Elizabeth & Sean em: Sabe a História do Gato que S escrita por Carol McGarrett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Para quem estava com saudades da Elizabeth, aqui vai um tbt de respeito.
Dessa vez é realmente um oneshot e bem curtinha!

Boa leitura!



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Anteriormente em A Primeira Ressaca:

Quando desci, tanto papai quanto mamãe, encaravam meu celular.

— Posso saber o que aconteceu?

— Mensagem do Sean. – Mamãe falou sem vergonha nenhuma de estar me espionando.

— Ah, é?

— Sim, ele fala que vem na semana que vem. E como você está de castigo, acho que ele vai ficar aqui em casa por um tempo. – Ela, sorrindo na direção de meu pai, continuou.

Papai fechou a cara, para logo em seguida olhar para nós duas e com um sorriso vitorioso falar:

— Ainda bem que será a Elizabeth que terá que explicar para o namorado que ela está de castigo porque foi para uma rave e ficou bêbada por lá. E se eu pude conhecer um pouco do Sean é o seguinte: ele é um pouco ciumento... espero, sinceramente, que você saiba se explicar sem... – Ele deixou a frase solta e desceu para o porão.

Mamãe olhou para ele com incredulidade.

— Eita... eu não tinha pensado nisso. – Murmurei.

— Mas deveria, Elizabeth. Desse jeito você será uma péssima investigadora, não sabe esconder as evidências da sua mentira e nem pensa nas consequências. E nem percebe quando as pessoas estão aprontando com você.

— Peraí... aprontando?

E ele parou na porta da cozinha. Mamãe o encarou com os olhos faiscando.

— O passeio de barco foi encenação?! – Guinchei.

— O que você acha? – Papai parecia feliz.

Parei para pensar em tudo o que tinha acontecido, no que tinham me falado e no que ainda estava por vir.

— Quer saber... bem que ressaca podia matar.

— Ressaca só mata de vergonha, filha. Agora aguente as consequências.

— Ainda é muito tarde para voltar a ser criança, mamãe?

Ela gargalhou.

— Muito tarde.

— Eu tô ferrada.

— Ah, isso você está. Eu jamais vou te deixar esquecer do seu rompante de ninja-espiã. – Ela ficou muito orgulhosa de começar a recontar a minha trapalhada.

Eu me encolhi debaixo da coberta e me escondi atrás da almofada. Um dia isso teria que passar, não teria?

Por favor, Odin, não faz isso com a sua filha! Olhe por mim aí de cima!!

A única resposta que tive para as minhas súplicas foi meu celular vibrando, uma nova mensagem de Sean onde eu lia:

Tem algo que queira me contar, Liz?

— PAPAI, POR QUE FEZ ISSO? – Gritei para o porão.

A gargalhada dele foi a minha resposta.

Eu tava ferrada. Muito ferrada. Mas esse não foi o fim, não mesmo. Logo depois da mensagem de Sean, fui inundada por mensagens de Abby, Tony, Ziva, Tim, Delilah, Torres, Jimmy, Breena, Ellie e até mesmo Ducky.

A de Tony era a mais estranha:

E aí quando você vai dançar tango sozinha?

Todo munda sabia do meu infortúnio, não tinha castigo pior.”

—---------------------

Eu olhava incrédula para as mensagens, ainda tentando entender como eu fui cair em uma família tão fofoqueira!

Mas, também não era de se estranhar muito, pois aquele que deveria ser o mais centrado, o mais calmo e o mais discreto, parecia que gostava de espalhar certas notícias por aí.

Mas somente determinadas notícias, para determinada pessoa.

Meu pai tinha dado uma de fofoqueiro e falado para meu namorado (de quem ele não gosta e vive torcendo para ser mandado para o Japão ou para a lua!) que eu tinha novidades para contar.

Eu não tinha ‘novidades’. Tinha uma confissão para fazer. Algo que eu esperava nunca ter que falar com Sean.

Contudo, eu vou ter que contar, afinal, CONTARAM para ele.

Suspirava de frustração. Não era possível que eu ainda tivesse algo a pagar. Já tinha contado para meus pais que fora a festa, que tinha bebido, que estava de ressaca, fora até obrigada a andar de barco, de ressaca! Meus pais me enfiaram em um barco, em dia de maré alta, só para me punirem! Estava sem cartão de crédito, minha carteira de motorista fora confiscada e estava de castigo.

