo aquilo muito intrigante, pois a mulher sequer havia pedido alguma bebida — Mas está bem, meu amor, eu te perdoo.

 

— Quando nós… ficamos? — ele indagou enfim.

 

A moça desconhecida levou a taça com o líquido vermelho aos lábios e saboreou gota por gota, como se cada gole fosse uma provocação direta aos questionamentos do moreno. Tornou a pousar o copo à mesa e usou uma das grandes unhas de gel para limpar delicadamente o canto da boca.

 

— O que você acha que sou sua?

 

Prince deu ombros.

 

— Alguma ex…

 

— Não, não, querido. Não sou ex de ninguém. Eu apenas apareço quando querem os meus serviços. É simples… é só gritar, que eu apareço — ela deixou um risinho escapar, em seguida tornou a olhá-lo. — Sou uma prostituta.

 

O moreno apertou os olhos e deixou um sorriso muito discreto de canto estampar os seus lábios. Um sorriso malicioso e, francamente, repleto de ódio.

 

— Você está me confundindo com outro, querida. Eu não saio com prostitutas. Eu não preciso disso. Esse tipo de diversão são para homens carentes e desesperados — balançou distraidamente o copo meio cheio. — Se quero uma companhia, tenho as modelos, as atrizes, as cantoras, não uma garota de programa de qualquer um…

 

— Aí é que está, meu amor… — ela sussurrou, e, por um segundo, ele sentiu um arrepio gélido subir a espinha — eu sou… única. Para cada cliente meu, eu sou diferente. Às vezes eu fico louca, às vezes eu grito, às vezes eu machuco, e, às vezes… — ela se aproximou sorrateiramente. Prince estava intrigado, estava assustado, mas não podia negar que ela o tinha na palma da mão — às vezes eu sinto vontade de bater. Eu firo sem pena alguma, e é um tanto prazeroso, incontrolável… Mayte que o diga, hum? Ela quase sentiu o poder do meu beijo…

 

Ao ouvir o nome da amada, Prince não pensou duas vezes e desferiu um tapa naquela mulher desconhecida. Foi um ato impensável, mas havia o feito. Estava furioso.

 

— Tire o nome da minha mulher da sua boca, sua vagabunda… — sussurrou.

 

— O que você sentiu agora? O que sentiu? — ela indagou. Embora os cabelos desgrenhados, o lindo batom vermelho fresco já manchado e um hematoma aparente na bochecha, tinha um lindo e diabólico sorriso no rosto — Se sente poderoso? Controlador? Se sente, não é? Porque é o único momento em que você pode controlar alguma coisa. Esse é o único momento em que você pode se pôr acima de Deus! Mas isso não funciona pra tudo, não é? A sua ira… ela não vai trazer o seu filho de volta.

 

Prince estava mesmo furioso, e cada palavra daquela mulher provocava o ódio que crescia em seu coração: ódio profundo pela situação em que se encontrava; ódio por sentir que, pela primeira vez, não controlava a situação, não controlava nada e estava à mercê das vontades do acaso.

 

— Sua vagabunda… — ele murmurou mais uma vez, dando as costas para aquela mulher.

 

Todavia, bastou se afastar do bar para se deparar novamente com a desconhecida que, mesmo fatigada pelo tapa, ainda tinha a sua mais bela formosura.

Ele a olhou, espantado.

 

— Vai fugir de mim? — ela miou de forma dengosa. — Não, não faça isso… Está sendo hipócrita, docinho. Assuma que você me usou… e que naquele momento não resistiu à tentação do meu prazer…

 

— Me deixe em paz!

 

Correu em direção ao banheiro masculino. Nunca usou os banheiros daquele lugar, mas, pela primeira vez, se sentiu tentado a se trancar por lá. Assim que adentrou, buscou se manter longe dos mictórios ou dos boxes. Curiosamente não havia ninguém. Estava sozinho.

 

— Não fuja de mim…

 

Ela sussurrou, e ele estranhamente a ouviu de dentro da sua mente; era uma sensação sufocante de se encontrar sozinho, mas de não estar sozinho.

Virou-se para um dos boxes e a viu sair de lá. Assim que seus olhos a alcançaram, a ira tomou novamente conta de seus pensamentos.

 

— Me deixe em paz, sua cretina!

