Girl, Pitstopped escrita por KendraKelnick


Capítulo 9
Dia 2- Velma Pit… stop! – parte 3




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            O caminho para Pitstop Manor foi silencioso e tranquilo – exceto pelos pensamentos intrusos e absurdos que surgiam na cabeça de Velma, fazendo-a reparar na beleza física de seu amigo Fred Jones. Velma tentou ao máximo se livrar de tais pensamentos, não apenas porque Fred era seu amigo e namorado de sua amiga, mas também porque esse tipo de pensamento apenas afirmava o que Daphne havia dito sobre ela. Ao chegar à mansão, Daphne e Fred se despediram e prometeram voltar mais tarde para ajudá-la a diminuir a quilometragem da Compact Pussycat.

            De dia, a mansão não parecia assustadora. Não havia barulhos misteriosos ao redor, não havia portas se mexendo sozinhas, nem sinais de que algum fantasma estava à espreita. Assim, Velma se sentiu à vontade para caminhar pelos corredores e conhecer melhor o lugar em que ela teria que ficar pelos próximos dias. Ao chegar ao terceiro andar, Velma estremeceu ao ver o quarto de Penélope destrancado. O mesmo quarto estava trancado na noite anterior, quando Marcie tentou abrir a porta, e Daphne havia dito que a própria Penélope o havia trancado. Ao entrar nesse quarto, Velma viu a cama desarrumada, os armários e gavetas abertos e outros vestígios de que ela havia tomado banho e se arrumado naquele local há algumas horas – apesar de não se lembrar disso. Apesar de ser inexplicável e assustador, esse fato lhe tranquilizou um pouco, afinal, era a única prova de que ela não estava mudando sua aparência e sua personalidade por vontade própria. “Vamos, Velma, reaja! Apareça, onde quer que você esteja!”, ela pensou.  Mas não recebeu nenhum sinal de si mesma. Ao invés disso, ela pegou um exemplar da revista Vogue que estava na prateleira e se jogou na cama para ver alguns looks.

            Para a surpresa de Velma, ao abrir a capa da revista, ela não encontrou nenhum look. Nenhuma matéria sobre moda, nem sobre cosméticos… ao invés disso, ela viu artigos científicos diversos, e logo ela reconheceu aquele conteúdo. “Hey, isso aqui é a revista Nature!”, inevitavelmente ela exclamou. “Mas por que diabos uma garota como a Penélope teria uma revista Nature? E escondida atrás de uma capa da revista Vogue?”. Velma tentou folhear através dos artigos, mas nenhum lhe interessou, e logo ela jogou a revista longe. Em um impulso de auto-afirmação, ela insistiu em pegar a mesma revista para ler – e, quem sabe, despertar a Velma adormecida dentro de si -, mas na quarta linha de um artigo sobre inteligência artificial ela desistiu novamente. E suspirou, ao perceber que sentia que aquilo era chato e desinteressante. Mesmo sem querer, seu corpo migrou para a prateleira novamente, ávido por outra revista Vogue, mas ao abri-la, descobriu outra revista Nature escondida. E assim foi com todas as revistas disponíveis, até chegar nos livros, que infelizmente repetiram o mesmo padrão de capas falsas. A saga Crepúsculo escondia livros de Sartre e Simone de Beauvoir, Harry Potter era uma coleção de filosofia grega oculta, e Cinquenta Tons de Cinza eram volumes de livros universitários de Engenharia Mecânica.

