You & I escrita por mckinnon


Capítulo 1
Somos eu e você (esse é o meu mundo inteiro)


Notas iniciais do capítulo

Que seu aniversário tenha sido maravilhoso! Que você possa comemorar muitos anos e ler/escrever milhares de fanfics blackinnon ainda. Nós te amamos!



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Somos eu e você (esse é o meu mundo inteiro)

Escrita por Carter

A primeira coisa a se saber sobre Sirius Black e Marlene McKinnon, é que eles não são como James Potter e Lily Evans. Garotas que amam gritar com garotos que amam irritá-las: pode parecer a mesma história, mas não. Enquanto Lily odiou cada uma das estúpidas brigas com James, Marlene tinha um prazer secreto de levar Sirius até o limite. E ele sempre soube disso.

Sirius tinha 9 anos quando ouviu falar pela primeira vez sobre Marlene, uma garotinha muito pequena e loira que tinha sido banida do círculo das irmãs Black pela preciosa tia de Sirius. Aparentemente, ela xingava muito para uma garota e tia Druella estava chocada com a boca suja e falta de modos da criança. 

Sirius quis ser seu amigo imediatamente, mas eles se encontraram pessoalmente apenas no embarque para seu primeiro ano em Hogwarts e as coisas acabaram não acontecendo do jeito como ele previamente imaginou aos nove anos porque Marlene não gostava dele (apenas porque ela compartilhava um dormitório com Evans, que odiou James e Sirius à primeira vista por causa da coisa toda com Snivellus no trem). 

Não que a amizade com Marlene fizesse falta aos onze anos: ele tinha três amigos muito legais, obrigada, com quem ele podia correr por aí e se divertir. Marlene nem era tão divertida aos onze anos, principalmente andando com a Evans por aí como se meninas fossem melhores do que meninos e elas tivessem segredos que nenhum deles, reles mortais, podia imaginar.

Muita coisa, entretanto, mudou conforme eles foram crescendo. 

Aos doze, eles começaram a fazer apostas quanto ao campeonato de quadribol Inglês, era quase divertido observar a menina batendo boca com James sobre estratégias e defendendo com unhas e dentes as Harpias de Holyhead, obviamente. 

Aos treze, ela entrou para o time de quadribol e aos catorze, ele entrou. Foram a dupla de batedores mais mortal de seus anos em Hogwarts, apesar de algumas brigas homéricas porque:

“Por Merlin, McKinnon, se você vai rebater balaços desse jeito, talvez eu deva pedir por um outro batedor!” 

“Eu não tenho culpa se você tem a coordenação de um trasgo bêbado, Black!” 

“Pelo menos eu tenho força o suficiente, você rebate como uma menina… Ah, é, você é uma menina” apenas para ser acertado no rosto por um balaço lançado por ela e receber uma bronca igualmente gigante sobre sexismo da professora McGonagall quando o capitão os levou para ela. Foi a primeira vez que Sirius se sentiu tão envergonhado de alguma atitude ao ponto de pedir desculpas mais tarde. Marlene disse que o cabelo dele parecia legal e quase escondia o hematoma no olho e Sirius, que na verdade estava apenas com o corte de cabelo atrasado, decidiu que manteria o cabelo longo só por causa daquilo.

Aos catorze, eles começaram a ficar entediados com as brigas entre James e Lily e conseguiam se comunicar apenas com um olhar exasperado.

Aos quinze, foi como crescer pela primeira vez: as coisas na casa dos Black iam de mal a pior, o pai de Sirius tendo inclusive aparecido em Hogwarts para fazer ameaças físicas quanto ao fato de ele não estar andando com as pessoas certas. Seu irmão mais novo não parecia fazer questão de reconhecê-lo nos corredores e estava completamente envenenado pelos ideais de seus pais e da sonserina. Foi mais ou menos na mesma época em que eles terminaram o Mapa do Maroto, transformaram-se em animagos pela primeira vez e quando ele adquiriu uma jaqueta de couro e colou fotos de modelos trouxas de biquini por todo o quarto com um feitiço de cola permanente, recebendo gritos e, algumas vezes, maldições dolorosas da mãe.

