Shinku no Kogoro - Season 3 escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 26
A queda de Tsuneo


Notas iniciais do capítulo

Este é o último capítulo, portanto ele tem mais palavras do que o normal.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806333/chapter/26

[Cenário: Prédio das Empresas Harada, sala do chefe.]

[Kogoro e Reiji finalmente chegam a sala onde Tsuneo esta. A cadeira se vira, revelando que Tsuneo estava de fato esperando por eles.]

Tsuneo: Olá, Kogoro Minazuki. É bom ver você por aqui.

Kogoro: Então você é o responsável por trás de toda essa bagunça.

Tsuneo: E se eu não for?

Kogoro: Não banque o idiota comigo! Sabemos muito bem que você é o responsável por toda essa palhaçada. O rapto da Mayoi... Os ataques a Rekka...

Reiji: Para não mencionar chantagem a alunos de outros colégios... Claramente você é um garoto cheio de problemas.

[Tsuneo dá uma olhada em Reiji.]

Tsuneo: Você até trouxe um parceiro. Já nos conhecemos?

Kogoro: Não muda de assunto! A questão é que você é o homem por trás de tudo o que está de errado em Tóquio.

Reiji: Ahem... Meu nome é Reiji Takahashi, bancho da Rekka. Eu podia dizer que é um prazer conhece-lo, mas nesta ocasião...

Tsuneo: Já ouvi falar de você. Kyojuro gostava muito de te criticar abertamente enquanto estava trabalhando pra mim.

Reiji: Sabia...

Kogoro: Seus dias de criminoso chegaram ao fim, Tsuneo Harada. Prepare-se para lutar!

Tsuneo: Você quer lutar comigo? Ótimo. Mas antes...

[Tsuneo pega o seu smartphone e vai falar com alguém.]

Tsuneo: Quero que mandem meus homens para o último andar agora.

[Kogoro e Reiji observam Tsuneo falando ao smartphone.]

Tsuneo: O quê? Como assim? Não... Pera... Isso só pode ser brincadeira. Vocês devem ter alguma reserva, não é? Mas isso é impossível, ninguém nunca conseguiu derrota-los. Entendo, vou tirar metade do seu salário no seu próximo pagamento. Tomara que você morra.

[Tsuneo desliga o seu celular.]

Tsuneo: Francamente, como vocês tem a coragem de destruir o meu exército?

Reiji: Fácil. Usando a boa e velha violência.

Kogoro: Os delinquentes que você chantageou são bem talentosos, mas no departamento de força, eles são inferiores se comparados a mim.

Reiji: E a mim também. Essa é a força de um bancho da Hyouki.

Tsuneo: Como se atrevem... Seus malditos...

Kogoro: Nós que devemos dizer isso a você. Não importa quanto dinheiro você tenha, você é um fracasso como futuro líder de uma empresa.

Reiji: Eu posso não saber de nada sobre corporações e coisas do tipo, mas eu sei que um líder de verdade é uma pessoa decente, honesta, leal e capaz de manter a situação sob controle. Mas acima de tudo, uma pessoa capaz de guiar seus subordinados para um futuro melhor. Coisa que você é incapaz de fazer!

Kogoro: Bem, o Reiji está certo. Você é indecente, desonesto, desleal, deixa as coisas fora de controle de propósito e acima de tudo, você se importa mais com o seu futuro do que com o futuro dos outros!

Reiji: Você ouviu o que ele disse. Não preciso falar mais nada sobre você, seu nojo.

Kogoro: Tsuneo Harada, como bancho da Rekka, é meu dever deter pessoas ruins e mesquinhas como você! Por você ter capturado um dos meus colegas e usado ela para seus fins malignos, você será castigado por mim!

Reiji: Não se esqueça de mim. Aliás, nós estamos nisso juntos.

Kogoro: É... Eu esqueci que você também tem seus problemas com ele.

Tsuneo: Dois contra um? Isso não é justo!

Kogoro: Olha só quem fala.

Reiji: Você é terrível...

Tsuneo: Malditos... Pelo visto eu vou ter que fazer as coisas sozinho...

[Tsuneo se levanta e decide então arregaçar as mangas e se prepara para o combate.]

Tsuneo: É isso aí! Eu tô pronto para o combate!

[Kogoro e Reiji vão à luta contra Tsuneo. O dito cujo tenta usar de meios pragmáticos para ganhar vantagem, mas infelizmente ele não tem chance contra dois delinquentes experientes que são bons de briga. Tsuneo até que tenta pegar uma das lamparinas para usar como arma, mas de nada adianta.]

Kogoro: Qual é, é só isso que você sabe fazer?

Reiji: Francamente, eu esperava algo melhor.

[Durante a batalha, Tsuneo começa a perceber que apesar de ser rico e ter várias pessoas ao seu dispor, ele é um tremendo covarde que é incapaz de lutar contra apenas dois delinquentes. Reiji estava certo de uma coisa – Tsuneo falhou como um líder em todos os momentos. Ao invés de focar nas suas metas e objetivos como futuro presidente da Harada, ele preferiu viver uma vida a qual considera fácil, que é em outras palavras ter um harém de garotas e se casar com Mayoi, a garota que ele tanto cobiça, sem se importar com seus verdadeiros sentimentos.]

Tsuneo: Droga... Esses dois são fortes demais. Não é surpresa. Kogoro e Reiji são delinquentes com grandes habilidades de luta enquanto eu sou um mero filho de um presidente que dependia de todos os seus subordinados para sobreviver... Agora eu sinto na pele o que é ser um perdedor...

[Kogoro e Reiji dão um soco duplo no rosto de Tsuneo que o jogam na janela do prédio, criando algumas rachaduras nele.]

Kogoro: Parece que isso já é o suficiente pra você.

Reiji: Isso é pra você aprender a não se meter com as garotas dos outros!

Tsuneo: Mal... Maldição!

Kogoro: Bem, parece que isso já é mais do que suficiente por hoje. E então, o que você pretende fazer agora?

Reiji: Voltar para o colégio e ver se o Ikuto está bem.

Kogoro: Ikuto?

Reiji: Um estudante no qual me tornei amigo faz pouco tempo. Ele tem uma bagagem de problemas.

Kogoro: Não é diferente de um certo estudante que eu conheço...

[Kogoro e Reiji riem.]

Reiji: Kogoro-san, tá na hora de irmos...

Kogoro: É. Vamos sair antes que mais alguém venha.

[Tsuneo tenta se mexer e acaba pegando um objeto retangular com um botão vermelho. Quando Reiji e Kogoro tentam sair da sala do chefe, a porta se fecha.]

Kogoro: A porta se fechou!

Reiji: Deve ser o vento. Vamos tentar abrí-la!

[Kogoro e Reiji tentam abrir a porta, mas sem sucesso.]

Kogoro: Está trancada!

Reiji: Mas como?

[Tsuneo se levanta, e desta vez com o rosto todo arrebentado com algumas marcas de sangue.]

Tsuneo: Acharam que podiam me vencer? O futuro líder da Harada?

[Tsuneo mostra para Kogoro e Reiji o objeto retangular.]

Tsuneo: Com esse botão eu posso abrir as portas na hora em que eu quiser. Eu só não uso isso todo dia porque não queria revelar minha verdadeira identidade para meus subordinados. Mas hoje eu abro uma exceção... Até porque... Vocês não são meus subordinados.

Kogoro: Legal. Eu não sirvo para trabalhar em empresas mesmo.

Reiji: Eu também não.

Tsuneo: Agora vocês sabem qual é o verdadeiro potencial da Harada... Quando eu me tornar o dono de toda a empresa, eu vou transformá-la em uma potência mundial... e ninguém irá me impedir...

Kogoro: Parece que ele pirou de vez.

Reiji: Com todos os nossos socos e chutes que nos demos a ele, isso não me surpreende.

Kogoro: Que tal a gente terminar com isso logo para depois a gente comemorar no McMickeys?

Reiji: Enfim, gostei da ideia.

Tsuneo: Maldito sejam vocês... Eu vou acabar com vocês!

[A aura vermelha de Kogoro e a aura azul de Reiji despertam, e ambas começam a ressoar. Os delinquentes dão as mãos e ambas as auras se tornam magentas.]

Tsuneo: Não... Mas o que é isso...

Kogoro: Isso... Apenas o presságio para o seu final de carreira como presidente.

Reiji: Mais cedo ou mais tarde você vai entender como é estar em baixo.

[Kogoro observa a janela do prédio, na qual contém uma rachadura.]

Kogoro: Literalmente.

Tsuneo: Seus dois malditos fracassados! Eu não vou perder para dois idiotas de classe média!

Kogoro e Reiji: Hissatsu!

[Kogoro e Reiji são envolvidos em chamas e nevasca respectivamente. De suas mãos soltas saem duas esferas, uma vermelha e outra azul. Kogoro e Reiji soltam as esferas, e ao se combinarem, se transformam em uma grande bola de fogo acompanhada de uma nevasca.]

