Estrela escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 1
Capítulo único - Estrela


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que o filme é inspirado numa história real, e que numa fanfic muita coisa destoa ou não é exatamente como aconteceu, mas escrevi essa história da forma mais leve e respeitosa que pude. Eu sou uma romântica incorrigível, e poderia falar muito sobre isso, mas não quero me estender agora. Só vou dizer que poucos atores no planeta tem uma química tão mágica e incrível quanto a de Emma Stone e Ryan Gosling trabalhando juntos. Eu assisti todos os três filmes em que eles são um casal, e considero impossível que seu coração não seja capturado quando eles entram em cena juntos. Eu estava voando na minha imaginação quando essa história veio depois que assisti o filme ontem. Ela é curta, simples e fofa. Espero que gostem.



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Estrela

De Dani Tsubasa

                - Ainda quer ser uma estrela? – Jerry perguntou enquanto se abraçavam e sorriam na sala de casa, a casa dela.

                Ainda era um pouco cedo, mas eles se casariam. Ele a pediria no momento certo.

                - Eu passei dias pensando sobre isso depois de tudo que aconteceu. Mas agora... Agora que Los Angeles tem esperança, eu quero prosseguir.

                Jerry se afastou para olhá-la e acenar positivamente.

                - Dessa vez vai dar certo. E eu vou cuidar de você.

                Ele mal podia acreditar no que quase tinha acontecido durante a guerra contra Mickey Cohen. Grace tinha o rosto e o coração mais lindos que ele já tinha visto. Se não tivesse agido a tempo, se tivesse falhado em protegê-la, sabia que teria dado um fim aqueles dois capangas ali mesmo, e talvez posto toda a missão a perder. Já fora suficiente perder Pete, Conwell e Bill.

                - Jerry...? – Ela o chamou ao ver seu olhar perdido, e quando ele passou vários segundos em transe sem dizer nada – Você está bem?

                -  É que às vezes ainda tenho pesadelos com aquela noite. Quando aqueles dois foram atrás de você.

                - Eu também. Aquilo foi... Aterrorizante. E me sinto a mulher mais sortuda do mundo por você estar lá – ela falou ao se lembrar de como ele a protegeu e a abraçou no carro quando ela estava apavorada com a possibilidade de ser ferida com ácido ou morta – Mas estamos aqui. Nós dois sobrevivemos e tudo acabou – Grace o lembrou, acalmando-o com um beijo.

                Jerry assentiu.

                - Então vamos em frente. E eu faço questão de acompanhar você em qualquer teste e proposta de trabalho. Vencemos Cohen. Mas ainda há caras maus por aí.

                Ela concordou com um aceno de cabeça.

                - E estamos na cidade das estrelas afinal. Você foi feita pra isso, você já é uma estrela. Los Angeles só precisa de um empurrão pra descobrir isso.

                Grace riu junto com ele, sentindo o coração inundar de felicidade, algo que pensou que tinha perdido para sempre ao se unir a Cohen.

                - Bom... Já que hoje é nosso dia pra celebrar, eu quero perguntar uma coisa. Se você não concordar eu cuidarei sozinho.

                - E o que seria?

                - Se sente pronta pra ser mãe?

                - O que? – Ela riu.

                - Eu tenho uma surpresa.

                Ele a soltou, indo até a porta do terraço, onde ele a proibira de entrar quando chegaram.

                - Ei... Ei! É hora da surpresa, não da soneca. Pelo menos você não estragou a surpresa, amigo – Grace o ouviu dizer falando com algo ou alguém enquanto entrava no terraço.

                Seus olhos verdes se iluminaram ao ver o bulldog inglês de Mickey, vivo e saudável, ao contrário do que ela pensava.

                - Cão, você está vivo – ela sorriu, se abaixando para brincar com o cachorro, que sorriu e saltitou o quanto seu corpinho gorducho permitiu ao ver Grace – Eu achava que ele o tinha descartado – disse a Jerry.

                - Encontramos sozinho na mansão dele. Agora é nosso. Espera aí... O nome dele é Cão?!

