H2O: Vida de Sereia escrita por Sak


Capítulo 23
Ondas do Mar


Notas iniciais do capítulo

Olá todo mundo!!!

Já vou logo avisando que eu ñ sei nada de surfe e qualquer coisa relacionada na fic eu apenas joguei no meu querido amigo Google e é isso aí, kkkkk

Enfim, sem mais delongas, vamos a história >>>>>>>>>>>



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Sasuke até tentou seguir Sakura quando ela foi em direção à amiga, mas o irmão mais velho da namorada se impôs no caminho o impedindo de ir atrás dela.

— O que você quer de verdade com a minha irmã? – o ruivo perguntou sério.

— O que acontece entre a Sakura e eu não é da sua conta – Sasuke foi firme na resposta. Sakura não gostava do irmão e ia respeitar isso, então não ia revelar nada para ele.

— Não me leve a mal – Sasori cruzou os braços, ainda sério –, mas não faz sentido que um cara como você de uma família como a sua possa se interessar por ela. Acho bom não fazer ela sofrer – ele apontou o dedo no peito de Sasuke o cutucando ali.

O gesto deixou Sasuke surpreso, o ruivo parecia se importar de verdade com a irmã.

— Tá ameaçando o meu irmão? – Itachi apareceu por trás de Sasori surpreendendo Sasuke.

— Dá licença? Isso é particular – Sasori respondeu sem sequer olhar para Itachi, que se irritou por ser ignorado.

— Você não vai ameaçar o meu irmão na minha casa! – Itachi retrucou pegando no ombro de Sasori e o virando para si.

Sasuke ficou um pouco preocupado, o irmão tinha ingerido bebida alcoólica e o irmão de Sakura não parecia ser do tipo fácil de lidar.

— Eu ameaço quem eu quiser se for pra defender a minha irmã! – Sasori empurrou a mão de Itachi.

Itachi olhou para Sasuke em busca de confirmação e Sasuke acenou com a cabeça, parecia que Itachi não sabia que Sasori e Sakura eram irmãos.

A situação escalonou muito rápido a partir daí.

Todo mundo fez uma roda no pé da escada gritando “Briga! Briga! Briga!”.

Sasuke olhou em volta, em busca de Sakura, até que a encontrou e acenou para fora.

— Não inventa, playboyzinho – Sasuke ouviu Sasori falar. – Você vai perder – o ruivo ameaçou com um sorriso no rosto em forma de provocação.

Sasuke viu o irmão ficar irritado e precisou Obito segurar ele para que não partissem para a briga assim como todos queriam.

— Isso vai ser resolvido no mar! – gritou Obito. – Façam suas apostas: quem vai vencer a competição? Itachi – Obito levantou a mão dele. – Ou… – precisou se curvar para perguntar o nome do ruivo. – Sasori?

Sasuke às vezes se surpreendia em como o primo pensava rápido em situações de desespero.

Mas tudo já tinha sido demais, Sasuke desceu as escadas e se meteu na multidão, até chegar em Sakura.

— Vamos? – ele pegou a mão dela.

— Sim – ela concordou pegando a mão dele e logo em seguida se despediu de Ino. – Se cuida. 

— Não se preocupa – Ino revirou os olhos. 

— É sério – Sakura reclamou. – Me liga – apontou para o celular.

Os dois saíram de mãos dadas da mansão e quando já estavam na rua Sakura comentou desacreditada:

— Não acredito que o meu irmão e seu quase brigaram. Se os organizadores da competição descobrem, os dois podem ser desclassificados.

— Pois é, sorte que o Obito pensou rápido – Sasuke disse aliviado.

Mas Sakura pensou se não podia ser o que o irmão queria, Sasori sabia provocar e com tantos celulares prontos para gravar, não seria difícil para ele manipular a situação a seu favor fazendo com que Itachi o atacasse primeiro.

Se arrepiou com o pensamento.

— Com frio? – Sasuke abraçou.

— Um pouco – ela aceitou o abraço dele sem compartilhar o que pensava.

— Então, onde a gente vai dormir? – ele perguntou com um sorriso como quem sugere algo.

— A gente? – ela se surpreendeu com a pergunta dele. – Você eu não sei, mas eu vou dormir na Hinata – ela o acotovelou de brincadeira e saiu correndo.

— Sakura! – ele reclamou correndo atrás dela.

 

. . . 

 

Domingo, final do campeonato de surfe…

 

Nos dias que se seguiram, muitos compareceram no campeonato de surfe para presenciar a rivalidade crescente entre Itachi Uchiha e Sasori Haruno. Sempre se alternando, quando um ganhava em um dia, perdia no outro, fazendo com que a disputa ficasse acirrada e com a competição empatada, aquele domingo seria decisivo.