Kogoro e Reiji: Moeru Fubuki!

[A bola de fogo misturada com a nevasca atinge Tsuneo, que é congelado por um grande iceberg. O fogo de Kogoro quebra o iceberg, tirando Tsuneo a força. O filho do presidente ainda se mantém levantado, mas Kogoro e Reiji partem pra cima dele e dão um soco bem forte.]

Kogoro e Reiji: Hissatsu! Double Punch!

[Kogoro e Reiji dão um grande soco em Tsuneo. O soco joga Tsuneo pra longe, a ponto de fazer com que a janela de vidro se quebre e que o filho do presidente caia de uma longa distância.]

Tsuneo: Malditos sejam todos vocês!

[Cenário: Prédio das Empresas Harada, lado de fora]

[Enquanto Tsuneo cai de uma grande altura, vários carros da polícia surgem para prender Tsuneo e seus cúmplices. Para seu azar, Tsuneo cai em cima de um deles.]

Tsuneo: Policial, me ajude! Dois delinquentes de colégios diferentes me machucaram e me jogaram para fora da minha empresa! Me ajudem!

[Tsuneo ouve um som e vê que seu braço está algemado.]

Tsuneo: Que diabos significa...

Policial 1: Nós sabemos muito bem o que você fez.

Policial 2: Temos várias testemunhas que apontam você como o culpado.

[Jotaro sai de um dos carros da polícia. Tsuneo, ao dar uma olhada em seu ex-colega, não fica feliz em vê-lo.]

Tsuneo: Seu traidor!

Jotaro: Você nunca mereceu seu direito como líder da empresa. E mesmo que seu pai viesse pagar sua fiança, ele não ficaria feliz em saber sobre como você usa de seus subordinados para seus fins egoístas.

Tsuneo: Jotaro Shirogane! A partir de agora, você está despedido!

Jotaro: Hmph! Eu não tenho mais a intenção de voltar para a empresa mesmo.

Tsuneo: Maldito! Como você ousa falar de mim com esse tom de voz!?

Policial 1: Andando!

[Os policiais vão levar Tsuneo para o carro, onde ele será levado para a delegacia. Horas depois, Chihiro acaba encontrando Jotaro e dá um abraço nele.]

Chihiro: Jotaro! Graças aos céus eu te encontrei!

Jotaro: Chi-Chihiro-san?

Chihiro: Eu achava que não ia te encontrar. O que aconteceu?

Policial 3: Ele denunciou as empresas Harada pelos crimes de sequestro, chantagem e abuso.

Policial 4: Francamente, eu não esperava que um garoto como ele seria o cabeça dessa trama.

Jotaro: Finalmente a justiça será feita, mesmo que isso custe caro para a Harada.

Chihiro: Ainda bem.

[Chihiro abraça Jotaro mais uma vez, que começa a ficar triste.]

Jotaro: Agora é a minha vez. Me algemem.

[Chihiro, ao ouvir o que Jotaro disse, fica surpresa. Um dos policiais algema Jotaro.]

Chihiro: Mas por que? Você não cometeu nenhum crime!

Jotaro: Chihiro, eu tenho uma confissão pra te dizer antes de ir.

Chihiro: Confissão?

Jotaro: Sim. Eu não sou um professor de verdade, eu sou um dos funcionários das empresas Harada que recebeu a ordem de se infiltrar na Rekka para poder obter informações em relação a uma de suas alunas.

Chihiro: Mas por que? Você era tão bom e decente... Até sabia de tudo sobre literatura!

Jotaro: Tem razão. Mas só sabia de tudo por que aprendi literatura dentro da própria empresa. Nunca estudei, nunca tive uma vida, até o dia em que o pai do Tsuneo me salvou. É por isso que eu sou dedicado a minha empresa.

Chihiro: Porque não me disse isso logo? Eu podia ter guardado o seu segredo pra você!

Jotaro: Eu não queria que você se arriscasse. Porém, quanto mais eu ficava na Rekka, mais eu me perguntava se eu devo continuar minha missão ou seguir minha farsa como professor.

Chihiro: Jotaro-san...

Jotaro: Chihiro... Eu não vou mais fugir. Quando eu for para a delegacia, ser julgado, condenado e preso, irei pagar as minhas dividas, mesmo que custe minha vida.

Chihiro: Mas Jotaro...

Jotaro: Nada de mas. Este será o nosso último adeus.

Chihiro: Jotaro...

Policial 5: Entra no carro!

[Jotaro entra no carro da polícia com orgulho no coração, já que ele se sente melhor ao fazer a coisa certa: Denunciar as injustiças, confessar seus próprios crimes e revelar sua verdadeira identidade. O carro da polícia segue seu caminho para a delegacia, junto com os outros.]

Chihiro: Jotaro... Jotaro!

[Chihiro corre para tentar se despedir de Jotaro, mas sem sucesso.]

Chihiro: Jotaro...

[Enquanto isso, na fachada da empresa, vários alunos de diferentes colégios, entre eles sendo Tsubame, Kenta, Takuya, Hideo, Shuichi e Atsushi do colégio Rekka e Ayane, Satoshi, Issei, Tatsuma, Kazuki e Maki do colégio Rekka, observam a empresa.]

Tsubame: Tomara que Kogoro consegue se safar dessa...

Takuya: Eu também. Estou preocupado com ele.

Hideo: Takuya-san, todos nós estamos preocupados com ele.

[Issei começa a ficar com raiva.]

Issei: Reiji...

Kazuki: É só uma questão de tempo para que ele saia daqui com vida. Mas mesmo assim...

Maki: Onii-chan... Você acha que Reiji vai voltar?

Shuichi: Eu não sei. Só um milagre pode ajudar a gente.

[Atsushi olha para o chão, pensando em Kogoro.]

Atsushi: Kogoro-kun...

[De repente, a porta da frente se abre, com Kogoro e Reiji juntos.]

Kogoro: E aí, se esqueceram de alguma coisa?

Tsubame: Kogoro!

[Tsubame corre para abraçar Kogoro.]

Tsubame: Eu achava que eu ia perder você pra sempre...

Kogoro: Como se eu fosse burro para fazer uma coisa dessas...

[Ayane também abraça Reiji.]

Ayane: Oh Reiji, eu achava que você ia terminar essa luta ferido. Mas ainda bem que isso não aconteceu e então vamos aproveitar este momento para irmos a um encontro hoje a noite, que tal?

Reiji: Uhh... Menos, Ayane.

Hideo: Tudo está bem quando acaba bem...

Takuya: Parece que o chefe da quadrilha vai ter finalmente o castigo que merece.

Kenta: Chefe da quadrilha? Eu prefiro o termo Maou.

Shuichi: Lá vem você com suas piadas de heróis medievais...

[Atsushi fica calado e ele eventualmente acaba vendo Mayoi saindo da empresa.]

Atsushi: Mayoi-chan...

[Atsushi corre pra poder ver Mayoi.]

Atsushi: Mayoi-chan, me desculpe por eu ter sido um babaca...

[Mayoi não fala nada.]

Atsushi: Tipo, não era minha intenção dizer que eu não queria ser seu namorado... É que... Eu não sabia como você iria reagir a esse tipo de coisa...

[Mayoi ainda não diz nada.]

Atsushi: Mas agora eu percebi que sou um idiota em pensar que queria ter feito o melhor pra você ou até por você. É por isso que...

Mayoi: Não precisa dizer mais nada.

Atsushi: Mayoi-chan?

Mayoi: Sou eu que ainda tenho que amadurecer.

Atsushi: Mayoi-chan!

[Mayoi dá um abraço em Atsushi.]

Mayoi: Me desculpe por eu achar que você não era o melhor pra mim... A princípio eu achei que você era realmente uma pessoa indigna e sem confiança... Mas na verdade... Você tem muito mais dignidade que todas as pessoas que conheci.

Atsushi: Ainda preocupada com o Tsuneo?

Mayoi: Eu achava que ele me tratava melhor só porque ele me dava tantos presentes, mas no fim das contas ele era só um estúpido... Mas você... Você pode até se auto-depreciar nos seus piores momentos, mas no fim, sempre será a minha melhor opção.

Atsushi: Mayoi-chan...

Mayoi: Atsushi, eu te amo... Não importa quem você seja ou um dia será.

Atsushi: Eu também, Mayoi-chan. Eu também.

[Atsushi e Mayoi se abraçam e todas as pessoas ficam felizes.]

Kogoro: Finalmente Atsushi deixou de ser mala e decidiu tomar juízo.

Takuya: Realmente, eu achava que essa novela iria demorar pra acabar.

Kenta: Mas pelo menos ele teve um final feliz.

Reiji: Esse menino... Ele realmente é a menina dos olhos do Kogoro.

