Ciúmes - oneshot escrita por Dana


Capítulo 1
Platônico




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Ela tem ciúmes de tudo. Ciúmes do sol, do luar, e do mar... ciúmes de tudo que ele captura com sua câmera, ciúmes por não ser alvo de sua admiração. Tem ciúmes até da roupa que ele veste, da caneta que ele segura, dos seus dedos que podem correr por entre seu cabelo bem cuidado. Tem ciúmes de tudo. 

 

Não a entendam mal. Myra não é louca, ou obsessiva. Ela nunca havia se interessado pelo garoto mais bonito da classe. Era quase como uma lei, se era bonito, ela não lhe dava atenção. Não por ser esnobe, ao contrário, ela apenas via a situação como era, uma causa perdida. Nunca seria recíproco. Assim como nunca será recíproco no caso com Kim TaeHyung.

 

Mas agora é tarde demais. Ela esta completamente apaixonada, totalmente rendida, perdidamente entregue. E é inteiramente platônico. 

 

— Você nem mesmo tentou falar com ele?— Seri, sua melhor amiga na Coreia do Sul, pergunta, a pena que sente pela amiga é palpável. 

 

Myra apenas balança a cabeça em negativa, observando por sob sua franja comprida Kim TaeHyung lá em baixo nas cadeiras da sala de aula da faculdade, envolto em amigos, rindo com aquele sorriso que ela acha lindo, com aquele timbre que ela acha reconfortante, com aquele corpo que ela acha divino.

 

— A criatura mais linda que meus olhos já viram.— diz num sussurro, tirando de Seri um revirar de olhos que chegou a doer. 

 

— Pra mim já chega, isso é ridículo. Vai continuar o amando em segredo até quando? Isso já tem quantos meses?

 

— Do que está falando? Eu não o amo.— Myra a encara carrancuda, logo voltando sua atenção para ele. 

 

Ela sabia que era ridícula, patética, um vexame. Se ele fosse apenas bonito, se fosse só isso... seria bem mais fácil.

 

— Você vai deixar isso pra lá. Hoje. Não quero nem saber. Vou te levar num lugar e quero te ver se agarrando com um homem qualquer em um canto qualquer.

 

— Você sabe que a gente não esta no brasil, não é?

 

— Pouco me importo, você vai.— Myra apenas solta o ar pelo nariz, num riso debochado. Ela não vai, sabe que não vai funcionar.

 

Ela já conhece todos os sinais em TaeHyung, sabe quando ele está entediado, quando está realmente gostando da conversa, quando está concentrado, ela sabe até mesmo que quando ele olha para o chão a sua esquerda e levanta a cabeça uns quarenta graus quer dizer que vai procurar pela pessoa que o encara, por ela, mas Myra nunca é flagrada.

 

*

— Não acredito que me puxou até aqui.— a garota se joga no banco, a pele desnuda das coxas grudando no couro marrom, os braços cruzados parecendo uma criança emburrada. 

 

Seri a convenceu a usar uma roupa bonita, passar maquiagem e alisar os cabelos ondulados que descem até metade das costas. Myra se sentia bonita. Diferente da beleza mediana que diz ter nos dias comuns, quando não se esforça em se arrumar.

 

— Pára de ser ranzinza. Esse lugar é perfeito, todo esse estilo clássico underground, esse cheiro de couro, essa música... foi um achado e tanto.— Seri abre os braços, apontando todo o ambiente iluminado por luzes amarelas fracas.

 

— É realmente incrível, confesso.— Myra abre um sorriso, estava mesmo apenas sendo ranzinza, pois assim que pisou ali amou o lugar, escondido nas entranhas de Seul, realmente um achado.

 

— Sabia que você ia gostar. Agora vamos achar um bonitão para você agarrar e esquecer aquela obra de arte chamada Kim TaeHyung.— Seri vasculha a pequena multidão ao redor com olhos de águia.

 

Myra não estava pensando nele, mas agora flashes de KimTaeHyung rindo pipocam em sua mente. 

 

— Eu não vou me agarrar com um estranho.— passa a mão pela franja a puxando para trás. 