Marlene McKinnon, naquele ano, foi eleita a menina mais bonita do ano deles. James, cego como apenas ele era, não concordava com tal afirmação e discursava incansavelmente sobre Evans. No começo foi divertido ver seu melhor amigo se apaixonando, depois tornou-se chato e, por fim, irritante porque Evans não parecia interessada e James não conhecia a palavra limites quando se tratava da garota. Na opinião de Sirius, ele devia apenas sair com outra garota e deixar Evans de lado, mas James nunca ouvia ninguém.

Então a situação do lago aconteceu… A energia caótica daquele dia deveria estar anotada em algum caderno de astronomia, porque Sirius ainda não conseguia acreditar na quantidade de coisa errada que aconteceu em um piscar de olhos: James atingiu o máximo da humilhação, Snivellus finalmente deixou a máscara oleosa cair na frente da Evans, que saiu correndo e em lágrimas, e tudo evoluiu para uma grande briga generalizada quando os amiguinhos sonserinos de Snivellus chegaram (não para o defender, Sirius achava, mas para provocá-los, para mostrar que havia dois lados bem definidos e que James e ele estavam do lado que ia perder). McGonagall irrompeu nos jardins, junto com Slughorn, e todos eles acumularam detenções para o início do sexto ano.

Quando eles voltaram para a sala comunal, tarde daquela noite, Marlene estava cochichando com Evans, McDonald e Vance. Assim que elas viram os rapazes, Evans correu escada acima como um rato assustado e Sirius suspirou, quase aliviado. Ela estava chorando e ele nunca sabia como agir perto de garotas chorando. McDonald e Vance a seguiram, mas Marlene, encarou o quarteto com uma fúria quase amedrontadora e marchou até eles. 

Pela primeira vez, Sirius notou que ela tinha olhos azuis.

“Se você vai nos dar uma bronca, está atrasada” James a cortou, parecendo exausto. “Eu fui um idiota, eu já entendi. McGonagall deixou isso bem claro pra mim.”

Marlene observou James subir para os dormitórios de cabeça baixa, seguido de Peter e Remus. Sirius ficou, sem saber muito bem o porquê.

“Ele parece bem arrasado”, ela observou. “McG deve ter sido um osso duro de roer.”

“Nem tanto, ela fez o que sempre faz: gritou bastante, tirou pontos e nos deu detenções”, explicou Sirius. “Ele está assim porque está se sentindo culpado.”

“Por chamar uma garota para sair enquanto levita o amigo dela para que todos vejam as suas cuecas sujas?” Marlene perguntou, erguendo um canto do lábio em um sorriso que Sirius achou atraente.

“Não”, ele respondeu, jogando-se no sofá em frente a lareira apagada. “Por causa da palavra com M”, mudblood, Sirius se negava a repetí-la em voz alta. “Ele acha que se tivesse se controlado, Snivellus não teria dito o que disse.”

“E isso é bom agora?” Ela pergunta, quase se arrependendo e espiando por cima do ombro para ver se as amigas não estavam por perto. “Era só uma questão de tempo, todo mundo sabe disso”, ela sussurrou. “Honestamente, Potter nos fez um favor ao colocar aquela cobra na ponta da varinha e mostrar a Lily de uma vez por todas quem ele é!”

“Não é muito fã de Snivellus, pelo que eu vejo.”

“Quem é fã daquela cobra peçonhenta?” Ela perguntou, quase exasperada.

“Bem, sua amiga parece gostar muito dele.”

“Acho que acabou", ela respondeu casualmente. “Pelo menos ela colocou ele pra correr daqui quando rastejou até aqui para pedir desculpas mais cedo.”

“Evans não parece do tipo que coloca alguém para correr.”

“Eu queria que vocês tivessem ouvido a coisa toda” Marlene respondeu, um meio sorriso. “Mary e eu ficamos de olho para ver se ele não ia aprontar alguma das dele e ouvimos. Ela nem deixou ele falar e parecia muito decidida, mesmo que tenha voltado para dentro e chorado até vocês chegarem.”