Ayane: Não é a toa que ele se importa com ele.

[Depois do abraço, Atsushi e Mayoi vão conversar um pouquinho.]

Atsushi: E então, vamos para um encontro?

Mayoi: Só se você decidir em que lugar nós vamos.

Atsushi: Ok. Eu decido as coisas amanhã.

[Atsushi dá uma piscadela para Mayoi.]

Mayoi: Atsushi-kun...

[Mayoi dá um beijo na bochecha de Atsushi, que fica envergonhado. Todos continuam aplaudindo os dois.]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, cozinha]

[No dia seguinte, Jiraiya volta pra sua casa quando ele vê Kogoro lavando os pratos. O guardião fica surpreso ao ver seu protegido fazendo algo que não seja lutar.]

Jiraiya: Kogoro! Que milagre ver você por aqui! O que está fazendo?

Kogoro: Só estou lavando os pratos. Nossa, é tanto trabalho que se você tivesse vindo aqui antes, iria cair de tanto desgosto.

Jiraiya: Por essa eu não esperava.

Kogoro: Nem eu. É tanto prato que eu me pergunto quantas pessoas você serviu nessas últimas horas.

Jiraiya: Na verdade eu tava falando sobre você enfim fazer algo produtivo. Se sua família estivesse aqui agora, eles estariam felizes ao te ver lavando os pratos.

Kogoro: Não é que eu queria fazer isso por mim, é que eu não queria deixar você com o trabalho sujo... Literalmente.

Jiraiya: Hahahaha... E então você soube das notícias?

Kogoro: Que notícias?

Jiraiya: Que notícias... Pelo visto a Harada, uma empresa especializada em alta tecnologia, se meteu em um grande escândalo envolvendo raptos de alunos. De acordo com o Jornal Metropolitano, o responsável por esse circo dos horrores é Tsuneo Harada, filho do atual presidente da empresa ????? Harada. Cara, quem foi que botou esse imbecil na liderança?

Kogoro: Hahaha... Não faço a mínima ideia.

Jiraiya: Nem eu. Aliás, eu estava pensando, já que você está aqui limpando as coisas, que tal depois da janta a gente ir dar um passeio hoje lá no restaurante Aka-Sake?

Kogoro: Fala daquele restaurante de sushi tradicional? Adoraria!

Jiraiya: Ótimo. Vou ver se eu preparo as roupas pra você.

[Jiraiya sai da cozinha e Kogoro continua lavando os pratos.]

Kogoro: (Mais um dia... Enfim um pouco de paz. Atsushi e Mayoi fizeram as pazes, as escolas estão salvas, a Harada está pagando mico... E ainda por cima eu fui convidado para ir para um restaurante de sushi tradicional... Não tem como esse dia ficar melhor...)

[Cenário: Bairro de Shinjuku, Tóquio]

[Reiji e Ayane estão caminhando no bairro de Shinjuku.]

Reiji: É tão bom saber que as coisas em Tóquio estão gradativamente voltando ao normal. Claro que estamos nos referindo as escolas, mas elas são uma das bases principais para o desenvolvimento do país.

Ayane: Nunca esperei ouvir isso de alguém como você. Você é o delinquente mais esperto que eu já conheci.

Reiji: Ah para...

[Reiji e Ayane riem]

Ayane: Aliás, alguma notícia sobre Ikuto e os Kaminari?

Reiji: Bem, Ikuto me disse que está curtindo seu último dia com os Kaminari antes do seu pai chegar. Depois disso ele vai ter que voltar pra sua casa e reviver seu antigo inferno.

Ayane: Diz o ditado, miséria constrói caráter.

Reiji: E esse é o problema. Se o pai dele souber que o Ikuto não está agindo como ele esperava, ele vai encrencar não só com ele como também a família toda. Sem mencionar os verdadeiros responsáveis...

Ayane: Bem, foi você que colocou ele nessa encrenca não é?

Reiji: Pensando bem... Acho melhor que ele não saiba desse tipo de coisa.

Ayane: Eu também. Que tal a gente marcar um encontro?

Reiji: Em que lugar você está pensando?

Ayane: Recebi a recomendação de um restaurante de sushi de um amigo meu.

Reiji: Um restaurante?

Ayane: Argh, tomara que não tenha de cérebro de atum. Detesto atum.

Reiji: Pensei que você estava falando do cérebro.

Ayane: Ainda pior! Se bem que cérebro de boi não me parece ser tão ruim.

Reiji: (Como se alguém tivesse a insanidade de comer cérebro...)

[O smartphone de Reiji toca.]

Ayane: Quem será que está atendendo?

[Reiji pega seu smartphone e vai atender.]

Reiji: Reiji Takahashi falando.

?????: E aí Reiji, como vai? Dá pra você vir pra cá um minutinho?

Reiji: Tá certo. Já estou indo por aí.

[Reiji desliga o smartphone.]

Ayane: Quem ligou pra você?

Reiji: Raiya. Ela disse pra eu ir pra casa dela agora mesmo.

[Ayane, após ouvir isso, fecha o punho em raiva.]

Ayane: Raiya, você disse...? Aquela vadia...

Reiji: Mas calma, não é um encontro... Bem, eu não tenho nenhum motivo para ficar com ela.

Ayane: Tomara que sim...

[Reiji então corre.]

Ayane: (Francamente, qual é o problema com ele? Até parece que ele tem mais motivos para ficar com a Raiya do que comigo...)

[Cenário: Delegacia de Polícia de Tóquio, fachada]

[Chihiro está indo para a delegacia onde ela encontra um policial gordo de cabelos, bigode e olhos castanhos.]

Policial de cabelos castanhos: Com licença, você tem alguma autorização?

Chihiro: Eu estou atrás de Jotaro Shirogane.

Policial de cabelos castanhos: Jotaro... Ah, fala daquele ex-membro da Harada que fingiu ser um professor de literatura por um longo período de tempo?

Chihiro: Sim.

Policial de cabelos castanhos: Ele está se preparando para o interrogatório. Algum problema?

Chihiro: Eu queria falar com ele. Eu sou uma amiga dele... Ou neste caso... Ex-amiga...

Policial de cabelos castanhos: O interrogatório será daqui a 45 minutos. Acho que vai dar tempo pra alguma conversa. Pode ir.

Chihiro: Obrigada.

[Cenário: Delegacia de Polícia de Tóquio.]

[Chihiro entra na delegacia e vai em busca do chefe de polícia. Um homem de cabelos e bigode verdes-cinza aparece para ver a moça.]

Policial de cabelos verdes-cinza: Bom dia senhora, em que posso ajuda-lá? Meu nome é Souta Samejima, chefe de polícia de Tóquio.

Chihiro: Sou Chihiro Endo, e sou professora de japonês do colégio Rekka.

Souta: Rekka... O mesmo colégio no qual o nosso criminoso mais recente está.

Chihiro: Você sabe onde está o Jotaro? Eu quero poder vê-lo.

Souta: Jotaro... Fala de Jotaro Shirogane, aquele farsante que fingiu ser professor por um longo período de tempo? Ele está se preparando para o interrogatório. Mas se quiser você pode vê-lo. Ele está na cela 03.

Chihiro: Obrigada.

[Souta vai acompanhar Chihiro até as celas onde os prisioneiros estão.]

[Cenário: Delegacia de Tóquio, celas.]

[Souta leva Chihiro até a cela onde está Jotaro.]

Souta: Ô Jotaro, tem uma querendo ver você.

[Chihiro olha para Jotaro.]

Souta: Não demorem. Daqui a alguns minutos vou levar o prisioneiro para ser interrogado.

[Souta sai, deixando Chihiro e Jotaro a sós. Alguns prisioneiros observam a Chihiro.]

Prisoneiro 1: Olha só, o Jotaro tem uma namorada!

Prisoneiro 2: Galã...

[Jotaro não fica feliz em ver Chihiro.]

Jotaro: Eu não tenho nenhum motivo para te ver novamente. O que faz aqui?

Chihiro: Eu queria poder te ver uma última vez.

Jotaro: Já disse tudo o que você precisava ouvir. Me rendi para a polícia com honra e é só uma questão de tempo para que eles me chamem para que eu confesse todos os crimes que fiz quando estive na Harada...

Chihiro: Entendo... Você está disposto a aceitar todas as suas provações sem medo... Mesmo que você termine na prisão.

Jotaro: Eu fiz o que fiz pela empresa. Inclusive usar métodos sujos para ela conseguir o que quer.

Chihiro: Então você se auto-denomina culpado, certo?

Jotaro: A justiça decidirá como irei seguir com minha vida. Não me importo mais com o que irá acontecer comigo.

Chihiro: Certo...

Jotaro: Mas, Chihiro-san... Me diga mais uma vez... O que você faz aqui?

Chihiro: Agradecer a você por ter ensinado os meus alunos, mesmo que você tenha feito isso por motivos egoístas.