No último livro – uma capa falsa de Jojo Moyes ocultando um livro de Stephen Hawkin-, Velma encontrou uma surpresa ainda maior: fotos de Sylvester Sneekly.  Não apenas fotos comuns, tiradas em eventos e momentos em família, mas fotos de todos os tipos: uma cópia da carteira de motorista de Sylvester, a foto do passaporte de Sylvester, fotos de Sylvester tiradas de jornais e revistas, uma foto rasgada do livro do ano de Sylvester adolescente, e até mesmo fotos de Sylvester dormindo, ou em situações em que ele claramente não sabia que estava sendo fotografado. A última foto mostrava Penélope e Sylvester sorrindo abraçados, e vários corações desenhados ao redor deles com caneta cor-de rosa. “Jinkies! Parece que Penélope tem um segredo!”, Velma inevitavelmente exclamou em voz alta – e a exclamação a alegrou, por mostrar que a Velma real ainda estava dentro dela. Nas páginas seguintes, mais surpresas: papéis dobrados cheios de cálculos e projetos científicos, certificados de cursos de robótica, física e tecnologia, diários secretos e… muitas cartas de amor de uma adolescente obcecada e apaixonada secretamente pelo seu tutor que, por sua vez, não correspondia o seu amor, nem demonstrava nenhum interesse nela. “Bem, certamente Penélope não é o tipo de garota que eu pensei que ela fosse, e certamente aquele crime não ocorreu exatamente da maneira como a mídia noticiou, ela não foi atacada e ele não era obcecado por ela…”, ela concluiu. “Então, se a Penny não é quem eu pensei que ela fosse, a única razão para eu estar me tornando quem eu pensei que ela fosse é que eu realmente estou fazendo isso voluntariamente…e não por causa de uma maldição, possessão ou coisa do tipo…afinal, a alma dele não deve estar querendo nenhuma vingança…”, ela pensou. E suspirou de decepção logo em seguida, pois ela não queria que Daphne, Madelyn e os demais estivessem certos sobre sua nova personalidade.

“Deve ser horrível esconder de todo mundo quem você é de verdade e viver uma mentira pública por anos”, Velma desabafou enquanto juntava os papéis e fotos secretos e os colocava no lugar. O desabafo, afinal, também servia para ela. Talvez ela estivesse vivendo uma mentira ao longo de sua vida, sendo a garota inteligente e fora dos padrões de beleza. Talvez ela realmente fosse como as garotas populares que ela tanto criticava, mas nunca teve coragem para assumir isso. E talvez agora essa coragem tenha chegado por algum motivo. Seria a amizade com Daphne o motivo? Ou seria o contato com Penélope, afinal, a verdadeira Penélope e a nova Velma eram muito parecidas em seus gostos simultâneos por ciência e moda… talvez Penélope tenha disparado algum gatilho inconsciente? Porém, quando Velma estava prestes a ter certeza de sua mudança voluntária, o telefone tocou para semear algumas dúvidas.

Sra. Mertens: Olá, por favor, queria falar com a irmã da Madelyn… é Velma, certo?

Velma: Sim, é ela… o que houve com a Madelyn?

Sra. Mertens: Nós também gostaríamos de saber… sua irmãzinha está trancada em nosso banheiro chorando compulsivamente há mais de meia hora e dizendo que quer acabar com a própria vida, não sabemos o que fazer… na verdade, nós tememos por ela… o resgate está a caminho, mas talvez alguém da família possa ajudar…

Ou, talvez, o motivo fosse o estranho fato de uma pirralha arrogante, exibida e cheia de si como a Madelyn estar chorando em um banheiro e querendo tirar a própria vida: ou seja, de fato, algo muito bizarro estava acontecendo.

Velma: Querida, me passe a sua localização que eu estarei aí em dez minutos, ok?

Assim que Velma recebeu a localização, ela deixou Pitstop Manor em alta velocidade. Havia vantagens em ser como Penélope, afinal: ao invés de dez, ela chegou em cinco minutos.

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            Sra. Mertens: Que bem que você veio, Velma… bem, nós contratamos os serviços de mágica de Maddie e Luan Loud para a festa de nosso filho, mas por algum motivo, Maddie errou todas as mágicas do show… nós não a culpamos, nem nada, mas ela ficou extremamente frustrada por isso e teve uma crise… infelizmente, as crianças e a Luan não foram muito compreensivas com ela, talvez seja por isso que ela não quer sair de lá… venha, eu te mostro o caminho…

            Ao chegar à porta do banheiro, Velma também não se mostrou muito compreensiva.