 

— É só conversar um pouco e...

 

As duas são interrompidas por um homem num palco pequeno próximo de onde estão sentadas, o qual não haviam reparado antes, ele anuncia a próxima apresentação. 

 

E como um soco no estômago em câmera lenta Myra perde o ar.

 

— Ah, só pode estar de brincadeira.— Seri exclama, incrédula.

 

No palco, banhado por uma luz roxa fraca, TaeHyung segura um saxofone, encara a pequena plateia ansiosa e começa a tocar uma melodia melancólica. Myra sente os batimentos cardíacos balançando seu corpo, presa àquela imagem, incapaz de desviar o olhar. Ele abre os olhos e observa as pessoas, encontra Myra e seu olhar se transforma, é tão denso quanto o som que embala o ambiente, pela primeira vez ela se deixa ser flagrada, e derrama com aquele olhar todo o sentimento que vinha escondendo, se ele foi capaz de compreender o significado ela não sabe. TaeHyung quebra o olhar e volta a balançar conforme a música. Myra não tem mais controle sobre os pensamentos devassos e se imagina agarrando aquela pélvis marcada pela calça, passando as mãos por seu pescoço esbelto, penteando seus cabelos sedosos com os dedos e sendo tocada por aquelas mãos que comandam o saxofone com tanta destreza.

 

Ao fim da música TaeHyung deixa o pequeno palco, não sem antes olhar mais uma vez para Myra, que não consegue decifrar sua expressão. Ele se acomoda no balcão, alguém lhe entrega uma bebida, e muitos se aproximam elogiando, aos quais ele agradece, com aquele sorriso tímido que a garota admira.

 

— Myra, acorda! Estou te chamando a tempos. Está hipnotizada? Meu Deus, o que foi que fiz te trazendo aqui?— Seri passa a mão pelo rosto, exasperada, borrando a maquiagem que havia feito com tanto esmero para realçar seus traços coreanos.

 

— O quê?

 

A garota não estava hipnotizada, estava perdida em pensamentos. Essa situação, essa música, a visão que teve de Kim TaeHyung a acordaram para a realidade de seus sentimentos. São mais fortes do que pensava, como ondas no oceano. Tudo em onda. Seus sentimentos, seus batimentos, cada dia mais fortes, a puxando e empurrando para ele. Cada batimento mais perto. Cada batimento mais longe. Como ondas. Nunca ali, com ela. Como Seri disse, esta na hora disso acabar.

 

— Agora é sua chance, vai lá falar com ele.— a amiga incentiva, deixando de lado a exasperação e se concentrando na esperança de uma resolução.

 

— Acho que não.

 

— Deixa de ser medrosa, você não vai pedir ele em casamento, é só falar oi e começar uma amizade. — Seri pega as mãos da amiga em sinal de apoio.

 

— Não, não... vou deixar isso pra lá, é ridículo, tenho agido como uma adolescente.— Myra se levanta, a garganta doendo por tentar manter a voz firme.

 

— Myra, pelo menos tenta...

 

— Está tudo bem, Seri. Podemos ir embora? — a garota sorri e enrosca a bolsa no ombro, assim que se vira para sair esbarra em alguém.— Ah, me desculp...

 

— Você já está indo?— a voz que ouve a faz sentir arrepios. TaeHyung está parado ali, a centímetros de seu corpo, ele a segura pelos ombros, evitando que se desequilibre. Myra só consegue encarar aqueles olhos que até então apreciava a distância, as palavras fugindo assustadas como presas diante de um tigre.

 

— Na verdade, eu é que estou, ela estava indo também por não querer ficar sozinha.— Seri corre em dizer, notando a falta de fala da amiga.

 

— Eu posso ser sua companhia.— TaeHyung sutilmente a empurra de volta para o banco, se sentando ao seu lado, sem quebrar o olhar que mantinham desde o esbarrão.  

 

— Ah, você é tão legal, eu vou indo então. Até amanhã amiga.— e como numa nuvem de fumaça Seri desaparece.

 

— Você gostou da apresentação?— TaeHyung questiona, o olhar convidativo, a postura relaxada, o corpo voltado para Myra.