Jotaro: Seu coração é mole demais...

Chihiro: Eu sei que por trás de sua atitude criminosa você é uma pessoa bondosa que está presa em um mundo de crimes e corrupção... E que tenta fazer de tudo para manter suas duas máscaras firmes...

Jotaro: Hmph. Todas as pessoas tem uma máscara. Elas escondem sua verdadeira natureza.

Chihiro: Sei disso.

Jotaro: E neste interrogatório, estou disposto a finalmente quebrar minha máscara.

Chihiro: Qual máscara?

Jotaro: Todas... Minha falsa bondade... Minha lealdade a Harada... Minha fachada como professor... Estou disposto a sacrificar tudo.

Chihiro: Mas Jotaro... Se você fizer isso...

Jotaro: Eu não me importo mais com minha vida. E se você quiser continuar a ser feliz, vá embora e nunca mais me encontre! Eu não quero mais que você sofra por mim.

Chihiro: Jotaro...

Jotaro: Desde o dia em que eu entrei na Rekka eu fiz muitas atrocidades... Não há mais salvação pra mim. Nem mesmo a história da minha vida irá me impedir que eu vá para a cadeia... Acabou, Chihiro.

Chihiro: Jotaro...

[Chihiro e Jotaro se encaram.]

Chihiro: Me desculpe.

[Chihiro sai das celas, triste por ela saber que Jotaro vai pra cadeia.]

[Cenário: Delegacia de Tóquio, fachada]

[Chihiro está olhando para o céu.]

Chihiro: (Queria tanto poder te salvar... Talvez você possa ter uma segunda chance.)

[Cenário: Casa dos Kamiya, fachada.]

[Reiji chega até a casa dos Kamiya, onde ele acaba encontrando os Kaminari escondidos.]

Raiya: Ei, se esconde!

[Raiya coloca sua mão na cabeça de Reiji fazendo com que ele se abaixe.]

Reiji: Espere um instante... O que é que tá acontecendo?

Raiya: Olhe.

[Um carro de cor verde para, no qual sai o pai do Ikuto.]

Mitsuhito: Agradeço muito pela viagem. Tome aqui o seu pagamento.

Motorista do carro: Muito obrigado senhor. Bem, eu lamento muito pelo seu trabalho não ter sido bem feito, mas ei, coisas desse tipo não são comuns.

Mitsuhito: É verdade.

Motorista do carro: Bem, eu tenho que ir. Vou ver se consigo visitar minha filha a tempo. Ela deve estar muito zangada comigo.

Mitsuhito: Até mais.

[O carro verde então sai. Mitsuhito então entra na sua casa.]

Reiji: Vocês estão espionando o pai do Ikuto?

Pai do Raita e da Raiya: É uma longa historia.

Raiya: Vamos ver como ele vai reagir ao ver sua família diferente, especialmente o seu filho menos favorito.

Reiji: Expliquem.

Raita: Reiji-san. Nós te devemos uma. Se não fosse por você, Ikuto não teria melhorado.

Raiya: Mas agora ele vai ter que lidar com o seu pai, e ele parece suspeitar que Ikuto ficou mais animado a ponto dele não poder mais sentir medo ou tristeza.

Mãe do Raita e da Raiya: Temo que ele possa fazer coisa pior.

[Reiji e os Kaminari vão para a casa dos Kamiya observar a reunião de família.]

[Cenário: Casa dos Kamiya, sala de estar.]

Mitsuhito: E então, como foi a semana de vocês?

Hikaru: Ótima. Meus filhos não causaram nenhuma encrenca.

Mitsuhito: Excelente.

[Kaito dá para o seu pai o seu teste de matemática.]

Kaito: Esse é o meu teste de matemática. Tirei 95.

[Mitsuhito observa o teste.]

Mitsuhito: Hmmm... Fez muito bem, Kaito. Muito obrigado pelo seu esforço.

Kaito: Obrigado. Passei grande parte da semana estudando.

Hikaru: Meu filho é um garoto muito esforçado.

Mitsuhito: Enquanto a você, Ikuto... Você fez algum teste hoje?

[Ikuto dá um sorriso, mas ele não parece ser muito natural.]

Ikuto: Fiz o de matemática também.

[Ikuto entrega o seu teste de matemática para o seu pai. Mitsuhito observa o teste.]

Mitsuhito: 85... certo?

Ikuto: Bem, demorei para terminar a prova por causa dos cálculos e das fórmulas, mas tive sorte de conseguir memorizá-las.

Mitsuhito: Memorizá-las?

[Mitsuhito observa a prova mais uma vez.]

Mitsuhito: Muito raro alguém como você ter tirado uma nota como essa... Você não chega nem aos 70...

Ikuto: Eu fiquei estudando o dia todo.

Mitsuhito: Estudando... Ou trapaceando?

[Mitsuhito dá um tapa em Ikuto.]

Kaito: Nii-san!

[Hikaru tenta ajudar Ikuto, mas...]

Mitsuhito: Se não quiser ser expulsa desta casa, não ouse ajudar este trapaceiro!

Kaito: Pai, o que está acontecendo?

Mitsuhito: Seu irmão continua sendo a vergonha da família! Ele colou na prova para conseguir uma nota maior!

Hikaru: Filho, isso é verdade?

Ikuto: Não... Eu nunca fiz isso...

Mitsuhito: Então como você explica esse 85?

[Ikuto fica com medo. Quando Mitsuhito tenta atacar o filho mais uma vez, alguém pega um dos braços dele.]

Mitsuhito: O quê?

Hikaru: Mas o quê?

Kaito: Não pode ser...

Ikuto: Você...

[Ikuto vê que Reiji está impedindo Mitsuhito de dar outro tapa nele.]

Reiji: Realmente... Você me enoja...

Ikuto: Reiji-nii-san!

Hikaru: Reiji, o que está fazendo?

Mitsuhito: Seu maldito! Isso é assunto de família! Você não tem que se meter nisso!

Reiji: Eu sou um delinquente. Não obedeço ordens de ninguém.

[Hikaru vai ajudar Ikuto.]

Hikaru: Filho, você está bem?

Ikuto: Estou, mamãe. Só foi um tapa forte.

Hikaru: Vem filho, eu vou ajuda-lo.

Mitsuhito: Isso, continue assim! Mal posso esperar para mandar vocês dois para o olho da rua!

Reiji: Pra falar a verdade... Eu é que vou mandar você para o olho da rua.

Mitsuhito: O quê?

Reiji: E adivinha... Eu não sou a única pessoa motivada a fazer isso.

[Os Kaminari aparecem.]

Mitsuhito: Quem vocês pensam que são?

Raita: O verdadeiro responsável pela trapaça.

Raiya: Antes de fazer a prova, Ikuto passou vários dias estudando com meu irmão. Claro que ele equilibrou suas horas com algumas diversões.

Mitsuhito: O quê... Hikaru...

Kaito: Lamento informar, mas minha mãe está ocupada no momento. Ela prefere cuidar do filho que você odeia.

Mitsuhito: Você também?

Pai de Raita e Raiya: Você pode não gostar de ouvir, mas nós somos uma família melhor que você.

Mãe de Raita e Raiya: Quando foi a sua última vez que você cuidou de seus filhos igualmente?

[O patriarca dos Kaminari pega o seu celular.]

Mitsuhito: Ligue para a polícia e vocês serão acusados de desonrar a família dos outros.

Pai de Raita e Raiya: Ótimo. Pois é melhor viver com desonra do que lidar com um pai abusivo.

Mãe de Raita e Raiya: Mitsuhito Kamiya, você falhou como pai e como ser humano.

[Mitsuhito tenta fazer alguma coisa, mas não consegue.]

Mitsuhito: Façam o que quiser comigo... Mas lembrem-se... Eu sou o dono desta casa, e enquanto vocês estiverem nela, vocês farão o que eu mandar...

[Cenário: Casa dos Kamiya, quarto do Ikuto.]

[Hikaru está cuidando do Ikuto, cuidando de suas feridas.]

Ikuto: Me desculpe mamãe... Eu falhei como filho... Devia ter ficado com você e com meu irmão...

Hikaru: Na verdade... Você fez o que você achava que era certo. Mesmo que ele diga que foi errado...

Ikuto: Mamãe... Eu tenho que confessar... Eu odeio o meu pai! Ele é uma pessoa má! Me odeia e prefere o meu irmão do que a mim...

Hikaru: É que ele também carrega seus próprios problemas. Não é que ele admite, mas desde o dia em que se casou comigo, seu pai destruiu a família botando sua fé exclusivamente no Kaito.

Ikuto: Ele sempre disse que fui eu que destruí a família. Sempre eu o culpado de tudo. Eu até me vejo como um mero erro na família.

Hikaru: Você nunca foi um erro. Você tinha uma razão pra viver.

Ikuto: Uma razão?