            Velma: Madelyn, saia daí agora antes que eu passe por cima dessa porta e te arranque daí!

            O sotaque sulista e a maneira ameaçadora com que Velma falou fizeram Madelyn abrir a porta imediatamente e enxugar os olhos vermelhos de tanto chorar. Ao invés de sair, ela puxou Velma para dentro do banheiro e tornou a trancar a porta. Lá dentro, ela olhou para a irmã com surpresa e continuou a chorar.

            Madelyn: Você estava certa, tá legal? Melhor dizendo, você está certa, alguma coisa muito bizarra está acontecendo, você e eu estamos totalmente estranhas e eu estou desesperada porque não sei o que fazer! Eu não sei mais ser eu mesma, Velma, eu não sei como voltar a ser eu!

            Velma: Madelyn, querida, fique calma…

            Madelyn: CALMA? Eu errei todos os truques de mágica na frente de todas as crianças do Ensino Fundamental… eu virei uma piada naquela escola, a Luan agora me odeia e me demitiu do show dela, e a minha reputação foi arruinada para sempre!

            Velma: Como assim você errou seus truques de mágica? Você não faz outra coisa na vida, querida!

            Madelyn: Pois é! Eu fiz tudo certinho, eu treinei um milhão de vezes, eu cheguei até a consultar os livros e vídeos de mágica, e mesmo assim eu erro no final! Não existe explicação lógica para isso, eu faço as mesmas coisas de sempre e o resultado simplesmente é diferente e não dá certo! E o pior é que todo mundo diz que eu estou fazendo isso de propósito, MAS EU NÃO ESTOU!

            Madelyn chorava e tremia como uma criança pequena. Velma sentiu muita pena dela e a abraçou.

            Velma: Olha, querida, eu não sei o que está havendo conosco, mas eu acredito em você, ok? Eu também me sinto assim, mesmo não fazendo ideia do que está havendo… nós vamos dar um jeito nisso…

            As palavras de Velma fizeram o choro da menina cessar, e ela a abraçou com força. Em seguida, ela se soltou do abraço e olhou para Velma com um pequeno sorriso nos lábios.

            Madelyn: É, parece que estamos estranhas mesmo, em condições normais a gente nunca se abraçaria e se apoiaria dessa forma…

            Velma: Esse é o lado bom de ser esquisita, querida…

            Madelyn: Mas o que vamos fazer? Ninguém vai acreditar em nós!

            Velma: Bem, primeiramente vamos sair desse banheiro, ok?

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            Velma: Agora, fique aqui em casa até a mamãe e o papai chegarem, ok querida? Não faça nenhuma mágica, nem fale com ninguém. Eu tenho que ficar em Pitstop Manor, senão eu não receberei o dinheiro, mas na hora do jantar eu volto… vou precisar do seu álibi novamente para enganar a mamãe… e, se possível, gostaria que você dormisse comigo lá esta noite, podemos investigar e tentar achar alguma pista sobre o que está havendo… sei lá, talvez aquela casa tenha algum fungo alucinógeno nas paredes e nós nos intoxicamos, alguma coisa do tipo…

            No momento em que Velma e Madelyn se despediram na porta da casa dos Dinkley, o celular de Velma tocou e o rosto de Daphne apareceu na tela. Velma suspirou antes de atender a ligação.

            Daphne: JEEPERS, MAS QUE DIABOS, VELMA, ONDE VOCÊ ESTÁ AGORA? SERÁ QUE EU VOU TER QUE AMARRAR VOCÊ AQUI NA MANSÃO?

            Velma: Calma aí, queridinha, a Madelyn teve um problema e eu vim buscá-la, eu chego um cinco minutinhos!

            Velma desligou a chamada antes de receber uma resposta. E chegou  em cinco minutinhos.

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            Daphne: EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ USOU ESSE CARRO DE NOVO, VELMAAAA! TUDO BEM VOCÊ QUERER SER UMA NOVA PESSOA, MAS SERÁ QUE DA PRÓXIMA VEZ VOCÊ NÃO PODE USAR QUALQUER OUTRO CARRO DAQUELA GARAGEM?