Sakura tinha presenciado o irmão ganhar no dia anterior. Não tinha comparecido nos dias que antecederam devido ao horário da competição ser no mesmo horário em que estava na escola, mas sábado e domingo fez questão de comparecer, por mais que não confiasse em Sasori, não podia deixar de torcer por ele e, para sua surpresa, ele era muito bom e parecia amar o surfe.

— O Itachi vai perder – disse Sasuke ao se sentar ao lado dela na arquibancada, tinha um saquinho de pipoca em cada uma das mãos e entregou um para ela.

Sakura aceitou o saquinho, mas ficou surpresa com o comentário do namorado.

— Tá torcendo contra o seu irmão? – o questionou.

Sasuke balançou a cabeça.

— Foi o que seu irmão disse para o meu e pelo que eu vi ontem… – deu de ombros.

— Sasori disse isso? – perguntou sem se surpreender, era típico do irmão. – Quando?

— Na festa de segunda – Sasuke respondeu. – Além disso, o Itachi anda bem nervosinho esses dias, ele é muito temperamental e por isso vai perder.

Ino chegou com Hinata e Naruto atrás dela, e todos eles se sentaram no banco em frente a Sakura e Sasuke. Hinata e Naruto os cumprimentaram, mas Ino só fez um aceno de cabeça para Sakura.

Sakura estreitou os olhos para a loira, ia fazer um comentário, mas uma salva de palmas foi ouvida quando o apresentador subiu no palco e deu boas-vindas para todo mundo, em seguida apresentou os patrocinadores, os competidores e as categorias que eles teriam que cumprir na final do campeonato naquele dia.

Sakura observou bem o irmão, ele parecia tranquilo e relaxado. Pronto para vencer.

Ao longo daquela manhã os competidores tiveram tempos para fazer manobras individuais e depois competir entre si ao mesmo tempo. Sakura não entendia nada, mas o som ensurdecedor de todos estava claro quando anunciaram Sasori como o grande vencedor do campeonato ao finalizar com um Floater e ainda fazer um Cut Back em Itachi. Sasuke havia ensinado para ela os nomes das manobras conforme os competidores as realizavam.

Sasori apontou para onde ela estava ao fazer os agradecimentos e Sakura sentiu o corpo enrijecer, eles não tinham combinado de que ele não iria expor ela?

— Quero agradecer a presença da minha irmãzinha – ele falou no microfone sem olhar para onde ela estava uma segunda vez. – Eu fico muito grato que ela tenha tirado um tempo pra vir me ver, ela é uma estudante ainda, sabe.

Muitos bateram palmas, achando fofo o gesto dele.

Mas a próxima pergunta do apresentador pegou Sakura de surpresa:

— Acha que vai se sair bem na próxima fase estando tão longe do nosso país?

— Com certeza – Sasori respondeu sem titubear. – Os Estados Unidos sempre foi um sonho pra mim.

Sasuke percebeu o semblante de Sakura.

— Você sabia que o ganhador vai para os Estados Unidos? – Sasuke perguntou para Sakura.

Não, ela não sabia.

— O seu irmão não é tão ruim – disse Ino se virando para ela.

— Você não conhece ele – Sakura respondeu.

Sakura e Sasori tinham uma relação agridoce, mas ela não queria ter aquela conversa em um local tão público, onde qualquer um podia ouvir e apontar ela como a irmã do vencedor.

— Sabe porque eu tenho tantos problemas com o Sasori? – ela retorquiu quando estavam mais afastados. – Quando meu irmão ficou de maior, ele podia ter me levado junto do orfanato com ele, ele não fez isso porque ele não quis e sabe o que ele me disse quando a gente se encontrou depois que eu me emancipei? “Se eu soubesse que você ia receber um auxílio do governo eu tinha te levado comigo”— forçou a voz para imitar a do irmão. – Tendo vivido com os meus pais desde sempre me usando por dinheiro, como mais eu poderia interpretar isso? – o relato deixou Ino sem fala. – Então sim, até eu ficar de maior, eu não confio totalmente no meu irmão – disse antes de voltar para a praia. – E você também não devia – avisou.

Sasuke foi atrás dela.

— Você vai cumprimentar ele? – Sasuke murmurou.

— Agora não – Sakura negou. – Tem muita gente.

 

. . .

 

— Eu falei que você ia perder – Sasori disse com um sorriso satisfeito no rosto, que irritou Itachi profundamente.

— Se você fosse tão bom, teria ganhado todas as rodadas – Itachi o desafiou, tentando tirar a marra no rosto do ruivo.

— Você ainda não entendeu como isso funciona? – Sasori abriu os braços. – É como um ringue de boxe, de que adianta ganhar todas as rodadas se ninguém liga? O importante é saber dar show, prender a atenção do público – respondeu, ainda com aquele sorriso no rosto. – Mas eu não falei que você ia perder por causa disso e sim porque isso não é vida pra você – tirou o sorriso do rosto, mostrando quão sério sobre o assunto estava. – Você não é um atleta de verdade e caras como você me enojam, achando que com dinheiro podem tudo, mas eu vou te dar uma dica: não podem.