Hikaru: Se eu me lembro bem, seu irmão se sentia muito sozinho e ele não tinha ninguém pra brincar com ele. Eu sentia pena dele, tanto que eu pretendia atender os desejos dele, mesmo que a família esteja em uma situação delicada...

Ikuto: Então... Foi você que...

Hikaru: Eu botei os desejos de Kaito acima dos de seu pai. E foi assim que você nasceu. Do desejo de seu irmão de ter alguém que te faça companhia.

Ikuto: É mesmo?

Hikaru: É mesmo. Eu até tenho alguns desenhos dele no meu baú. Se quiser, eu posso mostrar alguns desenhos pra ele. Pode ser?

Ikuto: Tá, mas antes...

Hikaru: O quê?

Ikuto: Queria poder ver o meu irmão. Para dizer a ele que eu agradeço muito pela razão de eu estar aqui.

Hikaru: Mas... O seu pai...

Ikuto: Eu ainda odeio o papai, mas meu ódio por ele não é maior que o amor que eu tenho ou por você ou pelo meu irmão.

Hikaru: Quer que eu te acompanhe?

Ikuto: Não mamãe. Mas você pode trazer o baú com os desenhos.

[Ikuto desce a escadaria.]

[Cenário: Casa dos Kamiya, fachada.]

[Enquanto isso, Mitsuhito se irrita e começa a praguejar.]

Mitsuhito: Malditos... Tudo o que eu queria é poder voltar aos meus dias de glória... Porque será que eu tenho sempre que perder tudo?

Reiji: (Perder tudo...?)

Mitsuhito: Eu trabalhava em uma empresa de tecnologia superavançada onde eu ganhava bem, mas quando descobriram que ela tramou vários sequestros, acabei sendo demitido. Perdi tudo... Perdi até a chance de ganhar mais do que eu já tenho.

Reiji: (Espere um instante...)

Pai de Raita e Raiya: Agora sei de onde veio sua verdadeira fúria. Você foi recentemente demitido de uma empresa e com isso sua fonte de renda foi pro ralo.

Mãe de Raita e Raiya: E pra piorar... Você culpou Ikuto, uma pessoa inocente, por tudo.

Mitsuhito: Ele não é inocente! Ele é a razão de eu ter perdido tudo... Foi por causa dele que vendi todos os meus luxos! Apenas para alimentar uma simples boca! Se não fosse por ele...

?????: Meu irmão continuaria sozinho.

[Reiji, Mitsuhito, Kaito e os Kaminari ouvem uma voz, e vêem Ikuto descendo as escadas.]

Kaito: Ikuto?

Ikuto: Eu finalmente encontrei a razão de estar aqui. Devo minha vida ao meu irmão mais velho.

Mitsuhito: O quê?

Ikuto: Você pode não acreditar, mas eu vim de um desejo de uma criança que desejava ter alguém pra brincar.

Mitsuhito: Isso só pode ser brincadeira! Ele pirou de vez!

Kaito: É verdade. Você pode não saber, mas eu sempre fui como um pai para o Ikuto. Aliás, um pai melhor do que você!

Mitsuhito: Seu...

Kaito: Quando eu era criança, eu me sentia sozinho. Eu tinha amigos na escola, mas não podia sair de casa para visita-los. Você não me dava permissão para sair, dizendo que eu só podia estudar para ser o “filho premiado”. Pra você eu não era nada exceto um troféu.

Reiji: O quê?

Raiya: Que coisa horrível!

Raita: Ele prendeu seu próprio filho em uma casa... Tudo para fazer dele o filho perfeito...

Kaito: Mas minha mãe ouviu meu pedido, e agora Ikuto está nessa casa.

Ikuto: Eu nunca fui uma desgraça nesta casa... Você, por outro lado...

[Mitsuhito continua se irritando.]

Mitsuhito: Grrr...

Kaito: Aceite... Essa é a verdade. E você a distorceu. Desde o dia em que você se casou com a mamãe... Você acha que o Kaito falhou como filho, mas na verdade é o contrário... Foi você que falhou como pai!

Mitsuhito: Já chega! Seu ingrato!

[Mitsuhito tenta dar um tapa em Kaito, mas Reiji o defende.]

Ikuto: Reiji!

Reiji: É só isso que sabe fazer? Saiba que eu já aguentei coisas piores...

[Mitsuhito dá vários tapas e socos em Reiji, mas este ainda fica de pé por um longo período.]

Mitsuhito: Porque...? Porque você não se rende...? Porque você não me deixa ensinar o meu filho uma lição...?

Reiji: Hmph... Não me faça rir...

[O patriarca dos Kaminari liga para a polícia.]

Pai de Raita e Raiya: Alô, 110? Sim. Temos um caso de violência doméstica.

Mitsuhito: Isso! Pode ligar! Você irá jogar a honra dos Kamiya na lama!

Kaito: Eu não me importo com a sua honra! Eu não me importo mais com você. Desde que eu tenha a minha mãe e o meu irmão, eu sou o filho honrado desta família. E você... Não passa de um parasita.

[Mitsuhito se irrita, com vontade de dar um outro tapa, mas ele vê que Reiji está na frente dele.]

Reiji: Vai lá... Estou esperando.

[Mitsuhito desiste de intimidar sua família.]

Mitsuhito: Vocês só tiveram sorte por causa daquele intrometido, mas um dia, quando eu voltar, serei um homem rico e poderoso, e usarei minha posição política pra fazer da vida de vocês um inferno! Guardem minhas palavras!

[Mitsuhito então foge.]

Reiji: Maldito! Espere!

[Reiji tenta correr para pegar Mitsuhito, mas Kaito o impede.]

Reiji: E vai deixá-lo escapar?

Kaito: Ele não vai escapar. Mais cedo ou mais tarde ele descobrirá que cavou sua própria sepultura.

Raiya: Além disso, o papai ligou para a polícia. É só uma questão de tempo para que eles o encontrem.

Raita: E então, o que podemos fazer?

Ikuto: Já que estamos aqui, porque a gente não aproveita um pouco para nos conhecermos melhor?

Kaito: Claro... Essa é a primeira vez que nos encontramos, certo?

Reiji: Sim.

Ikuto: Mamãe disse que irá trazer um baú com antigos desenhos que o meu irmão desenhou.

Raita: Seu irmão é um desenhista?

Kaito: Não não, eu só faço rabiscos, eu não sou um artista renomado... Se bem...

Raiya: Não importa... Agora que seu pai não está mais aqui, vocês estão livres para serem o que quiser.

Kaito: Valeu.

Raita: Aliás, onde está sua mãe?

Ikuto: Ela disse que vai me encontrar no meu quarto... Tomara que ela não esteja preocupada...

Pai de Raita e Raiya: E então, não vai mostrar o quarto a gente?

[Ikuto balança a cabeça pra cima e pra baixo dizendo que sim. Com isso ele, Kaito e os Kaminari vão ao quarto.]

[Cenário: Colégio Shishioh, entrada do colégio.]

[Ai está olhando para os portões do colégio e Eikichi chega para poder ver sua amiga.]

Eikichi: Ai-san!

[Ai se vira, e vê que Eikichi está olhando pra ela.]

Ai: Eikichi...

Eikichi: O que você está fazendo aqui? Não vai voltar pra casa?

Ai: Bem, é que...

Eikichi: E que o quê?

Ai: Eu estava pensando... Desde o dia em que todas as atrocidades feitas pela Harada foram expostas para o público, me pergunto se a empresa vai conseguir se recuperar com isso.

Eikichi: Você não tem nada com que se preocupar com eles.

Ai: Entretanto... Estou ciente... A Harada nunca teve a intenção de fazer coisas deste tipo... Tipo, porque uma empresa teria a audácia de capturar estudantes inocentes. Isso não faz sentido.

Eikichi: Melhor você não pensar nisso agora. A questão é... Nós temos um grande futuro pela frente.

Ai: É...

[Ai e Eikichi continuam olhando para os portões.]

Eikichi: Bem, eu estava pensando... Que tal a gente ir jantar fora hoje?

Ai: Sério?

Eikichi: Sério. Eu até pensei em um restaurante que eu gosto de ir todo fim de semana pra comer.

Ai: Legal. De que horas nós vamos?

Eikichi: 18:00 horas. Tudo bem pra você?

Ai: É, acho que meus pais não vão ligar... Vai que eles aceitem.

Eikichi: Tomara que aceitem.

Ai: Enfim... Finalmente podemos ser felizes juntos.

Eikichi: É...

Ai: Eikichi-san.

Eikichi: Sim?

Ai: Você ainda está pensando no Kogoro?

Eikichi: Kogoro?

Ai: Vocês dois são amigos de infância. Seria legal se vocês se encontrassem várias e várias vezes.

Eikichi: Bem... Eu e Kogoro estudamos em colégios diferentes. Não sei nem se vai ter tempo para termos uma luta amistosa.