“Você acha que ele vai deixar ela em paz?”

“Não”, ela respondeu, em seguida abrindo um sorriso arrogante. “Mas ela não está sozinha nisso e eu vou ter uma conversinha pessoalmente com ele antes de irmos embora.”

“Você vai se meter em uma guerra que não é sua” Sirius alertou, em tom de conversa, curioso por suas motivações e se referindo, inocentemente, apenas ao conflito entre Evans e Snivellus. 

“Claro que é a minha guerra.” Disse, em tom definitivo. “Está infiltrada dentro da minha escola, sendo travada no meu país, no meu mundo. Lily e Mary são minhas amigas e eu vou estar do lado delas” ela disse. “Eu já escolhi o meu lado. A pergunta aqui é: você já escolheu o seu?”

Naquele verão, ele fugiu de casa com suas roupas trouxas e tudo o que ele tinha de valor esperando nunca mais voltar. 

Estava chovendo quando ele aparatou em frente a casa dos Potter e foi levado para dentro, alimentado e vestido com roupas quentes. Ele tinha sido queimado na tapeçaria da família, ele podia sentir isso. O corte na ligação com a sua família parecia quase físico e se tornou real quando Mia Potter apareceu em uma tarde e contou que tinha tido uma conversa esclarecedora com a mãe de Sirius, no Beco Diagonal. Ela comunicou aos dois que, a partir de então, Sirius ficaria com eles e ocuparia o quarto em frente ao de James, não deixando espaço para questionamentos. Ela tinha comprado o material de Sirius junto com o de James, ambos empilhados perto da lareira esperando por eles para serem levados para cima. Ninguém nunca tinha lutado por ele como os Potter; ninguém jamais o faria.

Eles vagaram pela Londres trouxa naquele verão, indo em shows e experimentando bebidas alcoólicas pela primeira vez. James dormiu com alguém pela primeira vez naquele verão, num quarto escuro e úmido atrás de um pub onde Sirius estava muito ocupado conversando com os integrantes de uma banda de rock. Na saída, com James em um estado caótico entre bêbado e extasiado, Sirius se apaixonou pela primeira vez: uma motocicleta estava estacionada em cima da calçada e Sirius observou com fascínio o seu dono dar a partida e desaparecer em alta velocidade, com um barulho ensurdecedor.

“Eu quero uma daquelas”, ele decretou. 

De volta a Hogwarts, ele cumpriu suas semanas de detenção pendentes do ano anterior e lentamente ele foi percebendo o quanto ele e os amigos estavam se tornando populares. Depois do primeiro jogo de quadribol da temporada, o primeiro de James como capitão, Peter e Remus se evadiram para Hogsmeade atrás de bebidas, bebidas de verdade, e uma grande festa de comemoração aconteceu. A primeira das muitas festas que os marotos iriam dar naqueles dois anos.

Depois da situação toda com a Evans e de um verão inteiro de folga da garota, James parecia finalmente ter encontrado a sua confiança. Sirius e ele tornaram-se inseparáveis e confiavam tudo um ao outro, exceto, bem… aquela pequena dorzinha esquisita que Sirius sentia sempre que Marlene entrava no cômodo onde ele estava.

Eles trocavam olhares, mas nunca mais tinham conversado como conversaram no fim do quinto ano. Sirius gostaria de contar para ela que tinha saído de casa, mas não sabia como fazer isso sem parecer piegas. Com exceção dos treinos de quadribol, eles quase nunca se falaram até James e Lily finalmente deixarem a tensão que os perseguiu nos primeiros três meses do semestre explodir: eles gritaram muito, argumentaram, atiraram coisas e foram agressivos um com o outro de um jeito que o Monitor-Chefe finalmente precisou intervir. 

O incrível finalmente aconteceu; o milagre do ano, na opinião de Sirius: ele observou com horror os lábios da Evans começarem a tremer e, então, em um milésimo de segundo, James estava com os braços em volta dela e ela não o repeliu, escondendo o rosto no peito do menino e chorando de um jeito que deixou as pessoas constrangidas, obrigando-as a deixar o espetáculo de lado e tomar conta de suas próprias vidas.