            Velma saiu do carro indiferente ao ataque de nervos da amiga e cumprimentou brevemente Fred Jones, que estava  ̶l̶i̶n̶d̶o̶ visivelmente constrangido pelo comportamento da namorada.

            Velma: Em primeiro lugar, foi uma emergência! A Madelyn precisava de ajuda, tá legal? E em segundo lugar, queridinha, EU NÃO ESTOU QUERENDO SER UMA NOVA PESSOA!

            O tom ameaçador com que Velma respondeu – e instigou Daphne a continuar a discussão – deixou Fred ainda mais constrangido, e ele sinalizou que iria estacionar a Compact Pussycat e realizar os procedimentos de alteração de quilometragem. Daphne revirou os olhos e suspirou, demonstrando que não acreditava na amiga.

            Velma: Olha, querida, eu não to nem aí se você acredita em mim ou não, eu tenho provas de que algo estranho está acontecendo!

            Daphne: A grande prova é a sua negação? Você se recusa a assumir que está fazendo essas coisas e isso é a grande evidência?

            Velma: Não, querida, a Madelyn também está diferente, ela errou todas as mágicas e acabou de perder o emprego no show de mágica!

            Daphne: Ah, claro, a grande evidência é a falha de uma garota perfeccionista de 12 anos que não consegue lidar com nenhum tipo de frustração?

            Velma: Daphne, não há explicação lógica para o que está acontecendo conosco! Será que você não percebe que só o fato de eu, Velma Dinkley, estar dizendo que não existe explicação lógica, é porque algo muito estranho está acontecendo? É essa casa! Sei lá, essas paredes devem ter algum fungo alucinógeno, ou o papel de parede deve ser antigo e ter substâncias neurotóxicas, é a energia do crime que aconteceu aqui… sei lá! Mas é  essa maldita casa! Tudo começou aqui!

            Velma sentia tanta raiva e desespero que elevou a voz, e ficou esperando que a amiga respondesse com a mesma raiva. Porém, ao invés disso, Daphne a abraçou em silêncio, e assim ficou até que ela se acalmasse.

            Daphne: Olha, eu sei que é difícil mudar, tá? É um momento difícil para você… mas tente normalizar o processo e não botar a culpa em causas externas… quanto mais você achar que isso é um problema, mas difícil será a mudança…

            Apesar de sentir vontade de continuar aquela discussão, Velma suspirou e se calou. Era inútil discutir, ou tentar explicar o que ela estava passando. Somente Madelyn a entendia, porque também estava sentindo na pele o que ela estava sentindo. Por fim, Daphne também encerrou a discussão, pensando que suas palavras haviam causado algum efeito positivo na amiga. Em seguida, elas conversaram assuntos banais por alguns minutos até Fred anunciar que havia finalizado o processo de mudança da quilometragem. Quando Velma finalmente se  ̶l̶i̶v̶r̶o̶u̶  despediu dos dois, ela sentiu um pouco de alívio. Sozinha na mansão, ela poderia se sentir estranha à vontade – e também poderia investigar à vontade para descobrir por que diabos ela estava tão estranha.

            Infelizmente, a investigação de Velma não foi muito produtiva para o propósito dela. Vasculhando o quarto de Penélope, o local do crime e a biblioteca, ela apenas achou mais provas de que Penélope era uma garota genial – e muito nerd – escondida dentro de uma fachada de garota popular, provavelmente imposta pelos pais dela. A cada prova, Velma se sentia mais triste, não apenas pela situação em que Penélope vivia, mas por questionar se, de fato, ela também não vivia daquela forma há anos, fingindo ser uma pessoa que ela não era. Por fim, a busca lhe deixou exausta, e Velma decidiu se aconchegar na cama do quarto de hóspedes para descansar um pouco. Porém, ao invés de paz, o sono agitado, repleto de sonhos vívidos, lhe deixou ainda mais cansada.