Ai: Huh?

Eikichi: Tipo, eu estava pensando em ter uma luta contra o Kogoro, pra provar pra ele como eu fiquei mais forte. Sei que ele é conhecido como o delinquente mais forte de toda a Tóquio, mas mesmo assim... Quero ver se eu realmente posso contra ele.

Ai: Eikichi...

Eikichi: Bem, eu tenho que ir... Preciso me preparar e fazer as coisas que tem em casa. Aliás, você também devia fazer isso.

[Eikichi então sai e segue seu caminho.]

Ai: Espere!

[Eikichi para para poder ver Ai.]

Ai: Eikichi... Onde que vamos nos encontrar?

Eikichi: Na sua casa. Você vai adorar o lugar.

[Eikichi continua seguindo o seu caminho.]

Ai: (Um encontro... E ele vai me encontrar na minha casa...)

[Cenário: Casa dos Kamiya, quarto do Ikuto.]

[Ikuto, Kaito, a mãe deles e os Kaminari estão no quarto do Ikuto observando os antigos desenhos que Kaito fez quando criança.]

Hikaru: E esse foi o desenho que ele fez na pré-escola.

Raita: Nossa, que desenhos legais! Bem... Para o padrão de uma criança de cinco anos. Me pergunto se ele conseguiu passar desta fase...

Kaito: Bem, eu não desenho muito... De fato, desde o dia em que meu pai me pressionou para ser o estudante perfeito, minha criatividade foi toda drenada...

Pai de Raita e Raiya: Nunca se é tarde para aprender a desenhar... A menos que você seja velho ou tenha artrite...

Raiya: Papai!

Pai de Raita e Raiya: Enfim, você ainda tem muito que aprender...

Kaito: É... Eu tenho muito ainda...

Ikuto: Ei mamãe, posso te contar uma novidade?

Mãe de Raita e Raiya: Claro, pode contar.

Ikuto: Eu descobri o meu talento e eu sei o que vou ser quando eu crescer. Vou me tornar um grande jogador de futebol!

Hikaru: Futebol? Filho, você não acha que este trabalho é arriscado demais pra você?

Ikuto: Não não... Foi graças aos Kaminari que eu descobri minha verdadeira paixão. Eu não tenho mais medo de me machucar.

Raita: Confie em mim! Seu filho é uma pessoa habilidosa e cheia de boa vontade. Aposto que daqui a 20 anos, ele vai fazer todos os gols e até mesmo poder participar da Copa do Mundo.

Raiya: Isto é, se ele treinar bastante.

Kaito: E você está disposto a assumir a responsabilidade?

Ikuto: Porque não? É só uma questão de tempo para que eu possa me tornar o jogador de futebol mais famoso de todo o Japão.

Pai de Raita e Raiya: Nossa, isso é que é paixão. Nunca vi tanta paixão concentrada em uma só pessoa.

Raita: Haha, só toma cuidado para a sua coroa não cair no processo.

Ikuto: Qual é, é só um jogo! Não é que eu queira levar uma coisa dessas a sério.

Hikaru: É disso que eu tenho medo.

Raiya: E então, não vamos olhar o resto dos desenhos?

Kaito: Bora lá...

[Kaito pega mais alguns dos seus desenhos, com um deles sendo o desenho de uma ilha.]

Ikuto: Nossa, isso é uma ilha?

Kaito: A ideia é ser um pedaço de terra, mas eu entendo o seu ponto.

Mãe de Raita e Raiya: Se você estudar arte, com certeza você poderá se tornar o maior artista de todos os tempos.

Raita: Há! Olha só, o jogador de futebol e o artista. Tão diferentes quanto noite e dia.

Raiya: Muito bonito.

Raita: Qual é, essa é a verdade! Tipo, não é problema meu o fato do Ikuto querer ser um jogador de futebol.

Ikuto: Ahem... Foi por causa de você que eu entrei em um clube de futebol, joguei futebol, e passei o dia todo treinando futebol!

Raita: Poxa, até você?

Kaito: Pra você ver como você é muito de uma boa influência a ele.

Raita: Ora seu...

[Reiji vê as duas famílias unidas e conversando.]

Reiji: (É tão bom ver duas famílias juntas... Ikuto está finalmente está curado de seus demônios internos... Não apenas ele, como também toda a sua família...)

[Cenário: Delegacia de Tóquio, celas.]

[Em uma das celas de Tóquio, nós vemos Tsuneo, agora confinado em uma das celas, despetalando uma rosa.]

Tsuneo: Bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer...

[Quando Tsuneo estava despetalando todas as rosas, ele acaba encontrando um dos policiais.]

Policial: Tsuneo Harada, herdeiro das Empresas Harada, certo?

Tsuneo: Hmph. Finalmente você aprendeu a me respeitar. Tava achando que vocês iam ser maus e rudes comigo pra sempre.

Policial: Atrevido como sempre... Agora eu sei porque aquele tolo trabalhava pra você. Vem, você tem visita.

Tsuneo: Visita? Hmph. Eu sabia...

[Tsuneo e o policial vão sair da sala das celas.]

Tsuneo: E então, quem foi o responsável por ter pago a minha fiança?

Policial: Calado.

Tsuneo: Qual é! Alguém deve ter pago para eu sair desta cela imunda. Afinal, eu sou o futuro herdeiro das empresas Harada.

Policial: E é justamente o mesmo alguém que pretende vê-lo. No entanto, não espere que ele pague a sua fiança...

[Cenário: Delegacia de Tóquio, sala de visitas.]

[Tsuneo e o policial chegam até a sala de visitas.]

Tsuneo: E então, de quem é a visita?

?????: Minha.

Tsuneo: Essa voz... Droga! Não pode ser!

[O homem que pretende visitar Tsuneo é um homem grande de cabelos loiros-escuros e olhos castanhos vestindo um traje de gala bordô. O herdeiro da Harada começa a ficar com medo.]

Policial: Então você é o pai deste garoto, não é mesmo?

Tsuneo: Sim. Presidente Masaki Harada, ao seu serviço.

[Masaki olha com uma cara de decepção, ciente que o filho fez algo que ele não gostou.]

Tsuneo: (Droga! Ele deve ter descoberto tudo sobre minhas intenções para a empresa! Se ele souber do resto, estou frito!)

Policial: Vou deixar que vocês dois conversem a sós por 25 minutos.

Masaki: Sim.

Tsuneo: Espere um pouco! Me deixe eu ficar mais um pouco na cela! Prometo que vou me comportar.

Policial: Sinto muito, mas uma visita é uma visita e ela deve seguir o esquema.

Tsuneo: Mas eu quero voltar para a cela. Eu exijo que me leve para a cela agora mesmo!

[O policial segue o seu caminho, ignorando o pedido de Tsuneo.]

Policial: Você que se vire, eu não sou nenhum de seus subordinados...

Tsuneo: Policial... Policial!

[O policial fecha a porta da sala de visitas, deixando Tsuneo só com o seu pai.]

Tsuneo: Bem... E então, do que nós vamos falar a respeito agora?

Masaki: Tsuneo Harada. Eu fiquei sabendo que você foi o responsável pelas mudanças drásticas que aconteceram na empresa enquanto eu estive fora. É verdade isso?

Tsuneo: Bem... É verdade. Mas foi o melhor para a nossa empresa!

Masaki: Melhor pra empresa, ou melhor pra você?

Tsuneo: O quê?

Masaki: Meus subordinados me falaram tudo sobre você, desde o dia em que você comprou uma empresa e escondeu documentos importantes em relação a ela até o sequestro de vários alunos de colégios diferentes.

Tsuneo: Isso... Isso é impossível! Eu nunca faria uma coisa dessas!

Masaki: Eu não nasci ontem. Tá em todos os noticiários. Você cometeu um crime, e é por isso que você está na delegacia esperando julgamento.

Tsuneo: Ju... Julgamento? Quer dizer que eu...

Masaki: Isso mesmo, e é só uma questão de tempo para que você seja declarado ou inocente ou culpado. E é mais provável que você termine o julgamento sendo culpado.

Tsuneo: Oh... Eu entendo...

Masaki: Ainda bem que você sabe... Inclusive você até sequestrou uma estudante de um colégio e tentou se casar com ela sem o seu consentimento. E sabe o que é pior? Eu não fiquei sabendo de nada até agora...

Tsuneo: E... Estudante... Casamento... Isso só pode ser brincadeira... Isso só pode ser um sonho!

Masaki: Não... Esta é a realidade... A dura realidade... E vou garantir que você vai aprender uma nova lição... Como as coisas funcionam na vida real...

Tsuneo: Não... Pai... Pare com isso!

[Vemos uma visão da Delegacia de Tóquio. Não dá pra saber o que acontece, mas pelos barulhos e gritos vindos do Tsuneo, pode se dizer que Masaki está punindo o seu filho.]

