Gentil escrita por elda


Capítulo 1
único




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Sabia que seu capitão não deixaria qualquer um entrar para o bando, mas ainda assim Zoro não conseguia deixar de lado a inimizade que sentia perto do cozinheiro.

Era irritante vê-lo paparicar Nami ou uma garota qualquer. Não importava qual fosse, ele amaria todas, exatamente como dizia, muito orgulhoso.

Zoro não entendia por que as colocava num pedestal tão alto e odiou o dia em que Usopp lhe disse que talvez as mulheres eram para Sanji, o que suas espadas eram para si.

Comparação sem cabimento nenhum.

Era irritante. Nem o entusiasmo incansável de Luffy lhe incomodava tanto quanto aquele jeito cavalheiresco. Sanji não lhe parecia uma pessoa de boa índole, era apenas um tarado que gostava de ser gentil só com a bruxa da Nami. Então, por que era um de seus nakamas?

Não imaginava lutando ao seu lado, poder contar com ele para proteger os demais e muito menos imaginava o protegendo de algo ruim.

Sim, Luffy era o capitão que Zoro decidiu seguir e respeitar com muita honra. No entanto, se Luffy fizesse mais uma decisão imprudente, cogitava seriamente a ideia de deixá-lo. Só podia ter sido imprudência, só isso para justificar o motivo do cozinheiro encaracolado e que fedia a tabaco estar junto na sua trajetória de realizar seu sonho.

Zoro não imaginava que ficaria 24h preso num navio com uma pessoa que desgostava tanto quando decidiu ser o maior espadachim do mundo.

O que Luffy viu nele?

— Gentileza.

Foi o que seu capitão respondeu quando fez uma pergunta retórica mais se queixando do cozinheiro idiota do que querendo realmente saber o que tinha de especial nele.

Uma vez desembarcados, Zoro procurava pelo bando enquanto praguejava todos por se perderem toda vez que desciam numa ilha. Ele andava num bosque e pelo sol cogitou que era horário do almoço.

No entanto, perto de uma árvore, encontrou Sanji servindo um pedaço de carne bem grande para uma raposa. Se não estava enganado, no outro dia, ela havia roubado comida e terminou com um chute na cabeça desferido por ele com o pretexto de que sua Nami-swan não queria desperdícios.

Fez toda uma cena só para Nami lhe parabenizar, mas ela não se importou. Era um idiota.

A raposa se aproximou acuada e Sanji se virou de costas, fingindo que deixara a carne ali por acaso e que pretendia comer mais tarde. Mas Zoro entendeu que, de alguma forma, ele queria alimentá-la.

Naquele momento, sombras dos raios de sol que atravessavam a copa das árvores projetavam desenhos sobre a pele pálida, Sanji não vestia seu habitual terno, estava de regata e até mesmo de bermuda. Ele acendeu um cigarro e apoiou a cabeça numa mão. Um sorriso se formava em seus lábios por notar que a raposa comia que nem seu capitão. Devia estar passando fome.

— Como fui idiota.

Deixou escapar depois de pegar o prato totalmente limpo pela raposa, que já havia ido embora.

Zoro observava tudo escondido numa árvore, um pouco confuso, mas com um sorriso bobo na cara.

Luffy tinha razão, o cozinheiro era gentil.


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