Cap. 15 – 2º Dia

“Eu tinha sete e você tinha nove

Eu olhei pra você como as estrelas que brilhavam

No céu, as lindas luzes

E nossos pais costumavam brincar sobre nós dois

Crescendo e se apaixonando e nossas mães sorriam

E giravam seus olhos e diziam oh meu, meu, meu

Traga-me de volta para a casa-da-árvore no quintal de trás

Diziam que você ia me bater, você era maior que eu

Você nunca bateu, você nunca bateu

Traga-me de volta para quando nosso mundo inteiro era apenas uma quadra

Eu te desafiei a me beijar e corri quando você tentou

Apenas duas crianças, eu e você...

Eu tinha 16 quando de repente

Eu não era mais aquela garotinha que você costumava ver

Mas seu olhos ainda brilhavam como lindas luzes

E nossos pais costumavam brincar sobre nós dois

Eles nunca acreditaram que nós realmente poderiamos nos apaixonar

E nossas mães sorriam e giravam seus olhos

E diziam oh meu meu meu...

Traga-me de volta ao leito do riacho, onde estávamos

Duas da manhã dirigindo na sua caminhonete tudo que eu preciso é você perto de mim.

Traga-me de volta para a hora que nós tivemos nossa primeira briga.

O bater de portas ao invés de um beijo de boa noite.

Você ficou do lado de fora até amanhecer.

Pouco se passou e nós estavamos de volta

Nós estavamos sentandos no nosso local favorito da cidade

E você olhou pra mim, se ajoelhou.

Traga-me de volta para a hora que nós andamos pelo corredor da Igreja.

Nossa cidade inteira veio e nossas mães choraram

Você disse: ‘Eu aceito.’ E eu também disse

Leve-me pra casa onde nós nos conhecemos a tantos anos atrás

Nós criaremos nossos bebês no alpendre da frente

Depois de todo esse tempo, eu e você

E estarei com 87; você estará com 89

Eu ainda olharei pra você como as estrelas que brilham

No céu, Oh meu meu meu...”

Novamente eu acordei do jeito que mais amo. Meu sorriso já aparecia, e eu estava anciosa para saber qual surpresa jake me faria hoje. Ontem, ficamos o dia todo na clareira conversando, e quando saímos de lá já estava escurecendo. Ele me contou tudo sobre essa coisa de lobo, e eu fiquei facinada com tudo isso. Ele também me explicou um pouco mais sobre o Impriting. E quando já estávamos indo embora, ele tentou me convencer a pular do penhasco alto com ele. Eu nunca ia pular daquilo, ainda mais com ele.

Depois do meu “ritual matinal” eu coloquei uma roupa bem fofa e confortável e sentei na varanda. Eram mais ou menos oito da manhã, Jacob disse para eu esperá-lo na porta da minha casa nesse horário.

Logo que meu relógio deu oito horas em ponto, lá estava ele. Sem camisa novamente. Acho que era uma ideia para que eu não resistisse a ele... Bem, estava dando certo.

- Bom dia Lê... – Ele disse me abraçando.

- Bom dia Jake... O que vamos fazer hoje? – Ele riu e passou o braço a minha volta me levando pra praia.

- É surpresa... – Eu estava curiosa e ele insistia em não me dizer. – Mas hoje você vai ver o quanto eu te amo. E vai dar mais valor para essa sua vidinha qeu você está prestes a jogar fora. – Ele sorrriu mas eu não consegui sorrir de volta. Ele estava meio que certo. Fomos até o bosque e ele parou na minha frente. – Sobe aqui. – Ele indicou as costas dele e eu o olhei assustada. – Nós lobos somos rápidos, e eu não quero ir pra lá de carro... – Eu subi nas costas dele e ele correu. Ele era muito rápido, mas com ele eu me sentia segura, eu não tinha medo.

Depois de alguns minutos correndo, ele parou em frente a uma casa muito grande. As paredes eram brancase as janelas muito grandes, a casa era muito linda. Ele puxou minha mão e me lecou para a porta da casa, mas antes de se entrar olhou para mim.

- Não faça cara de assustada... O que vai ver não é bonito. – Ele estava sério e eu assenti. Quando ele abriu a porta e nós entramos, o que eu vi me fez ficar boquiaberta, mas eu lembrei do que Jacob tinha me dito e fingi que estava tudo bem.

Estavam naquela sala todos os Cullen, e Bella também. Mas ela não era a Bella que eu lembrava, ela estava enorme... Ela estava grávida, e estava péssima. Além da barriga estar estranhamente grande, e ela estava com uma cara abatida. Ela estava mais magra e pálida, e na mão dela tinha um copo com um líquido vermelho. Bella com certeza era humana, mas aquilo no copo com certeza era sangue. Fiquei meio bamba e Jacob teve que me apoiar. Bella sorriu ao me ver.

- Letícia! Que bom te ver! Como vão as coisas em Volterra? – Ela parecia amigável e logo Jacob me puchou para sentar no sofá.

- Bem... Eu acho. Vim passar uns dias em La Push. Deus, voce está... – Eu não consegui terminar a frase e ele terminou sorrindo.

- Grávida. Eu sei... – Ela viu meu rosto assustado e logo tratou de me tranquilizar. – Calma... Não é tão ruim quanto parece. – Ela disse levando a canudinho do copo até a boca. Ela viu meu olhar frenético para o copo e dessa vez não sorriu. – Sei que é estranho... Mas é isso que o bebê quer. E eu faria de tudo pelo meu pequeno... – Ela acariciou a barriga e eu ri.

- Nós vamos lá pra cima. – Alice disse subindo as escadas acompanhada dos outros Cullen, eu sabia que eles sabiam que eu e Bella deviamos conversar sozinhas, e Jacob disse qeu ia ficar na varanda.

- Não é tão ruim quanto parece. – Bella disse na defensiva assim que todos saíram. O rosto dela demonstrava a dor que ela estava sentindo.

- Eu... Nem sei o que dizer. Isso é tão... Isso não e natural Bella. Não é certo. – Eu não sabia o que falar, e ela só se defendia.

- Eu o amo... Esse bebê é prova do meu amor por Edward... Não posso desistir dele. Nem pela minha vida. – Eu balancei a cabeça negativamente e ela sorriu mudando de assunto. – Você devia realmente acreditar no Jacob... Essa coisa de Imprinting é pra valer... E é pra vida toda. Ele finalmente vai poder ser feliz... – Ela suspirou sorrindo, sem conter a felicidade pelo amigo.

- É, finalmente alguém vai ter a chance de concertar todo o estrago que você fez, não é? – eu ri sarcástica e ela fez uma cara de dor. Por tantas vezes eu vi Jacob sofrer por aquela garota, e agora ela simplesmente estava jogando a vida fora por outro, enquanto ele sempre esteve do lado dela, pronto para amá-la.

- Não foi assim... Eu nunca tive a intenção de magoá-lo... Você sabe que não... – Ela tinha so olhos cheios de lágrimas e eu decidi pegar mais leve com ela.

- Desculpe... É só que dói tanto vê-lo sofrendo... Ele tenta disfaraçar, mas dá pra ver a dor no olhar dele toda vez que alguém fala de você. Eu só queria poder ajudar. – Eu segurei as lágrimas e ela também fazia o mesmo.

- E você pode. Apenas dê uma chance, e você fará duas pessoas que merecem ser felizes, felizes. Dê uma chance ao amor. – Ela sorriu e eu sorri de volta.

- O pior é que você tem um pouco de razão... – Ela riu e nós continuamos a conversar.