E eu concordei com tudo isso, afinal eu passara dos limites dessa vez.

Mas achava que já era punição suficiente.

Porém, meu pai achou que não. Na cabeça de outra década dele, eu ainda tinha um preço a pagar.

Eu ainda tinha que contar todas as verdades para meu namorado.

Namorado este que pode ser só um pouquinho ciumento (engraçado, ele tem ciúmes de mim, que ainda estou presa na casa de meus pais, enquanto ele está lá, sendo lindo em Pendleton, perto de todas aquelas surfistas...) e que sei que vai dar uma surtada de leve (e aqui sou eu sendo a eterna otimista!).

— Mamãe! O que eu faço? – Gemi de desespero quando outra mensagem de Sean chegou.

Mamãe abaixou o livro que lia – outro de Shakespeare – e me encarou por cima de seus óculos de leitura vermelhos.

— Conte a verdade! – Disse de uma vez.

— Não posso fazer isso!!

— Elizabeth... ou você conta a verdade, pelo menos as partes que você se lembra, ou Sean vai achar que foi algo muito pior do que foi. Imagina se o seu pai deixa escapar uma informação incompleta e seu namorado resolve aumentar a história por conta própria?

Eu não precisava ver a cena. Eu sabia exatamente como essa cena seria. Meu pai todo feliz, estudando as reações do Marine mais novo, vendo-o somar dois com dois e depois multiplicar 6.4 milhões de possibilidades e, depois de pensar nos piores cenários, me encarar.

É, eu estava ferrada.

E ainda tinha uma estranha história de dançar tango sozinha...

Mais uma mensagem de Sean chegou, dessa vez não tinha mais do que uma linha. Na verdade, só tinha uma palavra. Meu nome. Sean me chamara de Elizabeth. Isso era um péssimo sinal.

— Conte logo, Liz. Ou o maior desejo do seu pai vai se concretizar e eu não acredito que você tenha o perfil para ser uma espiã/ninja desalmada e sem coração.

Suspirei e mordi meu lábio. Devagar, peguei meu celular. Claro que, por estar de castigo, olhei para minha mãe, que só abanou a mão me mandando resolver esse problema logo. Antes de subir totalmente a escada para o segundo andar, pude ouvi-la dizer:

— Por que fez isso, Jethro? Quer uma adolescente de castigo e de coração partido dentro dessa casa por todo o verão??

Pelo visto, quando essa conversa se encerrasse, eu seria a mais nova solteira do pedaço...

Outra mensagem de Sean chegou. A quarta em menos de 15 minutos. A paciência dele tinha se esgotado, e olha que Sean era um cara que tinha uma paciência infinita.

Ao invés de mandar uma mensagem, resolvi ligar, seria mais rápido. Algo como arrancar um band aid de uma vez, doeria, mas seria uma dor única.

Sean não aceitou a minha ligação, ao invés, respondeu com uma chamada de vídeo, que foi direto para meu computador.

— Que beleza... toda a minha cara de ressaca será transmitida em Full HD para meu namorado que está do outro lado do país.

Aceitei a chamada e, com pouco tempo, o rosto de meu namorado apareceu na tela de meu MacBook.

— Oi... – Falei muito sem graça e tentando arranjar um jeito de que o meu rosto não estivesse muito estragado na câmera.

Sean quase que dá um pulo da cadeira.

— O que aconteceu com você? Que cara é essa, Liz?

Não disse que a desgraça seria quase automática?

— Aconteceu muita coisa... – Deixei a frase no ar.

Só que, pelo visto, karma existe e hoje era o meu dia de carregar o meu, ou meus, plural, porque a coisa está feia para os meus lados, e pelo que pude notar, Sean estava em seu apartamento na base, sozinho e com tempo para gastar, visto que nem uniforme ele usava, só uma regata branca, então, ele iria insistir na conversa até que tivesse toda a verdade.

—  Que coisas, Lizzy? Sua expressão está me assustando.

Eu não sabia como começar essa conversa. Não fazia a menor ideia de como articular as frases para contar para o meu namorado que eu fora a uma rave sem ele. Enquanto ele trabalhava do outro lado do país.

