The Vance Problem escrita por Any Sciuto
Correndo pelo meio da rua, Callen sabia de uma coisa. Ele amava perseguição e estar no FBI lhe deu uma oportunidade de não parar com isso.
— Volte aqui. – Ele pulou um muro baixo e viu o meliante atravessar a rua. – Eu não vou repetir isso de novo.
O meliante deu um passo para frente, se jogando na frente de um ônibus que passava. Callen apenas olhou, sem saber como reagir. Guardando a arma no coldre, ele foi até o homem, o encontrando inconsciente, mas incrivelmente vivo para que ele enfrentasse seu dia no tribunal.
— Acho que nem preciso perguntar se você está gostando do FBI, Callen. – Hotch se sentou a frente dele. – Desde que eu voltei para o FBI, eu venho observando.
— Bem, é bom saber que o chefe de seção me observa. – Ele abriu um iogurte. – Quer? Agora que tenho uma filha de cinco, um filho de quatro e gêmeos de dois, eu tenho iogurte por todo o lado.
— Não, mas vou pegar um biscoito. – Hotch olhou para os cantos. – Como está o assunto do armário?
Callen sabia exatamente ao que Hotch se referia. O caso contra Vance avançava dia a dia, como as aguas de uma cachoeira.
— Bem, as garotas estão resolvendo isso. – Ele sabia que se Vance estivesse ouvindo, ele não entenderia nada. – Mas a organização está demorando mais do que elas previram.
— Me avise se precisar de algo. – Hotch sabia que Penelope passava um pente fino a procura de escutas todos os dias. – Aqui, seu cheque está pronto.
Callen sorriu, sabendo que mais um mês se passara. Dois anos no FBI e ele amava a cada dia mais.
Entrando no lugar onde haviam alugado um contêiner, Penelope dobrou a esquina e bateu a porta. Uma pequena portinhola se abriu e um par de olhos, com maquiagem a atendeu.
— Qual a senha? – A voz feminina perguntou.
— Unicórnios realizam desejos. – Penelope respondeu, sabendo que era a senha mais simples para se escrever sem que parecesse fora de contexto.
— Pode entrar. – Elisa destrancou a porta e um lugar grande foi revelado. – Alguém a seguiu?
— Não. – Penelope colocou os celulares na gaiola que construiu com a ajuda de Abby e Tim para bloquear qualquer sinal de celular ou escuta. – Me passe o scanner.
Todos os dias era o mesmo ritual. Era uma medida de segurança que ela não abria mão. Colocando o scanner na mesa assim que teve certeza de estar limpa, ela pegou o botão e as janelas se transformaram em quadros cheios de fotos e documentos.
— Vance acha que fechando a NCIS ele poderia ficar livre. – Elisa sorriu. – Pobre idiota.
— Ele fechou a agencia depois que Abby ligou o dinheiro que ele recebeu pela venda das informações dos agentes em Los Angeles. – Penelope complementou. – Então, ele resolveu fechar todas as agências para evitar a prisão.
— Não vamos esquecer que ele foi um dos responsáveis pela morte do SecNav Porter. – Elisa circulou. – Ouça só, foram encontradas várias substancias no estomago dele. Uma em particular, pode ser rastreada a um caso.
— Acha que ele pode estar atrás de Abby também? – Penelope sentiu o peito doer. – Sinceramente, acho que precisamos colocar esse cara na lona. E quando eu digo lona...
— É o caixão. – Elisa bateu sua mão com a de Penelope, simbolizando que as duas tinham o mesmo objetivo. – Pen, olhe isso aqui.
— Extrato de compra. – Pen se sentou no computador que elas haviam instalado e começou a procurar. – 1354 Metros quadrados, piscina olímpica e casa de hospedes.
— Eu acho que a gente pode muito bem ter encontrado o quartel dele. – Elisa e Pen ouviram passos indo em direção da unidade, a única por lá e as duas sacaram suas armas. – 1, 2 3.
— FBI! Parado! – Penelope olhou para quem mirava e sorriu, vendo Luke e Callen com as mãos para cima. – Desculpe, garotos.
— Imagine, Pen. – Callen sorriu, vendo Elisa guardar as armas. – Fico feliz em saber que as duas podem se defenderem.
— Sim, e é um lembrete para nunca mexermos com você de um jeito errado. – Luke deu um beijo em Pen. – Viemos aqui porque o FBI está precisando das super-heroínas.
— Certo, mas talvez eu precise de uma equipe para fazer algo particular. – Penelope sorriu. – E acredite em mim, é melhor eu não contar para você.
— Envolve atirar em alguém que merece? – Callen perguntou, sabendo a resposta.
— Sim, se essa pessoa estiver lá. – Pen sorriu para o primo e vendo que ele estava beijando Elisa. – Eu vou falar com meu pai.
— Leve um de nós também. – Luke pediu. – Sam E Matt estão fazendo trabalhos de mesa e podem usar essa missão.
— Vamos ter em mente. – Elisa sorriu. – Agora, sobre esse caso.
Vance entrou em seu escritório, pegando a pasta cheia de fotos que guardava na gaveta trancada com chave e um cadeado.
Abrindo, ele ficou cara a cara com as fotos que ele tinha de todos os agentes que uma vez eram da NCIS e se juntaram ao FBI. Ele tinha duas folhas especificas, cheias de informações sobre Penelope Alvez e Elisa Callen.
Não o espantava saber do envolvimento de Elisa na busca por uma tentativa de enviar ele para a cadeia.
Ele pegou a segunda pasta, onde guardava algumas fotos sobre Grisha Callen sendo mantido refém e sendo torturado por Janvier. Era uma pena saber que o bandido que ele deixou livre e foi atrás de Callen apenas deixou o agente em coma por cinco dias.
E o pior era que o idiota tinha sido morto por Elisa quando ela saiu escondida e o caçou como uma onça caça uma presa.
— Karen, me ligue com o presidente dos Estados Unidos, sim? – Vance ouviu alguns cliques, indicando que a moça o desconectou para fazer a ligação e logo um som de que a ligação finalmente foi providenciada o saudou. – Senhor presidente, quando poderia lhe encontrar?
— Leon, eu não tenho certeza se encontrar você seria sábio. – O homem olhou para sua frente, sendo observado por Hotch e Rossi. – Acho que não deveríamos fazer nada.
— Você estava afim de fechar o FBI e agora mudou de ideia? – Leon ficou preocupado. – Algo de errado?
— Na verdade, fechar o FBI iria dar muito na cara. – O homem suspirou. – E Vance, eu acho que você não deveria mais me telefonar.
Desligando o telefone, o homem apenas sorriu. Hotch e Rossi estavam reunindo provas e a cooperação do homem mais poderoso dos EUA havia sido uma dadiva.
— Eu quero esse cara na cadeia. – Ele assinou uma espécie de decreto para os dois agentes. – Obrigado por me deixarem fazer parte disso.
— A gente que agradece. – Rossi sorriu. – Não sabe o bem que você está ajudando a fazer.
— Na verdade, eu sei. – O presidente jogou um dardo em uma foto de Vance na porta, demonstrando que nunca gostou do homem.
Enquanto isso, Elisa e Penelope com apoio de Matt e Sam, estavam chegando ao lugar onde Vance poderia estar ficando sempre que não estava no trabalho.
As duas pegaram seus coletes e armas e se preparam para invadir a casa.
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