 

Myra não entende o rumo dos acontecimentos, se sente como um telespectador da cena, encarando a confusão de si própria. Acostumada a apenas o observar não se sente preparada para responder sem parecer uma ameba. Um formigamento no peito lhe causa desconforto, ela precisa de uns segundos.

 

— Com certeza. Você pode me dar um minuto? Eu vou pegar uma bebida.— ela faz menção de levantar mas TaeHyung se adianta.

 

— Eu pego, qual você quer?

 

— Duas taças de conhaque, obrigada.— Myra sorri, ansiosa para ficar sozinha e colocar os pensamentos em ordem. TaeHyung sai com um sorriso nos lábios.

 

“Não é como se você nunca tivesse conversado com um cara bonito... que é do fio de cabelo até a unha do mindinho bonito...” Myra resiste a vontade de pressionar a testa na superfície da mesa e em vez disso agarra os suportes de ferro abaixo dela, para focar em algo. “Gelado. Grosso...”

 

— Argh, não pensa em nada grosso agora, caramba.— a garota repreende a si mesma, expulsando os pensamentos que não vão ajudar em nada.— Okay, vai ficar tudo bem, é só ficar de boa e conversar.— Myra cerra os punhos decidida e numa posição mais ereta o espera voltar.

 

— Aqui.— ele coloca três taças de conhaque na mesa. A garota pega uma e joga o líquido garganta abaixo, queimando tudo pelo caminho, e a anestesiando.— Wow, acho que não é assim que toma isso.

 

— Pode ser uma das maneiras.— Myra limpa com a costa da mão uma gota que lhe escapou e escorreu pelo queixo, esperando o ardor passar.— A outra leva muito tempo.— pega a segunda taça e a abraça com os dedos, deixando seu calor esquentar o líquido, como é para ser feito.

 

— Eu aprendi isso a pouco tempo, é um processo relaxante.— TaeHyung volta a se sentar perto de Myra, dando a ela a chance de admirá-lo mais de perto.

 

— Um pouco torturante.

 

— Então por que escolhe beber conhaque?— ele ri inclinando a cabeça, fazendo Myra engolir o coração que queria escapar por sua garganta.

 

— O resultado é delicioso. É como receber uma recompensa depois de esperar muito.

 

— Vendo por esse lado faz sentido.— ele cheira a taça de maneira elegante, Myra desvia o olhar para o palco.

 

— Você toca a muito tempo?

 

— Na verdade, não. Mas sempre gostei muito.— seu olhar é feliz.

 

— Foi muito bom, eu não imaginava que você...— ela para no meio da frase, se indagando se é bom dizer que sabe quem ele é, seria humilhante ele retrucar que nunca a vira antes.

 

— Não imaginava o quê?— TaeHyung pousa o olhar nas mãos de Myra, que aperta o colar.

 

— Hm, que alguém jovem como você fosse gostar desse tipo de instrumento. 

 

— Você associa o saxofone a pessoas mais velhas?— TaeHyung ri e a encara. O olhar de Myra cai para os lábios dele, tão bem desenhados, como resposta a isso o homem passa a língua por eles de maneira discreta fazendo a garota engolir em seco, o que o faz sorrir mais.

 

— Não, foi só uma surpresa agradável.— ela bebe um pequeno gole tentando se recuperar, fazendo o cérebro se concentrar no sabor do conhaque esquecendo as outras sensações que Kim TaeHyung lhe provocou.

 

— E sua mãe já se acostumou a ficar longe de você?— ele pergunta, mudando o assunto o que Myra agradece mas então suas sobrancelhas se enrugam em confusão.

 

— Como sabe da minha mãe?

 

— Eu ouvi você contando para Seri sobre isso outro dia enquanto saía da sala.— Myra parece ainda mais confusa depois da explicação e TaeHyung interpreta errado a expressão em seu rosto.— Oh, ah... hm, isso é um pouco vergonhoso.— ele coça o pescoço e solta um riso fraco.— Eu pensei que você soubesse quem sou... nós frequentamos a mesma faculdade, até as mesmas aulas.

