POV do Edward

Eu estava tão confortável em cima do meu querido Rudolph, que quando o Vlad deu uma voadora nas minhas costas eu comecei a xingar. O filho de uma puta não devia saber o que era confortável neh!

- Ande com suas próprias pernas, Masen. – Vlad me mostrou o dedo do meio. Nunca tinha reparado em como ele tinha um dedão. Vixe! [N/A: Pra quem assistiu ToyStory sabe o que a gente tá falando. Na parte em que a Barbie se veste de astronauta e o brinquedo acha que é o  ken de salto... O resto assistam no cinema PORQUE EU JÁ CONTEI A PORRA DO FILME INTEIRO AQIU!!! AAAH LARI_KAULITZ REVOLTADA... IIIU IIIU IIIU *barulho de ambulância*] Coitada da Dercy, ou dele...

- Ele tem razão, Edward. – o Lele disse.

- Ah seus velhos rabugentos... – resmunguei, cruzando os braços no peito.

Nós subimos a escada devagar, com “medo” do barulho que vinha lá de dentro. Vai que era o tal de Percy e seus amigos coloridos. Não gente, não é o restart. MAS É O CINE! DROGA, ALOKA! Brincadeira não é o cine, mas eu acho que os nomes deles eram Anna Beta, é acho que é isso e o Grogan, é deve ser isso...

Bem, se fosse eles, vai ter muito mais barulho e sangue. MUAAHAHA!

Nossa casa estava mais ou menos assim:

CASA:

Bem mais arrumada que antes!

- Olha que legal, fizeram faxina na nossa casa! – Vlad praticamente berrou atrás de mim. Lele lhe deu um olhar mortal que ele se calou na hora. RÁ!

Chegamos mais perto da entrada da casa, e assim eu pude ouvir que a barulheira era instrumentos. Instrumentos mal tocados por sinal. Aff... Já vi que ia ter que dar umas aulinhas para esse povinho sem noção.

Já estávamos no corredor que dava pra sala. Mas a barulheira vinha do andar de cima. Eu hein. Estava mais assustadora do que antes. ALOKA! ADOGO!

- Nossa, essa casa me traz tantas recordações... – Lele disse olhando em volta. Seus olhos pararam num quadro que era MEU quando eu ainda era um lindo bebê babão. Ain, eu tinha os olhos tão brilhantes! Caraca, eu tava com roupa rosa... E meus olhos não são castanhos, são verdes, ham. Então...

- LENTES DE CONTATO! – berrei.

- SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSHHHHHHHHHH! – os dois chiaram pra mim. Ah, fazer o que se a minha mãe colocou lentes em mim.

Por causa da porra do meu grito a porra do barulho parou de incomodar meus ouvidos. Ah, que alivio!

- QUEM TÁ AÍ?! – disse uma voz suave e ao mesmo tempo irritante de mulher.

- MIIIIIAAAAAAAAU! – Vlad fez som de gato.

- É VOCÊ SATÁNAS? – perguntou novamente.

Ninguém respondeu a voz do além.

- Hum...

- Nunca mais faça isso, Vlad, sua mula! – Lele rosnou.

- Eu tinha que enganar ela, Lele.

Enquanto os dois discutiam quem tinha que enganar quem, eu fui dar uma voltinha pela casa. Fiquei lembrando meu passado nessa casa sombria e fria.

FLASH BACK MODE ON

Que emoção, hoje vai sair o primeiro clipe do Michael Jackson! *-*’

Me ajeitei melhor no sofá, enquanto eu aumentava o volume da televisão para que eu pudesse ouvir melhor a música. Esperei que acabasse o clipe dos Rolling Stones, do U2, do Guns’n’Roses e nada do Michael Jackson. Que merda é essa!

- AÊ! – finalmente começou o clipe e... – NÃO! QUEM APAGOU A LUZ!?

- SERÁ QUE FOI A ELETROPAULO, EDWARD! – Lele berrou do andar de cima. Eu pensando que ele tava comendo a menina, mas não, estava ligado nos meus assuntos. Aff... Ganso.

- FOI A TELEFONICA? – ele não respondeu – O BOMBEIRO?

- NÃO SEU BURRO! – gritou Vlad – FOI O MARADONA!

