Encontrando o Sentido de Viver escrita por NayraReis


Capítulo 7
Capítulo 6




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Ela pega um ônibus e em vinte minutos chega na Rodoviária. Ela vai até o guichê, mostra os seus documentos e pede uma passagem para Sete Lagoas para o horário de dez horas da noite.

 

A mulher lhe entrega a passagem e ela checa o horário que são nove e vinte da noite.

 

Marina preenche a passagem e depois guarda na bolsa e manda uma mensagem para sua amiga que diz: "Amiga, em sete horas eu chego. Encontra comigo na rodoviária às quatro horas da manhã."

 

Dayane liga para ela toda feliz:

 

—Como você conseguiu convencer eles à deixaram você vir me visitar?

 

—Eu não consegui. Na verdade eu dei uma fugida para ir te ver.

 

—Você é doida? E se eles descobrirem?

 

—Relaxa, eles vão trabalhar amanhã e só vão voltar cinco horas da tarde. Então, eu só tenho esse tempo para chegar à tempo em casa.

 

—Estou tão feliz que você vai vir, mas por favor toma cuidado, não fale com estranhos e as quatro horas em ponto eu vou estar lá te aguardando.

 

—Ta bom. Vou desligar que eu vou entrar no ônibus.

 

—Tchau.

 

Ela encerra à chamada e espera até dez horas da noite para subir no ônibus rumo à Sete Lagoas. Dá o horário e ela entra no ônibus e senta na poltrona 30, checa suas mensagens e acaba pegando no sono.

 

Ao acordar, ela percebe que está na metade do caminho num lugar chamado Carmo.

 

Ela desce do ônibus e manda uma mensagem para Dayane: "Estou na metade do caminho."

 

Em menos de cinco minutos, sua amiga responde: "Ta bom, mas por favor, tome cuidado."

 

Marina guarda o celular e resolve comprar algo para comer na parada do ônibus.

 

Ela entra em uma loja e compra um biscoito fofura de presunto e um guaravita de açaí. Ela entrega o dinheiro no balcão e volta para o ônibus.

 

Em cinco minutos o ônibus dá a partida e ela fica lanchando e admirando o caminho cheio de árvores e alguns miquinhos e gaivotas voando pela área.

 

Marina acaba dormindo durante todo o restante da viagem e acorda com o motorista dizendo: "Destino: Sete Lagoas. Tem algum passageiro que irá desembarcar? "

 

Marina levanta rapidamente, pega sua bolsa e desce do ônibus. Ao desembarcar, ela avista uma garota alta, morena clara, de cabelos cacheados olhando para Marina com a mão na cintura.

 

Ela vê à sua amiga e sai correndo, a abraça e diz:

 

—Amiga, que bom te ver. Senti tantas saudades-Diz Dayane.

 

—Eu também senti muitas saudades, mas eu não posso demorar, afinal eu tenho que chegar em casa antes de cinco horas da tarde.

 

—Ta bom, mas me conta, como é essa família que te adotou? Eles te tratam bem? E suas irmãs-Diz Dayane tagarelando sem parar.

 

Marina responde todas as perguntas e as duas resolvem ir para a Cachoeira, pois se alguém descobrir que ela está na cidade pode causar problemas à ela.

 

Quando chegam, ela vê um menino branco, magro e um pouco baixo sorrindo para ela. Ela sorrir de volta e ele diz:

 

—Olá, sou primo da Dayane. Me chamo Jurandir.

 

Marina sorrir e aperta a mão do menino e diz:

 

—Prazer em te conhecer. Me chamo Marina. Não sabia que Dayane tem um primo com esse nome.

 

—É por que ele é meu primo de segundo grau. Ele está morando na casa que você morava. Pode chamá -lo de Jura se quiser.

 

Eles ficam conversando e elas resolvem entrar na água e apostam quem consegue ficar mais tempo debaixo d'água, enquanto Jura está fazendo a contagem com dois cronômetros. Dayane consegue ficar durante dois minutos e meio, já Marina permanece por três minutos.

 

Eles saem da água, pegam uma toalha e ficam conversando e sua amiga diz:

 

—Meu primo estava louco para te conhecer. Perguntava por ti o tempo todo.

 

O menino fica vermelho de vergonha e diz:

 

—Você falava dela o tempo todo e eu só fiquei curioso, apenas isso.

 

—Sei... Pensa que eu não sei que você quer o número dela-Diz Dayane se segurando para não rir.

 

—Se quiser meu número é só pedir-Diz Marina.

 

E Jura diz:

 

—Então me passa seu número por favor.

