Pelo Outro Lado escrita por MariiLuck


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oiee pessoal !!
Já voltei !!
Haha
Trouxe um mega enorme cap para vcs !!!
Uhuu
Leiam todooo, sem saltar partes ok ??



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/80678/chapter/25

Capítulo 24

 

De maneira nenhuma (de maneira nenhuma),
Eu a deixarei para baixo (deixarei para baixo),
Eu sei como é difícil agora (difícil agora),
Para ver (está em mim).
Mas eu vou fazer você dizer que me ama.”


- Agente já deveria ter ido. – Ele disse passando carinhosamente a mão em meus cabelos.

 

Eu estava aninhada no peito dele, e por mim, não sairia dali. Não sabendo o que me esperava.

 

- Eu sei... – Eu suspirei. – Vamos... – Mesmo contra a minha vontade, eu sabia que tínhamos que ir.

 

Eu me levantei pesarosa e vesti minhas roupas, enquanto Jacob fazia o mesmo. Depois de me arrumar, ele pegou minha mão e me beijou.

 

- Vai tudo dar certo.

 

- Que Deus te ouça. – eu ri e nós saímos da casa.

 

Ele me pôs nas costas e correu até a clareira. Minhas cabeça só conseguia pensar nos próximas horas, e na batalha que se estenderia. E em ver Alec de novo.

 

Eu tinha certeza de que não conseguiria olhar nos olhos dele... Não depois do que ele fez comigo. Mas eu tinha certeza de que a pior parte seria ver todos eles contra nós. Jane, Heidi, Felix, Demetri... Todos meus amigos, minha segunda família.

 

Mas eu teria que suportar... Eu escolhi isso, escolhi essa vida e essa família. Tive que perder algo é claro, mas valeria à pena. E se tudo acabasse bem, valeria mais apena ainda. Por que com Jacob era o meu lugar, e sempre seria.

 

- Chegamos. – Ele disse me colocando no chão.

 

EU olhei a clareira, cheia de vampiros. Os Volturi ainda não estavam ali, mas os Cullen, seus amigos e os lobos estavam.

 

Todos em posição defensiva, e algo me diziam que eles estavam próximos, talvez um pressentimento. Jacob se transformou e foi para junto dos outros lobos. Eu o segui, julgando melhor ficar perto dele, e se uma briga estourasse, ele me protegeria. Ou pelo menos tentaria.

 

Eu respirei fundo e fiquei em pé ao lado deles. Jacob rosnou e indicou os Cullen. Eu não queria ir para perto deles, mas o lobo continuou insistindo até que eu me rendi e me pus de pé ao lado dos vampiros. Olhei para horizonte, e esperei.

 

Eles vieram com esplendor, com um tipo de beleza.

Eles vieram em uma rígida, formal formação. Eles se moveram juntos, mas não era uma marcha; eles correram pelas árvores em perfeita sincronia – uma escura, contínua forma que parecia flutuar no ar alguns centímetros acima da neve branca, então deslizamento era o avanço.

 

O perímetro externo era cinza; a cor escurecia com cada linha de corpos até que o coração da formação era preto profundo. Todos os rostos estavam cobertos, sombreados. O fraco som do toque dos pés deles era tão regular que era como música, uma complicada batida que nunca vacilava.

 

A algum sinal que eu não vi – ou talvez não havia sinal, só milênios de prática – a

configuração dobrou-se para fora. O movimento era firme demais, quadrado demais para lembrar a abertura de uma flor, embora a cor sugerisse aquilo; era a abertura de um leque, gracioso, mas bem angular. As figuras de capa cinza se espalharam para os lados enquanto as formas mais escuras surgiram precisamente à frente, no centro, cada movimento rigorosamente controlado.

 

O avanço deles era devagar, mas deliberado, sem pressa, sem tensão, sem ansiedade. Era a marcha dos invencíveis.

 

Eu não pude deixar de contar. Tinham trinta e dois deles.

 

Mesmo se você não contasse os dois em deslocamento, abandonadas figuras de capa preta bem atrás, quem eu entendi serem as esposas – sua protegida posição sugerindo que elas não se envolveriam no ataque – nós ainda estávamos em menor número.

 

Haviam apenas dezenove de nós que iriam lutar, e então mais sete para nos assistir sendo destruídos. Mesmo contando os onze lobos, eles nos tinham.

 

- Os de capa vermelha estão vindo, os de capa vermelha estão vindo - Garrett murmurou misteriosamente para ele mesmo e então riu uma vez. Ele deslizou um passo mais perto de Kate.

 

- Eles vieram sim - Vladimir sussurrou para Stefan.

 

- As esposas - Stefan sussurrou de volta. - Toda a guarda. Todos eles juntos. É bom que não tentamos Volterra.

 

E então, como se o número deles não fosse o suficiente, enquanto os Volturi devagar e

majestosamente avançavam, mais vampiros começaram a entrar na clareira atrás deles.

 

Os rostos nesse infindável fluxo de vampiros eram antíteses à falta de expressão disciplinada dos Volturi - eles eram um caleidoscópio de emoções. Primeiramente, havia choque e até mesmo alguma ansiedade quando eles viram a força que aguardava por eles. Mas aquilo pareceu passar rápido; eles estavam seguros em seu grande número, seguros em sua posição por de trás dos Volturi. Seus traços voltaram pra expressão que eles carregavam antes de nós os surpreendermos.

 

Era fácil demais entender o que passava pela cabeça deles - estava escrito em seus rostos. Era um bando raivoso, chicoteados por um frenesi e esperando por justiça. Eu ainda não tinha percebido completamente os sentimentos dos vampiros para com as crianças imortais até olhar na cara deles.

 

Era notório naquele agrupamento estranho, desorganizado - mais que quarenta vampiros - era o tipo de testemunhas dos Volturi. Quando eles eram mortos, eles espalhavam que os criminosos tinham sido erradicados, que os Volturi tinham agido imparcialmente. A maioria gostava que eles esperassem por mais que uma oportunidade de testemunhar - eles queriam ajudar a picar e tacar fogo.

 

Nós não tínhamos que rezar. Mesmo se de alguma forma nós pudéssemos neutralizar as vantagens dos Volturi, eles ainda poderiam nos enterrar. Mesmo se matássemos Demetri, Jacob não seria capaz de fugir dali.

 

Eu podia ver a mesma compreensão ao meu redor. E o ar pesado, me puxando pra baixo ainda mais que antes.

 

Um vampiro do lado oposto não parecia pertencer ao grupo deles; eu reconheci Irina

quando ela hesitou entre duas companhias. O olhar aterrorizado de Irina estava preso na posição de Tanya na primeira linha. Edward rosnou, bem baixo, mas fervorosamente.

 

- Alistair tinha razão - ele murmurou para Carlisle.

 

Olhei de relance para Carlisle e Edward interrogativamente.

 

- Alistair tinha razão? - Tanya sussurrou.

 

- Eles- Caius e Aro- vieram para destruir e adquirir - respirou Edward atrás quase

silenciosamente; só o nosso lado podia ouvir. - Eles têm muitas formas da estratégia no lugar. Se a acusação de Irina fosse provada ser de qualquer maneira ser falsa, eles iriam encontrar outra razão para tomar a ofensa. Mas eles podem ver Renesmee agora, portanto eles são perfeitamente otimistas sobre o seu curso. Ainda podemos tentar defender contra seus outros encargos previsto, mas primeiro eles têm de parar, ouvir a verdade sobre Renesmee. - Então, ainda mais baixo. – O que eles não têm nenhuma intenção de fazer.

 

 

E então, inesperadamente, dois segundos depois, a procissão realmente parou. A música baixa de movimentos perfeitamente sincronizados ficou em silencio. A disciplina impecável permaneceu intacta; os Volturi congelaram-se em absoluta calma. Atrás de mim, aos lados, ouvi o batimento de grandes corações, mais perto do que antes. Arrisquei olhar de relance à esquerda e a direita pelos cantos dos meus olhos para ver o que tinha parado o avanço de Volturi.

 

Os lobos tinham se juntado a nós.

 

De ambos os lados da nossa linha desigual, os lobos se diversificaram em longos, e continua armas. Só dispensei uma fração de um segundo para observar que havia mais de dez lobos, reconheci os lobos que eu conhecia e aqueles eu nunca tinha visto antes. Havia dezesseis deles espalhados em volta de nós, dezessete total, contando Jacob. Era claro pela altura e patas enormes que os recém-chegados eram todos muito, muito jovens. Acho que eu deveria ter previsto isto. Com tantos vampiros formados acampamento na vizinhança, uma explosão de população de lobisomem era inevitável.