 

Avançou em sua direção. Não sabia que diabos era aquela mulher, todavia, mesmo que usasse dos seus sortilégios, ainda era apenas uma única e solitária mulher.

A empurrou para dentro do box, em seguida a pressionou na parede com toda sua força e se segurou para não esmurrá-la no rosto. Ouviu o ruído perceptível da cabeça dela se chocando contra o azulejo, viu a sua expressão se contrair em dor. Os ossos das suas costas estalaram ao serem pressionados, sentiu uma falta de ar súbita que foi notada pelo moreno ao contemplá-la tentar puxar o ar mais uma vez. Prince não era um homem alto, mas compensava em força bruta. A desconhecida deslizou até o chão e, então, um sorriso torto surgiu em seus belos lábios.

 

— Goze… depois, se arrependa — sussurrou fracamente.

 

Ele tinha, de fato, vontade de descontar sua raiva nela, mas sabia que se entregar àquelas sensações a deixaria com a razão. Lentamente desfez o punho, abaixou a mão e se afastou sem tirar o olhar do seu. A morena permaneceu em seu canto, fatigada pelas escoriações, e os seus olhos amendoados não fugiram dos dele.

 

— Eu vou estar onde você for… Eu ainda tenho a chave do seu coração… da sua mente…

 

Em silêncio, Prince caminhou em passos cuidadosos até alcançar a porta de entrada e saída, se retirou sem dar as costas e, ainda absorto e desconfiado, voltou para o bar onde outros homens se serviam, o ambiente parecia um pouco mais aceso agora.

 

Voltou para o seu lugar, buscou o copo ainda sem desviar os olhos da porta, quando sentiu uma presença ao seu lado mais uma vez.

 

— Quero apenas água, por favor.

 

Disse um homem mais velho, se acomodando ao lado do cantor com certa distância. Prince se virou em um rápido movimento, como se aquele homem estivesse prestes a lhe apunhalar. Suspirou discretamente, ainda munido de tensão, ao notar que havia se enganado e que estava cercado por pessoas aparentemente normais; pessoas que não brotariam do nada e esfregariam seus pecados na sua cara. Disfarçou sua reação brusca e voltou a beber de pouco a pouco.

 

— Que noite, hein?

 

"Ótimo", pensou. Prince o encarou de soslaio, mas, devido à pouca iluminação do local, não conseguiu ver o seu rosto. Não que isso importasse muito, tinha outras coisas na cabeça, a última coisa que queria naquele momento era conversar.

 

— É uma noite agitada, mas aqui está bem tranquilo. Sabe… às vezes nós precisamos de algum escape para essas noites agitadas. Não é qualquer um que consegue viver no máximo o tempo todo.

 

O moreno tomou o seu drink e permaneceu em silêncio, ouvindo o homem tagarelar.

 

— Isso me fez lembrar que fui ver um amigo de palco hoje mais cedo, mas ele não estava em casa. Não sei… acho que ele devia vir pra esse lugar mais vezes. Talvez ele esteja vivendo no máximo e não percebeu a hora de parar.

 

Ao ouvir aquelas palavras, o cantor arqueou a sobrancelha. Finalmente resolveu olhar para aquele homem, e enfim entendeu a sua conversa estranha.

 

Larry Graham.

 

— Olá, Prince — disse o homem, com um sorriso no rosto.

 

Prince o encarou por alguns segundos, como sempre fazia, em seguida voltou a tomar sua bebida. Refletiu por uns instantes… Graham era um homem mais velho, mais experiente, e tinha algum conhecimento sobre coisas espirituais que nunca lhe interessaram tanto. Contudo, não sentia que sua aparição naquele lugar era mera coincidência, pois sabia que não frequentava aquele tipo de ambiente.

 

— O que veio fazer aqui? — indagou sem nenhum pudor.

 

O homem levou o copo com água que havia pedido aos lábios.

 

— Sabe… hoje, algo me inquietou para falar com você. Por que você não atendeu?

 

— Eu não queria falar com ninguém.

 

— É, eu sei, eu ouvi exatamente essas palavras bem ao fundo, no telefone.

 

Prince mordeu os lábios e disfarçou uma expressão envergonhada, levando a bebida à boca mais uma vez, até enfim terminar o conteúdo do copo.