- DROGA!

FLASH BACK MODE OFF

Não sei porque, mas quando eu terminei de lembrar os dois estavam me olhando com uma cara de WTF? Oras, eu só estava lembrando o pior dia da minha vida. E olha que eu não vi esse clipe ainda!

Eu já disse que nós três podíamos ler a mente um do outro? Não? Então eu to falando a agora.

Eu ia dar um passo em direção a eles quando eu tomei um susto com uma barata e esbarrei em um vaso de porcelana que parecia ser caro. Nem preciso dizer que ele se espatifou no chão.

- QUEM TÁ AI, CARALAHO!? – agora foi uma voz MUITO grossa gritando. Acho que era homem, ou a mulher da outra vez ficou com dor de garganta de repente.

- MIIIIIIAAAUU! – Lele imitou um gato. CARALHO digo eu, Lele fazendo brincadeira. NOOOSSSA!

- ESSA FALA É MINHA, EDWARD, CACETE! – Vlad berrou pra mim, erguendo os punhos.

- EU NÃO DISSE NADA.

-MAS PENSOU! – ele estava até bufando.

- EU VOU PERGUNTAR MAIS UMA VEZ! – a voz disse de novo – QUEM. TÁ. AI. PORRA?

Ninguém respondeu novamente e o barulho de novo apareceu.

Eu voltei a andar na direção deles, quando em minha mente apareceu uma coisa meio estranha e que só depois eu fui notar que era uma recordação de Lele.

FLASH BACK ON – LELE

Lele estava sentado na escada da casa pensando onde estaria o caminhão de entrega uma hora dessas. O computador que ele havia comprado para Edward, Vlad e ele não chegara ainda desde o dia do pedido. Lele já estava quase desistindo de esperar quando uma buzina lhe deu um baita de um susto.

- FILHO DA PUTA! – ele gritou para o motorista. – QUASE QUE VOCÊ ME MATA DE SU... AI MEU CORAÇÃO!

E caiu duro no chão. Olha rimou. Bem, voltando. Depois desse susto, Lele acordou três dias depois em uma cama de hospital. Com uma caixa de papelão ao seu lado e um cartão em cima. Nele estava endereçado “Ao Lele”. E a questão era. Nem Edward, nem Vlad mandaram a caixa. E nem remetente tinha.

Lele de tão confuso picou o cartão e guardou a caixa de papelão em seu quarto sem abri-la até hoje.

FLASH BACK OFF – LELE

- NOOOSSA!

Dei um pulo quando o Vlad berrou sua fala. Vlad falava NOOSSA desde os... Desde a sua infância como vampiro. Acho que isso não existe, mas beleza.

- O que aconteceu, Vlad? – perguntou Lele puta da vida. Vida? Vida que ele não tinha.

- Puta? Edward?

- Desculpa. Puto da vida.

- Valeu.

- De nada.

- OOH VOLTANDO! – Vlad cerrou os olhos e continuou gritando para a gente. – MEU MIOJO QUE EU DEIXEI AQUI ANTES DE ME TRANSFORMAR!

- Quem tá aí? – perguntou a mesma voz grossa.

Antes da voz terminar a pergunta feita quinhentas mil vezes, o sangue subiu a minha cabeça.

- É OUTRO GATO, NUM TÁ VENDO SEU IDIOTA! SE VOCÊ QUER TANTO SABER QUEM É QUE TÁ AQUI, PORQUE NUM DESCE ESSA BUNDA GORDA DAI DE CIMA E VEM VER QUEM É, PORRA! SEU PREGUIÇOSO, FILHO DE UMA PUTA, VAI TOMAR NO MEIO DO SEU TOBA. SEU CORNO, VAI SE FUDER! – eu berrei em plenos pulmões.

Depois desse meu ataque de loucura, senti minha linda cabeça sendo atingida por um vaso. Que foi estraçalhado por causa da minha cabeça incrivelmente dura. Olhei puto para quem o atacou. Era uma menina incrivelmente baixinha. Os cabelos mais negros do que o Akon, e os olhos mais verdes do que os meus quando eu ainda tinha olhos verdes, antes da minha mãe me por lentes de contato.

Voei no pescoço dela.

(...)