                - Sim... Ele disse que era um nome forte e amedrontador. E fácil de lembrar. Mas é um filhote. Tem só seis meses, deve se acostumar com outro nome ainda.

                - Então temos mais um evento importante pra marcar o dia de hoje – Jerry sorriu.

                - Estou gostando de hoje.

                Jerry sorriu, concordando com um aceno.

                - Você tem algum em mente?

                Grace pareceu pensar, seu olhar ficando distante enquanto ainda brincava com o cachorro.

                 - Algumas pessoas não gostam, mas... Eu acredito que os cães são tão nobres quanto nós, então podem ter qualquer nome – ela disse.

                - Eu também penso assim.

                - O que você acha de Pete? – Ela perguntou com apreensão.

                Os olhos de Jerry marejaram, e por um instante ela se arrependeu de sua sugestão, mas então ele sorriu, respirando fundo para conter sua emoção.

                - Ele ia achar isso divertido – disse sorrindo ao se lembrar do garoto – Ele o amaria.

                - Me desculpa...

                Jerry negou com um aceno de cabeça, sem tirar o sorriso do rosto.

                - O novo nome dele é Pete. Está decidido.

                Ela se levantou e os dois olharam para Pete, que tinha se esparramado no chão e estava arfando de alegria com sua língua para fora.

                - Ei, Pete. O que você achou? – Jerry perguntou, e o cachorro latiu, continuando a sorrir.

                - Ele gostou – Grace riu, abraçando-se ao amado.

                Jerry sorriu para ela quando olharam novamente um para o outro.

                - Quer dar um passeio? – Ele perguntou.

                - Daqui a pouco. Vamos ficar aqui por enquanto – ela o puxou para o sofá, onde se sentaram juntos e voltaram a se abraçar.

                 - Obrigada. Por tudo.

                Ele a abraçou mais forte, e os dois ficaram ali acariciando os cabelos um do outro. Jerry beijou sua bochecha e ela se moveu para beijá-lo nos lábios, demoradamente, enquanto ouviam Pete caminhar pela sala, se familiarizando com a nova casa.

                - Por favor, fique comigo pra sempre – ele sussurrou, ainda de olhos fechados, percebendo que ela sorria pela mudança em sua respiração.

                - Eu não vou largar mais de você. Eu sou persistente.

                Ele riu baixinho.

— Eu percebi. Ei... – Jerry olhou para Pete quando o cachorro pulou para pôr as patas em seus joelhos.

— Acho que ele quer ir lá fora.

— Então vamos adiantar nosso passeio – Jerry a beijou mais uma vez antes de se levantar e estender a mão para ajuda-la a fazer o mesmo.

Enquanto colocavam a coleira em Pete, ele admirou como sua namorada estava bela em seu vestido azul claro, muito mais delicado do que os que ela costumava usar na companhia de Mickey Cohen, e num contraste bonito com as roupas brancas que ele estava usando agora.

— Vamos sair por essa porta pra dar o primeiro passeio tranquilo do primeiro dia tranquilo da nossa nova vida – Jerry comentou enquanto saíam e trancavam a casa.

— Você fala coisas bonitas quando está feliz. Eu amo isso em você – Grace sorriu – Nunca pensei que quando chegasse aqui eu teria alguém... Não assim, não agora, e não um policial. E um policial tão doce.

Ele riu.

— Eu nem sempre respondo por mim quando fazem mal a aqueles com quem me importo, mas sempre tento evitar a parte mais pesada do trabalho quando é possível. A guerra nunca é boa, mesmo quando é necessária. Que bom que eu achei você pra me manter vivo nela.

O sorriso de Grace aumentou, irradiando em seus olhos verdes amendoados, e deixando-a ainda mais linda enquanto seus cabelos ruivos brilhavam ao sol.

— Eu posso dizer o mesmo.

Ela o beijou mais uma vez antes de se enlaçarem no braço um do outro e começarem a caminhar com Pete pelo quarteirão.


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