 

Mais crianças que morreriam. Me admirei por Sam ter permitido isto, e logo percebi que ele não tinha escolha. Se algum dos lobos estivesse conosco, o Volturi seria seguro de descobrir o resto. Eles tinham apostado sua espécie inteira a nesta luta.

 

E íamos perder.

 

As escuras caras dos Volturi ainda eram inexpressivas em sua maioria. Só dois pares de olhos traíram a todos de não mostrar nenhuma emoção. No centro, tocando as mãos, Aro e Caius tinham feito uma pausa para avaliar, e a guarda inteira tinha feito uma pausa com eles, esperando pela ordem para matar. Os dois não olhavam um para o outro, mas era óbvio que eles se comunicavam. Marcus, embora estivesse segurando a outra mão de Aro, parecia não fazer parte da comunicação. A sua expressão não era tão descuidada como os guardas, mas era quase como espaço em branco. Tal como eu o tinham visto antes, ele parecia estar completamente entediado.

 

A corporação de testemunhas dos Volturi inclinaram-se em direção a nós, com os seus olhos fixos furiosamente em Renesmee e em Bella, mas eles ficaram perto da orla da floresta, deixando um largo espaço entre eles e os soldados de Volturi. Só Irina pairou atrás de Volturi, alguns passos longe das antigas fêmeas — ambos com cabelos claros com peles porosas e olhos opacos— e os seus dois maciços guarda-costas.

 

Os olhos vermelhos cobertos de nuvens de Aro e Caius tremularam através da nossa linha. Li a decepção no rosto de Aro como o seu olhar fixo em nossos rostos muitas vezes, procurando aquele que falhava. A decepção apertou os seus lábios.

 

Naquele momento, eu estava agradecida que Alice tinha fugido.

 

Como a pausa se alongou, ouvi a velocidade de respiração de Edward.

 

- Edward? - Carlisle perguntou, baixo e ansioso.

 

- Eles não estão certos de como proceder. Eles estão pesando nas opções, escolhendo

objetivos-chave — eu, naturalmente, você, Eleazar, Tanya. Marcus está lendo a força dos nossos laços um com o outro, procurando pontos fracos. A presença dos romenos os irrita. Eles estão preocupados com os rostos eles não reconhecem- Zafrina e Senna e, em particular-e os lobos, naturalmente. Eles nunca tinham excedidos em número antes. Isto é o que os parou.

 

- Excedido em número? - Tanya sussurrou incredulamente.

 

- Eles não contam as suas testemunhas - respirou Edward. - Eles são insignificantes, sem sentido para a guarda. Aro apenas gosta de um público.

 

- Devo falar? - Carlisle perguntou.

 

Edward hesitou, logo acenou com cabeça.

 

- Isto é a única possibilidade que você terá.

 

O Carlisle enquadrou seus ombros e andou vários passos à frente da nossa linha defensiva.

 

Ele estendeu os seus braços, apoiando as suas palmas como em uma saudação.

 

- Aro, meu velho amigo. Já se passaram séculos.

 

A clareira branca esteve silenciosamente morta durante um momento longo. A

tensão cresceu enquanto os segundos se passaram.

 

E logo Aro deu passos a frente para fora do centro da formação dos Volturi. O escudo,

Renata, moveu-se com ele como se as pontas dos seus dedos estivessem pregados ao seu manto.

 

Pela primeira vez, a fileira dos Volturi reagiram. Uma rosnadura murmurada rolou pela linha, um olhar feroz sob as sobrancelhas, lábios enrolados atrás de dentes. Alguns dos guardas inclinaram-se para frente agachados.

 

Aro apoiou uma mão em direção a eles. - Paz.

Ele andou somente mais alguns passos, logo inclinou sua cabeça para o lado. Os seus olhos leitosos reluziram com a curiosidade.

 

- Palavras justas, Carlisle - ele falou em sua voz fina. - Elas parecem fora do lugar,

considerando o exército que você reuniu para me matar, e matar os meus queridos.

O Carlisle sacudiu a sua cabeça e esticou a sua mão direita para frente como se não

houvesse ainda quase cem metros entre eles.

 

- Você tem apenas que tocar a minha mão para saber que essa não nunca foi a minha intenção.

 

Os olhos perspicazes de Aro se estreitaram.

 

- Mas como a sua intenção possivelmente pode importar, querido Carlisle, em vista ao que você fez? - Ele franzir as sobrancelhas, e uma sombra da tristeza cruzou seu rosto — se era verdadeira ou não, não posso saber.

 

- Não cometi o crime para o que você deve me punir aqui.

 

- Então dê passagem para punir os responsáveis. Realmente, Carlisle, nada me agradaria mais do que conservar a sua vida hoje.

 

- Ninguém violou a lei, Aro. Deixe-me explicar. - Novamente, Carlisle ofereceu a sua mão. Antes que Aro pudesse responder, Caius veio rapidamente para a frente ao lado de Aro.

 

- Tantas regras inúteis, tantas leis desnecessárias que você cria para você, Carlisle - o antigo

cabelo branco assobiou. - Como é possível que você defenda a quebra daquele que realmente importa?

 

- A lei não foi quebrada. Se você escutar—

 

- Vimos a criança, Carlisle - Caius rosnou. - Não nos trate como tolos.

 

- Ela não é imortal. Ela não é vampira. Posso comprovar facilmente isto somente alguns momentos— Caius o corta.

 

- Se ela não é um dos proibido, então por que você reuniu um batalhão para

protegê-la?

 

- Testemunhas, Caius, assim como você trouxe. - Carlisle gesticulou irritado com a horda na borda da floresta; alguns deles rosnaram em resposta. - Alguém desses amigos pode lhe dizer a verdade da criança. Ou você pode apenas ver ela, Caius. Ver o rubor do sangue humano nas suas faces.

 

- Artifícios! - O Caius repreendeu. - Onde está o informante? Deixe-a vim aqui na frente! - Ele olhou por cima de seu pescoço até para olhar Irina que se estava atrás das esposas. - Você! Venha!

 

Irina o fitou sem compreensão, seus rosto parecia como o de alguém que não despertou inteiramente de um pesadelo horrível. Impacientemente, Caius estalou os seus dedos. Um dos enormes guarda-costas das esposas se moveu ao lado de Irina e a empurrou nas costas. Irina pestanejou duas vezes e logo andou lentamente em direção a Caius pasma. Ela parou vários metros longe, seus olhos ainda em suas irmãs.

 

Caius percorreu a distância entre eles e lhe esbofeteou na cara.

 

Ele não pode ter doído, mas havia algo terrivelmente degradável na ação. Foi como assistir alguém chutar um cachorro. Tanya e Kate assobiaram sincronizadamente.

 

O corpo de Irina estava rígido e os seus olhos finalmente concentraram-se em Caius. Ele apontou seu dedo para Renesmee, que estava nas costas de Bella.

 

- Esta é a criança que você viu? - Caius exigido. - Aquela que era obviamente mais do que um ser humano?

 

Irina olhou para nós, examinando Renesmee pela primeira vez desde sua entrada na

clareira. Sua cabeça inclinou-se ao lado, a confusão cruzou seu rosto.

 

- Bem? - Caius rosnou.

 

- Eu… não estou certa - ela disse, seu tom era desconcertado.

 

A mão de Caius se contraiu como se ele quisesse lhe esbofetear novamente.

 

- O que você acha? - ele disse em um sussurro de aço.

 

- Ela não é a mesma, mas acho que é a mesma criança. Acho que é ela modificada.

Esta criança é maior do que aquela que vi, mas— A respiração furiosa de Caius crepitou repentinamente ele mostrou os dentes, e Irina parou de falar. Aro foi para o lado de Caius e pôs uma mão em seu ombro.

 

- Se recomponha, irmão. Temos todo tempo para classificar isto. Nenhuma necessidade de ser rápido.

 

Com uma expressão taciturna, Caius voltou a Irina.

 

- Agora, querida - disse Aro em um murmúrio quente, doce. - Me explique o que você está tentando dizer. - Ele esticou sua mão a vampira confusa.

 

Incertamente, Irina tomou a sua mão. Ele manteve só por cinco segundos.

 

- Você vê, Caius? - ele disse. - Isso é coisa mais simples de resolver do que precisamos.

 

O Caius não respondeu. Do conto dos seus olhos, Aro lançou os olhos uma vez ao seu

público, a sua máfia, e logo voltou a Carlisle.

 

- E portanto, parece que temos um mistério às nossas mãos. Parece que a criança cresceu.Mesmo que na memória de Irina era claramente uma criança imortal. Curioso.