 

A expressão de Myra muda ao compreender, sua boca abre um pouco e as sobrancelhas relaxam. Ele sabe quem ela é. 

 

— Eu sei quem você é.— “E ele sabe quem sou.” Ela grita mentalmente, e morde o lábio inferior para evitar sorrir de orelha a orelha.— Eu pensei que você não me reconheceria com toda essa maquiagem, por isso não disse nada.

 

— Eu te reconheceria.— garante. O cabelo dele cobre metade dos olhos mas mesmo assim seu olhar é intenso sobre a boca da garota, criando alvoroço no estômago de Myra. “Ele só está reparando no meu dente torto?” sua mente lhe prega a peça.— Mas eu não te culparia se você não me reconhecesse, nunca tomei a iniciativa de dizer um oi, pelo menos. Só observar alguém de longe não conta como conhecer, certo? —bebe e a observa de soslaio, dando a ela a chance de se recompor fora de seu olhar penetrante.

 

— Acho que depende...— Myra diz num sussurro, limpa a garganta e completa.— Eu sei que quando você concorda balançando a cabeça para cima quer dizer que não está interessado no assunto. Então eu conheço isso sobre você, apenas por observar.— Myra coloca o cabelo atrás da orelha, tentando controlar a respiração descompassada. 

 

TaeHyung a observa por uns segundos, absorvendo o que acabou de ouvir e então se aproxima mais dela, sendo finalmente capaz de sentir seu perfume.

 

— Eu sei que quando você coloca o cabelo atrás da orelha é porque está envergonhada.— ele corre os dedos pelo mesmo caminho que Myra fez a pouco, mantendo sua mão ali, na lateral do rosto dela.— Eu sei que você prende o cabelo quando está animada... e é quando você fica mais bonita.— sua mão desce para o pescoço da garota, o polegar descendo e subindo pelo queixo, e ela tem certeza que ele pode sentir seu coração batendo forte e rápido, mas não se importa. Ele a observava também, Myra repete mentalmente.

 

— Você acha?— pergunta, a voz saindo fraca. Myra umidece os lábios, a garganta tão seca quanto a boca e dessa vez sabe que TaeHyung não olha para seu dente levemente torto. Ele apenas concorda com um ruído. 

 

— Eu sei que isso pode soar um pouco precipitado mas, você pode vir até um lugar comigo?— sua voz é cautelosa. Myra concorda com um maneio de cabeça e TaeHyung hesitante se afasta dela, deixam os copos na mesa, ela o segue, guardando na memória o aperto de TaeHyung em seu pulso. 

 

Ela não se importa com as pessoas os encarando ou com as mulheres cochichando, seu único foco é na nuca de Kim TaeHyung que serpenteia por entre as pessoas até um corredor que estava escondido por uma cortina da cor da parede.

 

— Esse é o... hm... os bastidores, eu acho.— ele gesticula com a outra mão, sem saber como explicar.— Aqui é onde eu fico, geralmente.— entra numa pequena sala, com uma poltrona marrom velha, e uma luz de led faltando. Myra se encosta ao lado da porta.

 

— Legal.— balbucia, a euforia de estar num lugar tão pequeno com Tae subindo pelas pernas e a acendendo. A ansiedade de saber o que está por vir revira seu corpo todo.

 

— Dá pro gasto.— ele coloca as mãos no bolso, parecendo decidir o que fazer. Myra o observa, TaeHyung mexe a cabeça de um jeito fofo, olhando em volta e apertando os lábios.— Eu vou te beijar agora, tudo bem?

 

Myra estica o braço e puxa a porta, a fechando, o coração bombeando seu sangue com força e rapidez.

 

— Tá bom.

 

E como um clique TaeHyung muda, sua expressão se torna concentrada. Concentrada em Myra. Na luz fraca ele a observa, seus olhos correm por sua coxa desnuda, sua cintura, seu pescoço, até chegar em seus lábios. Ele solta uma respiração forte, como um suspiro exasperado, sedento, amolecendo as pernas de Myra. Seu olhar é penetrante, perfurando a garota.