 

—Ta-Eles trocam telefone e os três ficam conversando até o amanhecer.

 

***

 

Marina, sua amiga e seu novo amigo, acabam dormindo no gramado perto da cachoeira.

 

Quando ela acorda, acaba percebendo que sua amiga não está em lugar nenhum e acorda o menino:

 

—Jura, acorda. A Dayane não está aqui-E ele permanece dormindo e puxa Marina para os seus braços.

 

Com o puxão que ele dá, ela cai em cima dele. O menino acorda e sorrir ao vê-la e os seus olhares se cruzam. Ele à segura pelo rosto e ela fica hipnotizada ao ver os seus lindos olhos verdes.

 

Ele à coloca no chão e está a ponto de beijá-la, quando aparece Dayane com um pote na mão e um suco na outra e diz:

 

—Se quiserem se pegar, vão lá para o mato.

 

Nesse momento, Jura leva um susto e Marina acaba o afastando para longe e ele escorrega e cai dentro da cachoeira.

 

Dayane começa a rir e sua amiga tenta procurar ele e pula na água em busca do menino. Ela mergulha e o encontra do outro lado da cachoeira há uns cinco metros de largura do local que eles estavam.

 

Ela se aproxima dele e diz:

 

—Jura, você está bem? Desculpa por ter feito você cair.

 

—Tudo bem. Eu que tenho que te pedir desculpas por aquilo na grama. É que eu sou sonâmbulo. Eu não sabia o que estava fazendo.

 

—Ta bom,mas o que você está olhando?

 

—Estou admirando o Nascer do Sol. Sempre que dar eu venho para esse lado da cachoeira e fico olhando e pensando"Como Deus faz as coisas tão belas e que temos que dar valor para o que temos, pois quando perdemos, não tem como recuperar o tempo perdido."

 

—Eu sei como é isso. Eu não dava muito valor para o que eu tinha, até eu perder os meus pais e agora separada dos meus irmãos, mas agora ganhei uma nova família que cuida de mim, e o que eu faço? Desobedeço a ordem deles e viajo escondida para cá-ela começa a chorar e o menino à abraça-Como eu queria a minha família de volta.

 

Eles continuam abraçados e ele diz:

 

—Você pode contar comigo para o que precisar. Se você é amiga da minha prima, você já se torna minha amiga também.

 

Ele enxuga às suas lágrimas com o polegar e eles ficam assistindo o Nascer do Sol juntos e depois de um tempo Jura diz:

 

—É melhor voltarmos. Minha prima deve estar preocupada conosco.

 

Ela concorda, mas antes dela mergulhar, ele a puxa para os seus braços e a beija. Ela não o impede e o puxa para perto dela e coloca os seus braços em volta do pescoço dele.

 

Eles terminam de se beijar e o menino diz:

 

—Esse será o nosso segredo, combinado?

 

—Ok, mas agora vamos.

 

—Ta bom, vamos.

 

Eles respiram fundo e mergulham na cachoeira, parando para respirar, já que eles tinham usado o fôlego para se beijarem.

 

Em cinco minutos eles chegam e encontram Dayane sentada. Após perceber que havia algo de diferente neles, levanta a sombracelha de leve e diz:

 

—Até que enfim vocês chegaram. Marina, alguém te ligou.

 

—Quem me ligou? Ela pergunta com medo da resposta.

 

—Tava escrito na tela Miguel. Quem é esse? Seu namorado? 

 

—É o homem que me adotou. Que horas ele ligou?

 

—Olha, tem uns dois minutos-diz Dayane confusa-Mas por que ele te ligou?

 

—Não sei. Tem mensagem aqui, vou ver.

 

Ela checa a mensagem que diz:

 

"Querida, tem comida na geladeira. Tentei te acordar, mas não consegui. Ligaram do trabalho e vão me liberar mais cedo. Meio-dia eu chego em casa."

 

Ela olha a hora e percebe que são sete horas da manhã e diz:

 

—Estou ferrada.

 

—O que aconteceu? -Pergunta à sua amiga.

 

—Ele vai chegar em casa ao meio-dia. Não vai dar tempo de eu chegar à tempo. O que eu faço?

 

E Jurandir diz:

 

—Se quiser eu te levo de caminhonete. Peguei a carteira semana passada. Se eu apressar com o veículo, você chega a tempo.

 

Ela sorrir e diz:

 

—Você faria isso por mim?

 

E ele responde:

 

—Eu disse que para o que precisar eu te ajudo.

 


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Notas finais do capítulo

Será que Marina chegará em casa à tempo? Descubram lendo o próximo capítulo.



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