 

- Isto é exatamente o que estou tentando explicar - Carlisle disse, e a modificação na sua voz, pude perceber seu alívio. Isto era resposta na que tínhamos pedido em todas as nossas esperanças nebulosas.

 

Carlisle esticou sua mão novamente. O Aro hesitou durante um momento.

 

- Prefiro ter a explicação de alguém mais central à história, meu amigo. Estou errado em presumir que esta violação não foi sua criação?

 

- Não houve nenhuma violação.

 

- Seja como for, eu terei cada faceta da verdade. - A voz emplumada de Aro endurece.

 

- E a melhor maneira de obter essa verdade diretamente do seu talentoso filho. - Ele inclinou a sua cabeça na direção de Edward. - Como a criança está acompanhada de sua recém-nascida, estou presumindo que Edward está envolvido.

 

Naturalmente ele queria Edward. Uma vez que ele pudesse ver a mente de Edward, ele

saberia todos os nossos pensamentos.

 

Edward virou para beijar rapidamente a testa de Renesmee e de Bella. Então ele andou com passos largos através do campo com neve, batendo no ombro de Carlisle quando passou por ele. Ouvi uma choradeira baixa atrás de mim – o terror de Esme

abrindo passagem.

 

Vi Jane sorrir triste para mim, e por um segundo vi através da Jane Volturi, vi a verdadeira Jane. Eu tentei sorrir de volta e ela voltou a se concentrar.

 

O queixo de Edward subiu arrogantemente, e ele ergueu a sua mão a Aro como se ele lhe conferisse grande honra. Só Aro pareceu encantado com a sua atitude, mas o seu prazer não era universal. Renata tremulou nervosamente na sombra de Aro. O rosto de Caius era tão profunda que pareceu que sua pele era semelhante a papel, permanentemente translúcida. A pequena Jane mostrou os seus dentes, e ao lado do seu Alec olhos estreitaram na concentração. Eu imaginei que ele estava pronto para agir, como eu, no aviso de um segundo.

 

O Aro encerrou a distância entre eles sem para — e realmente, o que ele tinha a temer? As sombras pesadas dos capuzes cinzas mais leves — os lutadores fortes como Felix – estão só alguns metros longe. Jane e o seu dom ardente poderiam lançar Edward no chão, se torcendo de agonia. Alec poderia deixa-lo cego e surdo antes de que ele possa tomar providências na direção de Aro. Ninguém sabia que eu tinha o poder para pará-los, nem mesmo Edward.

 

Com um sorriso não incomodado, Aro tomou a mão de Edward. Os seus olhos se fechando ao mesmo tempo, e logo os seus ombros curvados sob o ataque violento da informação.

 

Esta conversa de duas vias, mas desigual continuou muito tempo que até a guarda se tornou preocupada. Os murmúrios baixos examinaram a linha até que Caius desse uma ordem aguda do silêncio. Jane foi para a frente como se ela não pudesse ajudar, e a cara de Renata estava rígida com a aflição. Durante um momento, examinei este escudo poderoso que pareceu tão sujeito a pânico e precário; embora ela fosse útil a Aro, posso dizer que ela não era nenhuma guerreira. Não era o seu trabalho lutar mas proteger. Não havia nenhuma sede de sangue nela.

 

Me centrei em Aro se endireitado, os seus olhos abertos, acesso, a sua expressão

aterrorizada e cuidadosa. Ele não largou a mão de Edward.

 

Os músculos de Edward desataram ficaram flexíveis.

 

- Você vê? - Edward perguntou, sua voz calma como veludo.

 

- Sim, vejo, de fato - Aro concordou, e surpreendentemente, ele soou quase divertido. -Duvido se alguns dois entre deuses ou mortais alguma vez viu com mais clareza.

As caras disciplinadas da guarda mostraram a mesma descrença que eu.

 

- Você me deu muito para refletir, jovem amigo - continuou Aro. - Muito mais do que

esperei. - Ainda ele não largou a mão de Edward, e a posição tensa de Edward era de que escutava.

 

Edward não respondeu.

 

Edward não respondeu.

 

- Posso encontrá-la? - Aro perguntou – quase implorando — num súbito interesse ansioso. - Nunca sonhei na existência de tal coisa em todos os meus séculos. Que complemento para a nossa história!

 

- Sobre o que, Aro? - O Caius cortou antes de Edward pudesse responder.

 

- Algo você nunca sonhou, o meu prático amigo. Tire um momento para refletir, a justiça estamos destinados a aplicar já não é possível.

 

O Caius assobiou surpresa das suas palavras.

 

- Paz, irmão - advertiu Aro de maneira calma.

 

Isso deveria ter sido uma boa notícia— essas eram as palavras que tínhamos estado

esperando, a prorrogação que nunca realmente tínhamos achado possível receber. Aro tinha escutado a verdade. Aro tinha admitido que a lei não tinha sido quebrada.

 

- Você me apresentará sua filha? - Aro perguntou novamente a Edward.

 

Edward balançou com cabeça com relutância. E, no entanto, Renesmee tinha conquistado tantos outros. Aro sempre pareceu o líder dos anciões. Se ele esteve ao seu lado, os outros podem ficar contra nós?

 

- Acho que um compromisso neste ponto é certamente aceitável, nas circunstância. Vamos nos encontrar no meio.

 

Aro largou a sua mão. Edward voltou atrás em nossa direção, e Aro o seguiu, colocando um braço casualmente no do ombro de Edward como eles fossem os melhores de amigos todo o tempo que manteve contato com a pele de Edward. Eles começaram a cruzar o campo ao nosso lado. A guarda inteira deu um passo atrás deles. Aro levantou uma mão negando sem olha-los.

 

- Mantenha, os meus queridos. Na verdade, eles não nos farão nenhum dano se formos pacíficos.

 

O guarda reagiu a isto mais abertamente do que antes, com rosnados e assobios do

protesto, mas manteve a sua posição. Renata, apegando-se mais perto a Aro do que antes, choramingou inquieta.

 

- Mestre - ela sussurrou.

 

- Não se preocupe, meu amor - ele respondeu. - Está tudo bem.

 

- Talvez você deva trazer alguns membros de sua guarda com a gente - sugeriu Edward. - Eles ficarão mais confortáveis.

 

Aro acenou com cabeça como se isto fosse uma observação sábia que ele mesmo deveria ter pensando. Ele estalou os seus dedos duas vezes. - Felix, Demetri.

 

Demetri lançou um sorriso tristonho para mim, assim como Jane. Eu sorri de volto e pisquei para ele.

 

Os dois vampiros estavam instantaneamente ao seu lado. Ambos eram altos e de cabelo escuro, Demetri muito e magro como a lâmina de uma espada, Felix pesado e ameaçador como um porrete pregado por ferro.

 

Cinco deles parado no meio do campo nevado.

 

- Bella - Edward chamou. - Traga Renesmee... e alguns amigos.

 

Bella respirou fundo.

 

- Jacob? Emmett? - Perguntou calmamente. Eu me arrepiei quando ela disse Jacob, mas apenas tentei ficar calma. Ambos acenaram com cabeça. O Emmett sorriu.

 

- Companhia interessante que você mantém - murmurou Demetri a Edward.

Edward não respondeu, mas uma rosnadura baixa deslizou pelos dentes de Jacob.

 

- Olá novamente, Bella. - Ele ousadamente sorriu ainda seguindo cada passo de Jacob por sua visão periférica.

 

- Ei, Felix.

 

- Você parece bem. A imortalidade se ajustou a você.

 

- Muito obrigado.

 

- Por favor. É tão ruim...

 

Ele deixou o seu comentário diminuir no silêncio, mas não precisei do dom de Edward para imaginar o final. É tão ruim que vamos matar você em seguida.

 

- Sim, muito ruim, não é? – ela Murmurou desafiadora.

 

Felix piscou. Aro não prestou nenhuma atenção na nossa conversa. Ele apoiou a sua cabeça a um lado, fascinado.

 

- Ouço o seu estranho coração - ele murmurou com um ritmo animado quase musical às suas palavras. - Tem um cheiro estranho. - Então os seus olhos nebulosos foram para Bella. - Na realidade, jovem Bella, a imortalidade realmente a faz mais extraordinária - ele disse. - É como se você fosse projetada para esta vida.

 

Ela acenou com cabeça uma vez em reconhecimento da sua lisonja.

 

- Você gostou do meu presente? - ele perguntou, olhando o pingente que ela usava.