A primeira coisa a se saber sobre Grifinórios é que eles são leais acima de tudo. Então, em seus primeiros cinco anos, Sirius era amigo de James, e Marlene era amiga da Evans: eles odiavam um ao outro (pelo menos Evans parecia odiar pelos dois), então ele e Marlene automaticamente decidiram que não podiam ser amigos.

Mas toda a energia de ódio eterno entre Lily e James perdeu a força na medida em que o sexto ano avançou e eles foram se tornando amigos. Na véspera dos exames finais, era óbvio para todo mundo, exceto os dois idiotas, que Lily não odiava James nem um pouco. Talvez, Sirius pensava, nunca havia odiado. James tinha conseguido a garota e sequer parecia perceber, enlouquecendo todo mundo ao redor.

Marlene perdeu a sua paciência com Lily também e, lentamente, eles se tornaram quase amigos também, embora Sirius pudesse distinguir cada risada e cada sorriso de Marlene com a mesma facilidade com que aprendeu a fazer da ironia o seu idioma.

Eles não brigavam mais, mas se provocavam o tempo todo. Sirius sentia especial afeto por ela quando alguma discussão com Regulus acontecia e ela gritava com ele nos treinos de quadribol, sendo mais violenta que o normal com os balaços e o obrigando a ser também.

Ele amava quando Marlene ficava tão brava que atirava coisas nele sem nenhum remorso. Ela raramente usava a sua varinha contra ele e isso é uma coisa muito importante sobre o relacionamento deles: nada é mágico entre Sirius e Marlene, sua linguagem é puramente física e como uma tempestade, que chega de repente e destrói tudo ao redor.

**

“Evans baniu você de Hogsmeade também?" Sirius perguntou a Marlene, escorando-se contra a prateleira de livros onde ela procurava por alguma coisa. “Eu não sei você, mas eu acho que todos nós teremos arrependimentos sobre esse estúpido encontro amanhã, no café da manhã, com essa coisa de beijos de bom dia e mãos inapropriadas.”

“Você parece uma esposa ciumenta, Black”, ela responde, puxando um livro da prateleira.

A biblioteca está silenciosa como uma igreja naquela tarde. Em um final de semana de Hogsmeade, o primeiro do semestre, isso é apenas esperado. Sirius fez uma estúpida promessa a James sobre não espiar o seu primeiro encontro com a Evans, então, aqui está ele, se aproveitando da presença de Marlene como alguém que descansa sob o sol em um dia frio de inverno.

“Eu não estou com ciúmes, McKinnon” ele responde, divertido. “Eu estou entediado.”

Ela levanta uma sobrancelha, olhos brilhantes atraindo Sirius para ela.

“E o quê?” Marlene pergunta, brincando. “Você quer que eu ajude você a encontrar um pouco de diversão?”

Sirius se aproxima dela, sua boca quase tocando na orelha dela, “É Hogsmeade, todos os caras estão no povoado, meu dormitório está vazio, sabia?”

Ela ri alto, dando um passo para trás “Você é mais arrogante do que eu pensava se acha que eu vou subir lá com você.”

“Nós transamos em armários de vassouras mais vezes do que eu posso contar esse ano, Marlene. Qual é a diferença?”

“Dormitórios e camas são para namorados e namoradas, todo mundo sabe disso” ela responde facilmente.

“Não seja ridícula”, ele argumenta. “Por que precisamos ficar apertados como sardinhas enlatadas se eu tenho um dormitório perfeitamente vazio só pra gente?”

“Por que eu não sou a sua namorada. Nós não fazemos esse tipo de coisa, Sirius.”

“Então o que nós estamos fazendo, Marls?” Ele pergunta, sua máscara de indiferença se quebrando em rara vulnerabilidade. “Eu nunca me senti assim por ninguém antes.”

Ela toca em seu rosto com as mãos, delicados dedos contra a sua pele, queimando “O que nós fazemos? Sexo, diversão e amor sem complicações. Eu gosto de você Sirius, mas eu não quero estar em um relacionamento. Tem uma guerra esperando pela gente do lado de fora e eu não quero ter você agora apenas para perder você em algum momento.”