 

E como se ela lhe pertencesse Tae a agarra. Passa um braço por sua cintura e com a mão livre protege sua cabeça  do impacto contra a parede ao encostar seus lábios nos da garota. Myra solta uma respiração que não sabia que estava prendendo, sentindo o beijo de TaeHyung em todas as partes do corpo. Ele tem gosto de conhaque, o cheiro de sua respiração faz com que Myra deseje inspirar para sempre. Como ansiava ela o agarra na pélvis o puxando para ela, juntando ainda mais seus corpos. O som que TaeHyung emite faz com que Myra se pressione ainda mais contra ele, desejando que se tornassem apenas um. O beijo é longo e molhado.

 

Quando se afastam, estão ofegantes, TaeHyung passa o polegar ao redor da boca de Myra, a secando.

 

— Desculpa.— pede num sussurro, e continua com o polegar ali, acariciando.

 

— Tudo bem.— sua voz falha, Myra se pergunta se perdeu a habilidade de falar corretamente. 

 

Como um comando involuntário ela deposita um beijo no polegar dele, resistindo a tentação de o lamber. Como fogo na pólvora esse gesto faz Kim TaeHyung a puxar para ele novamente, sua mão agarra a nuca dela a mantendo ali, Myra percorre as costas de TaeHyung com as mãos, sentindo cada parte, cada músculo, cada arrepio. O beijo é lento e deleitoso, apreciado, sentido, memorizado. Ele suga os lábios dela, morde, sua língua o explora. Arrancando de Myra um gemido baixo, vindo do âmago. TaeHyung percorre o corpo da garota com seus dedos longos, entrelaçando seu cabelo e o puxando gentilmente, desenhando suas costas, subindo por sua lateral e parando nos seios dela, e então abruptamente ele se afasta.

 

— Me desculpa...— com cautela ele afasta a mão como se tivesse tocado em algo sagrado, proibido. 

 

— Ficaremos quites.— ela diz com um sorriso travesso e deposita a mão no peito dele, e acaba sentindo seu coração batendo forte.— Oh, seu coração.— aponta surpresa, maravilhada com o ritmo, ela causou aquilo. Com a mão livre decide proporcionar a ele o mesmo deleite, e aperta a mão dele; que ainda pairava sobre seu seio esquerdo; sobre seu coração, um pouco acima.

 

— Isso é bom.— ele sorri. E ficam os dois ali, sentindo seus batimentos e ouvindo as respirações recuperando o ritmo.

 

— Sr Kim.— alguém chama do lado de fora da porta, a maçaneta começa a virar e os dois arregalam os olhos. Tae puxa Myra para seu pescoço, a escondendo e espalma a porta, impedindo quem quer que fosse de entrar.— O senhor não foi se apresentar, não escutou chamar?

 

— Me perdoe Sr Proprietário, eu já estou indo, me perdoe.— ele pede, respeitoso, Myra sente a garganta dele vibrando conforme fala, dando a ela uma nova sensação favorita.

 

— Oh, entendo, tudo bem.— o homem de meia idade ri ao ver uma perna feminina pela fresta na porta.— Cinco minutos, hein?

 

— Obrigado, Sr. Já estou indo.— ele fecha a porta.— Me desculpe por isso.

 

— Tudo bem.— Myra não resiste e se aproxima depositando um selinho no pescoço que a pouco a escondia.

 

— Hm, podemos fazer isso mais vezes? Se você quiser, é claro.— um medo singelo passando por seus olhos.

 

— Eu quero, muito.— Myra sorri.

 

— Certo. Pode ser amanhã? Na faculdade, sabe?— Tae parece ansioso.

 

— Minha primeira aula é bem cedo.— Myra finge ponderar.— Pode ser antes disso?

 

Tae abre aquele sorriso pelo qual ela se derrete.

 

— Só se depois eu puder sentar ao seu lado e segurar sua mão.— ele lhe rouba um selinho.

 

— Sim.— Ambos riem, ansiosos pelo amanhã. 

 

Se sentindo completamente apaixonados, totalmente rendidos, perdidamente entregues. E é inteiramente recíproco. 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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