Itachi sentiu o corpo fervilhar.

— Já chega, vocês dois – um técnico veio interferir na discussão deles.

Sasori voltou a sorrir como se nada tivesse acontecido e acenou quando algumas pessoas vieram o cumprimentar pedindo fotos.

 

. . . 

 

À noite…

 

Ino e Sasori estavam caminhando pela orla da praia, depois do ruivo dar a última entrevista. Tinha sido um dia cheio, eles estavam indo em direção a outro lugar, onde aconteceria uma comemoração sem a presença dos técnicos ou patrocinadores, quando Ino sentiu o braço de Sasori por cima dos ombros.

— Dia de comemorar loirinha – ele beijou o pescoço dela, o que assustou e muito Ino.

— Eu não me sinto confortável – ela se afastou dele e se abraçou em forma de proteção.

— Qual é? – Sasori encostou mais o corpo no dela, deixando Ino paralisada. – A gente só tá se vendo – ele cheirou o pescoço dela –, se conhecendo melhor – passou o nariz na bochecha dela – se divertindo – ele a beijou na boca.

Ino reconheceu as palavras que tinha dito a Sakura, Obito tinha ouvido também.

O beijo dele era arrebatador e ainda assim, não gostou.

— Não – ela o empurrou e ergueu as mãos como uma barreira de proteção.

Sentiu o corpo tremer, mas para o seu alívio, Sasori não avançou.

— Tudo bem – ele também ergueu as mãos. – Uma pena, porque você é linda, mas se você não quer, o que eu posso fazer? – ele deu de ombros.

Ino respirou mais aliviada.

— Eu acho melhor eu não ir com você – ela murmurou. – Eu tenho aula amanhã.

— Tá tarde, quer que eu te acompanhe até em casa? – ele ofereceu.

— Não – Ino negou, não achava uma boa ideia. – Eu quero ficar sozinha, preciso pensar.

— Um conselho, loirinha – disse ele antes de se despedir e se afastar: – Pensar demais às vezes te impede de viver – e acenou, seguindo seu caminho.

Ino ficou parada, pensando nas palavras dele e sentiu uma coisa dentro de si, aquela vozinha que às vezes a levava a fazer coisas impulsivas e saiu correndo em direção a lanchonete do Jiraya.

Estava tarde, já tinha passado do horário em que fechava, mas com sorte ainda poderia encontrar…

— Ah! – esbarrou em alguém. – Me desculpa… – era o Gaara. 

Exatamente quem ela procurava. Ino engoliu em seco.

— Tudo bem – ele arrumou uma mochila no ombro. – Se machucou?

— Não – ela negou, o coração acelerado, tanto pela corrida, quanto pelo que estava prestes a fazer.

— Por que tava correndo? Algum problema? – ele olhou a rua atrás dela.

— Não, me escuta, eu preciso te dizer uma coisa e tem que ser de uma vez ou eu vou desistir.

— Eu também tenho que te dizer uma coisa – ele falou.

— Eu gosto de você – ela falou de uma vez e foi como se um peso saísse dela. – Você é gentil e atencioso, muito bonito e…

Não conseguiu terminar de falar, já que Gaara a interrompeu com um beijo.

— Como foi você quem me roubou um beijo na primeira vez que nos conhecemos – ele murmurou contra os lábios dela –, achei que era minha vez – e beijou ela de novo.

Ino se retraiu com o pensamento da noite em que não se lembrava de nada.

Gaara interpretou a reação dela da própria maneira.

— Eu também gosto de você – ele disse, ainda a segurando em seus braços –, muito. E não por causa da noite em que nos conhecemos, mas por tudo depois. Você é mais do que só uma menina bonita, você é linda, é claro, mas também é dedicada e esforçada, muito inteligente e muito atenciosa com quem você se importa, sei que tem problemas com a sua mãe, mas que as suas amigas são tudo pra você. Eu quero ser tudo pra você também.

Ino sentiu alguma coisa se mexer dentro dela ao ouvir ele dizer aquilo para ela.

— E eu não quero que a gente só fique, a gente já passou dessa fase, vamos namorar, quer dizer, se você quiser – ele disse sem jeito. – Você aceita namorar comigo?

— Aceito – Ino sorriu, mas logo sentiu o sorriso desmanchar. – Mas e a sua ex?

— Eu lido com ela, não se preocupe – ele acrescentou ao ver a careta no rosto dela. – Cenas como a que você viu dias atrás não vão se repetir – se referindo a quando a ex pulou nele e tascou-lhe um beijão.

Ino balançou a cabeça espantando os pensamentos. “Não pensar, viver” falou em pensamentos.

— Tá bom – disse ela –, eu vou confiar em você.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim!!!

Por enquanto é isso, beijinhos e até o próximo ❤️❤️❤️



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