Sirius não entende completamente, mas ele não precisa disso para respeitar seja lá o que ela estiver pedindo. A máscara de indiferença está de volta em seu rosto quando ele se inclina para beijá-la de novo.

**

Dormir com Marlene durante todos aqueles meses antes da formatura foi uma espada de dois gumes: de um lado, sexo fantástico e diversão, do outro o inevitável vazio e silêncio que se seguia quando eles terminavam. Eles não transaram em uma cama até Sirius alugar um lugar na Cornelia Street, onde eles finalmente, verdadeiramente, dormiram juntos, e ele pôde acordar com a respiração dela no seu pescoço algumas vezes.

Fora do apartamento, o céu estava caindo sobre suas cabeças. A guerra nunca tinha sido tão brutal e difícil, mas naquelas vezes com Marlene dividindo o seu travesseiro, Sirius quase tinha esperança. 

Todo e qualquer sonho foi destruído alguns meses depois, entretanto. Após tantas batalhas contra Comensais da Morte e Voldemort em pessoa, James e Lily tinham sido irremediavelmente marcados, assim como Frank e Alice Longbottom, e Sirius estava sentindo como se estivesse vivendo um apocalipse.

O mundo inteiro estava queimando, envenenado pela fumaça do império de medo imposto por Voldemort. Quando Harry, seu abençoado afilhado, nasceu em um esconderijo seguro, Marlene estava com Sirius, no apartamento da Cornelia Street. Eles beberam e riram e, por algumas horas, os dois acreditaram em um futuro brilhante.

**

“Você deveria ser a minha namorada, sabia disso?” Sirius disse, em uma daquelas noites, quando Marlene estava na sua cama e o mundo parecia bom. “Eu não quero ter que explicar para Harry o porque eu nunca fui corajoso o suficiente para fazer da madrinha dele a minha namorada.”

Ela sorriu e seus olhos azuis estavam brilhantes, cheios de amor, “eu prometo pra você, assim que esse pesadelo estiver acabado, você pode me pedir em casamento e eu direi sim, se isso é o que você quer.”

“Ow, ow!” Ele riu, “Não tão rápido, senhorita. Você nunca quis um relacionamento até agora, você está doente?”

Marlene beijou a sua boca, as mãos correndo por seu cabelo, e, então, sorriu: “E o que diabos você acha que nós estivemos fazendo todos esses anos, Black?”

Ele iria lembrar do som daquela risada pelo resto da sua vida. Foi a última. E de seus olhos azuis… Os mais lindos, expressivos e brilhantes olhos do mundo. A memória do olhar dela, sempre cheio de amor, diversão e esperança, iria conduzi-lo em seus piores dias, quando a dor da traição seria demais e ele imploraria pela morte.

Quinze anos depois e, às vezes, Sirius ainda se sentiria como se tudo tivesse acabado de acontecer. Quase nada do seu velho mundo sobreviveu quando ele finalmente fugiu de Azkaban, apenas pedaços quebrados, como Remus, que esteve sozinho todo esse tempo, e Harry, a quem ele deseja desesperadamente cuidar e proteger por amor e penitência: ele não conseguiu salvar James e Lily, seus melhores amigos, mas Sirius podia morrer tentando salvar Harry. 

Ele está pronto dessa vez: morrer ou vencer, nada menos.

O mundo está desabando de novo e o céu está se tornando escuro. A memória de Marlene não é mais como estar debaixo do sol em um dia frio de inverno, é mais como assistir a trovões e relâmpagos atravessando o céu, em fúria constante. Azul ainda é a cor favorita de Sirius e as memórias de Marlene, sempre em flashes, são como fantasmas que o lembram de quem ele é e de todas as coisas, pessoas, que foram tiradas dele.

Sirius Black sempre iria se lembrar de Marlene McKinnon e seus oceânicos e intensos olhos azuis. Ela é como uma tempestade de trovões e relâmpagos que foi imortalizada em uma fotografia; uma marca permanente em seu coração.

 


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