Remoí a ideia daqui, dali... e Sean me esperava, de início com a expressão relaxada, depois ele foi perdendo a paciência e cruzou os braços, deixando em evidência os tríceps bem torneados, por fim, chegou a pensar que a conexão tinha caído e começou a dar tapas no notebook.

— Bem... Sabe a história do gato que subiu no telhado?

A expressão de meu namorado saiu da completa falta de paciência para a confusão.

— Sei, aquela que começam a falando que o gato subiu no telhado, para depois dizerem que ele não desceu, e, por fim, contarem que ele morreu.

— Pois bem... o gato subiu no telhado.

Sean tombou a cabeça, suas sobrancelhas viraram um único arco. E a expressão de dúvida dele era até fofa, se eu estivesse ao seu lado, teria rido e depois passado a ponta de meu dedo indicador na sua testa só para aliviar a marca de expressão que tinha ali.

Só que não era uma situação engraçada. Era séria. E meu relacionamento estava na corda bamba.

Depois de quase um minuto em silêncio, Sean fez a conexão, eu pude ver isso em seus olhos e quando ele abriu a boca, não emitiu nenhum som.

Tentou de novo e nada. Parecia que ele estava sufocando, que ele tinha algo para falar e não conseguia. Fiquei preocupada quando a cor fugiu de seu rosto, seus olhos azuis ficaram duros e vazios.

— Sean?! – Chamei.

E foi só então que ele falou.

E falou a coisa errada.

— VOCÊ ESTÁ TERMINANDO COMIGO? Você pediu para o seu pai começar a notícia porque quer terminar comigo??

Foi a minha vez de ficar pasma!

— NÃO!! NÃO!! – Pulei da cadeira como um gato assustado. – Eu não estou terminando com você! E... mesmo se eu fosse, jamais faria isso por computador! É grosseria! Eu, definitivamente, não estou terminando com você. Mas é capaz que você termine comigo.

— E por que eu terminaria com você?

Era agora ou nunca...

— Bem... eu... sabe...

— Não, Lizzy, eu não sei... mas estou começando a achar que tem algo muito ruim por trás de toda essa sua hesitação.

E eu, já nervosa, soltei a bomba, de uma vez, sem dar tempo para Sean reagir, sem dar tempo para que ele me interrompesse.

— Eu fui à uma rave ontem à noite, eu e Elena, aquilo estava um droga, ruim mesmo, e como não tinha água em lugar nenhum, acabei bebendo um drink, prometeram que não tinha álcool, mas tinha, aí eu fiquei bêbada igual a um gambá, acabei chamando um UBER, mas o motorista tinha cara de serial killer, então liguei para o Tony, ele me trouxe até em casa, e, bem, eu acho, porque não me lembro, não consegui abrir a porta, porque não conseguia colocar a chave na fechadura, pois estava bêbada e chorando copiosamente, então, para entrar em casa eu subi pela árvore que tem do lado da janela do meu quarto... diz a minha mãe que eu quase caí, mas ela e papai conseguiram me segurar, e... bem... acordei hoje de manhã, com uma ressaca dos infernos e meus pais, que eu não lembrava que tinha encontrado durante a madrugada, me levaram para a marina, me fizeram andar de barco, só para que eu passasse ainda mais mal e confessasse meus pecados... agora estou de castigo, sem poder sair de casa até o dia em que eu for para a faculdade... e, bem, meu pai te mandou essa mensagem foi para que eu te explicasse que, mesmo com você aqui em D.C. eu não vou poder sair com você... além de ter uma estranha história de que eu tenho que dançar tango sozinha, mas essa eu ainda tenho que perguntar para o Tony o que significa.  - Falei em um único fôlego e, mesmo morrendo de medo da expressão de meu namorado, encarei a tela do computador.

Sean absorvia a história contada às pressas, pude ver algumas reações passarem pelo seu rosto, primeiro eu vi o ciúme, esse eu já conhecia, depois incredulidade, até mesmo raiva passou por seus olhos azuis, mas não foi essa reação que permaneceu ali.

Foi uma completamente oposta.

Pois, enquanto eu ainda tomava fôlego, agora para começar a me desculpar por não ter contato a ele sobre a festa, meu namorado caiu na gargalhada.

Foi a minha vez de ficar perplexa.

— Você... Você... Você... – Ele tentava falar aos arrancos e não conseguia, pois as risadas não diminuíam, muito pelo contrário, aumentavam.

