Chrome as... Cinderella? escrita por letícia grunvald


Capítulo 12
O sapatinho de cristal. (2)


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte.



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Me deixei levar pelo acontecimento. Senti quando nossas respirações se chocaram, a dele calma e a minha acelerada, eu realmente estava nervosa. Aquele seria o meu primeiro beijo, que estava quase se completando. Nossos lábios já estavam se encontrando, quando a primeira badalada ecoou, dando início à meia-noite. Me afastei rapidamente dele, já me levantando, enquanto outras duas badaladas ecoaram.

- O que houve? - ele parecia confuso com minha reação, me olhava curioso, esperando uma resposta.

- Eu preciso ir! - após minhas palavras, outra badalada. Corri até a porta, a abrindo rapidamente, eu precisava ir embora antes que a décima segunda badalada ecoasse.

- Espere! - ele exclamou, vindo atrás de mim. Segurei a barra do vestido enquanto descia os degraus, correndo. - O que está acontecendo!?

- Mamãe, que gritos são esses? - indagou Bluebell, olhando para Lal.

- Parece estar vindo do andar de cima... - parou de falar assim que me viu descer correndo as escadas. - Mas que diabos é isso!?

- É aquela garota, mamãe! Mas... Por que ela está correndo? - M.M. observou a situação espantada, mas ao mesmo tempo curiosa.

Eu estava quase chegando na porta principal, quando meu cabelo se soltou. A transformação que aquele bebê havia feito já estava no fim, eu precisava sair dali rapidamente.

- Ken, Chikusa! Não a deixem sair! - exclamou Mukuro-sama, ao chegar no salão.

- S-sim senhor! Você ouviu, não a deixe sair! - exclamou Ken, enquanto corria em minha direção.

- Tsc, preste atenção, Ken. - anunciou Chikusa, ajeitando os óculos.

- Como é...? - ao virar o rosto em direção a Chikusa, passei correndo por Ken, que se desiquilibrou e acabou caindo. - Droga!

Outra badalada ecoou, apressei ainda mais o passo e consegui sair do salão a tempo de Chikusa não me alcançar. Ao passar pelo portão, acabei tropeçando e um dos meus sapatos saiu do meu pé, ficando para trás. Pensei em voltar para buscá-lo, mas ao dar alguns passos de volta, avistei Mukuro-sama parando no portão, o que me fez recuar.

Novamente corri, me sentindo muito mal em ter que "fugir" dele desse jeito. Não pude conter algumas lágrimas que escorreram pelo meu rosto e, ao olhar para trás, vi que Ken e Chikusa haviam entrado em um carro, que logo vinha ferozmente atrás de mim.

- Pare aí mesmo! Não tem o direito de dar as costas ao Mukuro-sama desse jeito! - exclamava Ken de dentro do veículo.

- Eu preciso ir embora, será que não entende!? - exclamei de volta, o fazendo recuar um pouco.

Ao voltar meu olhar para frente, pude ver a carroagem parada à poucos metros, o que me fez ficar mais aliviada.

- Boss! Boss! - eu gritava, quase sendo alcançada por aquele veículo.

- Há! Três seguidas! Você perdeu. De novo. - comemorava o bebê dentro da carroagem, recolhendo as peças do jogo de cartas.

- Odeio você. - respondeu o boss emburrado, jogando as cartas em cima do bebê. - Espere, que barulho é esse...? - ao abrir a porta, boss se deparou comigo correndo, já olhando para o bebê. - Que horas são!?

- Creio que seja quase meia-noite. É hora de darmos o fora! - então, o bebê pulou para fora da carroagem, golpeando Gokudera-kun e Yamamoto-san, que estavam cochilando, com a varinha que segurava. - Acordem! Hora de ir!

- Ir...? - Gokudera-kun estava sonolento mas, ao ouvir meus gritos, rapidamente se sentou e agarrou as rédeas. - Vamos logo, seu gato estúpido! Levante! - exclamava ao bichano deitado no chão, puxando as rédeas. Logo, o enorme felino se levantou, olhando enraivecidamente para Gokudera-kun, começando a dar passos para frente.

- Esperem! - gritei, a carroagem estava se afastando rapidamente de mim.

- Me dê a sua mão, depressa! - boss se segurou na porta, esticando a mão para mim. Corri mais ainda, segurando na mão dele, me puxando para dentro da carroagem.

- O-obrigada... - agradeci, ofegante pela corrida.

- Como foi? - indagou o bebê, curioso.

Olhei para os lados, sem jeito e quando me atrevi a falar, a última badalada ecoou, fazendo a carroagem estremecer.

- O que foi isso? - perguntou o boss, olhando para os lados.

- Já é meia-noite, a transformação está acabando! Andem logo, vocês aí na frente! - exclamou seriamente o bebê.

- Garoto, temos um probleminha... - Yamamoto-san riu como de praxe, espiando o interior da carroagem pela pequena janela.

- Que problema...? - indagou o bebê.

- O gato voltou a ficar pequeno e uma das rodas da frente está soltando! - gritou Gokudera-kun, enquanto era atacado por Uri.

- Essa não... - o boss arregalou os olhos, olhando do bebê para mim. Novamente a carroagem estremeceu, o que foi suficiente para a roda se soltar e quase acertar o carro em que Ken e Chikusa estavam. - Reborn, faça alguma coisa! - gritou ele.

- Faça você! - o bebê apanhou o camaleão que logo se transformou em uma arma.

- Não faça isso...! - o barulho do tiro ecoou pelos quarteirões, enquanto a carroagem descia a rua desgovernada, se perdendo em meio a escuridão.

- Os perdemos, droga! Vamos voltar. - disse Ken, desanimado. Pouco depois, o carro voltara para a mansão, e Ken e Chikusa iam de encontro a Mukuro-sama, que estava agachado observando algo no chão.

- Desculpe-nos, Mukuro-sama. Os perdemos. - dizia Chikusa, saindo do veículo.

- Não... Tudo bem. - Mukuro-sama se levantou, segurando algo, o que deixou os dois um tanto curiosos.

- O que tem aí? - indagou Ken, fitando o que Mukuro-sama tinha nas mãos.

- Não se preocupem. Ela esqueceu o sapato de cristal. - respondeu.


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Notas finais do capítulo

Ai, ficou grande também. x-x
Tentei resumir, mas não deu. Reviews?