 

- É lindo, e muito, muito generoso da sua parte. Obrigado. Provavelmente deveria ter lhe enviado uma carta. - Aro riu encantadoramente.

 

- É só um pouco de algo tive que mentir uma vez. Eu achei que ele poderia complementar o seu novo rosto, e ele fez.

 

Ouvi um pequeno assobio do centro da linha dos Volturi. Olhei por cima do ombro de Aro.

 

Hm. Pareceu que Jane não ficou feliz sobre o fato de Aro ter dado a ela um presente. Provavelmente ciúmes, pelo que eu conhecia dela.

 

- Posso cumprimentar sua filha, encantada Bella? - ele perguntou docemente.

 

- Mas ela é especial - ele murmurou. - Assim como você e Edward. - E depois mais alto, - Olá, Renesmee.

 

Renesmee olhou Bella, que acenou com a cabeça.

 

- Olá, Aro - ela respondeu formalmente na sua voz alta, em troca.

 

Os olhos de Aro ficaram confusos.

 

- O que é isso? - Caius assobiou. Ele pareceu enraivecido pela necessidade de perguntar.

 

- Metade Mortal, metade imortal - Aro anunciado para ele e o resto da guarda sem tirar o seu olhar fixo encantados de Renesmee. - Concebido assim, e transportado esta recém-nascida enquanto ela era ainda humana.

 

- Impossível - Caius ridicularizou.

 

- Você acha que eu deixei eles me enganaram, então, irmão? - A expressão de Aro era muito divertida, mas Caius estremeceu. - É a batida do coração você ouve uma fraude também?

 

- Calma e cuidado, irmão, irmão - acautelou Aro, ainda sorrindo para Renesmee. - Sei bem como você ama a sua justiça, mas não há nenhuma justiça na atuando contra seu filho. É tanto para aprender, tanto para aprender! Sei que você não tem o meu entusiasmo para reunir histórias, mas é tolerante comigo, irmão, que acrescento um capítulo para abalar a sua improbabilidade. Viemos esperando só justiça e a tristeza de falsos amigos, mas olhe o que ganhamos em vez disso! Um conhecimento novo, brilhante de nós, as nossas possibilidades.

 

Ele esticou sua mão para Renesmee como um convite. Mas isto não era o que ela queria. Ela se inclinou, se estendendo para cima, para tocar suas pontas dos dedo no rosto de Aro.

 

Aro não reagiu com o choque como quase todos os outros tinham reagido a esta realização de Renesmee; ele já havia visto isso dos pensamentos e memória de outras mentes como Edward tinha.

 

O seu sorriso se alargou, e ele suspirou em satisfação.

 

- Brilhante - ele sussurrou.

 

Renesmee relaxada nos braços de Bella, e seu pequeno rosto ficou muito serio.

 

- Por favor? - ela o perguntou. O seu sorriso virou doce.

 

- Naturalmente não tenho nenhum desejo de prejudicar os seus amados, preciosa Renesmee.

 

A voz de Aro era tão reconfortante e afetuosa, que ele me enganou por um segundo. E logo ouvi os dentes de Edward ranger e ao meu lado, o assobio ultrajado de Maggie, era mentira.

 

- Estou surpreso - disse Aro pensativamente, parecendo ignorar a reação às suas palavras. Seus olhos se moveram inesperadamente para Jacob, e em vez da repugnância em examinar o lobo gigantesco, os olhos de Aro estavam cheios de desejo que não compreendi.

 

- Isso não funciona assim - Edward disse, a neutralidade cuidadosa do seu tom

repentinamente ficou áspero.

 

- Só um pensamento errado - disse Aro, avaliando Jacob abertamente, e logo os seus

olhos se moveram lentamente para a linha de atrás de nós. Tudo o que Renesmee lhe tinha mostrado, fez os lobos repentinamente interessantes para ele.

 

- Eles não nos pertencem, Aro. Eles não seguem as nossas ordens aquele desse jeito. Eles estão aqui porque eles querem.

 

Jacob rosnou ameaçadoramente e eu bufei de raiva. Senti a mão de Carlisle segurar meu braço.

 

- Eles parecem bastante preso a você, entretanto - disse Aro. - E a sua jovem companheira a sua... família Leal. - A sua voz acariciou a palavra.

 

- Eles são comprometidos à proteção da vida das pessoas, Aro. Isto os faz capazes de

coexistir conosco, mas dificilmente com você. A menos que você esteja repensando seu estilo de vida.

 

Aro riu alegremente. - Apenas um pensamento errado - ele se repetiu. - Você sabe como é.

 

Nenhum de nós pode controlar inteiramente os nossos desejos subconscientes.

Edward sorriu.

 

- Realmente sei como é. E também sei a diferença entre esse tipo de pensamento e um com um objetivo atrás dele. Isso nunca iria funcionar, Aro.

 

A vasta cabeça de Jacob virou na direção de Edward, e um assobiu deslizou entre seus

dentes.

 

- Ele está intrigado com a idéia de... guarda de cães - murmurou Edward atrás.

Houve um segundo de silêncio, e logo o som do rasgamento de rosnados furiosos do grupo todo encheu a gigantesca clareira.

 

Eu senti a raiva crescendo dentro de mim e então o olhar de Aro se encontrou com o meu e ele sorriu.

 

- Letícia! Querida Letícia... Por que não vem até aqui para que eu te cumprimente? – Eu hesitei, mas Edward balançou a cabeça positivamente e eu fui até eles.

 

- Olá Aro. – Eu disse num tom duro. – Já faz tempo não é?

 

- Sim... – Ele sibilou e estendeu a mão e eu ouvi Jacob rosnar ao meu lado. Eu estendi minha mão e apertei a dele com firmeza.

 

- Escolhas... O que fazem com agente, não? Fico sentido pelo que meu querido Alec fez, e tenha certeza de que as devidas providências serão tomadas. – Eu fitei Alec por um segundo, mas desviei meu olhar de volta a Aro. – É realmente uma pena que tenha decidido nos deixar... Uma pena... – Ele balançou a cabeça negativamente.

 

-  Realmente... mas espero que ainda possamos ser amigos, Aro. Ainda guardo um grande afeto por ti e por grande parte de sua guarda. – Eu sorri para ele que sorriu de volta.

 

- È claro... – Ele suspirou - Tanto para discutir - disse Aro, o seu tom repentinamente parecida de um homem de negócios. - Tanto para decidir. Você e o seu protetor peludo me desculpe, meu querido Cullen, mas devo conferir com meus irmãos.

 

Aro não respondeu à sua ansiosa guarda que esperava ao lado norte da clareira; na

verdade, ele acenou para eles.

 

Nós recuamos imediatamente, e esperamos.

 

Caius começou a argumentar com Aro ao mesmo tempo.

 

- Como você pode continuar com esta vergonha? Por que estamos parados aqui

impotentemente diante de um crime exorbitante, cobertos por uma ridícula decepção? – Ele segurou os braços rigidamente em seus lados, as mãos enroladas em suas unhas. Me perguntei porque ele simplesmente não tocou Aro para compartilhar sua opinião. Já estávamos vendo uma divisão em seus níveis? Nós podíamos ser sortudos assim?

 

- Porque é tudo verdade - Aro disse a ele calmamente. - Cada palavra dita. Veja quantas testemunhas prontas para dar uma evidência de que eles têm visto esta milagrosa criança crescer e amadurecer no pouco tempo em que a conhecem. Que eles tem sentido o calor do sangue que pulsa em suas veias. - O gesto de Aro se arrastou de Amun até Siobhan do outro lado.

 

Caius reagiu estranhamente às palavras de Aro, começando tão levemente pela menção de testemunhas. A raiva drenou de suas feições, substituída por uma fria avaliação. Ele olhou de relance às testemunhas dos Volturis com uma expressão de quem parecia vagamente... nervoso.

 

Eu observei a multidão furiosa também, e vi imediatamente que a descrição não se aplicava nem de longe. O frenesi por ação tinha se transformado em confusão.

Conversas sussurradas fervilhavam-se pela platéia enquanto eles tentavam buscar o sentido no que havia acontecido. Caius franziu a testa, entregue aos pensamentos. Sua expressão especulativa alegrou as chamas da raiva que me queimava, ao mesmo tempo em que me preocupou.

 

Somente um segundo tinha se passado; Caius ainda estava discutindo.

 

- Os lobisomens - ele murmurou por último.

 

Eu gelei e senti a vontade de correr até Jacob e implorá-lo para sairmos daqui.

 

- Ah, irmão... - Aro respondeu à opinião de Caius com um olhar penoso.

