Constelações escrita por multimerso
O homem marcado observa o mar
De pessoas que iam e vinham.
Observa o mar,
Onda após onda no sal de memórias,
A areia marcada por onde avançara.
O homem marcado observa o mar;
Veja o mar, do homem marcado,
Enquanto pássaros ainda cantam.
O homem marcado observa o mar,
Marcas em ondas após ondas,
Maré em sua cabeça.
O homem marcado observa o mar
E os passos que o mar apagou;
E o mar encontra-se com as rochas
Sussurrando um único nome.
Soa o grito da locomotiva,
Arrancada de seus trilhos pela maré cheia.
Sempre à oeste, ao entardecer,
Estará o castelo adiante?
O oceano que era o lago negro,
A locomotiva vermelha
E o imenso verde galês,
Sangue de unicórnio,
Lua minguante
E a intensa morbidez.
O homem marcado observa o campo.
O homem marcado (re)pousa
Enquanto as engrenagens rangem
Sob a neve do vilarejo vazio.
Ao anoitecer,
A sombra do castelo antigo
Tatua o horizonte e a colina ao longe
Como a marca negra no antebraço esquerdo.
O homem marcado observa ao entardecer
(A despedida solene de alguém que volta)
Veja o mar, do homem marcado,
Maré em sua cabeça,
De seus passos que o mar apagou;
Com um sussurro, ele fechou os olhos:
"Malfeito feito."
O mapa apagou-se na penumbra da noite,
A luz e o nome murmurados ao vento
E desapareceu sem deixar pena.
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