— Sean... – Tentei fazê-lo dizer algo coerente.

— Você ficou bêbada ontem à noite? Entrou em uma rave como? Identidade falsa? E depois de tudo isso, tentou entrar em casa, pela janela? Escalando a árvore?? Bêbada? Você escalou uma árvore bêbada?

— Bem... sim. Eu não me lembro de nada...

E ele continuou a rir.

— E eu perdi essa cena!

— O que?! – Eu já não entendia mais nada.

— Eu perdi você bêbada! Eu perdi você dar uma ninja bêbada! Você que é toda metódica! Toda certinha! Que não dá um passo sem falar com seus pais, bancou a adolescente rebelde, encheu a cara, subiu na árvore, e desmaiou de tanto beber, e tudo isso longe de mim?

— Você está rindo?

— Sim.

— Você não está... com...

— Não gostei da parte que você foi para uma rave, mas eu também saio com o pessoal da Corporação de vez em quando, claro que eu te conto, então, não posso ficar com raiva de você, posso estar um pouco de ciúme... mas, estou chateado por ter perdido você sendo a Jane... queria ter te visto fazendo isso, porque aquela vez que saímos para fazer escalada você ficou apavorada, com medo de cair, e você estava com o cinto para te segurar.

Estreitei meus olhos para a tela... meu namorado realmente estava rindo do fato de que eu quase caí para a morte ao escalar uma árvore estando bêbada, ao invés de surtar por eu ter ido a algum lugar sem ele?    

— Você está bem? – Perguntei.

— Eu quem te pergunto! Como está essa ressaca? Já colocou tudo para fora ou ainda está passando mal. Aliás, que ideia de gênio do seu pai te levar para velejar....

— Você concordou com algo que meu pai fez!? – Céus, eu tinha morrido ao cair da árvore! Essa era a única explicação possível, pois eu não estava reconhecendo meu namorado.

— Vai me dizer que se os papéis fossem inversos, você não adoraria fazer isso com um filho seu?

Sean estava louco! Deveria ser insolação, ou o treinamento foi muito duro e ele está sofrendo de estafa e não sabe o que está falando ou ele caiu e bateu a cabeça!

Ele ainda ria. Muito.

— Então, só para que eu possa tentar entender a nossa conversa. Você não está bravo comigo por ter ido a uma rave sem você... você está chateado, por que não me viu bêbada o suficiente para arriscar a minha vida subindo em uma árvore?

— Exatamente, Liz...

— Tá... tudo bem. E só mais uma coisinha, eu estou de castigo. Não posso sair de casa...

— Pode receber visitas?

— Não falaram nada contra visitas... – Dei de ombros.

— Semana que vez estarei aí... até porque eu tenho que ver a sua performance no tango de um.

— Desculpe-me?

— DiNozzo acabou de fazer um grupo aqui... pelo visto, você prometeu, caso sobrevivesse aos seus pais, que dançaria tango sozinha na frente de todo mundo.

— EU PROMETI ISSO?! – Gritei.

— Sim. Você prometeu. – Sean ria ainda mais. – E esse vexame eu não vou perder.

Abaixei a tampa do notebook e corri para a minha cama, enterrando meu rosto entre os travesseiros.

Eu saía completamente da casinha quando estava bêbada!! Eu não era um perigo para a sociedade quando ingeria álcool, era um perigo para mim mesma!

— Odin, se for da tua vontade, sua filha está pronta! Por favor, me leva desse mundo! – Clamei entre lágrimas.

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SEIS DIAS DEPOIS, CASA DA FAMÍLIA SHEPARD-GIBBS

— Alguém pode me informar que bagunça é essa? – Minha mãe desceu as escadas já xingando.

Eram oito e meia da manhã de sábado, e só meu pai estava de pé. Como eu estava de castigo permanente, andava fazendo hora para me levantar, já que tudo o que eu fazia era arrumar a casa, fazer o almoço, arrumar a cozinha e ter uma enormidade de tempo à toa.

Ouvi, ainda de dentro do meu quarto, a porta ser escancarada e bater na parede. Com certeza era meu pai quem atendera.

E, um exército entrou marchando pela casa, falando alto, batendo os pés no chão de madeira.

— O que vocês estão fazendo aqui? – Mamãe perguntou.