 

- Você defende aquela aliança também, Aro? - Caius perguntou. - As Crianças da Lua têm sido nossos amargos inimigos desde o começo dos tempos. Nós temos caçado-os quase à extinção da Europa e Ásia. Ainda que Carlisle encoraje sua relação familiar com esta enorme infestação – sem dúvidas para tentar nos destruir. O melhor para proteger seu deturpado estilo de vida.

 

Edward coçou alto a garganta, e Caius olhou furiosamente para ele. Aro pôs uma fina e delicada mão sobre seu próprio rosto, como se ele estivesse embaraçado pelo outro ancião.

 

- Caius, é o meio do dia - Edward indicou, gesticulando para Jacob. - Estas não são Crianças da Lua, claramente. Eles mal se relacionam com seus inimigos do outro lado do mundo.

 

- Você criou mutantes aqui - Caius cuspiu de volta a ele.

 

- Eles nem mesmo são lobisomens. Aro pode te contar sobre isso, se você não acredita em mim.

 

Não são lobisomens? Eu disparei um olhar mistificado para Jacob. Ele ergueu seus grandes ombros e os deixou cair – dando de ombros. Ele não sabia do que Edward estava falando também.

 

- Querido Caius, eu teria te alertado para não pressionar neste ponto, se você tivesse me dito seus pensamentos - Aro murmurou. - Apesar das criaturas pensarem em si mesmas como lobisomens, elas não são. O nome mais exato para eles seria transmorfos. A escolha pela forma de um lobo foi puramente casual. Poderia ter sido um urso ou um abutre ou uma pantera quando a primeira transformação foi feita. Estas criaturas realmente não têm nada a ver com as Crianças da Lua. Eles meramente herdaram as habilidades de seus pais. É genético – eles não continuam com sua espécie por infectar outros, do modo que verdadeiros lobisomens fazem.

 

Caius olhou furioso para Aro, com irritação e algo a mais – uma acusação de traição, talvez.

 

- Eles sabem nosso segredo - ele disse diretamente.

Edward parecia estar prestes a responder esta acusação, mas Aro foi mais rápido.

 

- Eles são criaturas de nosso mundo super-natural, irmão. Talvez ainda mais dependentes de discrição do que nós; eles dificilmente podem nos expor. Cuidado, Caius. Alegações ilusórias não nos leva a lugar algum.

 

Caius respirou fundo e acenou. Eles trocaram um longo e significante olhar.

Pensei que entenderia a instrução por trás da expressão cuidadosa de Aro. Acusações falsas não ajudavam a convencer as testemunhas que observavam do outro lado; Aro estava alertando Caius a se mover na próxima estratégia. Eu me perguntei a razão por trás da aparente tensão entre os dois anciãos – Caius de má vontade para dividir seus pensamentos com toque – era porque Caius não se importava em mostrar tanto quanto Aro. Se o massacre que viria era muito mais essencial para Caius do que uma reputação limpa.

 

- Eu quero falar com o informante - Caius anunciou abruptamente, e desviou seu olhar para Irina.

 

 

Irina não estava prestando atenção na conversa de Caius e Aro; seu rosto estava deformado em agonia, seus olhos fechados em suas irmãs, alinhadas para morrer.

 

Estava claro em seu rosto que ela sabia que sua acusação tinha sido totalmente falsa.

 

- Irina - Caius gritou, infeliz por ter que se dirigir a ela.

 

Ela ergueu os olhos, assustada e instantaneamente com medo.

Caius estalou seus dedos. Hesitante, ela se mexeu da extremidade da formação dos Volturi, para ficar em frente à Caius novamente.

 

- Então você parece ter cometido um grande erro em suas alegações - Caius começou.

Tanya e Kate se inclinaram ansiosamente.

 

- Me desculpe - Irina sussurrou. - Eu devia ter tido certeza do que estava vendo. Mas eu não tinha idéia... - ela gesticulou sem defesa em nossa direção.

 

Querido Caius, você pode esperar que ela tivesse adivinhado num instante uma coisa tão estranha e impossível? - Aro perguntou. - Qualquer um de nós teria feito a mesma suposição.

 

Caius deu um tapa em Aro para silenciá-lo.

 

- Todos nós sabemos que você cometeu um erro - ele disse bruscamente. - Eu quis dizer falar de suas motivações.

 

Irina esperou nervosamente que ele continuasse, e então repetiu,

 

- Minhas motivações?

 

- Sim, por vim espioná-los, em primeiro lugar.

 

Irina hesitou com a palavra espionar.

 

- Você estava infeliz com os Cullens, não é?

 

Ela virou seus olhos miseráveis para o rosto de Carlisle. – Estava - ela admitiu.

 

- Por que...? - Caius estimulou.

 

- Porque os lobisomens mataram meu amigo - ela sussurrou. - E os Cullens não se

mantiveram longe do caminho para me deixar vingá-lo.

 

- Os transmorfos - Aro corrigiu calmamente.

 

- Então os Cullens ficaram ao lado dos transmorfos e contra nossa própria espécie – contra a amiga de um amigo, ainda mais - Caius sumarizou.

 

Eu ouvi Edward um som repugnante sob sua respiração. Caius estava sinalizando lista,

procurando por uma acusação que funcionaria.

 

Os ombros de Irina se endureceram. - É assim que eu via.

 

Caius esperou novamente, e estimulou. - Se você gostaria de fazer uma reclamação formal contra os transmorfos – e contra os Cullens por apoiar suas ações – agora seria a hora. - Ele sorriu um pequeno e cruel sorriso, esperando que Irina o desse a próxima desculpa.

 

Não, eu não tenho reclamação contra os lobos ou os Cullens. Você veio aqui hoje para

destruir uma criança imortal. Não existem crianças imortais. Este foi meu erro, e eu assumo toda a responsabilidade por ele. Mas os Cullens são inocentes, e você não tem motivo para continuar aqui. Eu sinto muito - ela nos disse, e então virou seu rosto para as testemunhas dos Volturi. - Não houve nenhum crime. Não existe nenhuma razão válida para vocês continuarem aqui.

 

Caius levantou suas mãos enquanto ela falava, e tinha um objeto estranho de metal,

gravado e ornado.

 

Era um sinal. A resposta foi tão rápida que todos nós encaramos em chocante descrença enquanto acontecia. Antes tinha tempo para reagir, agora acabou.

Três dos soldados dos vampiros saltaram adiante, e Irina estava completamente obscurecida por suas capas cinza. No mesmo instante, um horrível grito metálico rasgou pela clareira.

 

Caius deslizou para o centro da cinza confusão, e o chocante grito pareceu explodir em um banho de fagulhas assustadoras, e línguas de chama. Os soldados pularam de volta do repentino inferno, imediatamente retomando seus lugares na perfeita linha reta da guarda.

 

Caius ficou sozinho ao lado dos resquícios flamejantes de Irina, o objeto de metal em sua mão ainda lançando um grosso jato de chama.

Com um pequeno barulho de um click, o jato de fogo da mão de Caius desapareceu. Uma arfada atravessou a massa de testemunhas por trás dos Volturi.

Nós também estávamos horrorizados por fazer qualquer barulho. Era a única coisa para saber que a morte estava chegando com uma velocidade feroz, impossível de ser parada; era outra coisa para assistir acontecer.

 

Caius sorriu friamente.

 

- Agora ela assumiu toda a responsabilidade por seus atos.

Seus olhos dispararam até nossa linha frontal, tocando ligeiramente as formas congeladas de Tanya e Kate.

 

Naquele segundo eu entendi que Caius nunca tinha subestimado os laços de uma família de verdade. Essa era a tática. Ele não queria que Irina reclamasse; ele queria desafiá-la.

 

- Parem eles! - Edward gritou, pulando para agarrar o braço de Tanya enquanto ela recuava

de um sorridente Caius com um grito enlouquecido de pura raiva. Ela não pôde se livrar de Edward antes que Carlisle tivesse trancado seus braços ao redor de sua cintura.

 

- É tarde demais para ajudá-la - ele justificou urgentemente enquanto ela lutava. - Não o dê o que ele quer!

 

Kate foi difícil de refrear. Gritando sem pronunciar palavras como Tanya, ela quebrou no primeiro passo do ataque que terminaria com alguém morto. Rosalie estava mais perto dela, mas antes que Rose pudesse agarrá-la pelo pescoço, Kate se chocou tão violentamente que Rose se dobrou para o chão. Emmett pegou o braço de Kate e a atirou para baixo, então se balanceou para trás, seus joelhos se rendendo. Kate rolou aos seus pés, e parecia que ninguém podia parála.