            No primeiro sonho, Velma deixou a mansão com a Compact Pussycat e encontrou Judy e as demais garotas no clube. Em seguida, todas elas foram até o shopping comprar roupas, e após as compras, Josie levou Velma ao salão de beleza para fazer as unhas e tingir o cabelo de loiro.  No segundo sonho, Velma e as garotas foram se arrumar na casa de Josie, e enquanto se produziam para a festa de Judy, elas faziam vídeos curtos atormentando e ridicularizando a pobre Alexandra. No terceiro sonho, Velma dançou e bebeu muito com as garotas na festa de Judy, enquanto ignorou mensagens de Shaggy e Madelyn em seu celular. No quarto sonho, ela e as garotas tiraram muitas fotos juntas, e após uma dança com Jared Herring, Velma o beijou e eles ficaram juntos durante o resto da festa. No quinto e último sonho, o celular de Velma tocou e ela finalmente acordou. Ao olhar para a tela do celular, ela viu o rosto de Madelyn e logo atendeu.

            Madelyn: ONDE É QUE VOCÊ ESTÁ? O QUE É QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

            Velma não conseguia responder nenhuma das perguntas. Tudo o que ela sabia era que ela estava loira, maquiada, usando um vestido rosa curto com salto alto, em uma casa luxuosa cheia de pessoas bêbadas, e um completo desconhecido segurava a sua mão e lhe puxava para beijá-lo. Além disso, eram 3:40 da manhã e sua cabeça doía muito.

            Velma: Madelyn! Eu… eu… eu não faço ideia! Eu… eu estava na mansão… e agora… eu não sei onde estou, ou como cheguei aqui… oh não, está acontecendo de novo!

            Velma perdeu o controle e começou a chorar sem parar. Sua atitude fez Jared ficar preocupado e perguntar o que estava acontecendo, mas ela imediatamente se soltou das mãos dele e correu para o banheiro mais próximo. O silêncio de Madelyn do outro lado da linha mostrou que ela acreditava na irmã e se solidarizava com ela, mesmo assim, os suspiros de nervosismo denunciavam que ela estava muito zangada.

            Madelyn: Que diabos, Velma, você está na casa da Judy! Você tirou umas trezentas fotos aí e postou nas suas redes sociais, A CIDADE INTEIRA JÁ ESTÁ SABENDO QUE VOCÊ ESTÁ AÍ, QUE MERDA! SAIA DAÍ IMEDIATAMENTE E APAGUE ESSAS FOTOS, VOCÊ TEM SORTE DO PAPAI E DA MAMÃE ESTAREM DORMINDO!

            A primeira – e vergonhosa – foto de seu Instagram já provava que Madelyn estava certa. Velma sentiu um mal estar tão grande que nem conseguiu encarar as outras fotos – tampouco ver as pessoas que haviam curtido todas elas.  Para piorar seu estado de pânico, Josie e Melody bateram na porta do banheiro, perguntando se ela estava bem, e mais uma vez ela desmoronou em lágrimas.

            Velma: Madelyn, me tira daqui, por favor! Eu não sei voltar para casa!

            Madelyn: Claro, você quer que eu dirija até aí ou traga você na cestinha da minha bicicleta? EU TENHO 12 ANOS, IDIOTA, COMO É QUE EU VOU FAZER ISSO? PEGUE ESSE MALDITO CARRO MILIONÁRIO E VOLTE IMEDIATAMENTE!

            O ódio de Madelyn passou um pouco quando ela percebeu o estado de profunda confusão em que Velma estava, não conseguindo sequer achar as chaves da Compact Pussycat. Judy havia se juntado às demais garotas na tentativa de tirá-la de dentro daquele banheiro, e isso fez o choro de Velma ficar mais desesperado.

            Madelyn: Olha, eu estou na casa da Alexandra, é no mesmo condomínio, a umas seis casas de distância. Fique aí que nós iremos te buscar… controle-se e não faça nada idiota…

            Velma concordou. E no mesmo momento, se desesperou. Afinal, controlar-se era a única coisa que ela não sabia fazer.


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