Viva o nosso amor escrita por Lu


Capítulo 1
Capítulo 1 - Conhecendo o antes p1


Notas iniciais do capítulo

Espero de gostem!



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Na fazenda de José Leôncio, chega uma mulher grávida que logo chama pelo dono da casa.
— Zé! Oi Zé!!
O homem escuta um chamado e logo vai até a porta de sua fazenda.
— Ara, quem deve ser! A essa hora ainda?
— Oi Zé, sou eu a filó!
— Filó, o que que ocê tá fazendo aqui?
— Vim ver se ocê pode me acolher aqui, porque estou grávida e num podia mais ficar lá na currutela? Faço que ocê precisar, lavo, passo, cozinho... só não me deixe sem um canto pra eu repousar.
— Claro Filó, ocê entre e esteje a vontade. Mas como ocê me acho aqui muier? E o pai do seu fio?
— Eu sabia que ocê morava por essas bandas, aí fui pedindo carona na estrada, foram três dia por essas estrada. O pai do meu fio morreu.
— Ocê num se preocupe por nada não, ocê pode ficar por aqui e se acomodar, venha que te levo para seu quarto.
— Eu só aceito ficar por cá se ocê me der um trabalho.
— Tá certo então. Agora ocê vai é descansar da viagem, tomar um banho e dormir.


Não muito longe dali, numa casinha humilde, perto do rio, morava um pescador chamado Edmundo e sua esposa Maria José, que estava grávida, a espera de seu primeiro filho, ambos estavam muito felizes, pois já estavam a muitos anos a espera de que Deus lhe desse essa benção de um bebê, foram logo cinco anos de espera.
— Oh Maria, tô muito feliz que ocê tá esperando um fío meu.
— Eu tô muito feliz que Deus me deu essa graça de poder lhe dar um fío.
— Se ocê num me desse um fío eu ia continuar lhe amando. – e se beijam.

Algumas semanas depois...
— Ahhhh... – grita Filó, soltando uma panela no chão.
Zé Leôncio que estava chegando de mais uma comitiva, correu para ver o que que estava acontecendo em sua cozinha. Quando chega lá, vê Filó apoiada na mesa se contorcendo de dor.
— Filó, eu já num falei pra ocê num fazer nada nessa casa!
— Ahhh Zé me ajuda!!
— Com o que que eu posso te ajudar?
— Me leva lá pra cima que que meu fío vai nascer!!
— Não senhora, ocê vai comigo lá para o avião que nós vai para o hospitar.
— Eu num vô pra lugar nenhum com esse tuiuiui que voa não.
— Mas por aqui num tem ninguém que sabe fazer parto...
— Eu num sei quem vai fazer, só sei que não entro naquele negócio nem que me matem.
— Tá bao, vamos lá pra cima.
Zé leva ela lá para o quarto dela e não sabe mais o que fazer, pois nunca esteve nessa situação antes. Ele sai do quarto, ouvindo os gritos de Filó no quarto, vai até o quarto dos peões e fala com Quinho, um de seus peões.
— Quinho, ocê vá até o posto lá de Campo Grande com o piloto e traga o médico até aqui.
— Mas o que aconteceu Seu Zé Leôncio?
— O fio da Filó vai nascer!
— Eu num vô conseguir chegar a tempo patrão!
— Num quero saber, ocê faça o que tiver que fazer, mas eu quero que esse médico esteje aqui quando o menino for nascer! Vá logo!!
Zé Leôncio saiu em disparada para o quarto novamente, chegando lá, Filó estava com mais uma contração, e segundo ela, haviam diminuído o tempo entre uma e outra.
— Zé, ocê vai ter que fazer o parto!
— Mas Filó, como que eu vô fazer isso?
— Fazendo ara! Ocê vai lá na cozinha esquenta uma água, coloca numa bacia, pega uma tesoura e tem uns pano aqui no meu armário, mas depois ocê pega.
Filo termina de falar e vê a cara de desespero de Zé Leôncio e grita.
— Vai home de Deus!! Aí minha Nossa Senhora, a senhora me ajude e não deixe que nada aconteça com meu fío.
Um tempo depois, Zé voltou com o que Filó pediu. Não tardou muito e, um belo menino, forte e saudável estava chorando forte . Zé Leôncio estava paralisado, encarando o menininho. Filó o chamou, o tirando de seu pensamento.
— Zé, deixa eu segurar meu fío?!
Ele entregou o menino a mãe e saiu do quarto ainda pensativo sobre a sensação de ter um menino no colo, pensou como seria ter seu próprio filho nos braços, um herdeiro de tudo isso que estava construindo. Ele saiu de seu pensamento, e voltou para o quarto de Filó para perguntar se ela precisava de mais alguma coisa.
— Filó, posso entra?
— Pode Zé.
—Tá tudo bem cocês? Precisa de alguma coisa? Pode pedir que eu mando buscar agora mesmo.
— Num carece nada não Zé. Eu só quero lhe fazer um pedido.
— Ocê pode pedir o que quiser que eu faço.
— Eu quero que ocê seja padrinho do meu fío Tadeu.
— Oh Filó, agradeço seu convite. Mas é claro, agora então que esse muleque veio pelas minhas mãos, com certeza serei como um pai pra ele. Ocês terão todo meu apoio.
— Agradecida Zé. Serei uma funcionária exemplar, cuidarei da sua casa como se fosse minha.
— Mas ela já é sua Filó, só confio em ocê pra cuidar dela.

Já na casinha de Edmundo e Maria, onde a mesma ainda estava em trabalho de parto, seu bebezinho estava prestes a nascer.
— Força Maria, tá saindo!! – gritava Edmundo ajudando a esposa a trazer seu filho ao mundo.
— Ahhh!
Até que o bebê nasceu, Edmundo amparou a filha em seu colo, cheio de emoção, ouvindo ela chorar, forte.
— Olha Maria, nossa menina, nossa fía... – Edmundo não obteve resposta.
Edmundo ficou desesperado, correu até a esposa e começou a chama-la, pegou um pouco de querosene, pois era o que tinha em casa. Aos poucos viu a esposa acordar, relaxou um pouco mais.
— Aí Maria, que susto ocê me deu muier.
— O que aconteceu?!
— Ocê desmaio, nossa fía nasceu.
— Cadê ela home, quero vê!
— Eu coloquei ela no berço pra te acordar.
— Pega ela pra mim, ela tá bem Edmundo?
— Ela num para de chora.
Edmundo colocou a filha nos braços da mãe e aos poucos a menina parou de chorar, ouvindo a mãe falar com ela, a mãe já a aninhou em seu peito e a menina logo pegou o seio de sua mãe para se alimentar pela primeira vez.
— Quero que ela se chame Josefa, iguar minha mãe.


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Notas finais do capítulo

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