 

Garrett se lançou para ela, a pressionando no chão novamente. Ele prendeu seus braços em volta dos dela, fechando as mãos contra sua própria cintura. Eu vi seu corpo se contrair conforme ela se chocava. Seus olhos rolaram, mas ele não a soltou.

 

- Zafrina - Edward berrou.

 

Os olhos de Kate ficaram vazios e seus gritos se transformaram em lamúrias. Tanya parou de se esforçar.

 

- Me dê uma visão - Tanya assobiou.

 

Desesperadamente, mas com toda a delicadeza que eu pude, arrastei meu escudo ainda mais estreito contra as fagulhas de meus amigos, o descascando cuidadosamente de Kate enquanto tentava mantê-lo ao redor de Garrett, fazendo uma pele fina entre eles.

 

E então Garrett estava no comando de si mesmo novamente, segurando Kate.

 

- Se eu te soltar, você me baterá de novo, Katie? - ele sussurrou.

 

Ela rangeu os dentes em resposta, ainda batendo cegamente.

 

- Me escutem, Tanya, Kate - Carlisle disse em um sussurro baixo, mas intenso. – Vingança não vai ajudá-la agora. Irina não queria que vocês perdessem suas vidas desta forma. Pensem no que estão fazendo. Se vocês os atacá-los, todos nós morreremos.

 

Os ombros de Tanya arquearam com pesar, e ela se inclinou em Carlisle como apoio. Kate estava finalmente parada. Carlisle e Garrett continuaram a consolar as irmãs com palavras urgentes demais para soar confortante.

E minha atenção voltou para o peso dos olhares que se comprimiram em nosso momento de caos. Do canto dos meus olhos eu podia ver que Edward e todo mundo, exceto Carlisle e Garrett, estavam em suas guardas novamente também.

 

O brilho mais pesado veio de Caius, encarando com irritada descrença para Kate e Garrett no meio da neve. Aro também estava observando os dois, incredulidade era a emoção mais forte em seu rosto. Ele sabia o que Kate podia fazer. Ele tinha sentido a potência dela pelas memórias de Edward.

 

Aro caminhou pensativo, parecendo que ele flutuava ao invés tocar o chão com seus pés. Eu percebi que cada passo o levava pra mais próximo de sua guarda.

 

- Ela é única... completa e impossivelmente única. Que desperdício seria, destruir algo tão adorável. Especialmente quando poderíamos aprender tanto... - Ele suspirou, como se não estivesse disposto a continuar. - Mas há perigo, perigo esse que não pode ser simplesmente ignorado.

 

Ninguém respondeu à sua afirmação. Era um silêncio enquanto ele prosseguia em seu

monólogo que mais parecia como se ele estivesse falando pra si mesmo.

 

- Que irônico é que enquanto os avanços humanos, enquanto eles acreditam em seus

avanços científicos e controlam seu mundo, mais longe nós estamos de ser descobertos. Ainda, enquanto nos tornamos mais desinibidos por conta de sua descrença no sobrenatural, eles ficam fortes o suficiente com sua tecnologia que, se eles quisessem, eles poderiam nos expor e até mesmo destruir alguns de nós. Por milhares e milhares de anos, nosso segredo foi mais uma questão de conveniência, de tranqüilidade, do que realmente segurança. Essa última duro, nervoso século deu à luz armas de tal poder que poderiam ser perigosos até para imortais. Agora o nosso status de meramente mitos nos protege dessas criaturas fracas que caçamos. Essa incrível criança - ele levantou a palma de sua mão como se fosse colocá-la em Renesmee, embora ele estivesse a quase quarenta metros de distância dela, quase junto à formação dos Volturi de novo - se nós poderíamos conhecer seu potencial - saber com absoluta certeza que ela pode permanecer coberta juntamente com a obscuridade que nos protege. Mas nós não sabemos nada do que ela pode se tornar! Seus próprios pais têm medo quanto a seu futuro. Nós não podemos saber o que ela vai saber quando crescer. - Ele fez uma pausa, olhando primeiramente pras nossas testemunhas, e então, significativamente, pras dele. Sua voz deu uma boa impressão de estar

sendo rasgadas pelas próprias palavras.

 

Ainda olhando pras nossas testemunhas, ele falou de novo. - Apenas o conhecido é seguro. Apenas o conhecido é tolerável. O desconhecido é... vulnerabilidade.

 

Eu avaliei os trinta e sete vampiros que ficaram. Alguns deles pareciam muitos confusos pra se decidir. Mas a maioria parecia mais consciente ao confronto que se seguiria. Eu achei que eles estivessem inclinados por saber exatamente quem estaria correndo atrás deles.

 

Eu tinha certeza que Aro viu a mesma coisa que eu. Ele se virou, indo em direção à sua guarda com um grande passo. Ele parou em frente deles, e se dirigiu a eles com uma voz clara.

 

- Nós estamos em maior número, queridos - ele disse. - Não podemos esperar ajuda de fora.

 

Deveríamos deixar essa questão a decidir pra salvar vocês mesmo?

 

- Não, mestre - eles sussurraram unissonamente.

 

- A proteção do nosso mundo vale a perda de alguns do nosso número?

 

- Sim - eles respiraram. - Nós não estamos com medo.

 

Aro sorriu e virou-se pro seus companheiros de preto.

 

- Irmãos - Aro disse sombriamente, - há muito a se considerar aqui.

 

- Vamos aos conselhos - Caius disse malicioso.

 

- Vamos aos conselhos - Marcus repetiu num tom desinteressado.

 

Aro se virou de costas pra nós de novo, olhando pros outros antigos. Eles juntaram as mãos pra formar um triângulo coberto de preto.

 

Comecei a ouvir as despedidas ao meu redor, e senti as lágrimas escorrendo pela minha face.

 

Jacob foi até Bella e afagou a perna dela com a cabeça.

 

- Eu te amo também, Jake. Você vai sempre ser meu melhor amigo.

 

Uma lágrima do tamanho de uma bola de baseball rolou no pêlo embaixo de seus olhos.

 

Edward conduziu sua cabeça pro mesmo ombro em que ele tinha colocado Renesmee.

 

- Adeus, Jacob, meu irmão...

 

Os outros não estavam conscientes da cena de despedida. Os olhos deles estavam presos ao triângulo preto, mas eu diria que eles estava, ouvindo.

 

- Não há esperança, então? - Carlisle sussurrou. Não havia medo em sua voz. Apenas

determinação e aceitação.

 

- Claro que há esperança – Bella disse - Eu sei apenas do meu destino.

 

A respiração de Esme estava irregular atrás de mim. Ela se moveu pra gente, tocando

nossos rostos enquanto passava, pra ficar ao lado de Carlisle e segura sua mão.

 

De repente, nós estávamos rodeados por murmúrios de adeus e - eu te amo.

 

- Se nós sobrevivermos a isso - Garrett sussurrou pra Kate, - eu vou seguir você pra

qualquer lugar, mulher.

 

- Agora que ele me fala - ela meditou.

 

Rosalie e Emmett se beijaram rápida, mas apaixonadamente.

 

Tia acariciou o rosto de Benjamin. Ele sorriu de volta alegremente, pegando sua mão e

segurando-a contra sua bochecha.

 

Eu não vi todas as expressões de dor e amor. Eu estava distraída pela repentina pressão

contra o meu escudo. Eu não poderia dizer de onde ela vinha, mas ela parecia direcionada às pontas do grupo, Siobhan e Liam particularmente. A pressão não causou danos, e então tinha se dissipado.

 

Jacob veio até mim e eu me ajoelhei para abraçá-lo.

 

- Eu te amo! – Eu disse chorando, e tentando abafar meu choro em seu pêlo. Ele  me olhou nos olhos e eu não conseguia parar de chorar.

 

Carlisle me ajudou a levantar, mas eu não saí do lado de Jacob. Continuei lá, acariciando o pêlo dele enquanto as lágrimas banhavam meu rosto.

 

Jacob me olhou e indicou a floresta com a cabeça.

 

- Não vou sair daqui Jacob. Não vou te deixar.

 

- Eu vou ter que me concentrar - Bella sussurrou pra Edward. - Quando chegar a hora do mano a mano, será mais difícil manter o escudo ao redor das pessoas certas.

 

- Eu vou mantê-los longe de você.

 

- Não. Você tem que pegar Demetri. Zafrina os manterá longe de mim.

 

Zafrina balançou a cabeça solenemente.

 

- Ninguém tocará essa jovem - ela prometeu a Edward.

 

- Eu mesma iria atrás de Jane e Alec, mas eu posso fazer mais daqui.