[Cenário: Restaurante Aka-Sake]

[Em uma das mesas do restaurante, Kogoro e Jiraiya estão no Aka-Sake comendo sushi.]

Kogoro: Cara, esses sushis são uma delícia. Além de frescos.

Jiraiya: Hahaha, como diz o slogan do Aka-Sake, “a única coisa fresca deste restaurante é o peixe.”

Kogoro: Foi muito legal você ter me convidado aqui para comer um bom sushi. Se eu quisesse, eu ficaria aqui pra sempre.

Jiraiya: Eu não vou gastar todo o meu dinheiro para te alimentar apenas com peixe. Além disso, você só veio aqui porque você esteve lavando e guardando os pratos na minha ausência. E você sabe disso.

Kogoro: É, eu sei... Francamente eles poderiam ter me servido um sushi de camarão. Quem sabe ele fica pra próxima...

[Enquanto isso, em outra mesa, Reiji e Ayane estão conversando e comendo sushi.]

Ayane: Que delícia! Sabia que aquele restaurante fazia milagres!

Reiji: Também concordo. Quem fez estes sushis deve ter sido abençoado pelos sete deuses da sorte.

Ayane: Também acho. E então, como foram as coisas com os Kaminari e os Kamiya?

Reiji: Com certeza não foi a coisa mais fácil do mundo. Com um pai durão como esse...

Ayane: Ai, para...

[Reiji come um dos sushis.]

Reiji: Nunca pensei que eu iria lidar com uma semana cheia. Primeiro eu tenho que ajudar um garoto problemático, depois eu tenho que ajudar uma escola contra uma empresa cheia de sequestradores e agora eu estou aqui comemorando como um louco.

Ayane: Pelo menos os sushis são gostosos. 10 barra 10.

Reiji: Menos. 8 já basta.

Ayane: 8? Você está sendo muito injusto.

Reiji: Pelo menos não é um 7.

Ayane: Aí seria ótimo.

Reiji: Pelo menos não é um 6.

Ayane: Aí seria medíocre.

Reiji: Essa é a minha opinião, então não se meta nisso!

[Ayane começa a ficar zangada.]

Ayane: Então tá dizendo que o Aka-Sake vende sushis horríveis, é isso?

Reiji: Nota 8, Ayane, nota 8. Não é a melhor coisa que eu já comi na vida, mas é algo que eu aprecio muito e que eu gostaria de apreciar por um longo período de tempo.

Ayane: Ainda  bem que pelo menos você gosta.  E então, você pretende ir a esse restaurante no nosso próximo encontro?

Reiji: Se for no mesmo horário...

Ayane: Ah para, você está me fazendo ficar vermelha.

Reiji: De raiva ou de vergonha?

Ayane: Está testando a minha paciência?

Reiji: Só estou respondendo uma pergunta. Qual é o seu problema?

Ayane: Nada.

Reiji: Ayane...

Ayane: É que as vezes você diz mais do que você deve.

Reiji: Tá certo, desculpa. Mas mesmo assim eu gostaria de te ver aqui neste mesmo horário no nosso próximo encontro.

Ayane: Você realmente deve ter gostado do local. Temos sorte de não termos comido cérebro de atum. Eca!

[Reiji começa a rir. Na mesa onde Kogoro e Jiraiya estão, os dois acabam encontrando Atsushi e Mayoi.]

Kogoro: Atsushi-san! Mayoi-chan!

Jiraiya: Ora, se não é seu amigo do colégio. E veio com convidada.

[Mayoi se curva para Jiraiya.]

Mayoi: Meu nome é Mayoi Ogata, estudante da Rekka e colega de classe do Kogoro e do Atsushi.

Kogoro: Ela é uma amiga do Atsushi... Ou pelo menos ela... É uma longa história...

Atsushi: Tudo bem. Ela é minha namorada agora.

[Jiraiya, ao ouvir o que Atsushi disse, fica surpreso.]

Jiraiya: O quê!? Espere um instante... Você disse... Namorada?

Mayoi: Não se preocupe... Ainda estamos desabrochando, mas logo logo iremos nos casar.

Jiraiya: E seus pais sabem disso?

Atsushi: Até agora não, mas eles estão cientes de que sou uma pessoa confiável, afinal eu sou um aluno da Rekka.

Jiraiya: Não é exatamente uma boa desculpa para se auto declarar como namorado...

Kogoro: Mas pelo menos ele é melhor do que um certo riquinho bastardo por aí...

Atsushi: Aliás, falando no Tsuneo... Você sabe o que aconteceu com ele?

Jiraiya: Tsuneo, você disse? Parece que ele vai ficar um bom tempo confinado na delegacia esperando julgamento. E adivinhe... Considerando a enorme lista de crimes que ele tem, é só uma questão de tempo para que ele seja declarado culpado pela corte japonesa.

Mayoi: Tomara que a justiça seja feita... Mas honestamente... Eu sentia pena do Tsuneo... Ele parecia ser uma pessoa legal, embora orgulhosa.

Kogoro: Dinheiro e presentes ricos não trazem felicidade...

Jiraiya: É... O que traz felicidade mesmo é uma boa alimentação... E já que vocês estão aqui, se importam de comer com a gente?

Atsushi: E então, Mayoi-san...

Mayoi: Tudo pelo meu namorado novo...

[Atsushi e Mayoi se sentam na mesa onde Kogoro e Jiraiya estão. Um dos garçons aparecem para vê-los.]

Garçom: E então, o que vocês vão querer?

Jiraiya: Tem cardápio?

[O garçom dá o cardápio para Jiraiya. O guardião de Kogoro observa os vários tipos de sushis, desde Nigiri até Kappamaki. Ele dá o cardápio para o delinquente, que por sua vez passa para Atsushi e depois para Mayoi.]

Garçom: Já se decidiram?

Jiraiya: Sim. Eu vou querer Gunkan, Temaki, Hot Roll, Tekkamaki e Uramaki.

Kogoro: Dois Hot Rolls, um Tekkamaki e um Uramaki.

Atsushi: Nigiri e Kappamaki.

Mayoi: Eu também.

Garçom: Certo. Daqui a alguns minutos os sushis já estarão prontos.

[O garçom então sai para atender os pedidos.]

Jiraiya: E então, pronto para se deliciar de novo?

Kogoro: Meu estômago é de ferro. Estou disposto pra tudo.

[Jiraiya dá uma risada.]

Kogoro: Qual é a graça?

Jiraiya: Nada não, mas você me fez lembrar do momento em que você comeu 15 sushis de uma vez só e acabou vomitando.

Kogoro: Eu estava com fome! Sem falar que eu só vomitei porque estava andando de carro!

Jiraiya: Mesmo assim seu estômago de ferro é algo questionável.

Kogoro: Mas desta vez eu não vou vomitar. Manterei meu estômago firme.

Jiraiya: Claro... Só acredito vendo.

[Enquanto isso, em outra mesa, Eikichi e Ai também estão comendo sushis.]

Ai: Esses Hot Rolls são deliciosos. Obrigada pela comida, Eikichi.

Eikichi: Tudo por minha conta. Tomara que consiga aguentar o tranco.

Ai: Ora Eikichi...

[Eikichi e Ai riem juntos.]

Ai: Estou muito feliz que as coisas tenham voltado ao normal. Sem a Harada para nos incomodar, podemos ser felizes para sempre... Ou até...

Eikichi: Ai-chan, algum problema?

Ai: Não, nada não, eu tô ótima. Ei, fiquei sabendo que o seu amigo de infância está no bar. Você quer visitá-lo?

Eikichi: Não não... A única pessoa que eu pretendo ver agora é você. Vamos aproveitar os nossos momentos juntos. Só nós dois. Está bem?

Ai: Bem... Eu... Eu queria dizer...

Eikichi: Alguma coisa?

Ai: Eikichi-kun... O que eu quero dizer... É que eu te amo.

Eikichi: Pera... O que você disse mesmo?

Ai: O que qualquer homem gostaria de ouvir da boca de uma mulher: Eu te amo.

Eikichi: Você... Me ama?

[Ai balança a cabeça pra cima e pra baixo dizendo que sim.]

Eikichi: Legal. Amo você também.

Ai: (Eu não acredito que Eikichi finalmente disse sim... E logo no nosso encontro... É o melhor dia da minha vida!)

Eikichi: Pensando bem... Seria legal se quando a gente terminar de comer nós formos para a sorveteria Ariendele. Ouvi dizer que lá tem sorvetes deliciosos.

Ai: Oh... Ariendele?

Eikichi: Você gosta de sorvetes, não gosta?

Ai: Pra falar a verdade eu já tomei vários picolés mas nunca um sorvete.

Eikichi: Pois você vai amar os da Ariendele. São uma gracinha.

Ai: Tomara que sejam bons.