Pensou, pensou, não queria dar o braço a torcer, mas só agora finalizara o drink e ainda se sentia sóbrio, não podia ter sonhado com aquilo.

 

— Larry… — ele virou para o homem, que notou a sua inquietude — tem um demônio me perseguindo.

 

Disse, e usou de tamanha convicção que mesmo o homem se surpreendeu. Não achava, não suspeitava, nem se importava em parecer louco; simplesmente havia afirmado. Estava desesperado, maquiado com uma pseudo-serenidade.

 

— Por que está dizendo isso? — indagou o homem, buscando entender os seus medos.

 

Prince não respondeu de imediato. Do contrário, buscou no olhar de Graham algum resquício de credibilidade, alguma ausência de escárnio, e encontrou uma preocupação fidedigna; seu amigo acreditava e estava seriamente concentrado. Aquilo lhe deu alguma coragem para prosseguir, embora suas próprias expressões neutras exalassem uma falsa indiferença. 

 

— Eu estava com raiva… — ele começou, imerso em pausas, ainda desconfiado — eu vi a minha raiva… eu a vi se materializar. Uma mulher de carmesim. Disse que eu a usei como uma prostituta… e que ela era tentadora. Ela sabia o nome da minha mulher… sabia que eu havia tentado… — e então, estagnou. Não tinha forças para confessar o que havia pensado em fazer com a mulher que jurou amar até à morte, e era essa vergonha que o deixava ainda mais furioso — eu quase…

 

— Prince… — murmurou o homem, evitando ser invasivo, porém mantendo a voz firme — você agrediu sua mulher?

 

Ele não respondeu de imediato.

 

— … quase…

 

Graham suspirou, um tanto surpreso, um tanto decepcionado, mas buscando ser justo nas palavras que usaria. Não desprezaria o amigo nessas horas, sequer precisava disso, pois sua mente já o estava castigando.

 

— Você entende dessas coisas, Larry… O que eu devo fazer? — indagou baixinho, como uma criança envergonhada por ter batido no coleguinha.

 

— Prince, eu não acredito em demônios, mas sei que eles existem. Porém, o que aconteceu com você foi algo diferente — o encarou mais uma vez e, então, reafirmou suas palavras. — Eu não acredito em demônios… eles mentem, mas esse não precisou mentir… o que significa que você reconhece a sua culpa. O que posso fazer é te orientar com algo que você já sabe… aí dentro, na sua mente, no seu coração: "Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus".

 

Prince ouviu cada palavra daquela, em silêncio, e cada uma trouxe para sua mente atormentada um tipo de reflexão.

 

— Isso é a bíblia, não é?

 

— Sim. Tiago, capítulo um, versículo dezenove e vinte. Faz algum sentido pra você?

 

O moreno lentamente balançou a cabeça, sem saber ao certo que resposta dar.

 

— Ter raiva é perfeitamente comum. É impossível ficar calmo o tempo todo.

 

Graham sorriu.

 

— É verdade. Rapaz… todos nós temos a nossa "mulher de carmesim". Ela é parte da natureza humana. E não precisamos ir tão longe, com as agressões físicas, uma simples palavra mal intencionada já faz toda diferença — disse-lhe com um soar engraçadinho, buscando deixar aquele papo mais leve. Levou o copo com água aos lábios mais uma vez. — Mas isso não legitima seus frutos. Nenhum deles, mesmo a palavra mais insignificante. Você aceitaria uma afronta de alguém que está apenas naturalmente expressando a sua raiva?

 

— Mas e se a pessoa tem razão?

 

— Prince… — ele repousou o copo na mesa — se tem razão, não precisa se irar. Deixe-me te dizer uma coisa… — e se aproximou, como se quisesse lhe confidenciar aquelas palavras — a manifestação da ira é a absoluta certeza da falta de razão.

 

Sem ter mais o que dizer, o cantor suspirou e se permitiu relaxar os ombros, um tanto desorientado. Desviou os olhos para o balcão e voltou a olhar o próprio copo vazio, com apenas resquícios da bebida em seu interior. Por um segundo se perguntou: que tipo de razão tinha naquela situação? Como gritar com a própria mulher, extravasar suas frustrações nela e quase agredi-la fisicamente o fazia estar certo de alguma forma? Mesmo que tivesse lhe escondido a informação de que era infértil, como suspeitava, no que isso o fazia ter razão?