 

- Jane é minha - Kate assobiou. - Ela precisa sentir o gosto do seu próprio remédio.

 

- E Alec me deve muitas vidas, mas eu vou acertar as contas - Vladimir rosnou do outro lado. - Ele é meu. – Jacob rosnou e Vladimir sorriu – Também tem contas a acertar com ele?

 

- Eu só quero Caius - Tanya disse uniformemente.

 

Eu sentia uma pontada no peito ao perceber que eles planejavam a morte das pessoas que um dia eu chamei de família. Que eu ainda amava... Quer dizer, a maioria.

 

- Será uma perda lastimável para a sua espécie perder qualquer um de vocês. Mas você, especialmente, jovem Edward, e sua companheira recém nascida. Os Volturi ficariam felizes em receber muitos de vocês em nosso grupo. Bella, Benjamin, Zafrina,

Kate. Existem muitas escolhas à sua frente. Considerem-nas. – Aro disse.

 

- Vamos votar, então - ele disse com aparente relutância.

 

Caius falou com ansiosa pressa.

 

- Essa criança é um risco desconhecido. Não há razão de permitir que tal risco exista. Ela deve ser destruída, junto com todos que a protegem. - Ele sorriu em expectativa.

 

Marcus ergueu os olhos sem se importar, parecendo olhar através de nós enquanto votava.

 

- Eu não vejo nenhum perigo imediato. A criança é segura por enquanto. Nós sempre

podemos reavaliar mais tarde. Vamos viver em paz. - A voz dele era mais fraca que os suspiros leves de seu irmão.

 

Ninguém da guarda relaxou suas posições preparadas pelas palavras de discordância. O sorriso antecipatório de Caius não se esvaiu. Foi como se Marcus nem tivesse falado.

 

- Eu devo dar o voto de decisão, aparentemente - Aro meditou.

 

- Sim! – Edward assobiou.

 

Eu arrisquei uma olhada pra ele. seu rosto brilhava com uma expressão de triunfo que eu não compreendi – era a expressão que um anjo da destruição devia usar enquanto o mundo queimava. Linda e assustadora.

 

Houve uma baixa reação da guarda, um murmúrio inquieto.

 

- Aro? - Edward chamou, praticamente gritou, vitória indisfarçada em sua voz.

Aro hesitou por um segundo, acessando esse novo humor antes de responder

cautelosamente. –

 

 Sim, Edward? Você tem algo mais...?

 

- Talvez - Edward disse agradado, controlando sua inesperada excitação. - Primeiro, eu

poderia esclarecer um ponto?

 

- Certamente - Aro disse, erguendo as sobrancelhas, nada agora além de um educado

interesse em seu tom. Meus dentes se prenderam; Aro nunca era mais perigoso do que quando era gracioso.

 

- O perigo que você prevê vir da minha filha – isso se baseia inteiramente em nossa

inabilidade de saber como ela se desenvolverá? Essa é a raiz do problema?

 

- Sim, amigo Edward - Aro concordou. - Se pudéssemos saber... ter certeza de que,

enquanto cresce, ela será capaz de se manter longe do mundo humano – sem colocar em perigo a segurança da nossa obscuridade... - Ele parou, erguendo os ombros.

 

- Então, se pudéssemos ter certeza - Edward sugeriu, - exatamente de como ela crescerá... não há absolutamente nenhuma necessidade para um conselho?

 

- Se houver alguma forma de ter absoluta certeza - Aro concordou, sua voz suave levemente mais estridente. Ele não podia ver onde Edward o estava levando.

 

Eu também não.

 

- Então, sim, não há questão a debater.

 

- E nos separaríamos em paz, bons amigos mais uma vez? - Edward perguntou com uma pontada de ironia.

Ainda mais estridente.

 

- É claro, meu jovem amigo. Nada me agradaria mais.

 

Edward gargalhou exultantemente. - Então eu tenho algo mais a oferecer.

 

Os olhos de Aro se estreitaram. - Ela é absolutamente única. Seu futuro só pode ser

adivinhado.

 

- Não absolutamente único - Edward discordou. - Raro, certamente, mas não único.

 

- Aro, você pediria a Jane pra parar de atacar a minha esposa? - Edward pediu cortesmente. - Ainda estamos discutindo as evidências.

 

Aro ergueu a mão. - Paz, meus queridos. Vamos ouvi-lo.

A pressão desapareceu. Jane mostrou os dentes para mim; eu não pude evitar sorrir de volta pra ela.

 

- Porque você não se junta a nós, Alice? - Edward chamou alto.

 

- Alice - Esme sussurrou chocada.

 

Alice!

Alice! Alice! Alice!

 

- Alice – Alice - outras vozes murmuraram ao meu redor.

 

- Alice - Aro respirou.

 

E então eu os ouvi correndo pela floresta, voando, fechando a distância tão rapidamente quanto podiam sem diminuir os esforços com o silêncio.

Ambos os lados estavam em expectativa. As testemunhas Volturi fizeram careta com uma confusão fresca.

 

E então Alice dançou clareira adentro vindo do sul, e eu me senti como se a alegria de vê-la de novo fosse me derrubar. Jasper estava apenas a centímetros dela, seus olhos penetrantes ferozes. Perto, logo atrás deles, corriam três estranhos; a primeira era uma mulher alta, musculosa, com cabelos escuros – obviamente Kachiri. Ela tinha os mesmos membros alongados e feições das outras Amazonas, até mais pronunciadas no caso dela.

 

A próxima era uma mulher pequena com uma pele tom de oliva com uma longa trança de cabelo preto batendo em suas costas. Seus olhos vermelhos passaram nervosamente pelo confronto à sua frente.

 

O último era um jovem homem... não tão fluido ou rápido em sua corrida. A pele dele era de um marrom impossivelmente rico, escuro. Os olhos dele passaram pela reunião, eles tinham eram de um marrom meio amarelado. O seu cabelo era preto e também estava numa trança, como o da mulher, apesar de não ser tão longo.

 

Ele era lindo.

Enquanto ele se aproximava de nós, um novo som mandou ondas de choque à multidão que observava – o som de outro coração batendo, acelerado pelo esforço.

 

- Nesses últimos dias Alice esteve procurando sua própria testemunha - ele disse ao ancião.

 

- E ela não voltou com as mãos vazias. Alice, porque você não apresenta a testemunha que você trouxe?

 

Caius rosnou. - A hora das testemunhas já passou! Dê o seu voto, Aro!

 

Aro ergueu um dedo para silenciar seu irmão, seus olhos grudados no rosto de Alice.

 

Alice deu um passo à frente levemente e apresentou os estranhos. - Essa é Huilen e esse é seu sobrinho, Nahuel.

 

Ouvindo a voz dela... era como se ela nunca tivesse ido embora.

 

Os olhos de Caius se apertaram quando ele ouviu o grau de parentesco existente entre os recém chegados. As testemunhas Volturi rosnaram entre si. O mundo dos vampiros estava mudando, e todos podiam sentir isso.

 

- Fale, Huilen - Aro comandou. - Nos dê o testemunho que você foi trazida para sustentar.

 

A mulher pequena olhou nervosamente para Alice. Alice balançou a cabeça encorajando, e Kachiri pôs a longa mão no ombro da pequena vampira.

 

- Eu sou Huilen - a mulher anunciou num inglês claro mas com um sotaque estranho.

Enquanto ela continuava, ficou aparente que ela havia se preparado para contar essa história, que ela havia praticado. Parecia uma história de crianças bem conhecida. - A um século e meio atrás, eu vivia com o meu povo, os Mapuche. Minha irmã era Pire. Nossos pais deram a ela o nome das neves das montanhas por causa de sua pele clara. E ela era muito bonita – bonita demais. Ela veio até mim um dia e me contou que um anjo tinha a encontrado na floresta, que havia visitado-a à noite. Eu avisei ela. - Huilen balançou a cabeça pesarosamente. - Como se os machucados na pele

dele não fossem aviso suficiente. Eu sabia que era o Lobisomem das nossas lendas, mas ela não me ouviu. Ela estava enfeitiçada. Quando teve certeza ela me contou que um filho do seu anjo escuro estava crescendo dentro dela. Eu não tentei desencorajar seu plano de fugir – eu sabia que até nosso pai e nossa mãe concordariam que a criança precisava ser destruída, e Pire com ela. Eu fui com ela até as partes mais profundas da floresta. Ela procurou por seu anjo demoníaco mas não encontrou nada. Eu cuidei dela, cacei por ela quando suas forças faltaram. Ela comia animais crus, bebendo seu sangue. Eu não precisava de mais informações sobre o que ela carregava na barriga. Eu esperava salvar a vida dela antes de matar o monstro. Mas ela amava a criança dentro dela. Ela o chamou Nahuel, como um gato selvagem, quando ele cresceu, ficando forte, e quebrou seus ossos – e ela ainda o amava. Eu não pude salvá-la. A criança a rasgou por dentro para escapar, e ela morreu rapidamente, implorando o tempo inteiro para que eu cuidasse de Nahuel. Era seu derradeiro desejo – e eu concordei. - Ele me mordeu, no entanto, quando eu tentei levanta-lo do corpo dela. Eu engatinhei na floresta para morrer. Eu não cheguei longe – a dor era demais. Mas ele me encontrou; a criança recém nascida engatinhou pela mata baixa até o meu

lado e esperou por mim. Quando a dor acabou, ele estava enroscado ao meu lado, dormindo. Eu cuidei dele até que ele fosse capaz de caçar sozinho. Nós caçamos nos vilarejos ao nosso redor da nossa floresta, ficando sozinhos. Nós nunca nos afastamos tanto de casa, mas Nahuel queria ver a criança daqui.