[Eikichi e Ai dão uma risada. O foco então volta para Reiji e Ayane, que já comeram vários pratos de sushi.]

Reiji: Cara, comi como um porco.

Ayane: Eu também. Nunca pensei que eu iria passar o dia comendo vários pedaços de peixe.

Reiji: Nem eu.

Ayane: Cara, quanto tempo se passou?

[O Garçom então aparece para ver os dois.]

Garçom: E então, vocês já acabaram?

Reiji: Sim.

Ayane: Sim senhor.

Garçom: Ótimo. A conta tá aqui.

[O Garçom dá a conta para Reiji e Ayane, que ficam surpresos com o preço final.]

Reiji: 758000 ienes!? Isso só pode ser brincadeira!

Ayane: Tipo, não eram para eles serem tão caros assim!

Garçom: Então expliquem essas catorze bandejas empilhadas.

[Reiji e Ayane olham para as bandejas cheias de restos de comida.]

Reiji: Que ideia foi essa, Ayane? Graças a você o restaurante vai ter que lidar com um prejuízo enorme!

Ayane: Minha culpa? É você que come como um leitão!

Reiji: Eu poderia chamar você de uma certa palavra, mas isso é como insultar os bovinos.

Ayane: Quer saber de uma coisa? Você é muito pior do que qualquer suíno que exista!

Garçom: Vocês dois...

Reiji e Ayane: Sim?

Garçom: Quando terminarem de brigar, vocês podem dar um pulinho na cozinha? Acontece que a louça está cheia de pratos para serem lavados e nossos funcionários estão doentes.

[Reiji e Ayane não ficam felizes ao saber que eles vão ter que lavar a louça para pagar as dívidas.]

Reiji e Ayane: Nem a pau!

[Reiji e Ayane tentam fugir, mas o garçom é rápido o suficiente para pegar os dois.]

Garçom: Quando vocês não pode pagar com o dinheiro que tem, vão pagar suas dívidas com o corpo e a alma!

Reiji: Ei, me solte! Você não sabe com quem está se metendo!

Ayane: É! Eu tenho manicure mais tarde!

[O garçom continua levando Reiji e Ayane a força. Enquanto isso, Kogoro, Jiraiya, Atsushi e Mayoi terminam de comer os seus sushis.]

Kogoro: Cara, eu tô cheio. Não aguento mais.

Jiraiya: Se você estiver cheio, você pode voltar pra casa se quiser.

Kogoro: E deixar Atsushi e Mayoi sozinhos? Nunca. Vou ficar mais um pouco até que eles se divirtam.

Jiraiya: Parece que temos um cupido por aqui...

[Uma garçonete de cabelos verdes presos em um rabo de cavalo e olhos castanhos aparece.]

Garçonete: Já terminaram de comer?

Jiraiya: Tudo ótimo. Quanto custou?

Garçonete: 50000 ienes.

Jiraiya: Ótimo. Deixe isso comigo.

[Jiraiya pega seu dinheiro e dá para a garçonete.]

Garçonete: Muito obrigada. E então, vocês desejam mais alguma coisa?

Jiraiya: Não não. Estamos só esperando esses dois saírem do lugar.

[Atsushi e Mayoi continuam se encarando.]

Garçonete: Eles realmente estão tendo o melhor dia de suas vidas.

Kogoro: Você nem imagina como...

[Kogoro, Jiraiya e Garçonete vêem Atsushi e Mayoi conversando e sendo felizes.]

Jiraiya: Kogoro-san... Você acha que esses dois um dia...

Kogoro: Bem... Isso só o futuro dirá, mas estou ciente que eles um dia se tornarão namorados de verdade... Ou talvez mais do que isso...

[Atsushi e Mayoi vão sair.]

Atsushi: E então, você pretende ir a outro lugar hoje?

Mayoi: Que tal um passeio no parque?

Jiraiya: Ouviu só, eles vão fazer um passeio no parque. E então, se importa?

Kogoro: Sim. Afinal, como bancho da Rekka, é o meu dever cuidar dos meus colegas de classe. E Atsushi e Mayoi... São meus colegas de classe mais importantes...

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[No dia seguinte, Takuya, Hideo, Kenta e Shuichi conversam enquanto caminham nas ruas de Tóquio]

Narrador: Com a queda de Tsuneo e a amizade de Atsushi e Mayoi restaurada, as coisas em Tóquio voltam ao normal.

[Cenário: Prédio das Empresas Harada, sala do chefe]

[Masaki está tendo uma reunião com os seus funcionários.]

Narrador: Com a volta de Masaki, a empresa Harada está sendo reformulada. Demissões e recontratos acontecem, e é só uma questão de tempo que a empresa volte aos seus tempos de glória.

[Cenário: Vienna Heart]

[Os membros da família Kamiya, juntamente com os membros da família Kaminari, estão se deliciando com os brownies caseiros.]

Narrador: Com Mitsuhito e sua influência longe da família Kamiya, Ikuto agora pode ter o amor e carinho que ele tanto queria. Com Hikaru e Kaito o apoiando, junto com os Kaminari, o pequeno garoto agora pode ser feliz de verdade.

[Cenário: Colégio Hyouki, corredores]

[Os alunos do colégio Hyouki observam Reiji e Ayane não se encarando.]

Narrador: Embora os alunos da Hyouki tenham uma vida tranquila, o incidente no Restaurante Aka-Sake deixou Reiji e Ayane, que antes eram unidos, brigados.

[Cenário: Colégio Shishioh, sala de aula.]

[Os estudantes do colégio Shishioh, entre eles Eikichi e Ai, estão sendo lecionados pela professora, uma mulher de cabelos ruivos e olhos verdes.]

Narrador: Os estudantes do colégio Shishioh passam a ter uma vida tranquila. Dois deles, Eikichi e Ai, agora podem ser felizes juntos.

[Cenário: Hospital Metropolitano de Tóquio]

[Em várias salas do hospital, os membros da Gangue Kurinji estão sendo tratados pelos médicos.]

Narrador: Apesar da grande surra que eles levaram de Kogoro, junto com a instabilidade de seus poderes, os membros da Gangue Kurinji estão se recuperando.

[Cenário: Bairro de Kabukicho, Tóquio]

[Kyosuke está caminhando tranquilamente, como se nada tivesse acontecido.]

Narrador: Com um sorriso malicioso no rosto, Kyosuke caminha com serenidade, já que ainda está ciente que um dia irá dominar o submundo do crime. Porém, ele não pode ficar tranquilo por muito tempo, já que um dia, alguém irá terminar com sua vida de crimes.

[Cenário: Delegacia de Polícia de Tóquio, cela.]

[Jotaro está de pé, esperando por seu julgamento.]

Narrador: Jotaro espera por seu julgamento. Mesmo sabendo que ele será condenado, sua consciência está tranquila, já que a justiça foi feita.

[Cenário: Colégio Rekka, sala dos professores.]

[Os professores da Rekka estão reunidos discutindo. Chihiro também parece estar apreensiva, já que Jotaro não está mais no colégio.]

Narrador: Consequentemente, no colégio Rekka, os professores estão discutindo pra ver quem será o novo professor de literatura, já que Jotaro está preso.

[Cenário: Baía de Tóquio.]

[Atsushi e Mayoi observam os mares de Tóquio, e vêem várias gaivotas voando pelo céu. Eles então dão as mãos e se encaram.]

Narrador: Atsushi e Mayoi conseguem recuperar sua amizade. Ainda assim, é só uma questão de tempo para que a amizade deles brote em algo mais.

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[Kogoro está caminhando tranquilamente pelas ruas de Tóquio.]

Narrador: Mas e quanto ao Kogoro? Ele está caminhando tranquilamente pelas ruas de Tóquio para garantir que nenhum rufião machuque uma pessoa inocente, ao mesmo tempo que ele mantenha sua atitude de bancho.

[De repente, três delinquentes, um de cabelos e olhos azuis, um de cabelos e olhos verdes e um de cabelos ruivos e olhos vermelhos, com ambos usando gakurans amarelos, aparecem para enfrentar Kogoro.]

Delinquente 1: Então você é o que chamam de Kogoro, o Escarlate.

Delinquente 2: Nós estamos interessados em lutar contra você.

Delinquente 3: Sim, mostre que você é mesmo o delinquente mais forte de todos os tempos!

Kogoro: Hmph. Eu não sou o tipo de cara que luta sem motivo algum... Mas como eu precisava me alongar um pouco, não vai ser problema descontar em vocês.

Delinquente 1: Ora seu...

Delinquente 2: Maldito!

Kogoro: Vocês querem encarar? Então vamos lá!

[Kogoro se prepara para lutar contra os três delinquentes, terminando enfim, o último capítulo.]

[FIM]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Parabéns para todos que leram todos os capítulos da fanfic do começo ao fim. Ano que vem nos encontraremos de novo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shinku no Kogoro - Season 3" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.