 

— O meu filho morreu… — revelou ao amigo, ainda com o olhar vago sobre o copo.

 

Graham fora pego de surpresa. O olhou com espanto, depois com melancolia, mas disfarçou bem as duas reações. Todavia, não conseguiu lhe dar as condolências, pois Prince prosseguiu.

 

— Eu sonhei com Mayte desde o dia que eu a vi. Eu nunca olhei para uma garota antes e desejei tanto quanto a ela. Eu planejei tudo, eu idealizei a mulher com quem iria casar, eu idealizei quantos filhos iríamos ter, e simplesmente nada disso pode acontecer… — um barman se aproximou para recolher os copos, mas o moreno agarrou a própria taça, ainda sem tirar os olhos do utensílio, o que obrigou o funcionário a vir buscá-la em outro momento — Larry… eu estive perto de fazer uma besteira. Eu não consigo lidar com isso…

 

Depois daquela confissão, o ambiente parecia ter entrado em um vácuo profundo e silencioso. Mesmo a música tocando ao fundo, embora estivesse baixa e harmoniosa, ainda sim era quase imperceptível diante das palavras do moreno. Graham o esperou voltar ao próprio corpo para seguir com a conversa, sabia que ele precisava desse tempo. Prince era enigmático e gostava de passar pelo inferno sozinho, porém mesmo o homem mais resguardado às vezes cede ao peso da própria cruz.

 

— Eu não sei o que eu devo fazer… Pela primeira vez, eu não faço ideia…

 

— Bom… — o homem tomou o resto de sua bebida e, assim que a finalizou, passou a discretamente balançar o copo em um gesto pacificador — eu não sei quais são os planos do Senhor na sua vida, Prince, mas nada acontece por acaso. Você é um artista famoso, bem-sucedido, dono dos próprios negócios, é comum que queira controlar cada milímetro da própria vida. Mas há coisas que não conseguimos controlar… acasos, mistérios, destinos, nem tudo está nas nossas mãos. O conselho que eu te dou é: deixe que essa parte incerta da sua vida seja regida por alguém que entende melhor dos mistérios que nós. Descanse um pouco e pare de se preocupar tanto em estar no controle — Graham suspirou e deu uma ligeira olhada ao redor, o que instigou o cantor a fazer o mesmo, embora um tanto discretamente. — Olhe para as pessoas à sua volta. Acredite ou não, você não está só nessa situação, é mais comum do que parece. Essas pessoas vêm a esses lugares atrás de um escape, buscam esquecer um pouco o fardo da vida… Todos nós temos as nossas lutas… mas você, especificamente, não está lutando sozinho.

 

Prince enfim o encarou de soslaio, e ele prosseguiu.

 

— Sua esposa também está passando pela mesma coisa. Não acha que ela gostaria de controlar isso? Ela carregou o seu filho por nove meses, ela também idealizou essa criança. E agora, assim como você precisa dela, ela precisa de você. A raiva, a fúria, a ira, essas coisas afastam e destroem laços. Deixe que o Senhor cuide desses caminhos incertos e se concentre naquilo que você pode cuidar.

 

— Está me dizendo…

 

— Estou dizendo… — ele relaxou os ombros e afastou o copo de si. Já estava pronto para deixar aquele lugar, pois sentiu que havia dito tudo o que precisava falar — aposte em Deus.

 

O cantor ficou em silêncio. Ainda estava cheio de incertezas, mas sentia que o amigo fez o que estava ao seu alcance. Permaneceu ali, o vendo se levantar e partir.

 

— Larry…

 

Um instante antes de deixar aquele andar, o homem virou ao seu chamado.

 

— Obrigado.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:

Caminhou em passos vagarosos, com as mãos nos bolsos e sem nenhuma direção em mente. Não tomou o carro, não quis dirigir após beber, não quis chamar o seu motorista particular, apenas sentiu a necessidade de ficar um pouco sozinho. Uma chuva passageira iniciou e, por um segundo, esta lhe pareceu lavar a alma. Fechou os olhos, deixou que a água escorresse pelo seu corpo, pelos seus cabelos, por suas joias e, enfim, quando os abriu, notou as gotas cintilarem as luzes de uma igreja. [...]

Ele sabia que, ali, ele não era o artista mundialmente famoso. Ele era apenas Prince Nelson.



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