 

Huilen fez uma mesura com a cabeça quando terminou sua história e se moveu para trás até estar parcialmente escondida atrás de Kachiri.

 

Os lábios de Aro entortaram. Ele observou o jovem de pele escura.

 

- Nahuel, você tem um século e meio de idade? - ele questionou.

 

- Dê ou tire uma década - ele respondeu com uma voz clara, lindamente cálida. O sotaque dele mal podia ser notado.

 

- Nós não ficamos contando.

 

- E você atingiu a maturidade com que idade?

 

- Cerca de sete anos depois do meu nascimento, mais ou menos, meu crescimento estava completo.

 

- Você não mudou desde então?

 

Nahuel ergueu os ombros. - Não que eu tenha reparado.

 

- E sua dieta? - Aro pressionou, parecendo interessado a despeito de si mesmo.

 

- Em maioria sangue, mas um pouco de comida humana também. Eu posso sobreviver de ambos.

 

- Você foi capaz de criar um imortal? - Aro gesticulou para Huilen, sua voz abruptamente intensa.

 

- Sim, mas nenhum dos outros pode.

 

Um murmúrio chocado atravessou os três grupos.

 

As sobrancelhas de Aro subiram. - Os outros?

 

- Minhas irmãs - Nahuel ergueu os ombros novamente.

 

Aro o encarou selvagemente um momento antes de compor seu rosto.

 

- Talvez você nos conte o resto de sua história, pois parece haver mais.

Nahuel fez uma careta.

 

- Meu pai veio procurar por mim alguns anos depois da morte de minha mãe. - Seu lindo rosto de distorceu um pouco. - Ele ficou feliz em me encontrar. - O tom de Nahuel sugeriu que o sentimento não era mútuo. - Ele tinha duas filhas, mas não filhos. Ele esperava que eu me juntasse a ele, como minhas irmãs. Eu fiquei surpreso por não estar sozinho. Minhas irmãs não

eram venenosas, mas se isso tem a ver com o sexo ou com a sorte... quem sabe? Eu já tinha a minha família com Huilen, e eu não estava interessado – ele entortou a palavra – em mudar isso. eu o vejo de vez em quando. Eu tenho uma irmã nova; ela atingiu a maturidade há cerca de dez anos.

 

- Qual o nome do seu pai? - Caius perguntou através dos dentes apertados.

 

- Joham - Nahuel respondeu. - Ele se considera um cientista. Ele acha que está criando uma nova super-raça. - Ele não tentou disfarçar o tom enojado de sua voz. Caius olhou para Bella.   

 

- Sua filha, ela é venenosa? - Ele quis saber duramente.

 

- Não - eu respondi. A cabeça de Nahuel havia levantado na pergunta de Aro, e seus olhos amarelados se viravam para se cravar em meu rosto.

 

Caius olhou para Aro para confirmar, mas Aro estava absorvido em seus próprios

pensamentos. Seus lábios entortaram e ele encarou Carlisle, e então Edward, e em fim seus olhou pousaram em Bella.

 

Caius rosnou. - Nós damos conta da aberração aqui e seguimos para o sul - ele apressou Aro.

 

Irmão - ele disse suavemente para Caius. - Não aparenta haver perigo. Esse é um

desenvolvimento incomum, mas eu não vejo ameaça. Essas crianças meio vampiras são muito como nós, aparentemente.

 

- Este é o seu voto? - Caius quis saber.

 

- É.

 

Caius fez uma careta. - E esse Joham? Esse imortal tão interessado em experiências?

 

- Talvez devêssemos falar com ele - Aro concordou.

 

- Parem Joham se vocês quiserem - Nahuel disse calmamente. - Mas deixem minhas irmãs em paz. Elas são inocentes.

 

Aro balançou a cabeça, sua expressão solene. Então ele virou de volta para seus guardas com um cálido sorriso.

 

- Queridos - ele chamou. - Não lutamos hoje.

 

Eu analisei suas expressões quando Aro virou de volta para nós. Seu rosto estava tão

benigno como sempre, mas diferente de antes, eu senti um estranho vazio por trás daquela fachada. Como se o plano dele tivesse se acabado. Caius estava claramente infeliz, mas agora sua raiva estava virada pra dentro; ele estava resignado. Marcus parecia... entediado; não havia outra palavra pra isso. A guarda estava impassiva e disciplinada de novo; não havia indivíduos entre eles, apenas um inteiro. Eles estavam em formação, prontos para ir embora. As testemunhas dos Volturi ainda estavam sendo cautelosas; um após o outro, eles foram embora, desaparecendo na floresta. Enquanto seu número diminuía, os que restavam iam se apressando. Logo, todos eles

haviam desaparecido.

 

Aro ergueu a mão para nós, quase apologético. Atrás dele, a maior parte da guarda, com Caius, Marcus, e as silenciosas, misteriosas esposas, já estavam indo embora rapidamente, sua formação precisa novamente. Apenas três que pareciam ser seus guardas pessoas ficaram com ele.

 

- Eu fico muito feliz que isso tenha se resolvido sem violência - ele disse docemente. – Meu amigo, Carlisle – como eu fico agradado em chamá-lo de amigo de novo! Eu espero que não haja ressentimentos. Eu espero que você compreenda o fardo pesado que nosso dever põe sobre nossos ombros.

 

- Deixe em paz, Aro - Carlisle disse rigidamente. - Por favor lembre-se que ainda temos uma anonimidade a proteger aqui, e evite que sua guarda cace nessa região.

 

- É claro, Carlisle - Aro o assegurou. - Eu lamento merecer sua desaprovação, meu querido amigo. Talvez, com o tempo, você me perdoe.

 

- Talvez, com o tempo, quando você se provar nosso amigo de novo.

Aro fez uma mesura com a cabeça, a imagem do arrependimento, e andou para trás por um momento antes de se virar. Nós observamos em silêncio enquanto os últimos quatro Volturi desapareciam nas árvores.

 

- Está realmente acabado? – Bella disse para Edward.

 

 O sorriso dele era enorme. - Sim. Eles desistiram. - Como todos os valentões, eles são

covardes embaixo daquela pose. - Ele gargalhou.

 

Alice riu com ele. - Sério, gente. Eles não vão voltar. Todos podem relaxar agora.

 

Houve outro minuto de silêncio.

 

- Por toda a falta de sorte - Stefan murmurou.

 

Então a ficha caiu. Gritos de alegria surgiram. Rosnados ensurdecedores encheram a clareira. Maggie saltou nas costas de Siobhan. Rosalie e Emmett se beijaram de novo – por mais tempo e mais ardentemente dessa vez. Benjamin e Tia estavam trancados nos braços um do outros, assim como Carmen e Eleazar. Esme agarrou Alice e Jasper num abraço apertado. Carlisle estava agradecendo calidamente aos Sul americanos recém chegados que haviam nos salvado. Kachiri ficou muito perto de Zafrina e Senna, as pontas de seus dedos se tocando. Garrett tirou Kate do chão e a rodou num círculo. Stefan cuspiu na neve. Vladimir apertou os dentes com uma expressão amargurada.

 

Quando vi Jacob correr para as árvores e voltar só de bermuda, eu corri para braça-lo.

 

- Jacob! – Eu o beijei – Não acredito que deu certo...

 

- Agora vai ficar tudo bem... – Ele disse e eu concordei.

 

- Para sempre...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Infelizmente, esse foi o último cap !
;(
Logo logo teremos o epílogo...
Beeijinhos