Fez um silêncio absurdo, até que um corajoso teve a capacidade de se explicar, ou melhor, uma corajosa.

Tali, sendo filha de quem é, nem era para me surpreender, simplesmente falou:

—  Hoje vai ter show, vovó!

— Show de quem? - Perguntou minha mãe.

— De tango. A Lizzy vai dançar tango sozinha. – Essa era Victoria.

Eu, que estava para me levantar, apenas voltei para cama e cobri a cabeça. Será que esse pesadelo não iria terminar nunca??? Quando será que eles vão esquecer essa minha noite de bebedeira?

Pior que para essa pergunta eu sei a resposta. NUNCA!

— Elizabeth! Pode descer agora, mocinha! Que história de dançar tango sozinha é essa? – Papai perguntou alto.

Não tinha como fingir que eu não escutara a sua pergunta, porém, eu poderia dar um belo show de cadeira nele e ficar fazendo hora até que alguém começasse a desistir.

Esse era o plano infalível. Perfeito!

Até que não era mais. Pois a campainha tocou de novo.

Outro silêncio no andar de baixo, pude ouvir os passos de meu pai até a porta, e o que ele falou para o próximo visitante.

— O que foi agora, Marine Suicida?

O restante da família segurou a risada.

Não escutei a resposta de Sean, porque a falação não me deixou, assim, me vi obrigada a levantar, antes que meu pai dessa uma de louco e saísse atirando em todos, e acabasse concretizando a única ameaça que ele sempre repete:

Dar um sumiço no Marine Suicida.

Troquei de roupa, escovei os dentes e comecei a descer a escada bem discretamente.

— Olha se não é a nossa dançarina de tango! – Tony apontou para mim.

— Que história é essa de dançar tango sozinha, Elizabeth? – Papai me perguntou.

— Eu não sei!

— Então, por que eles estão aqui justamente para te ver dançando tango?

— Eu não sei. – Repeti.

Papai me encarou e depois de observar todas as minhas expressões, passou para a do pessoal da equipe.

— Quando ela falou que ia dançar tango sozinha? – Mamãe perguntou.

— Sábado passado, quando ela estava alta igual ao Empire State. – Tony, claro, tinha que ser ele, explicou. E eu me perguntei internamente o porquê liguei para ele ao invés de ligar para o meu pai de uma vez, já que tudo o que tinha que dar errado deu de qualquer forma. Se eu tivesse ligado para o meu pai, isso não estaria acontecendo agora.

Mas a Elizabeth aqui, quando bebe, perde o cérebro, e a noção do perigo, e a do ridículo também!!  

Fiz uma careta, afinal eu não me lembro dessa promessa.

Eu podia não me lembrar, mas todos sabiam da existência da bendita. E depois de me atazanarem o dia inteiro – e por conseguinte os meus pais. – Fizeram com que John me entregasse um cabo de vassoura, alguém colocou um tango para tocar em um aplicativo de um telefone, e me empurraram para o meio do jardim.

— Agora é só dançar, Lizzy.

Encarei o cabo de vassoura e a minha plateia.

Minha cabeça deu uma pontada de dor e eu tentei fugir da dança e do jardim, mas a minha única saída era a bendita da árvore que tentei esclar no último sábado. Quando papai me viu olhando para o alto da árvore e para a janela do meu quarto, simplesmente falou:

— Dessa vez eu não te puxo para dentro.

Mesmo assim eu tentei correr do meu destino, porém, foi inútil, me pagaram e me colocaram para dançar novamente.

Como diz Murphy, nada está ruim o suficiente que não possa pior... assim, antes que minha mãe quebrasse o cabo de vassoura na minha cabeça, comecei a dançar o tal do tango.

Abraçada com um cabo de vassoura.

Na frente de toda a minha família e do meu namorado.

Porque comigo não existe essa de pagar mico... eu já pago um king kong direto e sempre no débito.

Nunca mais eu bebo na vida! Nunca mais!


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Notas finais do capítulo

E é isso!
Pobre Lizzy, sacaneei com a menina agora... ela jamais terá um dia de paz na vida depois de bancar a bêbada-ninja-escaladora de árvores!
Espero que tenham gostado.
Elena e Liz ou só uma das duas voltam quando a inspiração deixar!
Até lá!



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